Depois que ela foi embora eu entrei no meu quarto e tomei um banho quente. Depois de pedir um lanche pelo telefone lembrei que tinha que ligar pro Jake. Ele me disse que tinha um amigo que trabalhava com obra e que era fera em tudo que fosse relacionado com isso. Eu pedi pra ele falar com esse amigo e ele disse que estava na casa dele. Jacob colocou o celular no viva-voz e assim nós três conversamos. Jacob obrigou o tal Paul a fazer um desconto porque eu era amiga dele, ele aceitou e ficamos de nos encontrar na segunda feira depois do meu expediente pra ele olhar o apartamento pessoalmente. Eu disse que a minha amiga também iria porque ela quem era o meu design pessoal. Ele aceitou, trocamos telefones e eu disse o meu endereço pra ele. Depois que desliguei o celular, fiquei deitada na cama esperando o meu lanche chegar. Tinha prometido parar de comer esses fast foods, mas não conseguia. Quando tivesse a minha casa eu mesma cozinharia todo dia comidas saudáveis e nutritivas. Ouvi alguém bater na porta e imaginei ser o entregador. Fui atender a porta e quase não acreditei na figura parada na minha frente.

– Oi Bella. Posso entrar? – Eu não conseguia falar, então apenas sai da frente pra pessoa entrar. Droga eu tinha me esquecido dessa pessoa.

Ela entrou olhando o quarto simples e pequeno e depois se virou pra mim com um sorriso no rosto. Eu fechei a porta lentamente tentando ao máximo prolongar essa conversa. Eu sabia que um dia isso ia acontecer. Eu falei para o Edward que não ia dar certo eu namorar o filho da minha patroa.

– Oi Esme. – Disse sentindo um nó na garganta. Respirei fundo e mandei ela sentar na cama. Não tinha outro lugar melhor.

– Bella eu queria conversar com você, mas sempre que eu chego perto você se afasta. – Ela disse sentando na cama. Esme parecia tão encantadora, tão gentil que eu me senti mal por estar evitando-a.
– Esme eu .... – Não sabia o que dizer. A gente conversava todos os dias, mas eu nunca entrava no assunto Edward, ela tão pouco fazia isso, mas eu sabia que ela estava esperando a oportunidade, mas eu só conversava coisas do restaurante, quando o rumo da conversa mudava, eu sempre dava um jeito de me esquivar.
– Você... ? – Ela sabia que estava certa. Decidi ser sincera e contar logo a realidade a ela. Respirei fundo e falei:
– Você está certa. Eu estou evitando você. Eu... Eu... – Abaixei a cabeça e fiquei entrelaçando os dedos em cima do meu colo sem olhá-la. Não sabia explicar o que eu sentia, por mais que quisesse, não sabia o que dizer a ela.

– Eu imagino que você pense que namorar o Edward possa trazer problemas no seu trabalho. - Ela parecia estar sorrindo, mas eu não levantei a cabeça pra ter certeza.
– Esme... é... complicado. – Eu a olhei e ela estava séria de novo.
– Bella eu gosto de você, desde a primeira vez que te vi eu gostei de você. E eu amo o Edward, e se ele está feliz com você eu só desejo que a relação de vocês continue dando certo. Eu vejo quando ele vai lá em casa, você está fazendo bem pra ele. Eu nunca seria contra você por estar com meu filho. E enquanto você não parar com esse medo infundado a gente não vai poder ser amiga. – Eu tentei achar alguma mentira nas palavras dela, mas ela parecia realmente querer ser minha amiga. Nada melhor do que ter a sogra como amiga, iria me poupar muitos desentendimentos e ainda deixaria Edward feliz. Eu sabia que ele gostaria de poder passar mais vezes no restaurante.
– Você não fica mesmo chateada? – Não custava nada ter certeza.
– Claro que não, a considero como uma filha. Fico feliz que Edward esteja com uma pessoa legal. – Ela disse rindo e eu acompanhei, mas com uma risada nervosa.
– Então como ficamos?
– Bella eu acho que temos que nos conhecer melhor, e eu sempre quis que você fosse jantar na minha casa. Vai ser uma boa forma de Edward apresentá-la oficialmente a família e podermos conversar tranqüilamente. O que você acha? – O que eu poderia fazer? Mais cedo ou mais tarde eu teria que conhecer a família Cullen.
– É parece uma boa idéia. Que dia?
– Hummm. Eu estava pensando no fim de semana, você e Edward podem passar o dia comigo. Vocês vão no sábado a noite e voltam no outro dia. – Dormir? Não era só um jantar? Antes que eu pudesse responder alguém bateu na porta. Pedi pra ela esperar e fui atender rezando pra que não fosse o Edward. Abri a porta, era o entregador com o meu lanche. Peguei o dinheiro na bolsa, paguei e depois peguei meu lanche sem nem conversar com ele. Estava com a cabeça girando, só dei uma gorjeta e ele foi embora meio confuso. Entrei com o meu lanche na mão e me sentei na cama já abrindo o pacote. Estava com fome demais pra esperar a Esme ir embora.
– Servido Esme? – Ela sorriu.

