O chato do destino é não poder muda-lo.

–Alguém será que pode me dizer que cena foi aquela que o Ge fez na mesa das meninas?-Perguntou Bill ao Tom.

–Não olha para mim,não sei de nada.-Tom respondeu confuso.

Eles estavam na mesa ao lado delas,é claro havia escutado toda a discussão que tinha ocorrido,não apenas eles mas o colégio inteiro que se encontrava no local.

–Tom onde você foi ontem?Porque depois te procurei não te achei e você chegou tarde ontem.

–Bill, irmãozinho não eu não fui para cama com ninguém, eu estava com a Merbucci.

–Merbucci ? Johanna?

–Sim ela mesmo, qual o problema?

–Tom você sabe muito bem como tudo isso é arriscado, e com certeza você vai decepciona-la como a outra.

Gustav tinha chegado no refeitório bem no momento crucial da discussão e sentiu uma imensa vontande de bater em Georg novamente.Mas naquele instante uma coisa era mais importante, que era ajudar Freida que talvez cometeria um erro maior do que discussão, que era seguir Georg.Ele como um ato de força maior abraçou-a e é correspondido com um abraço mais forte e sentiu ela molhar sua camisa com as lágrimas.

–Gustav certo? Tire-a daqui por favor.-Merbucci falou para ele e como resposta apenas concordou.

Ele sabia tudo dela, mesmo ela não conhecendo ele.Todas ás vezes que se encontrava com Georg, o mesmo apenas falava dela o quanto era irritante a inteligente ou irritantemente bonita.Ele sabia de um lugar que ela iria ficar confortável consigo mesma e que estaria vazio naquele dia.

Ela continuava abraçada nele, mas não pronunciava uma única palava.Quando chegaram ao local escolhido por ele, ela finalmente se virou para ele.

–Você está me levando para a biblioteca?

–Creio que é um dos lugares mais vazios daqui na semana, e no domingo deve ser mais ainda.

–Tá certo.-Concordou ela dando um leve sorriso de lado fazendo-o ficar feliz por estar vendo nem que seja um pequeno traço de felicidade.

Ele pegou em sua mão levando-a para dentro da biblioteca enorme, estava certo o local estava vazio, mas mesmo assim escolheu uma mesa no fundo a mais escondida.

–Não fiquei assim,ele está de cabeça quente por ontem.Eu vou falar com ele e tudo vai se resolver e você voltará para o clube.-Disse ele a encorajando-a.

–Não estou mais preocupada com esse clube idiota, só participo dele por causa dos meus pais.-Disse ela olhando em seus olhos.-Na verdade eu queria era passar minhas férias com minhas amigas, viajar como elas sempre fazem,e não ficar dentro de universidades estudando.Meu sonho é conhecer o mundo, ser livre.

–Porque você não fala isso para os seus pais?

–Já falei, e minha resposta foi que filha de quem eles são não querem o desgosto de me verem perdendo meu tempo com bobeiras e sim com algo útil na minha vida.

Gustav pega em sua mão que estava emcima da mesa, fazendo-a olhar mais fundo ainda de seus olhos.

–Freida eu te prometo que você vai realizar seu sonho.

–Como você vai fazer isso?-Perguntou ela sarcástica.

–Eu não sei ainda, mas eu vou fazer o impossível para te ajudar.


Georg andava esbarrando em todo mundo,só havia um lugar onde poderia ficar em paz e colocar as ideias em ordem.

A biblioteca estava vazia como sempre ficava,ele conhecia aquele lugar na palma de sua mão.Nunca tinha dito a ninguém que se sentia mais a vontade lá, foi criado junto aos livros, pela grande influência de seu pai e sua mãe que sempre escreveu contos infantis quando criança.

Ele estava entre as prateleiras quando ouvi passos dentro da biblioteca, se escondeu o mais rápido que pôde.Foi então que ele ouviu a voz de Gustav.

Georg sabia muito bem que umas das únicas pessoas que estaria ali com ele dentro de uma biblioteca em um domingo,seria aquela que sempre que ele ouvia sua voz fazia seu coração disparar.

