Viajem a eternidade escrita por sailorAmy


Capítulo 7
Capítulo 7




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Capitulo seis:

                          A revelação é um doce beijo

Eu entrei na floresta, mas não o encontrei. Eu comecei a andar para procurá-lo, mas depois de algum tempo eu me perdi naquela floresta enorme e cheia de pinheiros enor-mes de troncos escuros e folhas verdes escuras; uma floresta de terra úmida e escura com o ar úmido e frio.

Alguns horas depois, eu encostei-me a um pinheiro e escutei o som de um tiro para o alto seguido de um grito de dor que era apavorante e estava a minha esquerda e foram desaparecendo aos poucos. Eu olhei para a esquerda e passei por entre as árvores para ver o que estava acontecendo.

Eu vi Eryck de costas ajoelhado e com um homem deitado no colo dele. Eryck se le-vantou e se virou enquanto eu me escondia atrás das árvores. Eu olhei de fininho para o homem no chão e me segurei para não gritar ali mesmo e chamar a atenção do Eryck. O pescoço do homem tinha sido mordido por um animal violento e brutal.

Eu olhei para os pés de Eryck e levantei lentamente a cabeça até chegar ao rosto dele. Eu notei que ele estava sem camisa e a sua boca estava melada de sangue. Ele lam-beu os beiços enquanto colocava a mão no bolso de trás e retirava um lenço branco. Ele limpou os lábios com o lenço e logo em seguida passou a língua nos dentes para retirar o resto de sangue que restava.

Eu fiquei apavorada e sai correndo dali o mais rápido o possível e mesmo não sa-bendo para onde ir nem onde estava eu só tinha a esperança de que ia voltar. Alguém começou a correr atrás de mim como se estivesse me perseguindo. Eu comecei a correr o mais rápido que podia. A outra pessoa estava correndo bem do meu lado esquerdo e bem atrás das árvores. Eu comecei a ficar cada vez mais assustada e entrei mais e mais floresta a dentro tentando achar o caminho de volta.

O som dos pássaros voando apavorados bem atrás de mim e isso só me assustou mais ainda. A outra pessoa corria cada vez mais rápida e nem parecia que era humana. Uma brisa bem fraca e úmida bateu levemente em meu rosto e em seguida um vento bem forte e frio veio por trás de mim. Alguém com a mão gelada segurou o meu braço com tanta força que eu nem conseguia move-la ou meche-la. Então eu decidi olhar para trás e vi que quem segurava o meu braço era Eryck. Eu não parei de tentar de puxar o meu braço.

–Rosy, por favor. Escute-me. –disse Eryck olhando para o meu rosto com os olhos brilhando. –Eu posso explicar.

Eu parei de tentar puxar o meu braço e fiquei quieta olhando para ele.

–Obrigado. –disse ele olhando fundo nos meus olhos e dando um suspiro. –Rosy eu tenho uma coisa para lhe contar. Mas não aqui. –ele abaixou a cabeça e bufou. –Aqui não é o lugar certo para contar esse tipo de coisas. –acrescentou ele.

–Então onde? –eu perguntei.

–Você verá. –respondeu ele abrindo um pequeno sorriso no rosto. –E eu acho que você vai gostar. –acrescentou ele.

O corpo dele era lindo com aquele peitoral; barriga sarada e bem definida; braços musculosos e bem definidos. Retirando tudo isso tinha mais alguma coisa nele que, de certo modo, me atraia e me levava até como um imã ou algum outro tipo de força mag-nética, mas mesmo assim eu ainda não tinha decidido o que realmente sentia por ele.

Ele olhou para mim e disse:

- Siga-me. –disse Eryck soltando o meu braço e fazendo um gesto para segui-lo.

Nós começamos a andar entrando mais e mais floresta à dentro. Ele parecia que não ia me dizer mais nada e só ia me guiar. Algumas horas depois, eu estava cansada de tanto andar. Eu parei e me sentei em baixo de um pinheiro. Ele também parou de andar e olhou para mim.

–O que foi? –perguntou Eryck.

–Nada. –eu respondi respirando fundo. –Só estou cansada. –disse. –Podemos parar um pouco? –eu perguntei.

–Não podemos. –respondeu ele. –Se não nós não vamos chegar a tempo. –disse ele.

–Mas eu estou muito cansada. –eu disse.

Eu suspirou e estendeu a mão para mim.

–Então vamos? –perguntou ele levantando uma sobrancelha. –Eu te levo nas minhas costas. –disse ele.

Eu olhei para a mão dele um pouco desconfia. Ele riu e disse:

- Por favor, confie em mim. Eu prometo que não vou fazer nada com você. –disse ele.

Eu tentei confiar nele e segurei a sua mão. Ele me colocou nas suas costas o mais rápido o possível e saio correndo como o vento entrando mais ainda floresta a dentro. Ele subiu uma montanha enorme que ficava bem no meio da floresta que tinha uma vista deslumbrante e maior de um belíssimo vale cheio de carvalhos, pinheiros, cerejeiras e com um rio cheio de curvas que cortava o meio do vale.

Ao chegarmos lá em cima da montanha ele me colocou no chão e então eu pude apreciar melhor dali. Lá em cima da montanha tinha uma enorme e bela arvore com o tronco escoro e folhas verdes escuras que estava plantada bem no meio da montanha; a grama era verde e uma brisa bem leve e bem refrescante bateu no meu rosto. Nós nus sentamos em baixo da arvore.

Ele olhou para baixo e suspirou.

