Vampire Academy Por Dimitri Belikov escrita por shadowangel


Capítulo 42
Capítulo 42




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“O quê você está fazendo com –“ Rose se levantou e veio na minha direção quando viu que eu jogava o colar pela janela. “Não! Você sabe o quanto isso deve – “ ela parou sua frase na hora que a realidade a atingiu. Eu também me sentia completamente  consciente agora. O feitiço tinha ido embora. Rose olhou em volta, para o quarto e para si, dando conta que estava totalmente nua, na minha frente. Eu tentava não olhar para ela, mas eu não conseguia. Era uma bela visão.

“Lissa.” Rose exclamou, enquanto ainda parecia processar tudo em sua mente. Sua expressão se tornou de uma intensa dor e desespero.

Eu queria ficar ali contemplando a beleza dela, mas diante daquela reação, o senso de dever me chamou de volta à realidade. Eu usei muito do meu esforço para a ignorar e perguntei o que estava acontecendo.

“Ela foi capturada, foi levada por alguém. Parecia guardiões, mas eles não estavam querendo protegê-la. Eles a atacaram. Foi terrível ela está presa em algum lugar e-”. Antes que ela pudesse terminar, entrei em ação. Ordenei que ela se vestisse e eu mesmo comecei a colocar rapidamente minhas roupas. Sim, eu queria ficar com Rose ali, mais do que qualquer coisa e foi difícil ignorar tudo. Eu tinha obrigação de proteger Lissa e agora ela estava em perigo.

Olhei de relance e vi que Rose já tinha colocado o vestido. De alguma maneira, mesmo sendo uma situação de perigo e extrema urgência, eu não conseguia me desconectar do que tinha acontecido entre eu e ela, há poucos minutos. Joguei para ela o primeiro abrigo que encontrei no meu armário, para ela vestir por cima do vestido. Talvez assim, esses pensamentos não ficassem voltando para mim.

Saímos no quarto e fui andando rápido, me forçando a manter meu foco em Lissa. Rose quase corria atrás de mim, tentando acompanhar meus passos. Nós não podíamos fazer muita coisa sozinhos, por isso, enquanto seguimos para o prédio dos guardiões liguei para Alberta avisando que precisava falar com ela. Eu realmente esperava que ela estivesse no dormitório descansando, mas não estava. Ela tinha voltado ao seu escritório por causa da briga que Rose teve no baile e estava reunida com Kirova. Eu não sabia que Rose tinha entrado em outra confusão, mas aquela não era a hora de me inteirar dos fatos.

Entrei rapidamente para o escritório de Alberta, Rose sempre me seguindo. Lá estavam alguns guardiões reunidos com elas, e antes que qualquer um dos que ali estavam pudesse falar algo, praticamente ordenei para eles.

“A Princesa Vasilisa foi seqüestrada. Temos que resgatá-la.” Exclamei.

“Vamos! Precisamos ir logo!” Rose falou logo após, mas ninguém parecia ouvi-la, já que todos começaram a falar ao mesmo tempo.

“Senhoras e senhores, vamos manter a calma!” A voz de Alberta ecoou sobre as demais. Todos voltaram para ela, em silêncio. “Precisamos ouvir o quê o Guardião Belikov tem a dizer.” Ela falou olhando diretamente para Rose, enfatizando as palavras ‘Guardião Belikov’, deixando claro que era para ela ficar calada. Rose respirou fundo, como se não estivesse conseguindo se conter dentro de si.

“A Princesa e Christian Ozera foram atacados no sótão da igreja. Eles a levaram cativa. Rose sentiu tudo por meio do laço e pode nos levar até ela.” Falei sem perder tempo.

“Sempre você, Srta. Hathaway.” Kirova falou, se voltando para Rose. “Depois do que você fez no baile, não acho que devemos dar ouvidos ao que vem de você. Temos uma aluna Moroi hospitalizada por sua causa. Você atacou uma Moroi e-“ sentindo que ela estava começando mais um dos seus sermões intermináveis, a cortei.

“Não estamos questionando a gravidade do quê quer que ela tenha feito. Estamos com uma situação urgente aqui. Quantas vezes temos que repetir isso? Alguém vá até o sótão prestar socorro ao Sr. Ozera e verificar que o que dizemos é verdade.”

Com um aceno de Alberta, dois dos guardiões que estavam na sala saíram. Um foi até a igreja e o outro, verificar se Lissa estava na escola. Os minutos se arrastaram até que eles voltaram com Christian muito machucado e confirmando a nossa história. Lissa não estava em parte alguma do campus. Um dos guardiões da sala virou para Rose e eu pude ver que ele tinha credibilidade em seu olhar.

“Quantos Strigois eram?” Ele perguntou.

“Como diabos eles entraram?” Outra voz falou mais atrás.

“O quê?”Rose perguntou confusa “Não eram Strigois.” Imediatamente todos pararam e olharam para ela.

“Quem mais a teria levado?” Kirova perguntou, sem perder tempo “Você deve ter visto errado pela... visão.”

“Não. Eu tenho certeza. Eles... eram... guardiões...”

“Ela está certa. Guardiões.” Christian falou, enquanto a Dra. Olendizki limpava um de seus cortes.

“Isso é impossível!” Alguém soltou com voz indignada.

“Não eram guardiões da escola!” Rose falou impaciente, com os dedos apertando a testa. “Dá para vocês se mexerem?”

“Você esta dizendo que um grupo de guardiões particulares veio até aqui para seqüestrá-la?” O tom de Kirova era como se insinuasse que Rose estava brincando.

“Sim.” Rose se desconectou um pouco e, após alguns segundos acrescentou “Eles trabalham para Victor Dashkov. São guardiões dele.”

“O Príncipe Victor Dashkov?” outro guardião perguntou incrédulo.

“Por favor, façam algo. Eles estão se afastando. Eles estão...” Ela segurou sua cabeça, como se lutasse contra algo forte. Eu estava ao seu lado, tentando controlar minha ansiedade. Rose continuou estreitando os olhos. “Oitenta e três, indo para o sul.” Ela falou precisamente a localização deles.

“Oitenta e três? Já?” Alberta exclamou “Há quanto tempo eles partiram? Porque vocês não nos avisaram antes?”

Rose me olhou, com os olhos chocados, esperando que eu desse a resposta. Eu mantive meu rosto neutro e falei devagar e calmamente.

“Um feitiço compulsório,” fiz uma breve pausa, buscando as palavras certas. “Um feitiço compulsório foi colocado no colar que Victor Dashkov deu a Rose e fez com que ela me atacasse.” Falei torcendo para que ninguém perguntasse que tipo de ataque foi esse.

“Ninguém pode usar este tipo de compulsão!” Kirova exclamou “ninguém faz isso há séculos!”

“Bom, alguém fez. Até a hora que eu a contive e peguei o colar, já tinha passado muito tempo.” Continuei falando imparcialmente, embora estivesse com o coração disparado ao lembrar do ‘ataque’ de Rose. Ninguém mais questionou a história e finalmente, vi os guardiões entrarem em ação. De forma extremamente organizada, começaram a se mexer, montando os comboios para o resgate.


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