LETIN

            Então, era eu e a Esfinge, e eu estava sozinho, o desafio da força, provavelmente eu não era o mais forte dos 3, se reparar bem, tanto Ella quanto Thales eram mais inteligentes e mais rápido que eu, e aquele soco que tomei do Thales também mostrava que ele era mais forte que eu, eu não era o melhor em nada naquele grupo, mas eu sei que fiz a escolha certa ao enfrentar essa Esfinge.

            Então começamos a lutar novamente, a Esfinge veio avançando até mim, eu rolei para o lado esquivando de seu ataque, então peguei as armas que segurava, só para não deixar confuso, as armas de um semideus só surgem quando você precisa delas, alguns poucos conseguiam fazer ela aparecer a qualquer hora, esses alguns poucos novamente se referia a mim, certo Ella também conseguia, mas isso não era o que importava agora.

            Eu fui ao ataque dessa vez, tentei desferir um golpe na Esfinge, mas não deu em nada, ela simplesmente se esquivou da minha lâmina, então me acertou uma patada que me fez voar alguns metros, por mais incrível que pareça, o soco de Thales doeu mais, mas isso não importava agora, eu precisava de um plano. A Esfinge veio ao ataque novamente, então eu fui reto a ela, a hora que ela ia me acertar eu rolei por baixo de seus pés e cravei as duas espadas em sua barriga, ela gemeu de dor e se afastou, mas uma coisa muito perturbadora aconteceu, a ferida começou a se fechar.

            Então eu percebi que o único modo de derrotar aquela coisa era a destruindo em apenas um golpe, mas como eu ia fazer isso? Ela era rápida, era forte, eu precisava pará-la por alguns instantes. Então eu tive uma idéia, talvez desse certo, corri até a Esfinge mas dessa vez eu saltei me agarrei em seu rosto e subi em suas costas, lá estava eu, iria desferir o golpe final contra a Esfinge, mas ela continuou correndo, e eu não consegui me segurar e caí dela.

            Eu iria tentar novamente aquela tática, mas a Esfinge se preparou para isso, e na hora que eu saltei para subir em suas costas ela saltou junto, ficou frente a frente comigo e me deu uma boa de uma patada para o chão. Eu estava em baixo da pata da esfinge, ela estava pronta para me devorar, mas eu não podia falhar, eu precisava salvar o refugio, salvar meus amigos, ou melhor, meus possíveis amigos.

            Então eu senti algo novo, e vi o que tinha feito. Videiras tinham brotado do chão e estavam se enrolando na Esfinge, claro, por que eu não havia pensado nisso antes? O soco de Thales doeu mais que os ataques da Esfinge por um simples motivo, ele usava o poder de Zeus que aumentou a sua força, então eu apenas precisava usar a minha parte divina para acabar com aquela Esfinge.

            Aproveitei a brecha que as videiras haviam me dado e me levantei, estava todo doído e prestes a cair de novo, mas eu me agüentei, e enfiei as duas espadas na testa do animal. Usei toda força que tinha e as videiras começaram a enrolar mais ainda a Esfinge, a erguendo do chão, ali estava minha força, os desafios não exigiam apenas o potencial da pessoa, e sim o potencial da pessoa junto com seu lado divino.

            Logo percebi que a Esfinge não se movia mais, estava morta. Arranquei as espadas da testa do animal, mas deixei as videiras ali, elas a cobriram e logo não existia mais um Esfinge naquele lugar, somente um monte embolado de videiras, e nesse meio tempo eu apaguei.

            Tive um sonho maluco, eu estava de volta ao refúgio, não tinha exército Nórdico nem nada, estava tudo normal, mas então eu vi que todas as pessoas a minha volta tinham olhos vermelhos, e de algumas saiam faíscas. O sonho se desfez, agora eu estava em uma enorme campina que cobria tudo até o horizonte, então eu comecei a pensar, como os Nórdicos haviam invadido o refugio? Eles teriam que receber a autorização de um Deus Grego para entrarem, mas daí eu me lembrei daqueles robôs. Claro, agora estava tudo claro, eles não haviam recebido autorização de nenhum Deus, os humanos devem ter feito uma entrada artificial, aqueles robôs, os humanos se aliaram aos Nórdicos, por isso os Gregos e os Egípcios estavam fazendo as pazes

-Exatamente – disse alguém atrás de mim

Eu me virei, e o que vejo, um homem velho, com uma barba que ia até o peito, tinha olhos roxos, sim você ouviu certo, olhos roxos, e se vestia com uma espécie de lençol branco

-Pai – falei, eu sabia que aquele era Dionisio o Deus do vinhi

-Era isso que eu esperava de você meu filho – meu pai disse – Você descobriu o motivo de estarmos nos aliando aos Egípcios e como so Nórdicos invadiram seu refugio, você pode não se achar inteligente como a filha de Zeus ou aquele Mexmon, mas você tem um raciocínio perfeito. Bolou 3 planos seguidos no meio de uma luta contra um monstro, e ainda por cima descobriu o que Zeus nos poribiu de falar

-Zeus os proibiu de falar? – perguntei – Mas por que?

-Essa é uma batalha que vocês devem lutar sozinhos – meu pai disse – Essa é a luta dos semideuses, logo todos os Deuses estarão em uma guerra que pode destruir o mundo, então ele quer que os semideuses fiquem fortes e aprendam com a guerra

-Mas se vocês tivessem dito isso logo – falei – Teríamos poupado diversas vidas!

-Eu sei – meu pai disse – Diversos Deuses não concordam com a atitude de Zeus, mas ele não aceitou objeções, mas agora eu conto com você juntamente com a filha de Zeus e o Mexmon para salvarem o refugio Grego e deixarem a aliança com os Egípcios ainda mais firme.

            Então o sonho se desfez, mas eu não acordei, comecei a sonhar agora, eram sonhos, nada de assustador ou algo do tipo.