–Rosy? –perguntou Eryck.

–Sim. –eu respondi.

–Só vou te dizer que não sou do seu mundo. –disse ele.

–Tá. –eu disse.

Ele respirou fundo e disse:

- Eu sou um vampiro.  –disse ele suspirando. –Nasci na frança no dia vinte e oito de outubro de mil oitocentos e quarenta. Tenho duzentos e cinqüenta anos. Já andei pelo mundo inteiro varias e varias vezes. –ele olhou para mim. –Eu andei observando a sua espécie durante todo esse tempo e nunca vi a mudar de atitude com o decorrer do tempo. –ele olhou para baixo e piscou os olhos duas vezes. –Sempre vi o ser humano ganancioso e só se preocupando com a sua própria espécie, mas nesses últimos dias quando retornei a Bertsch-Oceanview vi algo que me fez mudar de idéia. –acrescentou ele.

–E o que foi isso? –eu perguntei.

–Foi você. –ele respondeu. –Nesses últimos dias andei observando você e sua famí-lia. Vi que vocês tinham uma coisa bem interessante que ninguém mais tinha. –disse ele suspirando. –E foi ai que eu decidi ficar na cidade e continuar observando até que me apaixonei. –acrescentou ele.

–Mas e vocês? Nunca se amaram? –eu perguntei.

–Nós. –disse ele rindo, mas logo ficou serio. –Nós vivemos nas trevas onde a escuri-dão é imensa e onde o sol é o que nos assombra e que nos mata. Só estou protegido por causa desse anel. –acrescentou ele levantando a mão e me mostrando o anel.

O anel era feito de ouro e prata com umas linhas feitas desses materiais que co-briam uma bolinha de vidro que tinha um liquido vermelho dentro.

–Como você ganhou isso? –eu perguntei.

Ele abaixou a mão e disse:

- Eles só me deram esse anel porque sou o príncipe dos vampiros. A minha imortalidade é muito importante para o parlamento e o conselho. –disse ele bufando e olhando para o anel. –Pelo menos isso me protege de varias coisas naturais que poderiam me matar. –acrescentou ele.

–Mas que tipo de coisas? –eu perguntei.

–Coisas do tipo água benta, luz solar e alho. –respondeu ele respirando fundo e rindo. –Ele só não me protege contra a verbena e a estaca de madeira. –disse ele olhando para mim. –Essa é a parte ridícula nesse anel. –ele piscou os olhos duas vezes e sorrio. –Ele só me protege dos menos perigos e esquece os que podem me causar um belo estrago. –acrescentou ele.

Eu me calei por alguns segundos e olhei para os olhos dele. Ele suspirou e disse:

- Rosy! Você sabe que eu sou muito forte e muito rápido? –perguntou ele.

 –Sim. –eu respondi.

Ele se levantou e afinou os olhos.

–Você sabe o que eu como? –perguntou Eryck.

–Sim. –eu respondi me levantando. –Então por que você não saí correndo? –perguntou ele.

–Porque eu não estou mais com medo. Também porque eu confio em você e sei que jamais faria algo assim comigo. –eu respondi. –E se você realmente quer o meu san-gue. –eu disse colocando o meu cabelo para trás e expondo o meu pescoço. –Venha pe-gar. – acrescentei enquanto ele se virava só para não olhar o meu pescoço.

–Você esta louca? –perguntou ele. –Cubra isso agora antes que eu vá ai e te morda. –disse ele.

–Não vou cobrir não. –eu disse virando o meu pescoço para o lado. –E se você quer tanto assim o meu sangue venha pega-lo. –acrescentei.

Ele respirou fundo e se virou olhando diretamente para os meus olhos.

–Rosy, por favor. Pare com isso. –implorou ele.

“Minha nossa. Será que o meu sangue é tão tentador assim para ele?” – eu pensei enquanto cobria o meu pescoço como o meu cabelo. 

–Assim está bem melhor. –disse ele voltando a me olhar por inteira enquanto vinha até mim. Ele segurou a minha mão e sorrio. –Venha. Tenho mais uma coisa que quero que veja. Mas é uma surpresa. –ele largou a minha mão por alguns segundos e fechou as pálpebras dos meus olhos. –Por isso quero que fique com os olhos bem fechados. –acres-centou ele segurando novamente a minha mão.

Ele me colocou em suas costas saio correndo subindo mais e mais a montanha até para e me colocar no chão. O som do lugar era de pássaros piando e do vento frio baten-do nos arbustos, o cheiro era de terra molhada.

–Já pode abrir os olhos. –disse ele.

Eu abri os olhos imediatamente e vi canteiros enormes com os troncos escuros, fo-lhas verdes escuros cheios de rosas brancas ou vermelhas. Eu olhei par cima e rodopiei.

–O que achou? –perguntou ele abrindo um sorriso bem pequeno. –Pelo o que eu sei você adora rosas então achei que você ia gostar. –disse ele.

–Eu adorei. –eu respondi parando de rodopiar e olhando para ele. –Mas como você sabia disso? –perguntei.

–E... que... –ele colocou a mão na cabeça e olhou para o lado. –eu li o seu diário neste fim de semana antes de você voltar de viajem. –respondeu ele retirando a mão da cabeça. –Eu só queria saber o que você gostava para lhe surpreender quando nos encon-trassemos pela segunda vez. –ele olhou para mim com os olhos brilhando. –Desculpe-me Rosy. –disse ele abaixando o tom de voz.

