Erik Night - Marcada escrita por jbrizola


Capítulo 4
Capítulo 4




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4

No caminho para o grande carvalho eu parei um pouco para pensar melhor. “O que eu direi a ela quando a encontrar? Que eu a segui até aqui? Depois da cena que ela presenciou não será nada bom eu dizer a ela que a estava seguindo. Mas o que fazer então? Deixar que ela fique sozinha? Ela deve estar precisando de ajuda, alguém para conversar. Hummm, eu poderia chamar a colega de quarto dela, Stevie Rae. Mas será que ela quer contar alguma coisa do que aconteceu hoje para alguém? Aphrodite estava certa quando disse que Zoey gostou de provar o vinho misturado com sangue. Estava tão absorto em Zoey que nem me dei conta de que ela tinha gostado, mas pensando agora, com certeza sua reação não foi condizente com o que esperar de um novato. Não sei se ela vai querer contar isso para alguém. Iria chamar mais atenção do que ela já tem com sua Marca completa. E, bem, eu é quem gostaria de estar ao lado dela para confortá-la. Apesar de não saber se ela realmente vai conversar comigo.”

– Seja o que Nyx quiser! – Disse depois da minha discussão interna e segui para o carvalho. 

Quando cheguei próximo ao carvalho, escutei vozes. Parei nas sombras para que ninguém me visse, mas em um lugar onde tinha uma boa visão do lugar aonde as vozes vinham. “Será que demorei demais? Outra pessoa estava tão ciente de Zoey que viu quando ela saiu e já a está consolando?”

Fiquei em silêncio para escutar a conversa e ver se reconhecia as vozes. Estava com medo de espiar e alguém me ver, mas tive que arriscar, queria ver se era Zoey quem estava ali e de quem eram as outras vozes.

Era Zoey, com certeza. Ela estava em cima do muro próximo ao carvalho. “O que ela está fazendo lá? Será que ela está pensando em fugir? Será que ela não sabe que não pode ficar longe de vampiros?” – pensei em pará-la caso ela pulasse para fora da Morada da Noite, havia um alçapão escondido no muro embaixo do carvalho, e eu a alcançaria facilmente, mas esperei para ver o que acontecia. Não reconheci as outras vozes com quem ela conversava, eram de um menino e uma menina.

– Kayla, você está mudando de assunto outra vez. Os jogadores do Union sempre foram chegados às drogas. Hello! Por favor, lembre-se de quando eles costumavam usar esteroides, razão pela qual levamos dezesseis anos para superá-los. – Disse Zoey.

 – Manda ver, Tiger! É isso aí, nós esculachamos o Union! – Disse o garoto.

Com certeza não conhecia aquela voz, e não havia nenhuma Kayla na Morada da Noite de Tulsa. Pelo que percebi de onde estava escondido, nenhum deles tinha a Marca da meia lua na testa, então só podiam ser humanos. Será que Zoey havia ligado para eles? O que esses humanos estavam fazendo aqui? Eles conheciam Zoey, isso dava pra perceber. Mas será que eram amigos? Ela parecia mais estar dando um sermão neles do que estar tendo uma conversa com amigos.

– E Morgan tem dado sinais evidentes de estar ficando maluca, razão pela qual ela fez um piercing no... – Zoey olhou para o garoto e pareceu pensar melhor nas palavras – ...corpo e começou a fumar. Diga o nome de alguém normal que fuma.

Então Zoey era contra fumar. Isso era bom. Mostrava um pouco mais da pessoa que ela é. E pelo que eu tinha visto até agora, parecia que ela realmente era uma pessoa legal. Nunca fui a favor de fumar. Com certeza é um hábito horrível, que somente quem é burro tem. Digo que somente quem é burro porque aquele que em sã consciência escolhe acabar com seu pulmão, correr o risco de sofrer diversas doenças e morrer por causa do cigarro, ou outras drogas, tem que ser burro. Não há outra explicação! Mas Zoey parecia pensar como eu. E eu passei a gostar mais ainda dela. Era bom ter algo em comum com ela.

