Guizos Ao Vento escrita por Rach Heck


Capítulo 7
O ciclope tem um presente


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria dar as boas vindas à Laís, minha nova leitora ~pula do décimo quinto andar de felicidade~
E segundamente, queria meio dedicar esse post à Clariebuble, só porque ela não se cansa de lê-lo, e o faz umas 736382638263 vezes euri



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Gale acordara com batidas insistentes à sua porta. Um borrão branco à sua frente, e alguém gritava à porta. Ela colocou a rosa branca debaixo do travesseiro, e depois de pôr seu vestido, foi para a praia, como a voz de Annabeth gritara.
- Por que estamos aqui? - A garota perguntou à nova amiga. Só havia quatro pessoas, incluindo ela, ali. Percy estava na beira, e a àgua batia em seus tornozelos. A menina ainda bocejava, mas quase caiu para trás ao avistar uma forma estranha e enorme se mover no fundo e vir em sua direção. Estranhou mais ainda a felicidade que se estampou nos rostos dos amigos.
- Tyson! - Annabeth gritou e saiu correndo para a àgua. Foi aí que Gale viu a figura enorme que se aproximava, e que tinha só um olho no centro da face. Mas Gale viu além, viu a beleza, a bondade e as boas energias que emanavam daquele ser.
- Irmão! - Tyson gritou para Percy apos abraçar Annabeth. Aeráki vinha na direção do grupo, sua maquiagem perfeita, e suas enormes unhas vermelhas cintilando.
- Bom dia maninha! - Ela sorriu, e Gale fez o mesmo.
- Venha Tyson, tenho uma... - Percy viu Aeráki conversando com Gale. - Opa! Duas amigas para te apresentar! - O ciclope se aproximou das irmãs.
- Menina bonita! - Disse ele apontando para Gale. E Annabeth, por incrível que pareça, sorriu. Talvez a garota loira pensasse a mesma coisa.
- Ei, nós somos idênticas. Também sou bonita então? - Aeráki tinha a voz suave, como uma brisa de primaveira. Mas amaciou mais ainda o tom, como se estivesse falando com um bebê, ou algo parecido.
- Não. Só ela é a menina bonita! - Teimou o ciclope, e Gale riu. 
- Vamos grandão, temos muito o que conversar! 
- Tenho presentes para todos. - E então o ciclope olhou para Gale, pensativo. - Desculpe menina bonita, não sabia que estaria aqui.  
- Tudo bem pequenino
- Vocês... hã... se conhecem? - Percy perguntou, com cara de quem não estava entendendo nada. E não estava mesmo.
- Era uma noite fria, ele estava em um beco, então eu passei por lá, o vi naquele estado, e o chamei para tomar um chá, que tal? Conversamos um pouco. Ele tem um coração imenso. Nunca desistiu de seu pai, nem mesmo quando o vento castigava sua pele. Desde então, nunca mais ele sentiu frio. Ou, nunca mais o frio o sentiu.
- Ela me ajudou com... você sabe. - Percy sabia, as cicatrizes em suas costas.

Todos foram para os seus chalés, Percy e Tyson passaram a manhã pondo os assuntos em dia.


- Preparada para ser filhote de monstro? - Nico surgiu do nada ao lado da garota.
- Definitivamente não. - Ela riu. - O que você quis dizer aquele dia...
- Gale! - Thalia apareceu entre os morangos, arfando. Seus olhos se arregalaram e depois se estreitaram ao ver os dois juntos. - Ártemis... Está na Casa Grande. - Ela pronunciava tudo lentamente, desconfiada. - Veio vê-la. - Thalia fuzilou Nico com o olhar.
- Ela... sabe sobre a profecia? 
- Sim.
- Mas como soube?
- Eu enviei uma mensagem de íris à ela. - Thalia não desgrudava os olhos de Nico. - Vamos, ela quer muito vê-la! - Gale pegou o impulso, e soltou a mão de Nico. Foi só aí que ela percebeu que eles as tinham entrelaçadas. Como ela podia ter deixado que ele segurasse sua mão, sem que ela percebesse ou tivesse controle sobre isso? Talvez por isso Thalia o estivesse fuzilando.