–Tudo bem, mas não faça isso de novo. –eu disse. -

Ele suspirou e sorriu. Nós rimos e nus deitamos de baixo de um pinheiro enorme. Eu me deitei bem ao lado. Eu me sentia bem à vontade com ele agora.

Eu olhei bem para ele, que estava super à vontade ao meu lado, e disse:

- Então... quem te transformou? –eu perguntei.

Ele olhou para mim e suspirou.

–Ninguém, Rosy. Eu nasci assim. –respondeu ele. –O que vocês sabem sobre nós é uma farsa, uma mentira. –disse ele abrindo um pequeno e forçado sorriso. –Todas as vampiras podem gerar filhos, mas as que geram crianças mais fortes são aquelas que já foram humanas um dia. –ele respirou fundo. –Mas essas que já foram humanas um dia, geralmente, acabam lhe traindo ou se matando porque não querem mais ser vampiras. São poucas as que ficam com os seus maridos até o fim. –acrescentou ele.

–Minha nossa. –eu disse impressionada. –Mas como você sabe de tudo isso? –eu perguntei.

–Minha mãe já foi humana um dia e ela traio o meu pai por um mortal. Dês de então eu nunca a perdoei e coloquei em minha cabeça que os mortais não prestavam. –disse ele bufando. –Por favor, Rosy vamos mudar de assunto. –implorou ele. –Eu não quero falar nos meus problemas familiares agora e principalmente para você. –acrescen-tou ele.

–Lá em casa as coisas não funcionam assim. –eu disse fechando os olhos e encostando a cabeça no ombro dele.

–Eu sei. –sussurrou ele.

Ele passou uma mão por trás das costas em direção ao meu ombro onde apertou um pouco e acariciou. Meu coração começou a bater em disparada enquanto um calor começou subir pelo meu corpo. Acho que estava começando a me apaixonar por ele.

Eu desci um pouco a cabeça até o peitoral dele.

Eu abri os meus olhos e olhei para ele.

–Pensei que os vampiros não tinham coração. –eu disse.

–Temos sim. –ele sorriu. –Mas eles só batem uma vez por ano ou quando temos sentimentos muito fortes por alguém e esses sentimentos podem ser bons ou ruins. Mas para você creio que são muito bons. –disse ele.

–Então por que fica me tratando daquele jeito? –eu perguntei.

–Eu só queria te proteger. –respondeu ele.

Eu o abracei com força, embora ele não sentisse a minha força, e disse:

- Você jamais será um monstro Eryck. Jamais. –eu disse.

Ele virou o olhar para mim e disse:

- Não fale isso. –disse ele bufando. –Você nem me conhece direito. Nem sabe o que andei fazendo nos séculos passados. –acrescentou ele.

–Então o que você fez de tão ruim? –eu perguntei retirando a cabeça do peitoral dele.

–Não quero comentar isso. –disse ele com a voz baixa.

–Tudo bem. Eu entendo. –eu disse.

Eu respirei fundo enquanto o meu coração batia cada vez mais e mais forte e mais rápido e o calor esquentava mais ainda.

Ele retirou a mão do mau ombro e a puxou de volta. Ele se levantou e saiu andando em direção a um pequeno caminho escuro e frio.

Eu o olhei e disse:

- Para onde você vai? –eu perguntei.

–Vou ali pegar uma coisa e já volto. –respondeu ele. –Eu não vou demorar. Eu prometo. –disse ele saindo correndo.

Eu suspirei e pensei, pensei que coisas ruins poderiam estar no passado de Eryck e o porquê ele não queria que eu soubesse. “Será que ele já desobedeceu alguma regra mui-to grave? Será que ele já fez coisas ruins?” – eu pensei.

Eu respirei fundo e tentei imaginar ele fazendo alguma coisa desse tipo. Foi muito difícil imaginar isso.

–Voltei. –disse ele saindo de trás das arvores enquanto eu abria os olhos letamente.

Ele estava segurando alguma coisa atrás das costas.

Eu me levantei e me aproximei dele. Eu tentei ver o que ele tinha na mão, mas ele não me deixava ver nada. Eu apontei para a mão dele e disse:

- O que é isso? –eu perguntei.

–Isso o que? –perguntou ele.

-Não se faça de tonto. Isso ai que esta atrás de você. –eu disse.

Ele retirou a mão de trás das costas e me deu uma linda rosa com varias pétalas brancas e duas pétalas vermelhas. Eu segurei à rosa e a cheirei. Eryck tinha arrancando todos os espinhos da rosa com as suas mãos que se regeneravam aos poucos.

Eu olhei para ele e disse:

- Obrigada. –eu disse.

–De nada Rosy. –disse ele se aproximando mais e mais de mim.

Ele me olhou com aqueles olhos doces e profundos e se encurvou um pouquinho. Nossos lábios estavam muito próximos um do outro. Nós fechamos os nossos olhos e a-brimos as nossas bocas enquanto nos aproximávamos mais e mais até ele enfiar a sua lín-gua na minha boca. Ele estava me convidando para um beijo que era tentador, delicioso e muito quente e eu aceitei esse convite enfiando a minha língua na boca dele. Um calor nós rodeava.

