Memória corrompida.

“Bom dia.” minha avó abriu a janela. Levantei-me sem reclamar.

“Nossa vó por que você veio me acordar?” eu disse vendo que era 7 horas da manhã.

“Nós vamos fazer uma festa de aniversário, semana que vem para o Aleph ele estava me contando que é aniversário dele.” ela disse dobrando meu cobertor.

“Vó eu passo tão pouco tempo com ele. Até parece que eu não sou mãe dele.” eu enfatizei a palavra mãe da frase. Ela se sentou ao meu lado e apoiou a sua cabeça levemente no meu ombro.

“Você está passando por momentos difíceis, e não é por menos você estar assim.” ela se levantou. “Agora vá tomar banho que temos que ir.”

“Vó?” ela olhou para mim. “O Aleph tá dormindo?” ela concordou. “Então pode deixar que hoje eu cuido dele.”

Afinal não deve ser difícil cuidar de um menino que ainda vai fazer seis anos.

Abri a porta e vi apenas um pequeno bolinho no meio da cama. Lembrei-me de quando Jacob ia me acordar e custava para conseguir isso. Levantei o seu cobertor. Ele não representou nenhuma alteração na sua forma de dormir.

“Aleph.” eu disse sacudindo ele um pouco. Ele abriu os pequenos olhinhos e sorrir ao fechá-los de novo. “Vem dorminhoco.” ele se levantou sem dizer nada e foi caminhando até a porta de saída. “Onde você pensa que vai?”

“Chamar o tio Emmett para brincar.” ele sorriu tão fofo que eu quase não aguentei.

“Não você vai tomar banho.” eu disse empurrando ele levemente em direção do banheiro.

“Eu tomei banho ontem.” ele disse tentando se esquivar.

“Tem que tomar todos os dias.” ele entrou no banheiro e começou a retirar a roupa. “Quer que eu te dê banho?”

“Não eu sei tomar banho sozinho.” ele disse pulando tentando alcançar a torneira do chuveiro. Fui até o box e liguei eu mesma. “Poe a mão de baixo d'água.” ele colocou.

“Ai, tá quente.” ele disse sacudindo a mão. Coloquei a minha mão e percebi que estava boa. Diminui a temperatura até que ficasse fria para mim.

“Tenta agora.” ele colocou apenas a ponta do dedo e depois entrou. “To te esperando lá fora não demora muito.” ele bufou.

Aleph passou a curta viagem inteira reclamando. Ora ele dizia que estava cansado, ora com fome ou sono. Tédio. Entre outros motivos para reclamar.

“Eu deveria ter te deixado em casa sozinho com o tio Jasper.” ameacei.

“Não, o tio Jasper esquece que eu como, ai eu fico com fome.” todas nós rimos.

“Chegamos.” disse a minha mãe estacionando o carro do lado do da tia Rose. Aleph saiu do carro correndo para dentro do shopping sem esperar ninguém.

“Aleph.” eu gritei e fui atrás dele. Ele não se importou comigo chamando apenas seguiu. “Aleph.”

Trombei com um homem duro como rocha que me fez cambalear. Um vampiro. Olhei em seus olhos escuros, mais ainda vermelhos que se escondiam atrás de óculos de sol. Fleches de uma memória distante vieram a minha mente quando meus olhos pousaram em sua face.

Calafrios passaram pelo meu corpo enquanto nós nos encarávamos frente a frente sem ao menos pestanejarmos. Senti alguém tocar a minha mão.

“Desculpa.” foi tudo o que eu disse depois de sair em disparada em direção de Aleph que já estava com a minha mãe. “Aleph, quando eu te chamar é para você esperar.” eu disse me sentando ao seu lado no banco.

“Mais eu estava cansado de esperar.”

“Um minuto não teria mudado nada. Vamos.” eu disse pegando a sua mão.

“Está tudo bem?” minha mãe arfou as minhas costelas. Apenas assenti.

Mas nada estava bem. Eu sabia que eu conhecia aquele homem de algum lugar. E as lembranças que eu tinha com ele não eram boas.

P.V. Bella

Renesmee trombou com Pietro. Ela parecia abismada com o encontro dos dois. Como se ela o conhecesse, mas não soubesse de onde. Seus olhos estavam fixos em apenas um ponto: o rosto de Pietro.

Ela desviou os olhos e se desculpou, quando Melissa puxou sua mão. Passamos o reto do dia sem tocar nesse assunto, mas algo nos olhos de minha filha me intrigava, e me preocupavam.

Já era tarde da noite. As meninas já dormiam e cada vampiro estava em seu quarto. Só restava eu e Edward na sala. Sentei-me do seu lado e me deitei sobre o seu braço.

“Edward, uma coisa muito estranha aconteceu hoje.” eu disse baixinho para que ninguém me ouvisse.

“Percebi que algo estava errado com você.” ele sorriu lindamente e de tirar o folego até daquelas não são mortais.

“A Nessie, esbarrou com Pietro.” ele arregalou os olhos.

“Ela desconfiou de alguma coisa?” ele perguntou ansioso.

“Não, sei ela ficou encarando ele frente a frente como e o conhecesse, e a sua expressão era de puro medo.”

“Mas se ela não o conhece então por que isso?” essa era a questão. O que estava acontecendo?