Ouvir as palavras dela serem ditas com tanta magua e recentimento, contar algo que apenas eles dois sabiam muito bem o que era o fez ficar pior, pois ele sabia como era ter pais como os deles.Foi então que uma lembrança veio em sua cabeça.

FLASHBACKON*

Duas crianças, uma menina e um menino que aparentavam ter 7 á 8 anos,brincavam em um enorme quintal de uma mansão.

–Ge,vamos fugir?-Perguntou a menina de cabelos pretos feitos perfeitamente em uma trança e olhos incríveis azuis.

–Fugir para onde Freida?Se nossos pais descobrirem isso vamos ficar de castigo.-Falou o garoto de cabelos castanhos e olhos verdes.

–Ge, para de ser chorão.Eu quero ir para a casa da Johanna, mas mamãe não deixa.Vamos para lá e depois vamos viajar pelo mundo.-Falou ela fechando a cara.

–Não sei se é uma boa ideia.-Falou ele indeciso.

–Por favor, eu não te peço mais nada.-Falou ela suplicando.

–Ok.-Disse ele fazendo-a o abraçar forte.

Depois de terem fugido os dois estavam perdidos em uma praça.

–Falei que não era uma boa ideia.-Georg alertou pela segunda vez.

–Pare de reclamar, eu só não me lembro em que sentido fica a casa da Hanna.

–Você não sabe nem onde está,você é muito mandona, devia ter deixado você fazer isso sozinha sua chata.-Disse ele bravo.

Freida apenas o olhou com os olhos marejados e saiu correndo em direção a rua, mas ele foi atrás também dela.

–Freida espera me desculpa.-Gritou ele o acompanhando.

Ela parou para brigar com ele,mas um carro veio e a atropelou.

FLASHBACKOF*

Tinha sido a última vez que eles tinham conversado sem brigar.Ele sempre se sentiu culpado pelo que tinha ocorrido com ela.Na verdade ele sempre soube que gostava dela desde criança, mas sempre foi cabeça dura o suficiente para negar isso,inves de fazê-la feliz ele a fazia infeliz.No dia anterior, quando viu ela conversando com Gustav, sentiu inveja dele por em tão pouco tempo estar junto dela tendo á atenção voltada apenas para ele.Enquanto que Georg só conseguia isso quando estavam brigando.Havia também percebido que Gustav tinha feito algo que ele nunca pensou que ele faria que era bater nele.

–Não acredito, Gustav seu filho da mãe você está apaixonado por ela.-Ssussurou Georg para si mesmo.

–Bom depois de todo esse barraco, acho que alguém agora não é a mais tão popular.-Falou Amalie olhando ainda para onde Gustav havia saido junto com Freida.

–Eu até agora não entende nada do que ocorreu, é nem estou preocupada.-Pauline falou atraindo quatros olhos em si.-Que foi ?

–Você está com ciúmes do Georg?-Perguntou Johanna.

–Claro que não.

–Não minta,você está com raiva porque Georg vem apenas falar com ela e não com você, aceite pelo menos uma vez na sua vida que não é a primeira em alguma coisa.-Falou Johanna.

–Olha quem fala, a puritana bulímica.Não consegue ficar um dia sem vomitar.Daí me paciência né Johanna, você se faz de santa mas é pior que nós.Freida nunca se importou com nós, apenas com si mesma, você devia saber disso.

–Cala a boca sua vadia,você não sabe do que está falando, pelo menos não sou eu que tem que dormi com um cara para poder ter fama e status em um colégio.Agora você precisa se rebaixar ao pior nível.

–Meninas por favor, mais barraco hoje não.-Se intrometeu Amalie.

Johanna apenas preferiu sair antes que fizesse algo pior.Mas ela foi surpreendida por alguém que não esperava ver tão cedo.

–Bom dia.

–Oi.-Disse ela secamente.

–Você está bem ?

–Pareço estar?-Falou ela.

