Pride Winn Prejudice escrita por nandika


Capítulo 2
Renaltiy's come


Notas iniciais do capítulo

Muita coisa acontecerá... E, muito está para ser descoberto.
Espero que goste(m)!
Boa leitura.



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Há dois anos atrás, quando tinha somente 14 anos, sempre brincava no jardim da casa de minha tia Jane. Ela tinha dois filhos gêmeos, que tinham 12 anos de idade. O que era bem difícil de se entender já que eu era mais velha que eles sendo que meus pais se casaram bem depois de minha tia. Mas, com o tempo fiquei sabendo que eles haviam perdido uma filha quando a tia Jane caiu da escada em casa. Foi algo triste, ela até havia adoecido por causa da perda.

Contudo, eu não me importei muito com isso. Não levem isso mal, mas minha tia era muito forte e amável. E eu sabia que ela estaria bem, principalmente que não iria deixar se levar por isso. E, meus primos eram iguais a ela. Já que sempre que ia lá visita-los, eles chamavam seus amigos para podermos brincar. Já que, de algum modo, nunca fui boa com amizade e essas coisas. Exceto com um rapaz.



Depois que minha mãe morreu, fiquei muito deprimida. Cheguei a ter depressão e ir parar no hospital. Bem, pelo menos dizem isso. Mas, nós tínhamos médicos particulares, e eles atendiam em casa. Isso fazia com que eu me afastasse muito das pessoas, e alguns poucos amigos que tinha não conseguiam ficar comigo e se afastaram de mim aos poucos. Como sempre.

Eu me lembro exatamente de quantos e como eram os amigos de meus primos. Zacky, o espertalhão. Usava óculos, roupa esportiva, e seu hobby era ler. Novidade, sei. A Emmily, uma garota e tanto. Loira, de olhos pretos, sempre alegre e seu hobby era brincar. Que hobby não? E, então vinha os irmão Guillery Renaltiy. Jamie e Gustave. Sobre Jamie, ela era uma garota um tanto enigmática . Super alegre, amigável e o mais a preocupava (não sei bem o por que), era saber se eu estava bem. Seu hobby era não ter hobbys. E, apesar de sempre que me perguntava como estava e lhe dizer que estava “tudo bem”, ela insistia que não estava. Simples não? Mas, ela é muito gentil.

O tempo passou, e eu já não era mais tão pequena. Com quase 17 anos. Já não tinha mais amigos. Claro que, os que tinha eram mais por interesse de classe do que por amizade em si. Mas, como tudo na vida. Não ligava. Os meus amigos de verdade, eram poucos. Dava para se contar nos dedos.

A Jamie, não largava do meu pé; mas acabei gostando da sua presença. Quem diria que me tornaria amiga dela. Se tivessem previsto isso, diria que a pessoa era insana. Mas, sua companhia era muito agradável. Saíamos, e ainda saímos para todos os cantos juntas. Os meus primos, Jay e Jullyan Bingley. E, o irmão de Jamie. Esses são os que ainda mantenho contato desde meus 14 anos. Não disse que dava para contar nos dedos!

Jamie e Gustave, eram ‘Renaltiy” mas nunca ligaram para a linhagem sanguínea. E, daí vem o por que de ter sido tão amiga deles. Apesar de metido, sempre era muito divertido estar perto dele. Sua presença era confortante. E, com Jamie então... Vivia contando-me histórias dele e de suas aventuras ao mundo.

–Jamie! Para de ficar contando isso. Daqui a pouco vai sair contando os hobbys e os hábitos pessoas de cada um para ela!

–Ah...sobre isso... Bem... Ern...

–Ah, não. O que foi que você já saiu dizendo por ai?

–“Por ai”, não. Só pra Lizzie!

De repente, ele me olhou curioso mas envergonhado com o que poderia ter me dito. Principalmente dele. Sempre fora assim. Apesar de não ser tímido na hora de falar, sempre fora tímido com o que falam dele. E, o medo ficava evidente em seu olhar. Medo do que ouviria, ou da minha resposta. Medo, até sequer de perguntar.



Meu pai Darcy, era muito ocupado com seus deveres como governante. Principalmente agora, com a minha ascensão à fortuna. Ou seja, já tinha idade para ponderar e assumir qualquer coisa. Trabalhava muito, o que me deixava com tempo de sobra para passear por todos os lados. E, sempre que saia, voltava com coisas novas. Sempre fui compulsiva por compras.

–Mr. Darcy?

–Sim? Entre.

–Desculpe o incomodo, mas... É sobre a Lizzie.

De repente, por um súbito momento, ele se levantou espantado. Confuso e temente de que algo pudesse acontecer.

