Viajem a eternidade escrita por sailorAmy


Capítulo 2
Capítulo 2




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                                       Capítulo dois:

                                 Tour na biblioteca

Antes de entrar na sala de história. Eu fui pegar os meus livros das aulas seguintes. Ao chegar ao seu corredor dos armários e vi Eryck encostado na porta do seu armário, que era bem ao lado do meu.

Eu nem liguei para ele ali e abri o meu armário. Abri a portado armário e peguei os meus livros enquanto uma sensação estranha de que alguém estava me olhando através da porta do armário, isso era o que eu estava sentindo no momento. Um calor e um arrepio começaram a subir pelo meu corpo e eu fiquei congelada ali. Algo parecia penetrar no meu corpo junto com uma boa sensação e uma má sensação. Como se alguma coisa boa e alguma coisa ruim fossem acontecer comigo ao mesmo tempo.

Eu respirei fundo e fechei a porta. Ao fechar a porta eu percebi que Eryck estava olhando para mim como se quisesse me dizer alguma coisa, mas nada saia de seus belos lábios

Eu não liguei. Ele se levantou e olhou para mim.                                                                      

–Rosy. Preciso falar com você. –disse Eryck. Ele suspirou. –Não se preocupe comigo. Se eu não tenho nenhum amigo. Tudo bem. Eu prefiro ficar assim sozinho. Vai ser bem melhor para todos nos. –acrescentou ele.                                                                                                             

–Mas por que você me diz isso? Você realmente não vai fazer amigos aqui? –eu perguntei.

Ele piscou os olhos duas vezes e disse:

- Não é por isso. É que eu não quero que ninguém se machuque por minha causa.                                                                                      

–Mas por que alguém se machucaria por sua causa? –eu perguntei.

Ele bufou e olhou para a janela a sua frente.

–Esquece. Você nunca entenderia. Afinal de contas não passa de uma garota humana inútil e muito amostrada. Eu vou embora. –disse Eryck saindo dali. –Há. –ele se virou e olhou para mim. –Afinal de contas você não tinha aula de historia agora? –perguntou ele.

Eu olhei para o relógio do meu celular e vi que se não corresse ia chegar atrasada e então eu saí correndo para não me atrasar.

Eu saí correndo feito uma louca pelo corredor com as minhas coisas nas mãos. Aquele corredor parecia que nunca ia acabar. Todas as portas eram da mesma cor e do mesmo tamanho; todas as paredes eram brancas. Era difícil identificar qual era a porta da sala de historia até que eu ouvi a Srta. Margaret, a professora de historia, chama o meu nome na sala a direita. Eu na porta e pedi permissão para entrar na sala. Ela ficou surpre-sa a o me ver chegar atrasada na aula dela.

Eu olhei para ela e disse:

- Desculpe-me pelo atraso. Mas é 1que eu tinha esquecido o livro no meu armário e fui buscá-lo. –eu disse abaixando a voz.                                                                                                                                              

–Tudo bem. Você pode se sentar logo ali. –disse a Srta. Margaret apontando para uma cadeira bem ao lado de Nicole. –Bem ao lado da Srta. Nicole. –acrescentou ela.                                                          

–Obrigada. –eu disse.

Eu respirei fundo e fui até a mesa ao lado de Nicole. Sentei-me. A cadeira era bem no meio da sala e não era muito longe do quadro. Era justamente no lugar em que eu queria sentar.

                                                                     ...

No final das aulas naquele dia eu fui direto para o estacionamento encontrar com os meus amigos, mas antes eu me deparei com Eryck no corredor. Ele estava encostado na porta que dava direto no estacionamento e estava impedindo a minha passagem como se quisesse que eu ficasse ali junto com ele.

Eu o olhei e disse:                                                                                                                                                         

- Com licença. –eu disse tentando passar.

Ele nem se moveu. Como se não tivesse me escutado.                                                                    

–Com licença. –eu repeti mais alto.

Ele continuou ali parado.

Uma brisa um pouco forte invadiu a cena por trás de mim. Algumas mechas de cabelos meus voaram para frente do meu rosto. Ele finalmente olhou para mim. A cor dos seus olhos estava ficando cada vez mais vermelhos.

Ele fechou os olhos e saio andando dali. Eu abri a porta e fui me encontrar com os meus amigos. Avistei-os se encostados à picape 1981 vermelha de Nicole. A picape estava totalmente conservada e com pintura original de fabrica.

Eu fui até eles. Nós entramos no carro. Ronald foi ao bagageiro do carro.