– Não obrigado. Você come fast foods todos os dias?
– Sim. – Disse e depois dei uma dentada generosa no meu hambúrguer gigante.
– Meu Deus Bella, o Edward sabe disso? – Ela perguntou toda preocupada, lá vem sermão de novo.
– Ele sabe sim. Eu prometi que iria parar em breve.
– Bella você sabe que esse tipo de comida faz muito mal. Se você prometeu porque ainda está comendo? – Ela parecia realmente a minha mãe.
– Porque meu apartamento ainda não está pronto, quando eu terminar a reforma vou cozinhar todos os dias. – Ela sorriu.
– Está bem então. Mas você não me respondeu, vai passar o domingo comigo? – Pensei que ela tinha esquecido.
– Vou sim Esme. Mas e o Edward, já falou com ele ?
– Bella o Edward vai aonde você for. Disso eu tenho certeza. – Ela sorriu pra mim e eu retribui. – Então agora eu posso ver o Edward todos os dias no restaurante? – Eu me senti culpada por pedir ao Edward que não fosse lá. Afinal, era o restaurante da mãe dele.
– Me desculpa Esme, eu não queria que o Edward ficasse longe de você. Eu só tinha medo de você ficar aborrecida por nos ver juntos no meu local de trabalho.
– Eu sei, Edward me explicou. Mas agora não existem mais problemas não é?
– Se você não se importa. – Dei de ombros.
– Claro que não.
– Obrigada por estar sendo tão legal comigo. Desde quando cheguei na cidade você foi muito boa pra mim. Eu fico muito grata por isso. – Disse sinceramente. Coloquei o meu lanche de lado e a abracei. Esme retribuiu o abraço fazendo carinho no meu cabelo.
– Não tem nada à agradecer, você é um amor de pessoa Bella. Edward não poderia ter escolhido ninguém melhor.

Depois que a Esme foi embora eu ainda fiquei deitada na cama pensando no que conversamos. Ela me disse que o Edward não sabia que ela tinha vindo me ver, mas que ficaria muito feliz em saber que nós conversamos. Ela me deixou encarregada de falar pro Edward sobre o jantar na casa dos pais dele. Acabei pegando no sono e tive uma noite tranqüila, sem sonhos.


Acordei de manhã com meu celular despertando. Me arrumei no horário, peguei minhas coisas e fui direto para a lanchonete de sempre tomar meu café da manhã. Enquanto comia vi o carro da Alice estacionar do outro lado da rua. Ela viu minha caminhonete em frente à lanchonete e atravessou a rua vindo me encontrar.

– Bom dia Bellinha. – Ela disse se sentando na minha frente.
– Bom dia Alicinha. – Disse de bom humor.
– To sentindo que tem coisa boa acontecendo. – Disse sorrindo e chamou a garçonete.
– A Esme foi lá no hotel ontem. A gente conversou bastante.
– Eu falei que ela ia falar com você. E ae como foi? – A garçonete chegou próximo a nossa mesa com um caderninho na mão.
– O que deseja senhorita? – Alice olhou meu prato. Eu estava comendo ovos com bacon e suco de acerola.
– Eu quero a mesma coisa que ela e um suco de laranja. – A moça anotou e foi embora.
Alice me olhou esperando.
– Ela ficou conversando comigo sobre o Edward, me chamou pra jantar e dormir na casa dela final de semana e disse que queria ser minha amiga. Ela deixou bem claro que o fato de eu namorar o Edward não iria ser um problema pra mim. Eu fiquei chocada com as palavras dela. Sinceramente – Disse balançando a cabeça admirada. Alice levantou a sobrancelha pra mim.
– Pelo amor de Deus né Bella. Tanto eu quanto o Edward dissemos tudo isso pra você a tempos. Não é nenhuma novidade.
– É, mas dessa vez foi a própria Esme. – Ela balançou a cabeça como se não adiantasse discutir e mudou de assunto.
– Mudando de assunto. Eu tive umas idéias sobre o seu Apê. Já sei tudo o que vou fazer para o grande dia. – Ela disse empolgada. Também me empolguei. Estava dando tudo certo.
– Isso é ótimo. Ahh , e mais tarde a gente vai se encontrar com o Jake e o Paul. Jacob me indicou o Paul pra colocar os azulejos na casa. O Paul também disse que sabe fazer outras coisas relacionadas. Ele vai nos encontrar em frente ao prédio depois do nosso expediente. Vamos mostrar o apartamento pra ele e como você é a minha decoradora particular e entende desses assuntos vou deixar você encarregada de fiscalizar e dar quantos palpites quiser. – Alice estava com os olhos brilhando.
– Você vai deixar tudooo na minha mão?
– Contanto que você não exagere, por mim tudo bem. Você disse que precisava de duas semanas pra deixar tudo pronto, se o Paul souber fazer tudo que a gente precisa vai ser mais fácil né? – Disse e enfiei a colher cheia na boca. Estava delicioso.
– Com certeza. Se ele souber fazer tudo vai ser bem mais fácil. Não vamos ter que perder tempo procurando outros profissionais, vamos trabalhar só com ele.