Ele me empurrou lentamente até eu cair de bunda no chão. Nós nus separamos um pouquinho, mas foi só alguns centímetros bem pequenos enquanto abríamos os olhos e voltávamos a nos olhar por alguns instantes. Ele me olhava com certo brilho nos olhos. Ele sentou-se bem na minha frente enquanto eu me deitava no chão to-da estirada com o rosto um pouco virado. Ele veio para cima de mim colocando uma mão bem do lado do meu rosto e a outra perto do meu pescoço. Ele se aproximou mais do meu rosto e nós fe-chamos os olhos. Ele respirou fundo e encostou os lábios nos meus enquanto enfiava a língua na minha boca e me empurrava mais e mais para o fundo e o seu abdome encosta-va levemente na minha camisa. Eu fechei os meus olhos e enfiei a minha língua na boca dele enquanto fechava os olhos e deixava os sentimentos me levarem. Um calor imenso subiu pelos nossos corpos acompanhado da força que nos atraia enquanto ele mais e mais forte.

Eu percebi que o que me levava até ele era mais que uma simples força magnética. Era uma força bem maior e bem mais forte que impossível de evitar.

A grama era bem verde, bem macia e estava molhada.

Ele caio totalmente sob o meu corpo enquanto ainda me beijava. Nós já estávamos quase cedendo aquele sentimento lindo quando ele parou de me beijar e se afastou de mim. nós abrimos os olhos e olhamos um para o outro. Ele me olhou com aqueles os bri-lhantes e profundos enquanto se levantava aos poucos e sentava-se sob os joelhos. Eu me levantei até ficar novamente e me sentei sob os meus joelhos enquanto o olhava.

Nós passamos as mãos na boca para retirar o resto do beijo.

–Desculpe-me Rosy. –disse ele olhando para mim. –Eu não sei o que deu em mim. –acrescentou ele.

–Tudo bem. –eu disse.

Depois daqueles beijos os meus sentimentos pelo Eryck já estavam mais que definidos.

Ele respirou fundo e fechando os olhos:

- Rosy eu tenho uma coisa muito importante par lhe dizer. –disse ele abrindo os olhos. –Eu te amo. –ele falou lentamente. –E por isso quero te proteger. –acrescentou ele levantando-se um pouquinho e acariciando o meu rosto.

Eu abaixei a cabeça por alguns segundos e respirei fundo.

–Eu também te amo. –eu disse levantando a cabeça e o olhando. –E eu não tenho medo de dizer isso na sua frente e nem por trás de você e eu posso repetir isso quantas vezes eu quiser. –acrescentou ele.

–Mas você sabe o que pode acontecer se você ficar falando isso o tempo todo? –perguntou ele olhando fixamente para mim.

–Não. –eu respondi. –Mas mesmo assim eu não tenho medo. –eu disse respirando fundo e me levantando.

Eu fui andando até um pinheiro bem atrás de mim enquanto ele se levantava e ia atrás de mim. Eu me virei me encostei a arvore enquanto ele se aproximava de mim colo-cando as mãos bem a cima da minha cabeça. Ele estava bem em cima de mim com o ros-to muito próximo do meu quase me beijando novamente. Eu virei o rosto para o lado só para não beijá-lo de novo.

–E do parlamento? Você não tem medo do que eles podem fazer com você? –perguntou ele.  

–Eu não tenho medo de nada do que o parlamento possa fazer comigo. –eu respon-di. –Mesmo que isso me machuque e me mate eu nunca vou temer o parlamento princi-palmente pelo fato deles quererem me matar. –eu disse com a voz encorajada.

Ele bufou e se afastou de mim virando as costas para mim e dando alguns passos à frente. Eu fui até frente dele e ele me abraçou pelas costas. Ele cheirou o meu pescoço e o beijou enquanto me balançava um pouquinho e pegava a minha mão. Ele parou de me abraçar e me empurrou, ainda segurando a minha mão, com a mão estendida no ar me fazendo rodopiar e logo em seguida ma puxando de volta. Nós rimos.

Ele me fez sentir bem melhor de uma hora para a outra. Eu estava rindo com ele agora e isso me deixava mais feliz ainda, mesmo sem ter nenhum motivo para rir.

Ele soltou a minha mão e eu saí correndo pelo campo a fim de brincar com ele. Ele saiu correndo atrás de mim numa velocidade imensa e com um sorriso no rosto. Ele me agarrou por trás do nada e eu me assustei. Nós caímos juntinhos no chão, ele tinha caído bem do meu lado. Eu me virei de lado só para olhá-lo. Nós começamos a rir daquela si-tuação que era bem engraçada em que estávamos.

Nós parecíamos duas crianças, duas crianças altamente apaixonadas umas pelas ou-tras e sem nenhum motivo para ficarem assim alem do modo como olhávamos um para o outro e da atração que tínhamos.  

Eu me deitei no chão novamente enquanto ele virava e olhava para mim ainda rindo da situação enquanto eu tentava ficar seria. Ele esticou a mão até a minha barriga e começou a fazer cócegas nela. Eu não agüentei e ri enquanto me contraia um pouco.

–Para. –eu disse quase chorando de tanto ri.

–Há mais eu não paro até você desistir de ficar séria comigo. –disse ele sem parar de fazer cócegas em mim. –Não gosto de lhe ver séria desse jeito. Assim você me parece que esta triste e eu jamais gostaria de lhe ver deste jeito, pelo menos não no inicio da nossa história. –acrescentou ele.

Ele respirou fundo enquanto eu virava a minha cabeça e o olhava.

–Rosy... –disse ele olhando levemente para baixo e suspirando. –Sei que isso vai ser muito arriscado para nos dois, mas vou arriscar. –ele levantou o olhar e olhando direta-mente para mim com aqueles olhos. –Você quer namorar comigo? –perguntou ele.