Jane olhou para ele e disse:                                                                                                                                                          

- Se chover você vai se molhar. –disse Jane o alertando.                                                                                  

–Tudo bem. Eu não me importo de me molhar. –disse Ronald.                                                                                                    

–Então está certo. Você pode ir lá trás. –disse Jane dando os braços.

Todos nós entramos no carro. Eu me sentei bem no canto do carro e bem do lado de Jane que esta bem do lado de Nicole, que estava dirigindo o carro, e de Will, que estava do outro lado do carro bem perto da outra porta.

Todas nós colocamos os nossos cintos de segurança enquanto Nicole ligava o carro.

Jane olhou para todas, sorriu e fez uma cara de quem estava tendo uma idéia.                                                                                                                                                                                                                                                    

–Ei. –chamou Jane. – Vamos aprontar com aquele idiota lá trás? –perguntou Jane.

Will virou a cabeça e olhou diretamente para Ronald. Ele não escutava nada do que estávamos dizendo por causa do vidro que o separava de nós. Ela virou a cabeça e olhou para a Jane.                                                                                                                                                                 

–O que você pretende fazer com ele? –perguntou Will.

Jane levantou a sobrancelha e disse:                                                                                              

- Nicole você vai pisa fundo no acelerador na primeira lombada que vier, dá uma freada daquelas nos sinais e pisa fundo no acelerador quando passarmos nas curvas. –disse Jane olhando diretamente para Nicole.                                                                                            

–Oks. –disse Nicole olhando para ela e sorrindo. –Entendi o que você quer que eu faça. –acrescentou ela voltando o seu olhar novamente na frente.

Eu não tinha entendido nada, mas decidi perguntar nada, pois queria ver o que ia acontecer com Ronald. Nicole pisou no acelerador e nós começamos a andar, mas nós mal aviamos começado a andar no carro e já tínhamos avistado a primeira lombada bem perto da saída o estacionamento. Ela pisou fundo no acelerador.

Eu apertei bem o meu cinto de segurança só por precaução. A Wil e a Jane também fizeram o mesmo que eu. Nicole parecia uma louca na varanda.

Alguns minutos depois o carro passou por cima da lombada. A traseira a do carro saltou e Ronald quase saltava para fora do carro. As costas dele bateram no carro com muita força e agora estavam doendo muito, dava para perceber isso só de olhar, pela janela, a cara de dor dele.

Ele se levantou rapidamente. Jane olhou para ele e sorriu. Nicole continuou olhando para frente, deu um sorrisinho maligno e levantou uma sobrancelha. As duas se olharam e gargalharam como se aquilo fosse o começo.

Eu não estava nem ai para o que elas estavam planejando fazer com o pobre do Ronald, pois a imagem de Eryck veio a minha mente. Ele estava me olhando com um sorriso estampado em seu rosto enquanto se aproximava de mime me abraçava bem forte. Atrás dele eu avistei uma nuvem escura e carregada de chuva, trovoes e relâmpagos se aproximando de nós dois. Eu me afastei dele e olhei para o seu rosto e notei que os seus olhos tinham mudado de cor. Eles estavam vermelhos como san-gue. Sacudi a cabeça e então a imagem ficou embaraçada e sumiu da minha mente.

Eu olhei para a janela ao meu lado e vi o Eryck entrando numa rua enorme e escura, coberta por uma nevoa e um vento frio.

Eu respirei fundo. O que ele estava fazendo naquela rua? Ele estava louco? Sabe se lá quantos bandidos tem naquela rua? Será que ele não notou o ar estranho que saia daquela rua? Será que ele era algum bandido e ia para aquela rua se encontrar com os seus comparsas para tramar algo? Ou será que ele simplesmente morava naquela rua super estranha?

Ele virou a cabeça e olhou para mim com olhar frio que me congelava enquan-to um calor subia pelo meu corpo. Eu não consegui virar a cabeça de volta daquela vez. Queria continuar o encarando daquele jeito, mas ele virou a cabeça de volta e entrou na rua.

Eu suspirei. Não entendi o porquê daquilo. Aquele garoto parecia que tinha um campo de força enorme ao seu redor que impedia que as pessoas se comunicassem com ele ou coisa parecida. Ele parecia que vivia em outro mundo bem diferente do meu. Ele não queria já mais se enturmar ou tentar fazer pelo menos um amigo. Ele nem se quer parecia humano com aquele olhar sombrio, assustador e frio. Ele me comovia de alguma forma.

