Ich Liebe Dich - One Song For You escrita por dastysama


Capítulo 19
Capítulo 19 - A Tragédia


Notas iniciais do capítulo

Capitulo trágico (nããão, magina, esse título só está para enfeitar ¬¬'). Mas espero que gostem, logo coloco a continuação xD



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Ele estava sorrindo para mim, e eu também não consegui conter meu sorriso, eu cantava com tudo que eu tinha e minha voz nunca foi tão bela como naquele dia. Enquanto eu cantava uma lágrima escura desceu dos meus olhos no mesmo momento que nos olhos dele também desceu. Não conseguia acreditar como tudo estava dando certo, não sei como, mas de alguma forma ele conseguira vir até aqui.

- Bill – eu disse quando a música acabou – Eu te amo como nunca amei ninguém, fico feliz que você tenha vindo, essa música eu compus para agradecer você por tudo. Não se compara a nada que você fez por mim, mas eu te amo com todas minhas forças e espero que isso seja um pouco da amostra desse tanto.

Bill veio até a mim, e eu pulei do palco, ele me segurou e me abraçou fortemente, o abraço dele, minha proteção, meu porto-seguro. Agora eu estava completa, eu conseguira fazer minha homenagem e lá estava ele.

- Boba – disse ele para mim – Não precisava fazer tudo isso, eu te amo de verdade e sei que você me ama do mesmo jeito. Mas eu amei cada palavra, cada nota daquela música como não amei qualquer outra.

Então ele me beijou, um monte de flashes de todas as direções apareceram, não importava se meu rosto ia aparecer em todas as revistas, na TV e até no programa da Oprah, isso era mínimo perto do desespero que eu tive esses dias. Aquela canção era para ele, toda minha dedicação era totalmente para Bill, e eu não importo de ter comido e dormido mal esses dias desde que ele pudesse ouvir minha música.

- Eu te amo tanto, agradeço por ter dado aqueles ventos enormes, se não nunca eu poderia te ver – ele sussurrou para mim.

- Ventos? Que ventos? – eu perguntei.

- Todos os vôos foram cancelados, os ventos estavam muito fortes e os aviões estavam derrapando.

Ventos, eu pensei, lembrando daquele vento aquele dia que estávamos fazendo a expedição pelo Colégio, será que os ventos que Bill dizia eram tão fortes quanto o que eu vi, ou melhor, senti?

Isso não importava, por que Bill puxou minha mão me tirando daquela multidão bisbilhoteira, ele foi até uma das portas que dava até um terraço enorme, ele queria ficar a sós comigo, por isso fechou a porta. Aquele terraço era lindo, feito de balaustres no estilo gótico, e o piso feito de mármore. Enquanto eu fui até os balaustres, ver o que tinha abaixo do terraço Bill ficou me acompanhando com o olhar.

- O que foi? – eu perguntei me virando.

- Você está tão linda assim – disse ele.

- Obrigada, mas está mais um look Bill Kaulitz do que Dasty.

- Por isso que eu amei. Você tem bom gosto - Bill veio até a mim e se apoiou nos balaustres – parece que faz séculos que não a vejo, finalmente posso matar minha saudade.

- Eu também, mas você está longe de mim por uma boa razão. Está fazendo muitos fãs felizes.

- É, mas agora eu quero fazer minha grande fã feliz – disse ele se aproximando de mim.

- Bill Kaulitz! – disse uma garota, aquela que vivia me dizendo oi, ela abriu a porta e um pouco envergonhada olhou para nós – Seu irmão está te chamando.

- Ah droga – disse ele – O Tom insiste em atrapalhar esses momentos!

- Tudo bem, Bill – eu disse – vai lá, eu fico aqui te esperando.

Bill beijou meu rosto e caminhou em direção a porta enorme de madeira e a fechou. Eu estava ali, naquele frio imenso, apenas a olhar a porta que tinha desenhos de anjos e flores talhados simetricamente, virei meu rosto, e encarei a imensidão do campus coberta por neve que em breve se dissolveria, a primavera iria vir e acabar com meu sonho branco. Quando pedi que meu sonho branco não acabasse, eu não queria que ele se tingisse de vermelho.

A porta atrás de mim se abriu, mas eu não me virei, esperei que Bill viesse até a mim, mas ele não veio, então decidi olhar. A pessoa que me encarava naquele momento tinha o rosto rosado como de uma boneca, os cabelos loiros claro curtos adornando o rosto, eu a reconheci como Natalie.

- Você que seria Dasty Orléans? – perguntou ela olhando para mim.

- Sim, sou eu mesma. E você seria Natalie, não é?

- Pelo visto me conhece – disse ela sorrindo.

- Como não conhecê-la? Com seus livros espalhados por diversas livrarias?

- Que bom que conhece meu livro. Você viu como Bill Kaulitz se entregou inteiramente para mim?

- Ou como você o enganou?

- Garota – disse ela se aproximando de mim – Você acredita que eu poderia ter enganado ele? É claro que ele se entregou totalmente a mim e você não passa de mera mosquinha. Por que ele escolheria você, uma garota sem sal e nem açúcar?

- Por que eu não fiz a mesma coisa que você fez com ele, eu não falsifiquei fotos só para mostrar a todos que dormi com Bill Kaulitz. Eu não sou uma idiota como você.

Mal eu acabei de falar e ela levantou a mão, senti toda sua força focar em meu rosto, aquele tapa que ela me dera, me fez ficar tonta e eu me segurei nos balaustres, passei a mão no meu lábio e vi sangue entre meus dedos. O anel dela havia me cortado.