Acabamos de comer alguns minutos depois e atravessamos a rua em direção ao “The Cullen’s”. A manhã passou tranqüilamente. Esme foi um doce comigo e conversamos muito sobre o jantar que ela estava organizando para o final de semana. Eu estava receosa quanto a isso, mas queria que desse tudo certo. Passei a maior parte do meu tempo livre(quando o movimento estava relativamente calmo) na cozinha conversando e ajudando o Piter e o John. Adorava escutar as doideiras do Piter e o quanto ele tinha certeza de que um dia ganharia na loteria. Eu só discordava dele pra pertubá-lo e o John morria de rir.

A tarde foi bem movimentada e eu não parei um só instante pra descansar. Ainda bem que fui trabalhar de tênis. Não sabia como a Alice agüentava ficar o dia todo em pé em cima daqueles saltos. Se fosse eu estaria andando descalça a muito tempo.
Eu recebi duas mensagens do Edward durante o dia, uma na hora do almoço, ele disse que não podia me ligar que estava atolado na faculdade, mas que me amava. E recebi outra quase na hora de eu terminar o meu dia de serviço. Ele me chamou pra jantarmos no mesmo lugar em que ele me levou uma vez e depois ir ao cinema, mas eu tive que responder que hoje não dava, disse que depois explicava tudo e que também o amava. Tenho certeza de que ele ficou triste, mas eu tinha que encontrar com o Paul e o Jacob e tinha certeza de que ele me agradeceria futuramente.
Quando saímos do restaurante já passava das 5 da tarde. Eu liguei pro Jake e pedi que me esperasse em frente ao meu prédio, em poucos minutos eu e Alice estaríamos lá. Ele e o amigo só estavam esperando a minha ligação pra saírem de casa.
Alice me seguiu até o meu hotel onde eu deixei a minha caminhonete estacionada e entrei no carro dela. Fomos em direção ao meu prédio em silêncio.
Quando ela estacionou do outro lado da rua eu percebi o Jacob e um homem branco ao lado dele, deduzi ser o tal Paul encostados em um gol branco, eles estavam conversando animadamente. Quando nos aproximamos Jacob sorriu e me abraçou.

– Oi Bella.
– Oi Jake. – Ele sorriu e cumprimentou a Alice e depois se virou para o amigo.
– Alice e Bella esse é o Paul. Paul essa é a Bella e a Alice. – Ele sorriu e apertou nossas mãos.
– Oi Bella, oi Alice.
– Oi Paul. – Dissemos juntas e ele sorriu.
– E então, você é tudo o que o Jacob disse ontem a noite mesmo? – Ela sorriu tímido mas brincalhão.
– Não sei, se você contratar meus serviços podemos ver como eu me saio.
– Vamos ver né. Que tal a gente subir pra você conhecer o apartamento? – Ele assentiu e entramos no meu prédio conversando sobre o que exatamente ele sabia fazer. Alice fazia umas perguntas que eu (sinceramente) não entendia, mas Paul respondia tranqüilamente. Os dois pareceram ter se dado bem. Isso era um alívio porque ele teria que agüentar a Alice por duas semanas inteiras.
Conversamos sobre o que eu e Alice tínhamos em mente pra cada cômodo do apartamento e o Paul deu umas opiniões muito boas com relação ao material que poderíamos usar. Ele e Alice pareciam que estavam construindo uma mansão e não só reformando um Apê de poucos cômodos. No fim combinamos alguns ajustes aqui e ali, uma mudança no formato da cozinha para a sala de estar ser maior e mais arejada e eu adorei. Eu estava satisfeita só com os planos, imagina quando estivesse tudo pronto.
Quando saímos do prédio já tinha escurecido e decidimos tomar um Chopp no bar próximo ao meu prédio. Foi bem legal e assunto foi o que não faltou, falamos de tudo um pouco e o Jacob sorria o tempo todo pra mim. Ele não fazia de propósito, eu percebi, era mais como se ele estivesse feliz por estar sentado ao meu lado tomando o Chopp que a tanto tempo vínhamos programando, mas a Alice não achava a mesma coisa e quando nos levantamos pra ir ao banheiro ela foi muito direta.

– Ele gosta de você. – Ela disse casualmente enquanto endireitava os longos cabelos castanhos.
– Alice, ele está feliz que finalmente conseguimos tomar o Chopp que vínhamos marcando a tanto tempo. – Disse encostada na pia de costas pro espelho e de frente pra ela que parou um instante e olhou pra mim e depois voltou a mexer no cabelo.
– Você sabe que ele gosta de você, só não admite isso.
– Ta pode até ser, mas nós somos só amigos. – Ela sorriu e eu não entendi porque, mas também não perguntei o motivo. Saímos do banheiro e encontramos Jacob e Paul na máquina de música. Os dois estavam discutindo quem escolheria a música.
– O que é ? – Alice perguntou assim que nos aproximamos.
– O Jacob quer ouvir uma música de fossa e eu quero ouvir um Rock romântico. – Alice pequena do jeito que era se meteu entre os dois e pegou a ficha da mão do Paul, ela enfiou na máquina e começou a passar as listas calmamente. Todos nós ficamos olhando pra ela.