Eu virei a minha cabeça de volta e retirei os meus olhos daquela cena.

Nicole estava prestes a virar a esquina. Ela pisou fundo no acelerador. Will, Jane e eu nos seguramos firme. Ainda bem que aquela era a única curva que tínhamos de virar para irmos à biblioteca.

Aquela curva fez Ronald rolar ate o outro lado e bater as costas no canto do carro. Ele se levantou rapidamente e massageou as costas que agora estavam doendo por causa da batida.

Eu voltei a olhar pela janela ao meu lado e vi a casa de Darious.

Eu tentei ver se ele estava em casa, mas não tinha nem nenhum sinal dele. Parecia que ele tinha fugido de uma vez por todas, ou tinha sido abduzido por ETs ou algo parecido.

A casa dele era só mais uma casa que me dizia que estávamos bem perto da biblioteca.

Eu olhei de volta para frente e lá estava a biblioteca a alguns metros de distancia da casa.

                                                                         ...

Ao entrarmos na biblioteca percebemos que tinha muito pouca gente estudando para as provas. Aquilo era estranho porque todos já deviam estar estudando para as provas. Pelo menos nós conseguimos um bom lugar numa ótima mesa que cabiam os cinco.

Nós nus sentamos e colocamos os nossos materiais em cima da mesa. Abrimos as nossas bolsas e pegamos os nossos livros. Cada um de nós começamos á estudar matérias diferentes uma das outras. Eu estava estudando biologia, a Will estava estudando química; a Jane estudava física; o Ronald estudava matemática dois e a Nicole estudava matemática um.

Alguns minutos depois, eu notei que estava faltando um assunto. Um assunto sobre repteis que não tinha no livro e o professor não tinha explicado muito bem. Então eu fui procurar na ala de biologia. A ala era grande e cheia de livros grandes e grossos. Ao chegar na ala vi um livro enorme e muito grosso escrito “biologia”. Eu puxei o livro e logo em seguida vi outro livro enorme escrito “Roberts” na prateleira a cima. O livro era uma pouco maior que o outro. Eu estiquei a mão para tentar pega-lo, mas alguém me impediu colocando a mão na frente.                                                                                                                           

–O que você está fazendo? –perguntou uma voz fria e grossa bem a cima da minha cabeça.

Eu levantei a cabeça para ver quem estava me impedindo. Era o Eryck que estava me impedindo.

Ele estava me encarando com aquele olhar frio e sombrio dele. Eu o encarei de volta e disse:                                                                                                                                                                             

- Nada. Eu só quero ler este livro. –eu respondi apontando para o livro.                                                     

–Não pode. –ele parou e pensou um pouco e depois continuou. –Você nunca vai achar o que realmente procura nele. –disse Eryck.                                                                                                                                                               

–Como você sabe o que eu estou procurando? –eu perguntei.                                                                          

–Intuição minha. Eu vi você pegando esse livro de biologia então imaginei que você estivesse estudando a matéria. –ele suspirou- E nesse livro só vai achar mentiras que inventaram sobre uma família. É por isso que eu não quero que você toque nele. –disse Eryck com uma voz grossa e fria.                                                                                                                                                                 

–Mas que tipo de mentiras é essas? Por que alguém inventaria isso? –eu perguntei com a cara curiosa.

Ele se calou durante alguns segundos e suspirando fechando os olhos.                                                                   

–Não sei e não posso contar. –ele abriu os olhos e olhou diretamente para mim. –É um segredo de família que você só poderia entender se de alguma forma entrasse na família. –disse Eryck abaixando a voz.

Ele olhou para mim. Seu olhar já não era mais frio e sombrio como antes, era um olhar amigável e gentil, como se ele quisesse me contar algum segredo que não podia. Mas esse olhar foi relâmpago, pois balançou a cabeça e voltou a me olhar daquele jeito frio e sombrio.

Eu respirei fundo e disse:                                                                                                                          

- Mas que tipo de segredo é esse? Eu posso saber? –eu perguntei.                                                                                                        

–Não. –respondeu Eryck friamente saindo dali e dando as costas. Ele virou o rosto e olhou para mim. –E não toque nesse livro, por favor. Você não ira gostar nem um pouquinho do que vai acontecer se tocar no livro. –disse Eryck friamente indo para a sua mesa.

Eu fiquei ali parada por alguns instantes. Estava em choque. Ninguém era tão frio assim com as pessoas.

Eu respirei fundo e sai andando. Tentei esquecer a grosseria do garoto.