Os pensamentos corroíam no interior da garota. Muitas perguntas, nenhuma resposta, e apenas um motivo. Nico di Angelo.
- Gale! - Ártemis, que conversava com Quíron em frente à lareira, virou-se sorrindo ao ver a garota. Que pulou ao ver Nico à um canto. Como? 
- Senhora Ártemis! - Elas se abraçaram, e o cômodo se encheu de luz dourada e uma ventania agraciou o momento. 
- Ah minha menina, será tão arriscado.
- Mas eu tenho que tentar. Aquela garota ruiva, ela... disse uma profecia. No começo assustou, nunca havia recebido uma antes, mas agora vejo que é meu dever cumprí-la.
- Ah, sobre isso. - Quíron disse por fim. - Teremos de traçar nosso plano. Pois você precisa se acostumar ao orfanato, para que possa agir como uma criança que sempre morou ali.
- E eu não posso me apresentar por Gale, existem os deuses por trás disso, e eles vão saber quem sou, e o quê sou. 
- E se algum deus a vir? Estará em apuros.
- Não permitirei que a façam mal algum. - Nico saiu das sombras, e Ártemis o olhou assustada. Como aquele garoto tivera a ousadia de falar aquilo?
- Pensaremos em um nome. - Quíron interveio, antes que a deusa transformasse o garoto em uma lebrantílope.
- Que tal Maria? - Surgeriu o garoto.
- É um bonito nome. Adoraria me chamar Maria. - Gale sorriu.
- Então estamos resolvidos. - Quíron deu de ombros. - Amanhã você irá com Percy e Argos até o orfanato. Agora vão treinar. - Quíron agia estranhamente, pois queria transparecer que estava tudo bem, enquanto definitivamente não estava. E isso o fazia agir como louco.

No jantar, o falatório era grande. A deusa Ártemis estava na mesa principal, e sorria. Na hora da oferenda, Gale ofereceu metade de sua refeição à deusa, que aumentou o sorriso ao recebê-la. Mas quando Gale estava indo sentar-se à mesa, quando sentiu algo estranho. Uma força vindo de dentro, uma energia irrompendo seu âmago. Olhou para trás e viu que Nico ia sentar-se. Ele a viu e piscou para ela. Nico di Angelo havia jogado metade do seu jantar no braseiro para ela.

O dia raiava, e a cama do chalé de Ártemis estava vazia. Gale saía do banheiro, vestia seu short jeans e um sutiã branco. A blusa estava em cima da cama.
- Bom dia, Guizos ao Vento. - Gale gritou histéricamente e se tampou com a toalha que enchugava os cabelos, ao ver o garoto de roupas pretas sentado em sua cama, brincando com a rosa branca, que amanhecera em seu travesseiro, nas mãos. - Desculpe se te assustei. - O garoto que surgira das sombras abaixou a cabeça, envergonhado. Mesmo que não desgrudasse os olhos do corpo da garota.
- Sai daqui seu tarado! - Ela gritou e puxou a regata cinza da cama.
- Vim me despedir. Não poderei falar com você depois. - Gale caminou, enrolada na toalha, até o banheiro, e lá vestiu a blusa.
- Por que escolheu Maria para ser o meu nome de órfã? - Disse ao voltar para o quarto.
- Era o nome da minha mãe. - Gale sorriu feito boba. - Era? Por que era?
- Zeus a matou.
- Ah... - Gale se sentiu constrangida. - Me sinto honrada de carregar tal nome, mesmo que seja nessa missão. 
- Você deve partir agora. - Ele encarou a rosa, um espinho perdido furara seu dedo, e este sangrava. - Vou nessa. Boa sorte, Guizos ao Vento.
- Se cuida, De Anjo.

Gale saiu do chalé com uma mochila nas costas. Dentro tinha roupas que as filhas de Afrodite emprestaram e um livro. A imagem de Nico se misturando às sombras ainda ecoava em sua mente.
- Menina bonita! - Tyson veio correndo do chalé de Poseidon.
- Olá Tyson! Pensei que iria embora sem um abraço de despedida. - O ciclope deu um abraço esmagador de ossos na garota. Seu único olho castanho lacrimejava.
- Eu fiz isso pra você ontem. - Ele pôs no pulso de Gale uma pulseira delicada. - São ondas. - Ele disse, ao perceber que a garota não entendera o desenho.
- Ah, muito obrigada pequenino! - Os olhos dela se encheram de lágrimas. 
- É o mar. Ele irá te ajudar quando você precisar. - Gale deu um abraço de urso no ciclope e desceu a colina, dando uma última olhada para o topo ao adentrar o carro. Um vento forte bagunçou o cabelo de todos que se encontravam ali, todos os velhos e os novos amigos de Gale. O vento parecia dizer: "Eu vou sentir saudades"


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Notas finais do capítulo

Acho que entenderam por que a clariebuble não cansa de ler esse capitulo, não? UAHUSHUA
Não se esqueçam dos reviews meus nenéns ç.ç begobego *-*