MÚSICA > ( 1 - música, dança e tradução.> http://www.youtube.com/watch?v=f4BzTR8cZmg&feature=fvsr)
(2 - música, e dança mais sincronizada > http://www.youtube.com/watch?v=ZQnbSmfzYRI) Eu amoooo essa música e sou totalmente fascinada pelo Bruno, então vejam os dois vídeos e imaginem eles dançando tudo misturado. hahaha


Quando finalmente achou a música que queria ela saiu da frente da máquina e me puxou para o meio da pista improvisada no meio do bar. Como o Bar estava praticamente vazio – a não ser por duas outras pessoas – eu não me importei de começar a dançar no ritmo animado da música. Alice começou a fazer gestos com as mãos sem se importar com Paul e Jacob que nos olhavam divertidos. Fui até eles e os puxei para a pista improvisada. Jacob começou a dançar meio desajeitado, eu e Alice começamos a gargalhar. Paul parecia bem a vontade com a escolha da música e arriscou uns passinhos bem anos 70. Rimos mais ainda.

Alice inventou uns passinhos para o refrão da música e até nós três conseguirmos acompanhá-la sem errar nem uma vez a música já estava acabando. Paul pegou outra ficha no bolso e colocou a música pra tocar de novo. Dançamos cada um de um jeito até chegar no refrão onde fizemos os passinhos sincronizados perfeitamente. Eu estava me divertindo muito. Quando a música acabou percebemos que o cara da outra mesa estava filmando. Ele sorriu pra gente e disse que não resistiu. Estávamos dançando muito bem. Eu queria guardar esse momento de recordação então, pedi a ele que enviasse o vídeo pra mim. Alice e os outros também quiseram e assim ficamos um bom tempo enviando o vídeo pra que todos tivessem essa recordação. Depois de mais duas cervejas eu chamei a Alice pra irmos embora. Ela adorava uma farra e estava bem animada, mas eu ainda queria falar com Edward. Talvez ele não estivesse tão chateado e aceitasse passar a noite no meu hotel comigo.

– Jake, Paul, está tudo muito legal e eu odeio ser estraga prazeres, mas eu e Alice temos que ir. – Ela me olhou questionadora.
– Temos? Porque ?
– Porque eu tenho que ir embora e é você quem tem que me levar, esqueceu? – Ela estava bem sóbria pra dirigir. Tínhamos que ir embora antes que nenhum de nós pudesse mais passar no teste do bafômetro. Jacob olhou pra mim com a sobrancelha levantada.
– Namorado ?
– É. Tenho que falar com ele ainda hoje. – O Paul riu.
– É, eu imagino... – Ele disse e piscou pra mim. Não agüentei e ri.
– Para de pensar besteira Paul. É sério, eu tenho que falar com ele.
– Se você diz. – Ele disse rindo e todo mundo o acompanhou, até o Jacob, mas o sorriso dele era um pouco triste.

Antes de nos despedir Alice e Paul resolveram tudo que iriam fazer, os horários e os dias da semana que trabalhariam. Como ela fazia faculdade ( que eu nunca vi ela freqüentar) eles tiveram alguns desentendimentos com horários, mas a Alice queria participar de tudo então deu o jeito dela e assim ficou tudo resolvido. Eles conversaram sobre o prazo que a Alice tinha estipulado comigo e o Paul também achou que em duas semanas daria pra reformar tudo o que faltava. Eu conversei com ele sobre o pagamento e estipulamos que eu pagaria a metade em uma semana e a outra metade na segunda semana. Depois de resolver mos tudo nos despedimos dos rapazes e fomos embora. No caminho eu liguei para o Edward. Já eram 22:30, mas talvez ele estivesse acordado. O telefone tocou 4 vezes e eu imaginei que ele estaria dormindo, então preferi não acordá-lo. Desliguei e olhei pra Alice com um olhar triste.

– O que houve? Ele não atende? – Ela desviou o olhar da estrada um segundo pra me ver e depois voltou a olhar pra frente.
– Eu acho que ele já está dormindo. – Quando eu acabei de responder o telefone começou a tocar na minha mão. Olhei para o visor e sorri. Era ele.