- Você deveria tomar cuidado com o que diz – disse ela – Quem está aqui em maior posição sou eu. Bem, por que vim aqui perder meu tempo com você? Dasty, você não é a garota para Bill Kaulitz, eu sou, espero que aceite isso e o deixe para trás, só eu sou capaz de mantê-lo feliz.

- Não vou abandoná-lo – eu disse – Nem você e nem ninguém vai mudar isso!

Outro tapa zuniu e acertou meu rosto, eu poderia revidar, mas agüentei com todas minhas forças, ela não ia me fazer rebaixar ao nível dela.

- Não aceito não como resposta.

- Eu já disse! – eu a encarei – A minha resposta é não!

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Bill, chegando com Tom, Georg e Gustav. Bill ficou pasmo quando viu Natalie e eu com a boca sangrando – Natalie! O que raios você está fazendo aqui? Querendo arruinar minha vida novamente?

- Arruinar? – disse ela tristemente – Eu só quero ajudá-lo! Eu que o amo de verdade, não ela!

- Natalie você já acabou com minha vida o suficiente, eu não te amo e nunca amei! Você só me usou, deixe Dasty em paz agora?

- Em paz? Se é o que você insiste, vou deixá-la em paz.

A única coisa que vi foi ela me puxar para perto dela e sacar uma arma de debaixo de seu casaco, senti a ponta do revolver fino e frio ser colocado abaixo de minha garganta.

- E agora, Bill? – disse ela ao ver o rosto do Bill se transformar em pânico – Quem você ama mais: ela ou eu?

- Por favor, abaixe essa arma, isso não é necessário. Podemos resolver tudo pacificamente.

- Agora você quer falar pacificamente não é? Só por que estou com sua suposta namorada, você não pediu para eu deixá-la em paz?

- Mas não dessa forma, por favor, pare com isso.

- Diga quem você ama mais, a resposta errada e BUM! Tudo se acaba.

Bill estava em estado de pânico tentando pará-la de alguma forma, eu tentava não respirar, por que a cada centímetro que minha garganta se estendia para receber o ar, eu sentia o cano do revólver mais e mais perto de mim.

- Já que não vai responder, eu vou perguntar a ela. E então, nesse momento você prefere Bill Kaulitz ou viver? Se você disser que não o ama e que o quer longe de você, estará salva, mas se quer ficar perto dele, você irá morrer.

Tudo estava em minhas mãos novamente, mas agora era algo mais sério, minha vida estava em jogo. Aceitar abandonar Bill, seria crueldade, mesmo que não fosse verdade, eu não acharia certo. Eu o amava tanto, até o fim dos meus dias, viver sem Bill com certeza seria pior que a morte. Eu li nos lábios deles que eu devia falar que não o amava, mas seria uma mentira.

- Eu o amo – eu disse – E nunca iria abandoná-lo, não importando em que situação eu esteja, mesmo que isso custe minha vida.

Bill prendeu a respiração ao ouvi isso de mim, ouvi Natalie puxar o gatilho, então algo aconteceu naquele momento, senti os braços dela me largando, quando olho para trás Tom, Georg e Gustav haviam agarrado ela pelo casaco e a tirado de mim. Era minha chance, eu virei para frente e disparei a correr.

- Dasty – disse Megan abrindo a porta do terraço – Já vão anunciar os ganhadores do Show de Talentos... AHHHH!!!

Um tiro ecoou naquela noite, sob as estrelas ele vagou por milésimos de segundos, um vento enorme começou a surgir, e então eu caí no chão, me apoiando na neve fria. A neve não era mais branca, aos poucos estava sendo tingida de vermelho escarlate, meu ombro sangrava tanto, e eu não podia fazer nada.

Tudo queimou naquele instante, era como se eu fosse atingida por carvões em brasa e eles penetrassem em minhas veias. Bill veio correndo até a mim e me segurou em seus braços, a neve, apesar de vermelha estava tão fria, mas nos braços dele era quente, meu sangue estava quente me aquecendo de tudo aquilo.

Pelo visto a bala havia atingido um dos meus pulmões, por que era quase impossível respirar, a dor penetrava em minha garganta aos pedidos de ar que meu corpo fazia, eu estava deixando de existir.

- Dasty, por favor! – disse Bill chorando – Mantenha-se acordada, vai ficar tudo bem! POR FAVOR, ALGUÉM CHAME UMA AMBULÂNCIA! UMA AMBULÂNCIA, PRECISAMOS DE UMA!

- Bill – eu tentei dizer – Não vou morrer, a morte não teria graça sem você.

Mas saiu tudo estranho, minha voz misturado com o sangue que saía do machucado de minha boca, mas ele me olhou com seus olhos suplicantes e banhados de lágrimas, abaixou sua cabeça e tocou seus lábios nos meus tentando passar aquele ar frio para mim, já que eu praticamente não conseguia mais respirar.

- Eu não vou te perder! – disse ele – Eu não vou, vou te salvar, eu te amo tanto Dasty.

Não era só Bill que estava me olhando mais, havia uma multidão em volta de mim, rostos totalmente pasmos e assustados me encarando, mas eu não conseguia saber quem era quem, estava tudo borrado, só lembro que um rosto se destacou no meio de todos, era uma garota com cabelos tão longos e encaracolados, eu nunca a vira antes no Colégio.

Enquanto senti Bill tentar me levantar, eu me perdi em mim, o ar havia acabado e meus olhos não agüentavam mais ficar abertos, sob as estrelas e sobre a neve vermelha eu fui me esvaindo como uma névoa em um dia de Sol.

- Bill... Eu te a...


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