Guizos Ao Vento escrita por Rach Heck


Capítulo 8
Mundo Inferior é para fracos


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar, estava realmente sem tempo. Todos os dias algo acontecia, ou tinha algum compromisso, ou algum trabalho... E vai ser pior, minha semana de provas está começando, na terça, pra ser exata, e começa com matemática, então, é, eu estou ferrada, e tenho que estudar muuuuito!
Espero que gostem do capitulo, e dos novos personagens.



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Percy contava histórias de como ele chegou ao Acampamento, como conheceu Tyson, entrou no Mar de Monstros, conheceu Nico e Bianca di Angelo, aguentou o peso do céu, desceu ao Labirinto, derrotou o titã Cronos. Só parou de falar ao chegarem à frente de um prédio horrível, que tinha em sua fachada de pedras antigas, a inscriçãoMIEPF.
- Vai entrar comigo? - Gale perguntou, a voz tremendo de medo. O lugar era assustador.

Os dois adentraram no prédio. Na recepção, uma mulher com rosto severo os encarou.
- Sejam bem vindos! - Ela deu um sorriso forçado.
- Bem vindos? Eu moro aqui! Sou Maria, não lembra de mim? - A garota tinha a voz firme, e o ambiente se encheu com uma ventania, vinda do nada. Os cabelos de Percy se agitavam freneticamente, e o coque bem preso da mulher se bagunçava.
- Eu... Claro que lembro, Maria. Desculpe-me.
- Apareci na porta deste orfanato quando ainda era um neném. Sou a filha perfeita para o próximo casal que vier adotar. - Os olhos da mulher estavam inexpressivos. Os móveis ameaçavam sair voando, já tremendo no chão.
- Sim Maria, não há dúvidas. - O vento estatelou.
- Bom, vou para o meu quarto agora. Dê tchau para... - Ela encarou Percy. - O meu cachorrinho. - Gale apontou para o garoto de cabelos negros e bagunçados, como um ninho de ratos.
- Tchau cachorrinho! - A mulher acenou débilmente para o garoto, pensando ser, realmente, um cachorro.
- Como você conseguiu sem estalar os dedos? - Percy sussurrou ao perceber que a mulher se distraía com alguém ao telefone.
- O fato é: eu não sou um meio-sangue. - A garota desapareceu pela porta de entrada, com um sorriso meigo, mas zombeteiro, nos lábios.

Eram muitos corredores, e um pátio central. Gale se guiava pelo vento. Só assim ela achou um quarto vago, aliás, só teria ela e outra garota ali. A garota de short's e regata cinza foi dar uma volta pelo lugar, e todos a cumprimentavam sorrindo. "Oi Maria!" diziam eles.
- Oi, você é nova por aqui? - Um garoto loiro sentou-se ao lado de Gale no parapeito que dava para o gramado.
- Hã... - Gale se assustou ao ver que a Névoa não tinha funcionado com ele.
- Como é o seu nome? - Ele sorriu, e a encarou com seus olhos da cor do céu.
- Maria. - Ela sorriu de volta, embora ainda estivesse nervosa pela Névoa. Uma força estranha emanava daquele garoto.
- Joshua. - Seus olhos brilharam. - Não entendo, vi os outros te cumprimentarem como se te conhecessem...
- Digamos que talvez eles conheçam... - Ela encarou o céu. Onde estaria Nico? Ele havia se despedido dela algumas horas mais cedo. Aparecera em seu chalé.
- Meu quarto fica no fim do corredor dos garotos.
- Está me chamando de vadia
- Não! Jamais faria tal coisa. Desculpe-me se aparentou tal ultraje. Quis dizer que o que você precisar, é só bater na última porta do corredor dos garotos. - Só aí Gale percebeu o sotaque do garoto. Era de um britânico perfeito, e um idioma bem falado, clássico. 
- Ah... - Ela sorriu. Não pelo que ele falou, e sim pelo seu sotaque. - E como são as coisas aqui?
- Mundo Inferior É Para Fracos. - Josh sorriu.

A lua cheia já brilhava no céu quando Gale voltou para o quarto. "Sinto falta de casa, Senhora Ártemis" disse a garota para a lua. Passara o dia estudando, e já não aguentava mais.
- Maria, não é? - Perguntou uma menina de cabelos castanhos caídos nos ombros, ao entrar no quarto.
- Sim. - Gale virou o rosto da lua, e sorriu ao vê-la.
- Sou Sibila. Josh me falou de você. - A garota, Sibila, sentou-se na cama à frente da de Gale, e a deusa sentiu a mesma força emanando da garota.
- Vamos ser amigas? - Gale sorriu amigavelmente. 
- Claro! Até porque, seria péssimo dormir no mesmo quarto que um inimigo... - Sibila gargalhou, e Gale fez o mesmo, mas então as palavras de Rachel preencheram sua mente. "A casa do inimigo chamará de lar."- Bom, vou dormir. Boa noite, Maria.
- Ahn... Boa noite. Ah, me empresta o seu prisma? - Ela apontou para a prateleira ao lado da cama da menina. - Achei tão lindo... Parece um arco-íris!
- Toma. Depois põe de volta, se não ela briga.
- Tudo bem. Boa noite. - Sibila deitou na cama e virou-se de costas para a garota. Em cinco minutos ela estava ressonando.