– Alô. – disse receosa.
– Oi meu amor. Desculpa não te atender, eu estava no banho. Quando eu ia atender você desligou.
– Hã, eu pensei que estava dormindo. Por isso não insisti. – Alice parou o carro no estacionamento do meu hotel.
– Não, estou sem sono. – Eu sorri internamente e abri a porta do carro da Alice e peguei minha bolsa no banco traseiro.
– Tchau Alice. Até amanhã. – Disse olhando pra ela que me deu um tchauzinho e mandou um beijo pro Edward. Fui em direção ao meu hotel. – Edward, Alice te mandou um beijo.
– Humm. Outro pra ela. Vocês saíram agora? – Ele sabia que não, mas perguntou pra saber o que eu diria.
– Não Edward, a gente estava resolvendo umas coisas no meu apartamento. Já conseguimos um profissional pra colocar os azulejos na casa e ele ainda vai fazer o restante do serviço. Não é demais? – Disse animada. Abri a porta do meu quarto e comecei a tirar os sapatos. Coloquei o celular no viva-voz.
– Claro que é Bella. Mas como vocês conseguiram achar um pedreiro assim tão rápido?
– Eu liguei para o Jacob pra perguntar se ele me indicava alguém e por coincidência o amigo dele sabia mexer com essas coisas e o Jacob estava na casa dele na hora. Nós conversamos ontem mesmo e marcamos de nos encontrar hoje depois do trabalho.
– Hummm. – Ele disse pensativo. – Então foi por isso que você não quis sair comigo?
– Amor desculpa. – Já estava de calcinha e sutiã caçando as coisas pra tomar banho pelo quarto.
– A Bella, você não podia ter deixado pra outro dia? Nós dois quase não saímos, você me dispensou e nem me deu uma explicação. – Eu imaginei a cara triste que ele devia estar fazendo.
– Desculpa Edward, mas foi necessário. Eu sei como me redimir. Vem aqui passa a noite comigo e eu te conto como. – Ele gemeu sofregamente no telefone. Eu estava com tudo na mão pronta pra tomar banho.
– Não sei não. Você me dispensou antes, to pensando em fazer o mesmo com você, ligar pro Jasper e irmos pra alguma noitada só de machos. – Ele disse rindo.
– É mesmo? Então ta. Vou ligar pra Alice e pedir a ela que chame o Emmett pra gente curtir uma boate com camarote VIP. – Disse sabendo que ganharia. Ele rosnou? Eu acho que sim.
– Só vou colocar uma roupa e logo chego ai. – Comemorei mentalmente.
– Que foi amor? Pensei que você ia sair.
– Mudei de idéia. – Eu gargalhei. Depois de nos despedirmos eu fui tomar meu banho. Tinha que conversar com ele sobre o fim de semana que passaríamos na casa da Esme. Tomei um banho demorado e coloquei um short Jeans e uma camiseta branca escrito KISS. Fiquei deitada na cama passando os canais distraidamente.
Fiquei pensando nos meus pais, e lembrei da carta que ele tinha me deixado antes de morrer. Eu tinha muita vontade de lê-la, mas não me sentia pronta pra saber o que ele tinha escrito ali. Suspirei me levantando da cama, fui até o guarda roupa e peguei a carta que estava guardada dentro da minha gaveta junto com os outros documentos. Peguei-a e passei a mão delicadamente pelo envelope. Era a última coisa que eu tinha do meu pai. Alguém bateu na porta do quarto e eu guardei a carta de novo no fundo da gaveta.

– Oi. – Edward disse assim que eu abri a porta. Ele estava com um sorriso lindo no rosto. Suspirei me sentindo nas nuvens.
– Oi. – Disse sorrindo. Eu devia parecer uma idiota olhando pra ele daquele jeito, mas não podia evitar. Edward era meu porto seguro, só de olhar nos olhos dele eu já me sentia mais confiante. Esqueci de tudo no momento em que ele me puxou pra si beijando-me apaixonadamente. Meu Edward. Nunca me cansaria de beijá-lo. Em pensar que a alguns meses eu não conseguia confiar em mais ninguém, não queria abrir meu coração para homem nenhum, agora estava aqui nos braços do homem que me fazia perder o fôlego e mesmo assim continuar vivendo.

Quando terminamos o beijo sorrimos bobamente um para o outro. Ele entro no quarto abraçado comigo e cheirando o meu cabelo.

– Que bom que você veio. – Disse quando ele sentou na cama e me puxou para o seu colo, entrelacei meus dedos na sua nuca me deliciando com a maciez do seu cabelo desgrenhado. Tão bom...

– Eu disse que vinha. – Ele espalhou vários beijinhos pelo meu rosto e pescoço. – Não perderia a oportunidade de passar uma noite abraçadinho à você.
– Hummm... – Dessa vez foi eu quem distribui beijinhos por todo seu rosto. Quando terminei percebi uma mochila jogada no chão. Sorri.
– Que foi?
– Você veio preparado. – Disse e apontei com o queixo para a mochila no chão. Ele também sorriu.
– E então, como você vai se redimir por me dar um bolo?- Ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas. Revirei os olhos me levantando de cima dele, mas Edward foi mais rápido e me segurou no lugar.
– Bom... eu estava pensando... que seria muito legal... – Comecei a dizer pausadamente e dando beijinhos na sua boca pra dar mais impacto.
– Fala logo Bella. – Edward já estava mais do que curioso. Sorri continuando a falar entre beijos.
– Seria bom... se passássemos... o fim de semana... Hummm... com os seus pais. – Quando terminei de falar ele estava paralisado. Eu imaginei que ele teria uma reação parecida, aliás, eu era contra qualquer coisa que relacionasse o meu trabalho com minha vida pessoal.
– Sério Bella? – Ele perguntou depois do choque inicial.
– Porque não? Não temos nada pra fazer no final de semana, eu adoraria conhecer melhor sua família. – Disse dando de ombros. Edward olhou bem fundo nos meus olhos e fez a pergunta mais idiota do mundo.
– Bella você foi abduzida por ETs ou você está bêbada? – Revirei os olhos rindo e levantei do colo dele. Teria que explicar tudo direitinho.
– Eu não acredito em ETs se você quer saber e também não estou bêbada, bebi um pouquinho hoje, mas nada que me fizesse estar fora da real. Eu e a Esme conversamos bastante ontem, ela me pediu para que passássemos o fim de semana lá e eu aceitei, só isso. – Ele continuou me olhando nos olhos. Já estava ficando constrangida.
– Você e a minha mãe conversaram ontem?
– Sim Edward. Ela veio aqui perguntar do porque eu evitava falar de você. Nós conversamos por um bom tempo e ela nos convidou para ir à casa dela, disse que você tem que me apresentar oficialmente a família. E então, vamos? – Ele abriu um sorriso tão lindo que me deixou totalmente deslumbrada.
– Claro que sim meu amor. Era tudo que eu mais queria, ter você como parte da família. – Ele disse me puxando para mais um dos muitos beijos que me deixaram sem fôlego. A língua dele enroscando- se na minha era a sensação mais prazerosa do mundo. Os seus braços ao redor da minha cintura me passavam tamanha segurança que o mundo poderia cair nas nossas cabeças que eu sabia que Edward e eu sairíamos ilesos como os maiores sortudos do universo. Quando Edward me largou as minhas pernas estavam bambas. Ele puxou pra cama e deitando se ao meu lado.