Ao voltar para a mesa Will sorriu para mim e disse:                                                                                              

- E ai. Como foi com o novato? –sussurrou Will curiosa.                                                                                                      

–Do que você esta falando? –eu sussurrei sentando-me novamente a mesa.                                           

–Há Rosy. Não se faça de boba. –ela abanou a mão. –Estou falando da sua conversa com o novato ali atrás das estantes. –disse Will indicando a ala de biologia com a cabeça. –Como é que ele é? –perguntou ela.                                                                                                                   

–Há... –eu pude sentir o olhar frio de Eryck, que estava atrás de mim, penetrar a minha pele com um alfinete e me fazia tremer toda. –ele foi gentil e só queria tirar uma duvida. –eu virei à cabeça e olhei para ele. –Afinal de contas o diretor me disse para ajudá-lo quando fosse necessário. –eu virei à cabeça de volta e olhei para ela. –e ele só pediu uma simples ajuda. O que me custa ajudá-lo já que ele é novato. –eu sussurrei.                                                          

–Uma duvida é? –sussurrou Will levantando uma sobrancelha para mim.                                               

–Sim. Uma pequena duvida que ele tinha em matemática um. –eu sussurrei.

Will se calou.

Eu olhei para trás novamente para ver onde Eryck estava. Ele estava sentado varias e varias mesas atrás de mim e sentado bem atrás das minhas costas.

 Ele estava me olhando com aquele olhar frio e sombrio. Eu fingi que não tinha o visto ali e virei à cabeça de volta para o livro.

Eu suspirei e tentei me concentrar no assunto, mas não consegui porque a minha mente estava pensado no porque ele não queria que eu pegasse naquele livro que tinha o nome da dele. Mas por que um livro com o nome de sua família estava fazendo na biblioteca da cidade e bem na área de biologia? Por que o livro estava na ala de biologia? Tal-vez tivesse alguma coisa sobre nele que Eryck não quisesse que eu soubesse ou estivesse com vergonha pelo fato do livro ser tão velho.

Nicole levantou a cabeça e disse:                                                                                                               

- Há Rosy. Esta é a segunda vez que eu olho para trás e percebi que o novato não parou de olhar para você. Acho que ele esta gostando de você. –sussurrou Nicole.                                    

–Nicole isso seria impossível. Ele não dá a mínima para mim e não faz o meu tipo de garoto. –eu sussurrei.

Nicole levantou a sobrancelha e disse:                                                                                                         

- Não é o que me parece Rosy. –sussurrou Nicole tentando olhar para ele.                                                 

–Para mim também. –Will levantou a cabeça. –Eu acho que ele gosta de você, mas não quer admitir isso. –sussurrou Will levantando á cabeça e olhando para Nicole.                             

–Eu também acho isso. –sussurrou Jane levantando a cabeça.

Eu olhei para todos e disse:                                                                                                                       

- Vocês só podem estar malucos. eu e ele não combinamos. –eu sussurrei.                                       

–Claro que não. Você é a única com quem ele conversa nem que seja por alguns segundos. –sussurrou Jane.                                                                                                                                                     

–Jane pare de falar besteiras. –eu sussurrei. Estava um pouquinho vermelha de raiva.

Will olhou para mim e sorriu.                                                                                                                                       

–Olha só. Ela também esta gostando dele. Ficou brabinha e esta ate vermelhinha. –sussurrou Will apontando para o meu rosto vermelho.                                                                               

–Há que bonitinho. –disse Nicole balançando o rosto de um lado para o outro. –Como será que essa historia vai acabar? –acrescentou ela.                                                                                       

–Em casamento, talvez. –sussurrou Jane olhando para mim e levantando uma sobrancelha.                                                                                                                                                              

–Parem. Vocês não tem mais nada para fazer não é? –eu sussurrei olhando para todos na mesa. –Vão estudar e me deixem em paz. –acrescentei.                                                                              

–Chio. –chiou Ronald olhando para todos na mesa. –Fiquem caladas e voltem a estudar ou seremos expulsos. –sussurrou ele.

Eu bufei e olhei diretamente para ele.                                                                                              

–Tá certo Ronald. –eu sussurrei.

Eu suspirei e tentei votar, rapidamente, aos estudos, mas não consegui porque o assunto do livro ainda estava na minha cabeça. Seja lá o que fosse que estivesse escrito ali eu tinha que descobrir, mas não agora porque Eryck estava me observando.

Depois da biblioteca eu iria voltar para a escola para pegar o meu carro e ir para casa.


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