Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 44
Capítulo 44




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Corremos pela floresta, sorrateiramente nos escondendo nas sombras das árvores. Era dia e o sol brilhava no céu, o que nos deixava mais vulneráveis e visíveis. Nós avistamos a cabana e fiz um sinal para que cada um tomasse sua posição. Os guardiões se espalharam em pontos estratégicos, se preparando para o ataque. Dois seguranças de Victor estavam do lado de fora e eram Morois. Muitos Morois, de classe mais baixa se dedicavam a algumas tarefas sujas em troca de dinheiro e reconhecimento. Eles estavam armados, por isso tínhamos que preservar o elemento surpresa da ação.

Nos aproximamos cada vez mais, até que os atacamos de forma silenciosa e precisa, tal como uma serpente. Em poucos segundos eles estavam mortos e nós invadindo a cabana. De forma perfeitamente sincronizada, os guardiões entraram pela porta da frente, janelas e porta dos fundos, surpreendendo a todos e não dando chances alguma de defesa. Mesmo assim, alguns dos guardiões de Victor tentaram resistir e foram mortos. Eu só não dizia que era uma pena, devido ao baixo número de guardiões, porque eu acreditava que era melhor nenhum guardião a lidar com a corrupção entre eles.

Eu entrei na cabana e meus instintos buscando somente uma pessoa: Lissa. Nada mais interessava para mim a não ser resgatá-la sã e salva. Meus olhos varreram o local à sua procura, mas não havia vestígios dela. Corri pelos ambientes em busca dela, sem sucesso. Na cozinha, guardiões seguravam Victor Dashkov. Quando olhei para ele o choque me varreu. Ele estava jovem e vigoroso novamente. Seus olhos verdes brilhavam e sua pela era viçosa. Eu senti uma onda de ódio me tomar e fui até ele, forçando para me manter em controle.

“Onde está Lissa?” perguntei entre os dentes, segurando-o pela gola do casaco. Ele apenas sorriu.

“Ela saiu pela janela.” O outro guardião, que estava imobilizado, respondeu. Todos nós nos voltamos para ele.

“Como?” Peter, um dos guardiões do nosso comboio perguntou.

“Ela se levantou do sofá e saiu pela janela. Ela pediu para fazer isso e eu deixei.” Ele falou calmamente e com olhos maravilhados. Todos trocaram olhares de entendimento e mostrando conhecer aqueles sintomas. Lissa tinha usado compulsão nele.

Soltei Victor e sai da cabana correndo, com todos os meus sentidos em alerta, escaneando cada pedaço da floresta onde eu passava. Nem sinal dela. Eu detestava admitir isso, mas eu não tinha a menor idéia por onde ir. Continuei correndo, quando escutei o som distante de tiros, vindo da direção oposta da que eu estava indo. Sentindo meu corpo todo responder aquele som, praticamente voei por entre as árvores. Eu não sabia dizer o que estava acontecendo, mas algo me dizia que não era nada bom.

Corri e me encontrei com outros guardiões que também tinham entrado em ação devido ao estopim das balas. Alguns minutos depois, encontramos uma pequena clareira. E me senti esfriar quando vi o que tinha lá. Vários psi-hounds estavam mortos, Lissa e Christian amparados um no outro. E Alberta erguendo Rose desacordada em seus braços.

Eu cruzei a clareira como um raio até elas, esquecendo tudo e todos à minha volta. Eu não podia acreditar que Rose tinha ignorado o meu pedido para ficar no carro. Eu devia ter previsto que ela não agüentaria ficar fora de ação e, agora, as conseqüências foram estas.

“Belikov,”Alberta chamou, quando me avistou. “Ajude-me aqui, temos que levá-los para ver um médico imediatamente.” Ela me falou enquanto me entregava Rose desfalecida.

“O quê aconteceu aqui? Eu mandei que Rose esperasse no carro!” Exclamei, sentindo o desespero em minha voz e em mim, enquanto constatava como Rose estava. Ela tinha um grande corte perto da linha dos cabelos, por onde o sangue jorrava. Muitos outros cortes e arranhões se espalhavam pelo resto de seu corpo. Várias partes de sua roupa estavam rasgadas. Sentir o seu corpo esmorecido em meus braços fez uma onda aflição tomar conta de mim.

“Psi-hounds os atacaram. Provavelmente enviados pelo Príncipe Victor. Não se aborreça com Rose, Belikov. Teria sido pior se ela não estivesse aqui. Ela lutou bravamente para protegê-los.” Alberta falou acenando com a cabeça em direção a Christian e Lissa que ainda se amparavam. Foi quando me dei conta que eu só estava preocupado, novamente, com o estado de Rose.

“Como eles estão? O quê Christian Ozera faz aqui?” Perguntei.

“Eu já disse, eles precisam ver um médico. Devemos ir agora e depois tentamos entender tudo.” Alberta falou autoritariamente, deixando claro que era para todos baterem em retirada. Eu andei a passos largos, ainda carregando Rose. No carro, tentei acordá-la diversas vezes, em vão. Nunca uma viagem me pareceu tão longa. Lissa sentou no banco de trás conosco.

Durante o caminho de volta, contou resumidamente o que tinha acontecido. Ela havia fugido da cabana, mas ainda estava muito fraca, sem ter idéia para onde seguir. Provavelmente, Rose sentiu isto pela ligação e foi até ela. Foi quando os psi-hounds apareceram e os atacaram. Rose partiu em sua defesa e acabou bastante machucada. Christian também foi gravemente ferido. Lissa também não sabia dizer o que Christian fazia ali, tentou curá-lo, mas toda a sua energia tinha sido sugada por Victor. Então, Rose se ofereceu como alimentadora para que ela pudesse se restabelecer e salvar Christian, que já estava à beira da morte.

Minha mente tentava processar tudo. Alberta repetia que Rose tinha tido um ato heróico e eu realmente via assim. Eu a olhava angustiado, torcendo que sua recuperação se desse sem problemas. Eu sabia que Lissa e Christian também tinham sido afetados e forcei a minha mente a tentar pensar neles em primeiro lugar. Eu repetia e repetia o mantra dos guardiões, mas não adiantava. A verdade era que eu pouco ligava para eles, com Rose naquele estado diante de mim. E isso era uma das piores coisas que podia acontecer a um guardião.

Os carros dispararam pela estrada e finalmente, avistei as torres da Academia surgirem no horizonte. Equipes médicas nos aguardavam, pois Alberta tinha passado o alerta por telefone, enquanto estávamos no caminho. Assim que paramos, Rose foi colocada em uma maca e, ainda desacordada, foi levada para a clínica médica. Eu acompanhei a equipe da Dra. Olendizki e observei, em pé, no canto da sala, as ordens gritadas enquanto vários procedimentos eram realizados. A coisa que eu mais queria era que ela dissesse que Rose ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, desculpem pela demora em postar, estava com alguns problemas...
Mas enfim, mais um cap saído da minha cabeça, e sempre falo, espero que não esteja muito viajado. Talvez por isso eu tenha demorado a postar. Os cap que são parte do livro, são mais tranquilos para mim, mas estes que eu crio, preciso revisar e revisar pra ficar coerente com o original. Coisa de gente doida, eu sei, mas fazer o quê?
Eu prometo postar outro rapidinho. Meu dia amanhã estará bem livre para isso!
bjs