– Como foi? – Eu sabia que ele estava perguntando da minha conversa com a Esme, mas eu não iria falar nada, era papo de mulher.
– A gente conversou bastante e decidimos que você vai nos visitar todos os dias no restaurante. – Ele riu.
– Isso com certeza foi idéia da minha mãe. – Eu assenti sorrindo.
– Mas deixa eu te contar como foi lá com o Paul e o Jacob.
– Deve ter sido bom, você está com cheiro de cerveja.
– Eu estava feliz por termos conseguido um profissional que realizasse todos os trabalhos que precisávamos ai decidimos tomar um Chopp pra comemorar. – Dei de ombros.
– Hummm...
– Para de ciúmes seu bobo. – Disse me jogando em cima dele e atacando seus lábios com os meus. Edward me segurou pela cintura e inverteu nossas posições ficando por cima entre as minhas pernas. Ele desceu o beijo até o meu pescoço me deixando totalmente arrepiada. Eu segurei nos seus cabelos puxando fortemente, ele gemeu contra a pele do meu pescoço. Edward parou um instante e olhou nos meus olhos, eu sabia o que ele estava querendo dizer, ele sempre me olhava assim quando queria avançar mais um pouco. Eu respondi o puxando pela camisa para mais um beijo selvagem. Senti suas mãos nas pontas da minha camiseta, ele a subiu lentamente até eu ficar só de sutiã, jogando-a do nosso lado. Ele parou nosso beijo e olhou para os meus seios que estavam cobertos por um sutiã de bojo preto simples. Senti meu rosto corar quando ele passou a mão no meu seio por cima do sutiã. Edward levantou a peça até passar pela minha cabeça e eu fiquei nua da cintura pra cima, ele passou os lábios suavemente pelo meu mamilo enrijecido e depois o sugou lentamente. Fechei os olhos sentindo minha calcinha ficar molhada. Ele sugou um depois o outro e subiu para o meu pescoço e depois descendo até os meus seios. Apertei os cabelos do Edward o puxando pra mim, ele caiu em cima de mim quando nos beijamos intensamente e eu pude sentir que ele estava tão excitado quanto eu. Continuamos nos beijando enquanto o Edward descia as mãos até o botão do meu short. Ele o abriu e parou de me beijar para passar o short pelas minhas pernas, eu estava usando uma calcinha preta, conjunto com o sutiã. Edward me olhou mais uma vez e eu mordi o lábio inferior com os dentes. Ele sorriu e saiu de cima de mim descendo até ficar de frente pra calcinha. Ele gemeu quando viu o tamanho da minha calcinha.

– Bella porque você faz isso comigo? – Ele perguntou com a voz rouca.
– São todas assim. – Disse sem fôlego. Ele gemeu de novo.

Edward passou o nariz por cima da calcinha e eu gemi de antecipação. Ele puxou as duas linhas da minha calcinha fio dental lentamente e eu fiquei um pouco envergonhada por estar toda molhada. Ele tirou a calcinha pelas minhas pernas e a cheirou me olhando. Eu fiquei totalmente vermelha, podíamos sentir a quentura do meu rosto a metros de distância. Ele sorriu lindamente pra mim.