– Eu! – Kayla respondeu após pensar um segundo.

Zoey suspirou e falou – Olha, eu simplesmente acho que não é inteligente.

– Bem, nem sempre você sabe de tudo. – Kayla respondeu com sarcasmo. Ela me lembrou Aphrodite e eu de repente já estava me preparando para ir até lá e proteger Zoey dessa menina desagradável, mas não podia ir até lá agora. O que Zoey iria pensar se soubesse que eu estava ouvindo sua conversa? O que ela ia pensar se eu aparecesse assim, de repente, tentando resgatá-la de pessoas que eu nem sabia se eram ou não seus amigos. Eu nem queria pensar sobre isso. Fiquei onde estava e continuei a observar. Se a situação se complicasse eu interromperia, mesmo que Zoey ficasse brava comigo depois.

– Sem dúvida você tem razão. Eu não sei tudo. – Zoey respondeu olhando para os dois com olhos desconfiados, como se eles estivessem lhe escondendo alguma coisa.

O clima estava frio e Kayla se abraçava em sua jaqueta cada vez mais. Zoey pensou por um momento e disse para Kayla.

– Acho melhor você ir embora. – Ela tinha um tom magoado na voz, mas acho que Kayla não percebeu.

– Ótimo. – Kayla respondeu com raiva.

– Também acho que não seria boa ideia você voltar a aparecer por aqui.

– Por mim... – Kayla respondeu com um tom de que também pensava dessa maneira e lançou um olhar para o garoto que estava parado ao lado delas com cara de tonto sem parecer se tocar do que estava acontecendo. Por um segundo, pelo jeito que Kayla olhou para ele, eu pensei que talvez ela não estivesse ali por Zoey, mas sim pelo garoto.

– Ajude-a a descer Heath. – Zoey pediu a ele.

O garoto pensou um pouco antes de ajudar Kayla a descer do muro, mas ele mesmo não desceu.

– Vamos logo, Heath. – Kayla disse, como se Heath fosse seu namorado ou coisa assim – Estou ficando com muito frio. – Pelo som de passos que ouvi, Kayla estava se afastando do muro.

– Bem – Heath disse sem jeito a Zoey – ficou mesmo frio de repente.

– É, agora pode parar.  – Zoey disse para cima, como se estive falando com o céu. E o vento de repente parou. Incrível! Era uma coincidência enorme, como se Zoey pudesse controlar o vento. De repente me lembrei do vento que me mostrou onde Zoey estava, será que realmente era coincidência? Mas esse pensamento logo se perdeu pelo o que Heath disse em seguida.

– Hei, ahn, Zo. Eu vim mesmo te pegar. – Então não foi Zoey quem chamou os amigos aqui, eles que vieram, ao que parecia, numa missão de resgate.

– Que cara sem noção! Será que ele não sabe que Zoey não pode ficar longe de vampiros senão ela morre? – Sussurrei para mim mesmo.

– Não. – Por um momento achei que Zoey tivesse me escutado e estava respondendo à minha pergunta, mas eu só tinha sussurrado! Então o garoto respondeu com a cara de tonto que ele tinha. Zoey estava falando com ele, é claro. Que idiota pensar que ela tinha me escutado!

– Ahn?

– Heath, olhe para a minha testa.

– Sim, você tem essa tal meia-lua. E está colorida, o que é esquisito, porque não estava colorida antes. – Então a Marca de Zoey ficou colorida depois de ela ser marcada? E esse tal de Heath estava com ela quando o rastreador a encontrou. Mas quando a Marca mudou? E por quê? Eu achava que sua Marca já estivesse completa quando ela foi Marcada. E o que esse Heath era dela para estar por perto na hora em que ela foi Marcada?

– Bem, agora está. Muito bem, Heath, concentre-se. – Esse garoto parecia mesmo ter problemas de concentração – Eu fui Marcada. Isso significa que meu corpo vai passar pela Transformação para eu me tornar vampira. – Zoey explicou bem devagar para ver se ele entendia de uma vez por todas.