–Vou pensar no seu caso. –eu disse com o tom de voz sarcástico.

Ele riu e se aproximou mais de mim.

–Fala sério. –disse ele quase em cima de mim com os nossos lábios quase se tocan-do. –Vai pensar no meu caso depois de nos dois se declararmos uma para o outro. –ele o-lhou fixamente nos meus olhos enquanto eu ria. –Você não esta falando sério sobre isso? –perguntou ele enquanto eu virava o rosto para o lado.

Eu virei o meu rosto de volta e os nossos lábios se encostaram. Ele afastou um pou-co a cabeça e eu pude ver aqueles olhos azuis brilhando como em seu rosto que, de certo modo, imploravam para que eu dissesse sim para o namoro com ele. Ele abriu um sorriso bem pequeno e alegre que fez o meu coração bater em disparada numa velocidade inco-mum.

Eu respirei fundo e disse:

- Mesmo assim eu vou pensar no seu caso. –eu disse animada. –Mas eu vou pensar com muito carinho sob o seu caso. –acrescentei.

Ele riu e respirou fundo.

–Tudo bem. Se você prefere assim. –disse ele se afastando de um pouco mais.

Ele rolou de volta para o lado se levantou imediatamente do chão. Ele veio até mim e estendeu uma mão para mim. Eu segurei a mão dele e ele me puxou para cima de uma vez só.

Ele me olhou e disse:

- Eu te levo de volta. –disse ele suspirando. –Mas antes preciso ir para casa pegar a camisa. –eu o olhei e levantei uma sobrancelha. –Eu a deixei dentro do meu armário só para não deixar vestígios de sangue nela. –ele olhou para mim. –Você me entende? –per-guntou ele.

–Sim. Eu te entendo. –eu respondi.

Ele sorrio e me colocou, novamente, em suas costas e saio correndo como o vento até o fim da montanha. Nós passamos pela floresta e pela relva até que avistei a parte de trás de uma casa enorme e bem distante do resto da população. A casa tinha paredes fei-tas de uma madeira bem clara. A casa tinha uma arvore enorme sem folhagem nenhuma e com o tronco escuro. Um galho enorme da arvore dava direto para uma varanda no só-tão da casa.

Nós escalamos a arvore o mais rápido e ele pulou a grade da varanda. A varanda tinha uma porta de vidro enorme que dava direto no sótão.

Ele abriu a porta e nós entramos. No sótão tinha um guarda roupas enorme, antigo e de certo modo simples feito de ébano; uma cama de casal enorme com um colchão ortopédico bem confortável, um lençol vermelho, que estava bem bagunçado, e uma madeira escura; vários quadros que eram cobertos por panos brancos bem velhos; um piano bem pequeno e velho feito de uma madeira bem clara; uma bateria preta bem ao lado do piano; um violão guardado e com a cabeça encostada contra a parede; uma guitarra guardada com a cabeça encostada contra a parede bem ao lado do violão; um violino bem velho e bem delicado que estava guardado e encostado na parede.

Ele respirou fundo e olhou para tudo aquilo.

–Bem vinda ao meu quarto. –disse ele olhando diretamente para mim e abrindo um sorriso. Ele apontou para a cama. –Por favor, fique a vontade enquanto eu pego a minha roupa. –acrescentou ele enquanto encaminhava até o seu armário.

Tinha uma enorme janela aberta do lado da cama. Uma janela que também era feita de ébano.

Eu olhei para o lençol da cama e disse:

- Minha nossa. Você deve passar bastante tempo aqui. –eu disse retirando os olhos da cama e olhando para um quadro que estava ali perto.

–Sim. Eu passo bastante tempo aqui. –disse ele pagando a camisa.

Eu me aproximei do quadro enquanto ele colocava a camisa. Eu estiquei uma mão para puxar o pano e ver o que tinha naquele quadro. Ele correu até mim e disse:

- Não faça isso. –gritou ele com a voz grossa enquanto segurava a minha mão com força.

Ele estava me machucando. Um vento forte e frio entrou pela janela e sacudiu o meu cabelo e espalhou o meu cheiro pelo quarto inteiro. Ele me olhou com os olhos pro-fundos que estavam começando a ficar vermelhos enquanto as suas presas começavam a crescer e os seus instintos começavam a pedir aquilo, a única coisa que eu poderia lhe o-ferecer naquela circunstancias. Ele não agüentou mais ansiedade, largou a minha mão, ra-pidamente foi para trás de mim e segurou o meu pescoço. Ele o virou e levantou bem o meu queixo enquanto lambia o meu pescoço inteiro com aquele língua que era um pouco áspera. Ele abriu a boca e se preparou para dar uma dentada daquelas no meu pescoço enquanto colocava mão na minha boca para não escutar os meus gritos.

Eu olhei para parede e fiquei tonta enquanto tudo ficava escuro. Alguns minutos depois, eu acordei na cama dele e logo toquei no meu pescoço a procura daquela ferida, mas ela não estava lá. Eu olhei para os lados a procura dele até avistá-lo sentado bem na beira da cama e me olhando para mim com uma pequena lagrima escorrendo em seu ros-to. Os olhos dele estavam começando a ao voltar ao normal aos poucos enquanto as suas presas começavam a encolher bem de vagar.

–Desculpe-me por essa minha atitude. –disse ele pegando na minha mão que estava largada sob a cama.