– Você fica linda vermelha desse jeito. – Ele disse voltando a me beijar intensamente. Senti a mão do Edward descer pelo corpo passando pelo meu pescoço, seios, barriga e parando entre as minhas pernas. Ele desceu a mão lentamente para o meu centro úmido de tesão e gemeu na minha boca sentindo a umidade.
– Oh Bella. – Edward disse sussurrando no meu ouvido, eu apenas gemi sentindo os dedos dele alisar a minha entrada. Era a primeira vez que íamos tão longe e eu estava adorando. Sabia que não chegaríamos a fazer sexo de fato, eu tinha outros planos para a minha primeira vez, mas isso era como um ensaio para o grande dia.
Edward ficou massageando o meu clitóris enquanto me beijava. Eu estava com tanta necessidade de fricção naquele ponto que se eu não tivesse certeza que em duas semanas eu seria dele, teria implorado por ele naquele instante. Edward continuou massageando e colocando um dedo na minha entrada apertada enquanto sugava avidamente os meus seios. Eu comecei a sentir meu coração acelerar e os dedos dos meus pés se contraírem, senti uma espécie de tremor na barriga e fechei os olhos começando a gemer mais intensamente enquanto o Edward aumentava a velocidade da massagem no meu ponto de prazer. De repente fui tomada por uma descarga de adrenalina e logo depois senti meu corpo se contrair e relaxar em baixo do Edward. Foi o meu primeiro orgasmo.

Abri os olhos e Edward me olhava sorrindo enquanto eu lutava pra recuperar o fôlego. Ele tirou a mão do meio das minhas pernas e lambeu os dedos. Eu fiquei tão envergonhada que se pudesse enfiava a cabeça debaixo da terra.

– Você tem um gosto melhor do que eu imaginei. Você precisa senti-lo. – Ele disse e me beijou, eu senti um gosto salgadinho na boca dele. Eu levantei ficando de joelhos em cima da cama ainda abraçada a ele percebendo a sua ereção ainda rígida dentro da bermuda. Desci minha mão lentamente pela sua camisa e percebi que ao contrário de mim ele estava totalmente vestido. Continuei descendo a mão lentamente até chegar no botão da bermuda, ele segurou minha mão assim que eu consegui desabotoar a sua bermuda parando o beijo.
– Bella não precisa... – Não deixei ele terminar a frase e voltando a beijá-lo e enfiando a mão dentro da sua cueca. Ele gemeu sofregamente e eu imaginei que ele estaria tão necessitado de alívio quanto eu estava antes. Peguei no seu pênis tão duro de tesão e o puxei pra fora da roupa. Edward apertou minha bunda fortemente quando o segurei apertado na minha mão entre nós. Não resisti e parei o beijo um instante pra ver o seu membro ereto apontando para a minha barriga. Ele acompanhou o meu olhar e eu corei.

– Bella você não precisa fazer isso... – Ele começou a falar de novo e em resposta eu apertei bem forte o seu membro na minha mão. Ele gemeu e sentou na cama com a cabeça encostada na cabeceira. Comecei a massagear devagar, ainda insegura de como fazer aquilo ser prazeroso pra ele do mesmo jeito que só de olhar estava sendo pra mim. Edward respondeu minhas inseguranças jogando a cabeça pra trás e fechando os olhos enquanto segurava o meu cabelo apertado. Eu imaginei que estava fazendo certo, mas eu queria senti-lo também e só tinha um jeito. Joguei minhas inseguranças e vergonhas fora e larguei seu pênis rijo ouvindo Edward protestar baixinho. Sorri pra ele e segurei na sua camisa puxando-a pra cima. Ele me ajudou a retirá-la e olhou dentro dos meus olhos com as sobrancelhas erguidas.
– Não vamos transar hoje. Estamos apenas treinando para um futuro próximo. Agora fecha os olhos. – Disse sorrindo pra ele. Edward me olhou com um sorriso torto brincando nos lábios e fechou os olhos. Voltei a minha atenção para o seu corpo começando a beijar seu pescoço, passando pelo peito, umbigo e finalmente a sua ereção. Passei a ponta língua delicadamente, estava impressionada com o tamanho e a grossura. De repente um pensamento me ocorreu. Eu iria sentir muita dor na minha primeira vez. Me arrepiei toda e voltei a prestar atenção no que estava fazendo, eu queria dar prazer ao Edward, e foi com esse pensamento que eu abocanhei toda sua extensão até sentir a minha boca totalmente preenchida com o pênis do Edward. Ele gemeu alto e segurou nos meus cabelos bem apertado. Impulsionada pelo prazer que estava lhe proporcionando eu tirei seu membro da boca e voltei a colocá-lo fazendo um movimento de entra e sai da minha boca enquanto minhas mãos passeavam pelas suas bolas. Edward arfava e gemia enquanto me ajudava segurando no meu cabelo e descendo a minha cabeça lentamente.
Eu pensei que iria ser uma coisa nojenta, mas eu estava adorando. Passei minha língua por todo o seu comprimento sentindo o gosto do seu pré-gozo. Senti Edward puxar minha cabeça pra cima e o olhei confusa.