O garoto olhou a Marca na testa de Zoey e depois passou para seu corpo, parando o olhar em seus seios e em suas pernas que estavam quase totalmente descobertas. Eu me segurei para não ir até lá e derrubá-lo do muro de uma vez por todas. Quem ele pensava que era para olhar para Zoey desse jeito? Meu sangue ferveu. Depois, eu me lembrei de que Zoey não era nada minha. Ela nem me conhecia. Eu não tinha direito nem de estar ali, escutando, escondido, a sua conversa. Suspirei e fiquei onde estava.

– Zo, seja lá o que estiver acontecendo com seu corpo, para mim, tudo bem. Você está muito gostosa. Você sempre foi linda, mas agora está uma verdadeira deusa. – Ele levantou a mão e tocou o rosto de Zoey gentilmente. Ela olhou para ele com admiração e eu fiquei arrasado.

Então, ele era mais que um colega. Zoey tinha um namorado, só que ele era humano e pelo jeito, ela ainda gostava dele, assim como ele gostava dela. Ele gostava tanto dela que estava disposto a entrar na escola e leva-la embora. Mesmo essa sendo uma ideia muito sem noção.

– Heath – ela disse suavemente. – desculpe, mas as coisas mudaram.

– Para mim, nada mudou. – A reação seguinte dele foi uma surpresa tanto para mim quanto para Zoey. Ele se inclinou e a beijou. Eu não sabia o que fazer. Não sabia se continuava ali, ou se saia correndo. Mas Zoey se afastou do beijo, dando-me um pouquinho de esperança.

– Pare com isso, Heath! Estou tentando falar com você. – Zoey disse, segurando Heath pelo pulso.

– Que tal você falar e eu beijar? – Agora ele passou dos limites. Zoey não o queria mais! O que ela tinha que fazer para ele se tocar? Ele estava se inclinado novamente para beijá-la. Então resolvi que estava na hora de fazer alguma coisa. Saí das sombras e fui em direção ao muro, mas parei quando vi a expressão de Zoey quando ele tocou seus lábios. Ela parecia hipnotizada, suas pupilas estavam dilatadas. E então Heath gritou.

– Ai! Droga, Zoey. Você me arranhou! – Ele puxou seu pulso das mãos de Zoey. – Merda, Zo, você me fez sangrar. Se não queria que eu a beijasse, era só me dizer. – Ele levou o pulso arranhado à boca e sugou o sangue que devia estar saindo do arranhão. Zoey continuou olhando para ele hipnotizada, mas ele não tinha percebido até que levantou os olhos para ela. Quando ele viu sua expressão, ficou assustado.

– Eu quero. – Zoey sussurrou em uma voz sexy.

Nenhum novato tinha desejo de sangue. Mas Zoey parecia ter.

Heath mudou sua expressão assim que ouviu o som da voz de Zoey. Não estava mais assustado. Estava esquisito, como se fosse um bobo apaixonado.

– Sim. Sim. O que você quiser. Eu farei o que você quiser. – Heath respondeu. Ele parecia estar... mas isso não podia ser possível... parecia que ele estava em transe.

Zoey estava agindo como uma vampira transformada. Somente os vampiros têm desejo por sangue e somente vampiros deixam humanos em transe. Mas ela ainda não era uma vampira. Pelo menos não ainda. Que eu sabia, ela ainda não tinha passado pela transformação. Por que essas coisas estavam acontecendo com ela?

Ela com certeza não era uma novata normal. Ela era especial, tinha que ser! E eu tinha que protegê-la. Se Nyx me enviou um sinal para me levar até Zoey quando eu pedi, isso queria dizer alguma coisa, não queria? Mas não era de Heath que eu tinha que proteger Zoey, mas sim de Aphrodite. Se ela soubesse o que estava acontecendo com Zoey... nem gostava de pensar nisso!