–O que houve? Ela está bem?

–Ah, sim. Sim, senhor. Mas... Essa companhia. Não deixaria que andasse com os Renaltiy senhor.

Sem entender muito da situação, voltou-se a sentar. A cabeça estava processando as coisas muito rápido, estava ficando confuso.

–Ah... Mas, o que tem ela andar com eles? São amigos dela. Não irei proibi-la de sair com seus amigos. E, quero que se explique do seu motivo para isso.

–Bem, senhor... É que... É que os Renaltiy são uma família muito orgulhosa e jamais aceitaria uma coisa dessas. E, o que está havendo com os dois pode...

–Havendo? Está havendo o que?

–Senhor, você não está vendo? Lizzie e Gustave... Isso pode ser sério.

–Olha, eu sei muito bem como a minha filha se sente a respeito disso. E, para ser sincero. Quem não aceitaria a união dos dois não seria eles, e sim eu. Eles são grandes amigos. Principalmente, Lizzie e Jamie.

–Ora, ora. Você acha mesmo que ela lhe diz tudo que ela sente, senhor? Isso é o tipo de coisa que somente uma mãe poderia fazer. E, no momento você quer substituir essa função. O que é impossível. Ela sentira falta de um amor materno. Na verdade... Ah, não. Deixe de lado.

–Você quer sugerir que eu me case?

–Bem... Sim. Seria pelo bem dela.

–Olha... Não gosto muito de como você age. Não se esqueça de quem você é e onde é seu lugar.

–Sim, senhor. Eu sei muito bem disso. Por isso que... Vendo ela. Eu sei dizer o que ela quer.

–Já chega. Eu sei muito bem como cuidar da minha vida e de minha filha. E, gostaria que fizesse o mesmo. Afinal, já tem que trabalhar duro para conseguir sustentar sua esposa e seus 3 filhos.

Finalmente ficou sem o que dizer. Sempre era pego pelo lado frágil, de ser pai. Os filhos deles são mais importantes que a própria mulher. Na qual já traiu duas vezes. Sempre foi infiel com a mulher, mas sempre que ela diz que vai ir embora com as crianças. Ele praticamente se aquieta.



Na floricultura perto da praça da cidade. Todos comentavam que a família Renaltiy inteira viria para a cidade passar o aniversário do jovem príncipe. Todos estavam se preparando para o grande baile que seria feito. O local, não tinha sido marcado ainda. Mas, dava para ver todos tensos e curiosos para ver como eles eram.

–Quem diria não, Gustave? Todos estão querendo ir para a sua festa. E, nem sabem quem é você. Como você se sente?

Sussurrando comentei sentada no banco da praça.

–Ah. Já acostumei, na verdade.

–É... é sempre assim Lizzie. No meu aniversario não conhecia ninguém. Isso é meio triste. Mas, esse ano temos a nossa família e você!

Sempre a Jamie sabia o que dizer. E sem perceber, nós três estávamos rindo sobre esse comentário. Apesar de ter corado um pouco com o fato de ir no aniversário dele. Mas, sempre soube da etiqueta de festas assim. Teria de receber um convite. E como ele não havia falado nada disso, jamais apareceria lá.

–Ah...

Nós três fizemos ao mesmo tempo. Recuperando o folego após rir tanto. Nunca me senti tão bem, tão viva assim antes.

E, sem perceber os dois estavam conversando. Cochichando algo, que nem fiz questão de prestar atenção. Simplesmente me levantei e fui em direção á loja de roupas. Á Fitas da Mily. Era uma das melhores lojas de fitas e vestidos de toda a cidade. Apesar de limitada era ainda a melhor. Sempre comprava os tecidos, em vez de vestidos prontos. Sempre fui boa com costura e amava fazer meus próprios vestidos.

O que estava usando, era verde-água. Afinando a cintura, longo até os pés como o costume da época, com pregas próximo ao quadril e nas mangas que iam descendo soltas até as mãos. A fita que estava usando era de um tom rosado bebe, que dava o charme na cintura e chamava bastante a atenção à cor viva do vestido.

–Ei! Lizzie, onde vai?

Mas, não dei atenção. Em vez disso, mostrei-lhe onde estava indo. Entrei na loja e logo fui recebida pela vendedora. Que sorria radiante para mim.

–Bom dia senhora. O que deseja?

–Olá. Estou olhando primeiro, depois digo o que quero.

–Sim, é só me chamar.

–Obrigada.

–Não, obrigada a senhora pela preferencia.

–Ah, sim. Onde estão os tecidos? Chegou algum por esses dias?

–Sim senhora, me siga pro favor.


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