Edward abriu a porta da enorme mansão dos Cullen e atirou a mala num canto da sala, estranhando não ver sua esposa brincando com seu filho no sofá.

Ele sorriu. Odiava vê-la mimando o pequeno estorvo.

Mas o sorriso caiu ao vê-lo descer com o menino nos braços e duas maletas pretas nas mãos.

- Vai viajar? - perguntou ele, num tom de desprezo sentando-se no sofá - se for leve o pequeno estorvo com você.

- CALE A BOCA - berrou ela, descontrolada - CALE A PORRA DESSA SUA BOCA EDWARD CULLEN. SENÃO VOU ARRANCAR DENTE POR DENTE DESSA SUA MERDA DE BOCA.

A criança agarrou os dois bracinhos brancos no pescoço da mãe, escondendo as lágrimas pequenas nele.

- Que está havendo com você Isabella? - perguntou ele perplexo.

Ela atirou um pedaço de pano vermelho aos pés dele.

Ele logo reparou que era uma calcinha.

- Sua calcinha? Esse é o motivo de nossa briga?

- Essa calcinha NÃO é minha!

- Claro que é sua. De quem mais seria? -perguntou  cinicamente ele.

- Edward essa calcinha não é minha!

- Olhe aqui Isabella...

- Olhe aqui você, Edward Cullen. Eu sempre soube que você me traia, não é surpresa. Mas na nossa cama? Debaixo da casa do seu filho? Filho que você não viu nascer, filho que você chama de pequeno estorvo!

- Isabella, sabe muito bem que eu não te amo! 

- Mas eu te amo Edward. Amo desde que tinha 6 anos e te vi num escorregador!

Edward se surpreendeu com aquilo e com as lágrimas que desciam pelo rosto dela.

- Pelo menos, eu te amava. Mas hoje. Não sinto mais nada por você. Apenas pena. Mulheres fáceis e dinheiro. Que grande vida agora hein, Edward? Mas um dia você vai sentir falta dos seus filhos. Você vai se ver sozinho Edward e ninguém mais vai querer te amar. Você é desprezível. É nojento. E é pobre. Pobre de amor Edward, pobre de carinho. Pensa apenas em prazer e dinheiro, mas em amor? Não vou mais atrapalhar sua vida Edward. Um dia, se Anthony quiser, ele vai vir conhecer o pai dele, mas eu não vou força-lo a aceitar seu filho.

Bella agarrou as malas e segurou com força seu filho nos braços.

Abriu a porta, mas antes de sair virou-se para Edward.

- Eu não estou levando absolutamente nada do que é seu. Nem sei o que vou fazer para alimentar nosso filho, mas não quero levar nada que venha de você. Eu te amei o quanto pude e até onde pude. Mas não quero nada que venha de você. Nada. Só meu filho e nada mais.