Então Eu Nasci... escrita por Jeamalo


Capítulo 2
1 Consciência


Notas iniciais do capítulo

Ainda não sei como a finc vai correr, estou escrevendo enquando as ideias estão frescas e fluindo na minha cabeça.



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                                       1 Consciência

Assim como às vezes não sabemos de que maneira aprendemos algo, também não sei com exatidão quando, ou como ganhei consciência de mim mesma. Mas consigo me lembrar da sensação. Havia calor, conforto, aconchego... Lembro-me de gostar disso, de gostar daquele lugar em que estava, de me sentir segura nele. O lugar em que eu estava não era muito grande, quando o percebi, e com o passar do tempo ficava cada vez menor, eu não compreendia a principio como isso era possível. Como era possível que minha “bola” estivesse diminuindo, até que tomei consciência que não era o lugar que estava diminuindo, mas eu que estava aumentando. Eu estava crescendo... crescendo muito rápido...Mas isso não é assunto para agora.

Como eu disse, minhas primeiras memórias começam com sensações. Lembro-me de me sentir muito satisfeita comigo mesma. Estava em um lugar seguro onde tinha tudo que eu precisava, não tinha de me esforçar para ser saciada. Eu ficava em minha bola boiando e gozando das boas sensações que me eram transmitidas por minha mãe. Mas dela nós falaremos mais profundamente depois...

Muitos podem pensar que a vida de um feto é fácil e simples, apenas comer, descansar e crescer. E até certo ponto estão certos, mas também a partes ruins, a existência pode ser demasiado entediante. Não é como se você estivesse de férias, não há muito que fazer lá dentro, se é que me entendem. Para a maioria dos bebes essa consciência com certeza levaria muito mais tempo do que levou para mim, e mesmo quando tomam, não devem se sentir tão entediados, ou ficarem se questionando quando a ela, mas para mim e minha percepção prematura das coisas, não ter rapidamente algo novo com que se distrair fazia com que a vida se tornasse por demasiado enfadonha. Aqueles primeiros momentos de minha vida, que não aconteceram senão em algumas horas foram bem intensos.

Tudo era muito novo e eu queria saber cada vez mais. É impreciso para eu explicar como o desenvolvimento da mente de um bebe se dá, ainda mais um como eu, mas acredito que deva ser mais ou menos com magica. Tudo já esta diante dos seus olhos, você que ainda não é capaz de perceber ou compreender, de repente, você se torna capaz de notar algo que antes não estava lá, ou que estava, mas como você não entendia não deu importância. A cada segundo, no começo de minha vida, eu percebia algo novo, e ansiava por mais, desejava poder ver melhor, entender o que aquelas coisas eram ou o que eram os sentimentos e sensações que eu sentia. Era tudo muito novo e muito confuso, mas eu estava intrigada.

Porém de todas as sensações e sentimentos dos quais fui arremetida naqueles primeiros momentos, um foi o que mais me intrigou e do qual eu mais gostei. Era um calor brando e acolhedor que fazia meu coração acelerar e me sentir muito feliz e orgulhosa de mim mesma. Eu sentia amor...

Amor por minha bola, eu adorava o lugar em que estava, mais do que isso, eu amava aquela pessoa dona da bola, dona de mim. Quando eu fiz a conexão com ela, quando fui banhada por suas emoções eu cheguei a perder o ar, era tão intenso, tão profundo... Foi sublime... Eu me apaixonei por minha mãe nesse mesmo instante. Naquele curto e também tão profundo momento, onde percebi que não apenas não estava sozinha, mas também que estava ligada a alguém de uma maneira tão profunda, foi meu primeiro momento de pura felicidade, e esta até hoje entre minhas memorias favoritas...


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Notas finais do capítulo

Leiam, comentem, por favorrrr.
Até a próxima