–Não tudo bem. –eu disse o olhando. –Eu não ligo. Sei que são os seus instintos e que isso é muito mais forte que você. –ele se aproximou mais de mim, com as presas ainda sumindo, e os nossos lábios estavam quase se tocando. –Eu lhe perdôo pelos seus instintos e por tudo o que vez comigo até agora. –acrescentei.

Ele se aproximou mais e mais de mim e esticou a mão até o meu rosto. Ele acariciou o meu rosto suavemente e encurvou o corpo para cima de mim enquanto abria a boca e se aproximava mais. Ele fechou os olhos e se empurrou para cima de mim e enfiou a lín-gua na minha boca. Eu enfiei a minha língua na boca dele e aceitando aquele beijo deli-cioso e muito tentador enquanto um calor subia pelos nossos corpos e esquentava mais ainda aquela situação. Ele se aproximou mais ainda de mim e me empurrou mais ainda para o fundo da cama. Ele acariciou o meu rosto, com isso, expôs o meu pescoço e espalhou, sob a cama, o pouco cabelo que o cobria enquanto o seu peitoral encostava levemente em meus seios e a sua barriga encostava-se à minha. Os nossos corações estavam batendo em disparada, pois eu consegui escutar o coração dele quando ele en-costou o seu peitoral nos meus seios. Um calor enorme subiu pelos nossos corpos e, de alguma forma, virou uma corda e nos amarrou naque-la situação. Uma corda apertava cada vez mais e me aproximava mais ainda dele.

Nós estávamos ficando excitados com “aquilo”. Na verdade nós queríamos “aquilo”, mas as presas dele estavam retornando a crescer e os seus olhos estavam retornando a fi-carem vermelhos. Ele parou de me beijar e olhou para o meu pescoço nu que o atraia ca-da vez mais e o fazia querer o meu sangue. Mas alguma outra coisa em mim o atraia mais que o meu sangue, talvez fosse o meu cheiro que o atrairá mais ainda. Ele se afastou ime-diatamente de mim e olhou para parede. Ele estava tentando se controlar e voltar ao nor-mal o mais rápido o possível.

Ele respirou fundo, virou um pouco e olhou para mim.

–Eu tenho que lhe levar em casa. –disse Eryck virando se e olhando para mim. Ele ainda estava hipnotizado com o meu pescoço que estava totalmente nu e exposto ali en-quanto o meu cabelo estava espalhado. –Agora. –acrescentou ele virando o rosto rápida-mente e olhando para a parede cheia de instrumentos que estava na sua frente.

Eu me levantei da cama e rapidamente cobri o pescoço enquanto ele levantava-se. Ele ficou me olhando enquanto eu me aproximava dele.

 Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei. Ele me colocou nas costas e nós fomos até a porta da varanda. Ele subiu num galho da arvore e rapidamente descemos dali. Ele me colocou no chão e nós começamos a andar em direção a frente da casa e ao chegar-mos lá saímos andado pela rua.

Eu o olhei enquanto passávamos por aquelas casa simples e um vento frio e bem fraco passava entre os nossos pés.

Ele me parecia incomodado ou irritado com alguma coisa, por isso estava calado e eu não gostava disso.

Eu suspirei e disse:

 - Não gosto de te ver assim. –eu disse enquanto ele virava a cabeça e olhava para mim.

–Do que você esta falando? –perguntou ele.

–Eu estou falando da sua cara. –eu respondi me aproximando dele e encostando a minha cabeça em seu ombro. –Eu não gosto quando você faz essa cara. Parece que você esta irritado ou incomodado com alguma coisa. –eu disse.

–Mas como você acha que eu posso melhorá-la? –perguntou ele olhando para mim e colocando a mão no meu ombro.

 –Sorrindo de vez em quando, talvez... –eu respondi levantando a cabeça e olhei para o rosto dele.

Ele sorrio forçadamente que me fez ri.

–Assim esta bom? –perguntou ele olhando para mim com o sorriso.

Eu ri novamente e disse:

- Não, não. Para. –eu disse colocando a mão sob a boca por alguns instantes. –For-çado também não, né. –eu olhei bem para o rosto dele. –Tente algo mais natural. –acres-centei.

Ele parou de sorrir e bufou.

–É que eu não consigo sorri sabendo que estou te colocando em risco. –disse ele olhando fundo nosso meus olhos. –Você também não ia conseguir sorrir se soubesse o risco em que eu e você estamos correndo só por eu estar olhando em seus olhos. –ele olhou mais fundo em meus olhos e num piscara de olhos algo apareceu em minha mente. “Rosy existe milhões de regras no meu mundo que se eles descobrissem o que estamos fazendo poderiam mandar matar nós dois se descobrissem que eu estava te encarando”, disse ele e minha mente. –E tem o dobro disso para os beijos que demos e o triplo para as nossas declarações no meio da floresta. –ele olhou mais fundo ainda nos meus olhos “Vá se acostumando com essas conversas por telepatia”, disse ele telepaticamente. –Porque, talvez, esse seja o único modo de conversar mos sem ninguém escutar. –acrescentou ele.

Eu arregalei os olhos e disse:

–Não sabia que você tinha telepatia. –eu disse.

“Eu tenho vários poderes que você não conhece. – ele virou a cabeça pro lado -. Você deveria ter medo disso”, disse ele telepaticamente.

 –Por quê? –eu perguntei.

–Porque a telepatia permite que eu mecha com a sua memória e se eu quiser que você me esqueça no final dessa história é só eu tocar em você e apagar todo esse nosso momento juntos. –respondeu ele tranquilamente. –Mas eu só vou fazer isso se tudo der errado. –disse ele suspirando e virando a cabeça de volta. –Estou torcendo para que isso não aconteça. –acrescentou ele.