Voltei para as sombras. Agora não tinha o que eu pudesse fazer a não ser esperar para ver o que ia acontecer. Não ia interrompê-la. O sabor e as sensações proporcionadas pelo sangue humano são incríveis. Pelo menos é o que aprendemos aqui na Morada da Noite.

Eu nunca provei sangue humano. Novatos são proibidos de provar sangue humano, mas mesmo que pudéssemos acho que não seriam muitos que o provariam, o sangue ainda não é saboroso para nós. Só podemos provar o sangue de outros novatos, e desde que seja consensual. E nós só provávamos sangue um do outro para sentirmos prazer – tirando os rituais de Aphrodite, das Filhas e Filhos das trevas, que insiste em usar as “geladeiras”, como o Elliot hoje. Zoey não saberia dessa regra. Ela estava na Morada da Noite há apenas duas noites.

E, sinceramente, eu não sabia o que fazer. Como agir. Eu apareceria e diria o quê? Ei, Zoey, desculpe interromper, mas novatos não podem sugar sangue humano, sabe. Nem pensar! Eu ficaria onde estava mesmo. E, provavelmente, ela precisaria de um ombro amigo para conversar depois do que estava acontecendo. Ela tinha passado por muitas coisas nesses dois dias! Os rituais, Aphrodite fazendo-a provar sangue misturado ao vinho sem que ela soubesse, agora esse desejo de sangue que ela estava tendo. Tenho certeza que ela ia precisar de alguém para explicar o que estava acontecendo com ela. Apesar de que eu, sinceramente, não sabia explicar. Para mim isso também era novidade. Mas de algumas coisas eu sabia e poderia ser útil. E eu precisava ter certeza que esse Heath não ia fazer nenhuma besteira e tirar Zoey da Morada da Noite.

Zoey foi em direção a Heath e passou sua língua em seus lábios, lambendo a gota de sangue que estava lá. Respirei fundo com raiva. Era demais observar aquilo. Eu queria Zoey para mim. Eu é quem gostaria de estar lá em cima com ela agora. Mas eu sabia que não tinha direito a isso. Nem sabia se ela tinha consciência de mim.

– Mais. – Ela pediu asperamente, como se não pudesse se controlar. Então Heath levantou seu pulso até os lábios de Zoey, que lambeu a ferida e depois começou a sugar o sangue dele. Os vampiros têm na saliva anticoagulante e coagulante, que faz com que o sangue escorra ou que a ferida feche, conforme for necessário.

Zoey fechou os olhos e Heath gemeu de prazer. Eu imaginava o que ele estava sentindo. Quando os vamps sugam o sangue dos humanos, o prazer é imediato, tanto para o vampiro quanto para o humano. Dizem que é muito mais prazeroso do que quando provamos o sangue de outro novato.

De repente, escutei uma voz irritante.

– Ah, meu Deus! O que você está fazendo com ele? – Pelo jeito Kayla não tinha ido embora como eu tinha pensado. Zoey soltou o pulso de Heath como se tivesse levado um choque, e seus olhos voltaram ao normal, ela não parecia mais hipnotizada e suas pupilas não estavam mais dilatadas. Sua expressão era de medo, rancor, preocupação. – Afaste-se dele. Deixe-o em paz! – Kayla continuou gritando, mas Heath não se moveu.

– Vá. – Zoey disse para Heath. – Vá embora e não volte nunca mais.

– Não! – Heath respondeu com a voz firme, parecendo não estar mais em transe também.

– Sim. Vá embora daqui.

– Deixe-o ir embora! – Kayla gritou do outro lado do muro.

– Kayla, se você não calar a boca eu vou voar aí e sugar cada gota de sangue desse seu corpo estúpido de traidora! – Zoey a ameaçou. É claro que ela não estava falando sério. Nós não podíamos voar, e eu ri da maneira que ela falou. Mas, deu certo. Kayla saiu correndo e gritando. Para o meu azar Heath continuou onde estava.

– Agora você tem que ir embora também. – Zoey disse para Heath com a voz magoada.

