Guizos Ao Vento escrita por Rach Heck


Capítulo 16
Não há tempestade sem trovão


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora desse capitulo... Bom, vamos à história (:
Nesse capitulo, enfim uma personagem em homenagem à mim, porque né, fiquei com ciumes pois a Clariebuble tinha a Sibila, e eu? ~mimi~ então, uma meio-sangue nórdica ~traduzindo em 3,2,1: viking~ RACH EXPLICA ISSO! Então, sou descendente de dinamarqueses, sim, minha avó paterna era dinamarquesa legitima, e tenho um puta orgulho disso, então, nada melhor que uma personagem dinamarquesa em minha homenagem, pena que não nos parecemos fisicamente, se não, eu seria tão linda... Enfim, BOA LEITURA!



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Ficaram algum tempo ali, no penhasco. Gale ainda soluçava e campistas, e Caçadoras, ficaram de cabeça baixa, por mais que sangrassem, deviam respeito à deusa. Na van ninguém falou nada, nem na subida pela Colina Meio-Sangue.

O primeiro avistou e gritou por Quíron.

Havia alguém no topo da Colina, ao lado do Pinheiro de Thalia.

Nico se fora, mas alguém chegara.
- Heróis, todos aos seus chalés! A cura irá ao encontro de vocês! - O centauro anunciou e todos seguiram Colina abaixo. Tentaram reclamar, mas a dor dos ferimentos falou mais alto.
- Você é...? - Annabeth perguntou. Ela, Percy e Thalia continuavam ali, mesmo com os ferimentos, menos Percy, que estava ileso graças à um mergulho em um rio qualquer... Vou parar de irônia. Além de Quíron e Andalonte, que ainda tinha Gale no colo. Scylla descera levando os campistas como uma mãezona.
- Sou filha de Thor. - A garota de cabelos loiros muito claros, quase brancos, sorriu, as poucas sardinhas douradas movendo-se com sua face. - Vim ajudá-los. - Quíron arquejou, surpreso e feliz, e a garota enrolou uma mecha de seus longos cabelos, que íam quase no tornozelo, no dedo, sorrindo.
- Thor, o deus nórdico? - Percy perguntou sem pensar e a garota de olhos cor de avelã sorriu meigamente. A cena parecia estranha, feridos subiam a Colina Meio-Sangue e uma guerreira, com roupa de gladiadora, ou melhor, guerreira viking, mas acho que entenderia mais como roupa de gladiadora, esperava-os lá em cima, ao lado de um enorme dragão.
- Vamos, você deve estar com fome. - Annabeth disse meio sem pensar, alucinada de dor.
- Eu não posso adentrar os limites do Acampamento.
- Por quê? - Thalia perguntou, trocando o peso do corpo para o lado esquerdo, pois sua perna direita estava muito ferida e doía demais. Quase caíra em combate.
- Vim ajudá-los, mas essa guerra é de vocês. Se eu adentrar nos limites do Acampamento estará declarado que os deuses nórdicos estão do lado de vocês. Não que estejamos negando uma batalha, - Ela gargalhou, sua risada doce como uma melodia - Afinal, somos os vikings. Mas sabemos quando não é nossa batalha. - Ela sorriu novamente.
- Então... Você vai ficar... aí? - Percy apoiava Annabeth no seu ombro, e sentia-se constrangido, pois por mais alto que fosse, e era alto, a garota loira era ainda mais alta que ele. 
- Sim. Claro que prefiro minha cama em Asgard, contudo, aqui não é tão ruim. - A loira sorriu, mas logo o sorriso deu lugar à compreensão, ao ver a expressão de Percy. - Asgard é tipo o Olimpo. - Ela sorriu novamente, compreensiva.
- Você mora no Olimpo nórdico? - Percy parecia meio pasmo.
- Digamos que meu pai goste de mim. - A garota gargalhou.
- Então... - Quíron olhou para ela, inquirindo seu nome, mas a loira não percebeu, e para não ficar um silêncio mortal no topo da Colina, o centauro prosseguiu. - Você quer que alguém fique aqui com você?
- Não, tudo bem. Tem muito o que se fazer lá embaixo e precisam de todos, porque estão feridos, - Ela encarou Annabeth que estava apoiada no namorado, Percy, e Thalia que tinha a expressão como uma careta de dor. - e também porque precisam ajudar os outros. Podem ir, eu vou ficar bem. Tenho Peleu de companhia.
- Ahn... Acho que você ainda não disse seu nome. - Thalia inquiriu com dificuldade, a dor queimava em sua pele. Gale rossonava em meio à soluços. A deusa adormecia no ombro do monstro.
- A verdadeira forma de Thor. - Ela disse e sorriu, como se encerrasse o assunto, como se simplesmente não fosse mais falar. E então tacou uma pedra gigante, com ênfase no gigante, para Peleu, o enorme dragão verde-escuro que guardava o velocino.