Gale colocou o prisma no parapeito da janela, e a luz da luz causou um pequeno, e fraco, arco-íris.
- Oh Íris, deusa do Arco-íris, aceite minha oferenda. - Ela jogou um dracma de ouro, que pegara de dentro de sua meia, no arco-iris que se formara, e a névoa tremulou. - Acampamento Meio-Sangue. - Gale esperava alguém conhecido, mas não foi bem assim.
- Ah, oi... - Disse o garoto de cabelos encaracolados.
- Oi, é.. Quíron está aí? - A garota sussurrou.
- Ahn... Estamos com alguns probleminhas aqui. - Atrás dele, algo como uma batalha ocorria. - Sou Grover. - Gale sorriu, mas não por saber quem era o garoto, e sim porque viu o vulto de Nico saltar atrás dele, e atacar algo. Ele estava tão... Nico.
- Oi Grover, sou Gale. Ahn... Acho que já me falaram de você. Sátiro, não é? - O garoto levantou os pés, digo, cascos de bode. - Sim, me falaram de você. Bom, vendo que estão todos ocupados, eu queria que você me fizesse um favor. - Ela sorriu amigavelmente.
- Claro. - O sátiro sorriu de volta.
- Você pode, por favor, avisar ao Quíron que eu achei dois meios-sangues aqui no orfanato. E que precisam vir aqui rápido, antes que eu seja, ér... adotada. E isso vai acontecer em dois dias.
- Tu... - Uma flecha passou raspando por suas costas. - Tudo bem, vou avisar.
- Agora tenho que ir. Prazer em conhecê-lo, Grover. - Gale agitou a névoa com a mão, e esta se dissipou. A deusa então colocou o prisma de volta na prateleira, e então deitou a cabeça no travesseiro. Demorou a dormir, lembrou-se do vulto... e consequentemente, daquele par de olhos intendos.

O despertador tocava, e Gale levou um tempo para raciocinar. Um borrão branco à sua frente atrapalhava a visão do aparelho irritante. Outra rosa branca. A garota deu um grito que acordou sua colega de quarto. Pensava que assim que saísse do Acampamento, isso pararia, que talvez fosse uma maldição do chalé de Ártemis, por suas Caçadoras serem eternas donzelas, sei lá. Mas no entando, lá estava ela. Gale se esquivou da rosa, e levantou-se, encarando-a como se fosse um fantasma. O despertador ainda tocava.

Sibila saltou de sua cama, desligou o aparelho e parou ao lado de Gale, fitando-a.
- O que foi? Está com medo de uma flor? - Sibila então tocou-se. - Opa! Como isso foi parar aí?
- Eu... eu não sei. 
- O.k, isso é muito estranho. - Sibila encarou a garota. - Mas tudo bem, estou acostumada a coisas estranhas. - Gale encarou o prisma,e, por um momento, desejou que seus amigos estivesse bem, que tudo estivesse certo.

O dia estava se pondo quando Gale voltou para o quarto, pois tinha esquecido algo. Ela procurava, quand uma voz a chamou. Ela virou-se e viu Percy. Ele havia lhe enviado uma mensagem de íris.
- Ah, oi! - Ela sorriu. - Que bom que está bem! - Sua voz e expressão era de alívio.
- Como é bom vê-la. Você faz falta aqui, sabia? Thalia está agindo como uma louca. Em geral, ela é assim... o.k, ela é mesmo louca. Grover contou que você achou dois meios-sangues e... - Sibila entrou abruptamente no quarto, e Gale postou-se diante da imagem de Percy.
- Maria, estamos todos te esperando. Ela está uma fera.
- Ahn... Já vou. Estou só procurando...
- Tudo bem. Mas não demore, ou ela vai nos devorar vivos. - A garota de cabelos na altura dos ombros virou-se, saiu e fechou a porta.
- Se pudesse, iria mesmo.
- Quem é ela? - Percy perguntou quando Gale virou-se para ele novamente.
- Ah, Sibila é...
- Não, digo quem ela se referiu com tanto medo. É um...
- Monstro. Sim. Mas não posso matá-la. Tenho outros monstros com quem me preocupar.
- Bom, não tenho muito tempo. Vamos buscar os meios-sangues hoje à noite. Ás três, talvez. Sabe alguma entrada sem ser a principal? 
- Sei. Hm... Deixe que o vento vai te guiar. Agora preciso ir.


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Notas finais do capítulo

Gente, pelo menos até terça eu vou ficar sem postar. Espero que me desejem sorte, pois vou precisar! UHAUSHUA begobego, a rach sentirá falta de todos vocês ç.ç



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