– Eu não tenho medo de você, Zo.

– Heath, eu tenho medo de mim por nós dois. – Ela estava com medo dela? Isso não era justo. Ela só estava agindo como um vampiro, que era no que ela estava se transformando. Tá certo que ela estava pulando algumas fases, mas isso iria acontecer um dia. Ela não devia ficar com medo de si. Como eu queria que esse Heath fosse embora logo, para que eu pudesse abraça-la e explicar que ela não tinha feito nada demais.

– Mas eu não me importo com o que você fez. Eu te amo, Zoey. Agora mais do que nunca. – Ama? Então eles não eram só amigos e ele não pertencia a Kayla. Mas será que esse cara não entendia que não podia mais ficar com Zoey? Que ela agora não fazia mais parte de seu grupinho? Que ela não era mais humana? Que ela não ia envelhecer como ele?

– Pare com isso! – Zoey gritou, ela tinha tanto poder em sua voz que Heath, e eu inclusive, nos encolhemos ao ouvi-la. – Ela respirou fundo e continuou, agora com uma voz mais calma e suave. – Vá, por favor. – Ela parou por um momento e continuou. – Pois Kayla provavelmente chamará os tiras agora mesmo. Nenhum de nós quer isso.

– Está certo, eu vou embora. Mas não vou ficar longe. – Heath a beijou novamente e desceu do muro. E ela não o contradisse. Ela ainda gostava dele. E isso com certeza não era bom para mim. Mas eu iria ser para ela o que ela precisasse que eu fosse. Se ela precisasse somente de um amigo, eu seria. Apesar de saber que sempre desejaria ser mais. Hoje eu percebi o quanto especial Zoey é, e nada me fará mais feliz que ficar ao seu lado, seja como amigo ou algo mais.

Zoey desceu do muro tremendo e tomando muito cuidado para não cair. Ela não conseguiu chegar muito longe, encostou-se no antigo carvalho e começou a chorar. Uma gata apareceu do nada e se enroscou em seu colo. Fiquei onde estava. Daria um tempo para ela se acalmar e para eu pensar melhor em como agir.

Pensei em tudo o que acontecera a ela essa noite. Em como deveria estar sendo difícil para ela. Primeiro o ritual das Filhas das Trevas com Aphrodite, agora isso com esses humanos. E era somente sua segunda noite aqui! Não devia estar sendo nada fácil. Pensei se era uma boa ideia tentar conversar com ela. Um estranho, que foi flagrado em uma cena nada agradável com uma pessoa menos agradável ainda, que a tinha seguido e estava escondido escutando sua conversa. Isso não era nada bom para mim.

Resolvi que, se queria ser alguma coisa para Zoey, eu deveria ser sincero e contar a verdade a ela. Toda a verdade. Começando por mim e Aphrodite. Como já disse, estava na hora de mudar meu comportamento na Morada da Noite. Eu iria ser a pessoa que eu realmente era por dentro. Uma pessoa boa, que se importa com as outras pessoas. Uma pessoa que busca por amizade verdadeira e não somente status.

Eu devia muito a essa novata. Zoey me fez querer ser uma pessoa melhor. Eu sei que parece impossível, mas eu realmente estava gostando dela. E não estava me importando mais em conquista-la, mas sim, em ser seu amigo, para o que ela precisasse.

Estava pensando em como me aproximar dela quando ela parou de chorar um pouco e percebi que talvez ela precisasse de um lenço. Essa era minha chance.

Aproximei-me devagar, tentando não fazer barulho.

– Tome. Parece que você está precisando.

Zoey deu um pulo de susto ao me ouvir e olhou para mim com os olhos inchados de tanto chorar. Ela tinha chorado muito essa noite. Mas, mesmo com olhos inchados ela ainda era linda. Ela piscou os olhos para limpar as lágrimas e enxergar melhor.

– O-obrigada. Ela disse assoando o nariz em seguida.

– Sem problemas. – Respondi.

Continua...


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