Os que ainda restavam ali, desceram a Colina.
- Como assim a verdadeira forma de Thor? Como vamos saber a verdadeira...
- Trovão. Essa é a verdadeira forma de Thor. - Annabeth interrompeu o garoto que a ajudava a ficar de pé e andar. - Soren. Ela se chama Soren.
- Mas trovão em grego não é vrontí?
- Ela é nórdica, Cabeça de Alga.

Se você nunca viu um deus em depressão, uma diva? Você émuito sortudo.

Aeráki não ajudou muito a situação da irmã, e colocou mais lenha na fogueira.
- Como está, maninha? - Ela sentou-se aou lado da garota no fim do bosque que abria para uma clareira. Gale nem se deu ao trabalho de responder, nem ao menos levantou a cabeça. A brisa que havia ali devia-se pela presença da outra ànemoi, pois antes de ela chegar, não havia vento algum.
- O Travis é um cara legal, sabe? E beija bem... - Aeráki riu maliciosamente. - Você deve experimentar todos os sabores antes de escolher o seu favorito.
- E foi por isso que você pegou o Acampamento inteiro? - A voz da deusa soou rouca, profunda, pesada... Como se não fosse usada há muito tempo.
- Não me leve a mal, mas teve apenas um, que não está comprometido, que eu ainda não peguei, além daquele seu amiguinho, Joshua, não é? Então... Tecnicamente eu não peguei o Acampamento inteiro. - Gale suspirou, os olhos enchendo-se d'água. Já não se importava se Nico ficasse com sua  irmã, ela apenas queria que ele estivesse ali.
- Ele não morreu, sabia? - Aeráki encarou suas unhas com esmalte prata.
- Como... - A ànemoi soluçou. - Assim?
- Na queda, ele não se espatifou, ele caiu em um lugar. Um lugar em que minhas brisas estão constantemente. Ogígia.
- Com... Calipso? - A deusa levantou-se num salto, os olhos ficando turbulentos.

Josh sorria, os olhos comprimidos em duas fendas azuis. Se não tivesse visto os olhos dele arderem em chamas naquela noite, Gale nunca acreditaria que aquele meio-sangue era filho de Hades. Ele era tão... diferente do pai.
- Então era o Nico di Angelo o poder da sua profecia. - Ele a envolvia de lado, o sorriso enorme estampado, mesmo que Gale estivesse inexpressível. Um tremor passou por seu corpo, a profecia lhe lembrava do precípicio, que lhe lembrava de Nico...
- Por que não o chama de irmão? - Sua voz tremeu, e ela engoliu um soluço. Aquilo era pior que a morte, pois ela nunca mais iria vê-lo. Algo no fundo de seu peito rosnava, como um lobo ferido.
- Porque não o conheço o suficiente. - Ele apertou mais a garota contra suas costelas. - Não sou o único com problemas de... hum... parentesco. Quais ventos você controla?
- Sou o vento norte e sul. A ventania, na verdade.
- E a sua irmã?
- Aeráki é a brisa leste e oeste.
- O quê? Far West? - Sua risada se intensificou.
- Hã?
- Deixa para lá. - O garoto de cabelos loiros bagunçados continuava a rir.
- Gale, você precisa ver isso. - Lee Fletcher surgiu na arena de esgrima. 

Na mensagem de íris a repórter falava sobre catastrofes que estavam ocorrendo por causa de um furacão que vinha pelo oceano, e iria atingir NY dali à dois dias.
- Eu sei que você está triste por aquele garoto que pulou do penhasco...
- Nico. - Annabeth acrescentou.
- Mas precisa parar com isso! - Aeráki sacodiu Gale pelos ombros.
- Eu pensei que era você quem estava causando isso.
- Posso ser o vento leste, mas sou apenas a brisa, Gale pe a ventania, e tudo o que envolver tempestades e ventanias, é Gale. - A ànemoi descalça tinha os olhos vidrados no além. Não sentia que estava criando uma tempestade daquela magnetude. O vácuo em seu interior não a deixava perceber isso. A dor que ela sentia era maior.

Alguém batia à porta. Mas ela não queria atender. Queria continuar ali, chorando. Tentar se controlar não estava adiantando. A tempestade ainda viria. E ela não tinha controle sobre isso.
- Você não pode passar a manhã na cama. - Josh entrou rindo.
- Por mim passaria a eternidade, e, acredite, eu posso. - Ela pôs o travesseiro em cima da cabeça, não queria ver ou ouvir ninguém, tampouco queria que ninguém a visse em prantos. E isso incluía Josh. 
- Por mim, você vai levantar agora! - Ele a puxou pelos pés, rindo. - Ah, vamos! Ficar aí não vai adiantar em nada. Existem pessoas fora da sua dor, pessoas que precisam de você.
- Quem? - Ela soluçou. Pensava apenas em Nico.
- Eu. - O garoto deu um sorriso torto, e o rubor tomou sua face.

O dia pairava estúpido, como um estranho momento em câmera lenta de um filme dramático. Era o segundo dia sem Nico di Angelo. O segundo dia perto da morte. Que não viria jamais. 


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