Você É Diferente escrita por Madame Bovary, Elfa Hp


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei muito, mas em compensacão postei novas fanfics e o capitulo está grande!:D



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– Vamos lá, gente... Animação! – Bruce falou enquanto entravamos na sala para esperar nosso vôo.

– Vamos parar em alguma cidade durante o vôo? – perguntei esperançosa.

– Na verdade não – liquidei minhas esperanças rapidamente – Vamos lá, por favor, fiquem animados! Por mim!

– Eh!!! Eu vou para uma cidade sem shopping, e eu vou viver em um lugar onde vou ter que usar suéteres feitos pela Jara, e calças frouxas compradas em um bazar de esquina e botas feitas de couro de veado comprado em um mercado de 5º categoria. Estou tão feliz... Que não posso nem conter minha felicidade – Paulina falou em um fôlego só com sarcasmo.

– E o que você tem contra meus suéteres? – Jara perguntou levantando uma sobrancelha.

– Er... Nada só que na minha idade não se usa mais isso – respondeu envergonhada, estávamos nos partindo de rir por dentro.

– Querida, na sua idade você deveria ta só o pó dentro de um caixão – Benito falou enquanto Paulina mostrava á língua para ele...Crianças!

De repente chamaram nosso vôo.

– Inferno - Anita sussurrou – Vamos logo para essa maldita cidade, para conhecer os sortudos dos habitantes caipiras que vão receber uma família de vampiros sem-noção e anormal, que vai deixar os hospitais sem abastecimento de sangue.

– Não é “os hospitais” é “o hospital”, não vamos ter o luxo de escolher em que hospital vamos roubar – falei.

– Shhhh... Falem baixo, suas barraqueiras. Querem ficar as próximas 12horas do dia apagando a memória desse povo todo? – Tom sussurrou, apenas abaixamos á cabeça, Anita xingou ele de um palavrão dos mais feios, Tom apenas assentiu e balançou e á chamou de boca suja.

Entramos no avião em silencio, todos nós estávamos chorando no fundo. Eu só esperava que fosse tranqüilo. Pois é, mas com á maldita sorte que eu tenho, não foi bem assim, como o vôo foi marcado as pressas, nosso querido pai, só garantiu o lugar dele e o de Jara na 1º classe, com direito á tudo do bom e do melhor, enquanto nós acabamos na classe econômica! QUE SACANAGEM!!! Um fato: Meus pais ficaram loucos!!!

Além de nenhum de nós sentar perto um do outro, fiquei no pior lugar, fiquei em um daqueles acentos triplos, eu odeio acentos assim porque eu sempre acabo com alguém nojento, espaçoso ou preguiçoso do meu lado.

Fui até meu lugar temerosa, e dessa vez não foi diferente, do meu lado direito um cara gordo e suado comia ruidosamente batatas fritas com ketchup, e do lado esquerdo uma mulher que fumava um cigarro escondida.

– Por favor, querida sente – falou á aeromoça com uma falsa simpatia.

Sim, o vôo seria longo.

–------//---------//---------//----------

– Finalmente! – Benito falou quando colocou á ultima mala no terceiro e ultimo táxi – Paulina qual á parte de “apenas as coisas necessárias” você não entendeu?

Paulina apenas bufou em resposta.

Entramos nos táxis, fui junto com Jara e Bruce. A cidade estava nublada, o clima estava denso, por onde passávamos o motorista apontava indicando e informando pontos turísticos, e lugares necessários como mercados, bares, restaurantes, Bruce parecia interessado, Jara fascinada, enquanto eu me matinha no meu desinteresse, estava ali á contragosto, pela família, embora eu não saiba se isso ainda me segura aqui.

Aos poucos casas foram substituídas por arvores e arbusto, era totalmente deserto, até pararmos subitamente em frente á duas mansões, ambas com estilos do século passado, eu devo admitir seja qual for nossa casa não vamos sair perdendo.

– Tem certeza que é aqui senhor? – Bruce perguntou apreensivo, ainda mantendo um pouco da sua calma.

– É sim senhor, conheço essa cidade como á palma da minha mão – o taxista falou.

– Hum... Isso não é bom – Jara sussurrou.

Ótimo! Mal chegamos na cidade e já temos problemas.

Depois de sairmos dos taxis todos igualmente estressados, Bruce pagou o taxímetro, assim que os taxistas se foram. Nos entreolhamos aquilo era um problema, um problema dos grandes.

– Bom, vamos entrando – Bruce falou com uma falsa calma – á casa já esta mobiliada por isso a mudança só chega amanhã.

Ele tirou o bolo de chaves do bolso abrindo á porta da casa, entramos olhando curiosos cada canto da casa, amava casa assim, em um estilo antigo é lindo.

– Os quartos são lá em cima... – antes de Jara termina a frase corremos escada à cima.

Entrei no 1º quarto que vi tudo bem, tudo bem... Não foi bem assim, Joel me fez tropeçar dando tempo para todos pegarem os melhores quartos e com vista para floresta, enquanto eu fiquei com um quarto até bonito, no entanto com vista para mansão vizinha, janela trancada 24horas por dia com certeza, fechei logo á maldita janela com raiva.

– Pessoal eu e Jara vamos no colégio fazer a matricula de vocês, não vamos demorar muito – Bruce gritou lá debaixo, logo após ouvi á porta ser trancada.

Desci as escadas e meus irmãos já estavam lá... Ufa! Ninguém se agarrando... Sentei-me no sofá.

– Podíamos da uma volta pela cidade, quem sabe encontra sei lá, um hospital – Paulina falou divertida.

– Finalmente uma ideia boa! – Benito exclamou.

– Não acho que seja uma boa idéia – Tom disse, mas ninguém deu ouvido, acabar com o tédio essas horas era quase uma prioridade, então se juntou á nós.

Aproveitamos o caminho, rindo de piadas, fazendo palhaçada, eh... Essa é minha família.

Achamos as cegas o hospital, pelo menos o índice de morte parecia ser pequeno, já que o hospital estava praticamente vazio. Disfarçamos imediatamente que estávamos entrando pela frente do hospital, entramos no pequeno prédio branco desbotado vendo que não havia ninguém á ser atendido.

– Tudo bem quem pode persuadir a... – Joel começou á falar, mas logo foi interrompido por um barulho vindo da recepção onde se encontrava logo ao dobrar o corredor.

Ouvimos apenas uma voz obediente, quase robótica...

– Eu pegarei bolsas de sangue para um paciente doente, mas as darei á ti, e jamais vi você aqui...

– Boa garota – alguém falou com uma voz quente e sensual.

Olhei para meus irmãos e eles pareciam igualmente apavorados.

– Vamos embora – declarou Joel.

Virei-me ignorando á ordem tentando ouvir mais da conversa.

Quando percebi um corpo estava grudado totalmente ao meu, a única coisa que eu via era seu olha cínico e seu sorriso irônico.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
... cap betado: 22/11/11