Então Eu Nasci... escrita por Jeamalo


Capítulo 7
6. Fome


Notas iniciais do capítulo

Então, decidi postar um pouquinho mais cedo dessa vez hehehe.... Aproveitem.



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                                           6. Fome

Tudo parecia estar indo as mil maravilhas para mim, exceto por uma coisa. Fome. A cada dia eu sentia mais fome e ficava mais fraca. Eu estava crescendo muito rápido, e assim como a cada dia minha bola diminuía meu estoque de comida também diminuía. E o pior nisso tudo, não era minha saúde estar se deteriorando, mas a da minha mãe também.

Aos poucos, enquanto tomava ciência de mim mesma, também tomava de minha mãe, e não demorei a notar, que por mais incrível que parecesse eu era mais forte do que ela. Então isso significava que se eu estava faminta, minha mãe estava morrendo de fome. Isso me aterrorizava, mas não havia nada que eu pudesse fazer por ela agora. Eu era impotente, mas as vozes não eram e isso me deixava confusa. Eu não podia fazer nada, mas eles podiam, no entanto, não estavam fazendo. Por que não estavam fazendo? Eu sabia que amavam e se preocupavam com ela, então por que não faziam nada para que ela melhorasse? Isso não fazia sentido algum.

Mas e se estivessem fazendo só que não estava surtindo efeito? Se fosse esse o caso então a situação era mais critica do que eu supunha. Talvez não houvesse esperanças para nós! Não, eu não queria, eu não podia pensar assim. Eu tinha que ser forte, assim como minha mãe estava sendo. Ela estava lutando bravamente e eu a acompanharia nessa jornada. Eu faria tudo o que eu pudesse para diminuir seu sofrimento.

Aos poucos eu sentia minha força diminuindo, minha consciência me abandonando, pensar estava se tornando mais difícil e, no entanto, eu continuava crescendo, porem mais lentamente. E agora fraca e ainda com pouco espaço eu me sentia asfixiada. O desespero começava a tomar conta de mim. Eu começava a pensar que talvez eu não sobrevivesse o bastante para ver o outro mundo e isso me deprimia. Eu nunca veria minha mãe ou nenhuma das outras vozes. Eu não poderia aprender mais coisas. Mas principalmente eu não poderia dizer a ela e aos outros que eu os amava. Eu não poderia dizer a ela o quanto era grata por seu amor e carinho. Isso não era justo! Eu queria viver, queria conhece-los!

Contudo eu estava disposta a aceitar isso de bom grado se houvessem garantias de que ficaria tudo bem com minha mãe. Ela também estava sofrendo. Se fosse certo que minha morte garantisse a vida e a saúde de minha mãe, eu a aceitaria. Por ela valeria o preço.

A voz grave e gentil continuava a fazer minha mãe comer coisas que não prestavam. Sempre que aquelas coisas entravam em contato comigo eu sentia total repulsa. Não era daquilo que eu e minha mãe precisávamos.

Não sei como isso aconteceu, ouvi meu pai dizer que fora ideia da voz rouca, mas de repente uma coisa muito boa começou a entrar em meu sistema. Finalmente haviam descoberto do que nós precisávamos.

Por um longo tempo nós fomos nutridas por aquela nova substancia, que não apenas sanava minha fome, mas também me fortalecia e despertava. A cada nova dose de alimento eu podia senti meu crescimento acelerando em progressão. Eu estava voltando a crescer rapidamente.

Após a descoberta de minha dieta eu e minha mãe não estávamos mais enfraquecidas. Eu podia sentir seu animo voltando, até mesmo as vozes pareciam menos preocupadas agora que ela estava melhorando.  Agora as coisas estavam melhorando, ou pelo menos assim eu achava.


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Notas finais do capítulo

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