Ele olhou para mim e me abraçou.

–Não deixarei que te machuquem Rosy. –disse ele me abraçando mais forte.

Eu o abracei o mais forte que pude. Alguns segundos depois, ele me largou e nós voltamos a andar. Ainda faltavam alguns quarteirões para chegarmos na minha casa.

Nós estávamos bem perto da biblioteca e da casa de Darious. Ele não ia gostar de ver que eu e Eryck estávamos juntos. Mas eu não ligava, pois, eu achava, que ele não po-dia fazer nada com Eryck se eu estivesse por perto.

Eu olhei para Eryck novamente e percebi que ele estava tentando fingir que estava contente ao meu lado, mas eu sabia que não estava. Ele abriu um sorrisinho bem fino e pequeno para tentar disfarçar.

–Então. O que você acha que a sua mãe e a irmã vão pensar assim que verem você e eu juntos? –perguntou ele interessado. –Eu sei que elas nunca me viram e você juntos e elas nem me conhecem, mas não sei o que se passa na mente delas. –disse ele.

–Mas você não é tele pata? –eu perguntei.

Ele suspirou e disse:

- Sim, sou. –respondeu ele olhando para o lado. –Mas eu só leio a mente daqueles que sou mais próximo e de que tenho alguma ligação muito intima. Por exemplo: você. –disse ele.

Quando ele disse isso, um arrepio subiu pelo meu corpo e me fez estremecer.

                                                                 ...

Ao chegarmos na rua em que eu moro, nós avistamos vários carros da policia cer-cando a minha casa e a minha mãe e a minha irmã na frente da casa chorando. Anna e Wil estavam do lado delas dando uma força para as duas.

Eu saí correndo até elas para ver o que estava acontecendo com elas e o porquê de tanto choro. Elas se surpreenderam ao ver que eu estava bem. A mamãe veio até mim de braços abertos e me abraçou com tanta força enquanto as lagrimas escorriam pelo seu rosto.

–Filha. –disse Sophia chorando bastante. –Onde você estava? –perguntou ela.

–Mãe o que ouve? –eu perguntei escutando aquelas sirenes altas.

Ela respirou fundo e disse:

- Rosy. –ela parou por alguns segundos e tentou se acalmar para falar. –Mataram o seu pai e o seu irmão sumiu. –disse ela chorando cada vez mais.

Eu me assustei e a abracei com toda a força que tinha.

–Quem o matou? –perguntei.

–Ninguém sabe. –respondeu Wil por ela. –Só sabemos que ele teve uma mordida terrível no pescoço. –disse Wil se aproximando de nós.

Eryck se aproximou daquela cena e eu olhei para ele.

“Rosy, eu juro que não tive nada a ver com isso”, disse ele.

“Então venha até aqui”, eu disse, telepaticamente, a ele.

Ele se aproximou mais ainda enquanto eu soltava a mamãe e o puxava para apre-sentá-lo a ela.

–Mãe este é o Eryck. –eu disse.

–Oi. –disse ele abaixando o tom de voz.

–E ele deveria estar na escola e na detenção. –disse Wil.

–Mas ele estava. Só que a detenção acabou cedo e ele foi para biblioteca, onde eu estava. –eu parei de falar por alguns segundos e pensei bem no que ia dizer. –Nós nos sentamos na mesma mesa e ai começamos á conversar um pouco e bem baixinho para a bibliotecária não notar. –eu disse olhando para ele. –E quando eu fui embora ele quis me acompanhar até aqui. –acrescentei.

–Nós percebemos que você tinha saído da escola quando Nicole e Jane trouxeram o seu carro para a garagem. –disse Anna olhando para garagem.

As duas saíram de dentro da casa e vieram me abraçar. A primeira me abraçar foi Jane.

–Nicole me contou todo o segredinho dos dois. –sussurrou Jane bem perto da minha orelha. –Não vou contar para a Wil. –acrescentou ela me soltando.

“Por que Nicole foi falar para ela o meu segredo sobre o Eryck” – eu pensei.

Nicole veio me abraçar o mais rápido o possível.

–Desculpe-me. Eu tinha que contara para alguém. –sussurrou Nicole me abraçando mais forte.

“Fofoqueira” – eu pensei.

–Nunca mais conte nenhum segredo desses pra ninguém. –eu sussurrei um pouco furiosa com ela.

–Tá certo. –sussurrou ela me soltando.

Ela se afastou de mim e Eryck veio até mim.

“Rosy eu não tenho escolha. Terei de apagar a sua memória, mas não agora e sim à noite” – disse ele.

“Por favor, não faça isso” – eu implorei, telepaticamente, a ela.

“Sinto muito Rosy mais tenho que fazer isso. É para o seu próprio bem” –ele disse.

Ele se virou de costas e saio andando.

–Tchau Rosy. –disse ele saindo daquela cena.

Anna ficou o olhando como se o conhecesse antes até ele virar a esquina.

Eu respirei fundo e tentei ficar calma, mesmo sabendo que teria todas aquelas lem-branças, que pareciam ter sido tiradas de livros enormes de romances, apagadas da mi-nha memória. A vontade que eu tinha era de chorar, mas eu tinha que agüentar para nin-guém notar que eu não estava bem.