–Nem um pouco.Vem vou te levar em um lugar que vai melhorar.

Depois de presenciar todo aquele escândalo do dia e ainda a mudança repentina de Tom.Bill estava disposto a dar uma volta e esfriar a cabeça, mesmo que não estivesse nos seus piores dias,mas uma pessoa estava o distraíndo muito facilmente e ela tinha nome Amalie.Andava distraidamente quando sentiu seu celular que estava no bolso da calça tocar.Olhou no visor e viu um número desconhecido,não ia atender,mas antes de chegar a essa conclusão já havia atendido.

–Alô.

–Adivinha quem é!-Falou a voz do outro lado divertida.

–Como vou saber quem é ?-Respondeu ele mal-humorado.

–Você não está reconhecendo minha voz?Bom então é melhor para trás.

Bill iria chingar essa pessoa,mas ele se virou e viu um pouco longe dele Amalie com o celular no ouvido se aproximando.

–Não acredito que é você.Como conseguiu meu número.-Falou ele ainda pelo celular.

–Simples,perguntei para a primeira garota que eu vi se tinha o número de Bill Kaulitz, e consegui.-Respondeu ela já falando diretamente para ele.

–Ontem você fugiu de mim, agora está me perseguindo?-Perguntou ele sério.

–Digamos que foi um erro de pricinpiante.-Disse ela se aproximando mais de seu rosto.

–Agora vou fazer o que eu queria ter feito ontem.

–E o que seria ?-Bill perguntou puxando o rosto de Amalie mais próximo do dele.

–Isso.-Ela falou acabando com a distância entre eles.

A noite já havia chegando entristecendo os alunos.Muitos já estavam em seus quartos esperando o dia seguinte,enquanto outros se divertiam no centro da cidade.Muitos deles se encontravam na lanchonete principal.

–Milk-shake ou sorvete?-Perguntou Tom olhando no menu.

–Os dois não seriam a mesma coisa ?-Respondeu Johanna rindo de Tom.

–Não minha querida acompanhante.-Respondeu.-Bom então vai ser dois sorvete.-Disse Tom se dirigindo á garçonete do balcão.

Tom estava indo pagar os sorvetes quando sentiu seu celular vibrar,olhou no visor"Uma nova mensagem".Apertou no botão de ler a mensagem e leu o conteúdo dela."Preciso falar com você urgente,eu quero resolver isso melhor.Me encontre no mesmo lugar."Ele teria que voltar para o colégio.Já tinha passado a manhã e a tarde com Johanna,mas para ele parecia que foi apenas cinco minutos.Mas ele tinha resolver uma situação importante antes.

–Hanna, vamos voltar já está tarde.-Falou ele entregando o sorvete á ela.

–Está bem,a Freida deve estar louca me procurando.-Falou distraídamente olhando para seu sorvete.

–Tenho certeza de que ela está preocupada.-Respondeu Tom sério.

No colégio, tudo estava na escuridão,apenas a sala de música estava com as luzes acessas.

–Eu já te disse, que acabou.-Falou o garoto bravo.

–Eu te amo ainda seu cretino e você sabe disso.-Disse a garota gritando.

–Não você nunca me amou, nunca conseguiu sentir nada por ninguém além de si mesma.Eu realmente gostei de você,mas sempre estava mais preocupada em me esconder de todos.Por isso eu decide terminar com você.-Disse o garoto mais calmo.

–Então vamos voltar e eu vou assumir para todo mundo.-A garota falou suplicando.

–Não, acabou não tem mais volta.-Falou se dirigindo a porta.

–Eu vou fazer sua vida um inferno está ouvindo?-Falou a garota fazendo-o parar de andar.

–Eu pensei que te conhecia,mas estou vendo que me enganei.Você é louca garota.-Falou ele virando para ela.

–Sou louca por você.E farei qualquer coisa para te ter de volta.-Falou ela dando um sorriso.

Ele apenas suspira pesadamente como resposta e volta denovo para a porta, fechando-a bruscamente.