– Bella eu não consigo mais agüentar. Estou quase... – Ele disse arfante.
– Mas Edward, eu quero sentir... – Ele me calou com um beijo avassalador. Eu retribui o beijo levando a minha mão até o seu membro duro de tesão e Edward segurou minhas duas mãos com a sua me prendendo pelos pulsos e quebrou o beijo.
– Não Bella. Eu não quero que você faça isso hoje. – Ele levantou da cama segurando o pênis duro na mão e entrou no banheiro trancando a porta e me deixando parada totalmente confusa e rejeitada. Como assim ele não queria isso?
Fiquei sentada olhando para a porta do banheiro fechada com as sobrancelhas franzidas. Suspirei me levantando e catando as minhas roupas. Me vesti novamente e tirei o lençol que cobria a minha cama, pude ouvir o barulho do chuveiro sendo ligado. Edward me deixou confusa e frustrada. Porque ele não queria que eu sentisse seu gosto? Eu fiz alguma coisa de errado? Pelo que pude perceber até uns minutos antes dele me parar eu estava fazendo tudo direito. Fiquei com essas perguntas martelando na minha cabeça enquanto Edward estava no banheiro. Peguei outro lençol no guarda roupa e sentei na cama para esperá-lo.


POV EDWARD


Eu estava totalmente entregue a Bella, eu sempre sonhei secretamente com o dia em que ela fizesse isso em mim, e agora que ela estava aqui me tendo em sua boca tão fudidamente quente e pequena eu tive que pará-la. Foi o instinto de proteção que falou mais alto. Eu a amava, disso eu não tinha dúvidas e por isso quis preservá-la. Bella era o meu pequeno tesouro e se ela continuasse com o que estava fazendo eu não agüentaria e a tomaria ali mesmo, eu estava tão necessitado dela que não sei se conseguiria parar com ela nua na minha frente. Fiz o maior esforço da minha vida pra pará-la. Foi imensamente doloroso quando a sua pequena boca saiu de mim, mas era isso ou eu não seria responsável pelos meus atos. Eu percebi que a Bella ficou confusa e frustrada, mas não poderia explicar naquele momento, precisa me aliviar. Sai de cima da cama a deixando sozinha e me tranquei no banheiro. Tirei toda a roupa e entrei no pequeno Box dela. Eu estava me sentindo tão dolorido... Eu só precisei visualizar Bella deitada na cama totalmente nua e entregue que o gozo veio violento. Foi um alívio imenso tirar todo esse esperma acumulado de dentro de mim. Respirei fundo algumas vezes e liguei o chuveiro na água gelada. Só um banho frio me faria esquecer que o amor da minha vida estava a apenas metros de distância de mim e totalmente nua. Que corpo lindo a minha Bella tinha, não me cansava de admirá-la. Minha Bella.

Sai do Banheiro me sentindo mais calmo, ainda molhado do banho, peguei a toalha da Bella que estava pendurada no Box e enrolei na cintura. Abri a porta do banheiro e Bella me olhava com um misto de tristeza, confusão, e amor. Meu coração se apertou por deixá-la sozinha daquele jeito sem nenhuma explicação. Sorri tentando tranqüilizá-la e fui até a minha mochila caída no chão.

– Eu já volto meu amor. Fica tranqüila, vamos conversar. – Ela tentou sorrir, mas saiu mais como uma careta. Peguei a mochila e voltei para o banheiro. Com a minha toalha eu me sequei e depois coloquei uma roupa confortável. Short azul e uma camiseta branca. Achei minha escova de dentes dentro da mochila e escovei os dentes. Deixei minha toalha pendurada ao lado da toalha da Bella e voltei para o quarto com a mochila na mão. Bella ainda estava sentada na cama me observando, suspirei e fui até ela deixando a mochila ao lado da cama. Bella tinha se vestido, deitei na cama e a chamei, ela deitou com a cabeça apoiada no meu braço olhando pra mim com um olhar triste. Sorri pra ela.

– Me desculpa meu amor. Você deve estar confusa, mas deixe-me explicar. Bella eu sou louco por você, literalmente falando, e eu não seria capaz de agüentar nem mais um minuto sem ter você inteiramente pra mim. Eu sei que pode soar grosseiro e pervertido, mas eu sempre sonhei com o dia em que você fosse fazer isso em mim. Ter-me na sua boca, e foi... a sensação mais gostosa da minha vida. – Ela ficou vermelha. Passei o dedo lentamente por cima da sua bochecha corada. – Você foi maravilhosamente perfeita. Mas eu sou homem Bella, e te respeito totalmente, mas eu não sei se conseguiria me refrear antes de me ter dentro de você. Eu te amo e vou esperar o tempo certo para poder tê-la inteiramente. Não quero forçar nada e se você não parasse logo eu seria capaz de te jogar na cama e fazê-la minha sem pensar nos meus atos. – Quando eu terminei de falar ela continuou calada me olhando. Levantei uma sobrancelha pra ela sorrindo torto.

– Você não vai dizer nada? – Ela sorriu e deu de ombros. Parecia estar curtindo alguma piada que eu desconhecia.
– Dizer o que?
– Eu te amo? – Bella sorriu e me beijou.
– Eu te amo Edward.
– Eu sei disso. – Disse convencido e ela riu, depois Bella levantou e apagou a luz, deixando apenas a do abajur ao lado da cama ligada. O quarto ficou parcialmente iluminado. Senti a respiração dela se normalizar e percebi que Bella tinha pegado no sono. Sorri fechando os olhos e também me entreguei ao mundo dos sonhos. Nada melhor do que dormir ao lado da minha Bella. Minha. Só minha.