Alguns segundos depois, mamãe olhou para todos e pediu que eles fossem embora agora e disse que ia ficar bem, mas todos sabiam que ela não estava nem um pouco bem. Nós – eu, Liza e a mamãe – nos despedimos de nossos amigos e entramos em casa o mais rápido o possível.

Como já eram oito horas e nós não estávamos com fome fomos nos preparar para dormir.

Ao me deitar na cama peguei logo num sono. Alguns segundos depois um vento bem forte e bem frio entrou pela janela. Alguém pegou o banquinho que estava bem encostado atrás da porta e o colocou bem ao lado da minha cama. Uns lábios quentes e bem saborosos encostaram de leve nos meus lábios. Aquilo me fez acordar.

Eu abri os olhos lentamente e vi Eryck olhando para mim.

–Esta na hora. –ele disse olhando para o lado. Ele respirou fundo e olhou novamente para mim. –Vamos lá. –acrescentou ele colocando dois dedos sob a minha testa.

Eu segurei a mão dele e olhei fundo em seus olhos.

–Eu não quero te esquecer Eryck. –eu disse quase chorando.

Ele bufou e retirou lentamente a mão da minha testa.

–Tudo bem. –disse ele olhando fundo nos meus olhos. –Eu também não me sentiria bem se você não soubesse quem eu sou. –acrescentou ele encurvando se para cima de mim.

Eu olhei para aqueles olhos que brilhavam. Ele se aproximou da minha testa e deu um beijinho nela.

–Boa noite, querida Rosy. –sussurrou ele numa voz bem baixinha enquanto se separava e se levantava.

–Não vá. Fique aqui. –eu disse enquanto ele quase saia. –Eu quero muito que fique. –acrescentei.

Ele bufou e se sentou novamente no banquinho. Eu me levantei, soltei a mão dele e fiquei sentada sob a cama para vê-lo melhor. Ele colocou as mãos sob a cama e bem ao meu lado. Ele ficou me olhando.

–Rosy eu não quero que te peguem. –ele disse.

–E não vão. Eu não vou deixar que me peguem. –eu disse.

–Nem eu vou deixar que isso aconteça. –ele parou de falar por alguns segundos e suspirou. –Virei aqui todas as noites para lhe ver. –disse ele.

Eu segurei a mão dele novamente, mas dessa vez eu não queria solta-la. Ele sorriu e deitou a cabeça bem perto de mim.

–Você sabe que em algum momento eu terei de voltar para casa. –disse ele rindo.

–Mesmo assim eu não vou soltar. –eu disse segurando a mão dele com mais forte. 

–E quando a sua mãe vier lhe ver esta noite. –ele disse levantando a cabeça e olhan-do para mim com os olhos brilhando. –Você não vai soltar? –perguntou ele levantando uma sobrancelha.

Eu fiquei sem para responder. Era muito interessante o como aquele menino conse-guia me deixar sem palavras e foi isso o que me fez soltar a mão dele. Aquilo me deixou muito irritada com ele.

Ele puxou a mão pra perto dele para eu não segura-la mais. Ele olhou bem fundo nos meus olhos. Quando ele me olhava desse jeito – todo o meu corpo esquentava, um arrepio subia dos pés a cabeça e eu ficava congelada ali mesmo onde estava parada. Ele aproveitou a situação e se aproximou mais de mim. Nossos lábios estavam muito juntos e nós fechamos os nossos olhos e abrimos nossas bocas. Ele enfiou a língua na minha boca e me convidou para mais um beijo delicioso, quente, bem tentador, bem doce e cuja eu aceitei enfiando a língua na boca dele. Ele subia na cama e me empurrava lentamente pa-ra baixo da cama enquanto subia lentamente em cima de mim e aprofundado cada vez mais o beijo e que beijos tentadores e bem deliciosos ele me dava.

Nós já estávamos bem excitados quando alguém bateu na porta.

–Rosy. –gritou a voz de trás da porta. –Está tudo bem com você? –perguntou a voz.

–Tá tudo bem. –eu respondi.

Em um piscar de olhos ele sumiu.

–Eu posso entrar? –perguntou a voz.

–Claro. –respondi deitando-me novamente na cama e fingindo que nada aconteceu.

A porta se abriu e a mamãe entrou. Ela olhou bem para mim e soltou um pequeno sorriso bem triste.

–Sei que você deve estar sentindo falta do seu irmão. –disse ela se aproximando de mim. Ela sentou-se bem do meu lado, bem onde Eryck estava sentado á poucos segundos, e segurou a minha mão. –Mas nós vamos achá-lo querida. Você não precisa se preocupar. Se o acharmos John acharemos o assassino de seu pai. –ela olhou para a janela aberta enquanto um vento frio e forte entrava por ela. Ela levantou-se e foi até a janela. Eu tive medo de que ela o visse ali. –Já disse a vocês para não deixarem as janelas abertas nesse frio. –acrescentou ela fechando a janela.

“O que? Como ela não o viu ali? Estava bem ali no galho da arvore” –eu pensei. Ela olhou para mim com lagrimas que não paravam de escorrer pelo rosto dela. Seus olhos obtinham certo brilho bem fraco e bem triste.

Eu a olhei e disse:

- Acho melhor à senhora ir dormir. –eu disse preocupada com ela. –A senhora esta muito cansada e precisa ir dormir. –acrescentei.

Ela piscou os olhos duas vezes enquanto andava em direção a porta. Ela me desejou uma boa noite e saio.

Eu me deitei na cama e tentei pegar num sono. Me virei de um lado para o outro até em fim pegar num bom sono.


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