My Own Maid escrita por AnyBnight, IEYaoi


Capítulo 4
Capítulo 4 - Minha própria Maid


Notas iniciais do capítulo

Heee, demorou pra caramba...



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Sábado, de manhã. Kirino chegou ao portão da residência Shindou mais cedo que o combinado. Não conseguia evitar se sentir insignificante diante daquela mansão, mesmo que já tivesse ido lá milhares de vezes. O portão se abriu automaticamente quando o segurança o reconheceu. Caminhou pela trilha marcada no jardim, seguindo o som de um piano. Encontrou Shindou tocando através da porta de vidro que ligava o salão de seu piano ao jardim. Não foi percebido de imediato, então ficou quieto, admirando em silêncio o talento para com música que seu amigo tinha. Era incrível como era bom naquilo, no futebol, nas aulas em geral e ainda por cima, era rico e bonito... Como alguém pode ser tão perfeito? Ao fim daquela música, Shindou suspirou; Kirino se revelou aplaudindo-o.

_Bela melodia, é Mozart?
_Chopin - sorriu. Depois se levantou e foi abrir a porta - Você chegou cedo.
_Tá tá, tanto faz. - Disse entrando - Vamos logo ao que interessa.
_Falei com a governanta que iria ter uma assistente pessoal hoje, ela e as outras empregadas estão te esperando na área dos serventes.
_Então, eu vou ter que me fazer de garota?
_S-seria estranho se fosse de outro jeito
_Todo mundo nessa casa me conhece, como faz agora?
_Disse que você era a "irmã gêmea" do Ranmaru. - Foi até o sofá, onde havia uma sacola de papel - Tem uma roupa neutra nesse pacote, melhor se trocar - O pegou e ofereceu a Kirino.
_Humpf - Arrancou a sacola das mãos de Shindou - roupa feminina, maid... Só falta dizer que na próxima eu serei uma colegial.
_Agora que você tocou no assunto... - Sorriu, com a mão segurando o queixo.

Deixou Shindou falando sozinho enquanto saia de lá, indo para o banheiro que era ligado naquele cômodo. Gritou "pervertido" antes de bater a porta com tudo. Shindou deu de ombros e voltou ao piano. Alguns instantes depois, Kirino saiu do banheiro. Agora trajava uma camisa lilás caída na parte dos ombros que passava um pouco da cintura, usava a mesma calça jeans de antes e tênis brancos em vez do sapato marrom que usava.

_Você não vai me obrigar a usar aquela calça.
_Kirino... Você - corou. Não imaginaria que aquela roupa cairia bem em Kirino.
_Fala sério - coçou a cabeça - Onde foi parar meu orgulho masculino? Bom - deu de ombros - melhor eu ir logo, não gosto de ver aquela velha de mau humor.

A velha a qual Kirino se referia era a governanta, responsável por supervisionar todos os serventes. Seu nome era Matsuda. Estava sempre de kimono com o cabelo grisalho num penteado tradicional japonês, embora a casa fosse ao estilo ocidental. Era rigorosa com as regras e sempre estava de olho no "jovem mestre". Não gostava muito das visitas que Kirino fazia, pois distraía Shindou em seus estudos.

_Kirino-sama? - A senhora dizia, olhando o garoto(a) de cima a baixo.
_Err...
_Esta é Kirino Ran, a irmã gêmea de Ranmaru - Shindou "a" apresentava; Kirino abaixou a cabeça em respeito rápido - Ela vai ser minha assistente pessoal por hoje.
_"Ran"? - Encarava desconfiada - É exatamente igual ao irmão. Pois bem, jovem mestre, deixe-a comigo por um tempo para que lhe explique as normas da casa.
_Conto com você - sorriu
_Ei Shi--
_Venha.

A velha senhora puxou Kirino pelo braço casa a dentro. Foram até o vestiário das empregadas. Kirino ficou nervoso ao entrar lá, pois ainda havia algumas mulheres se trocando. Sentou-se em um pufe branco encostado na parede, prestando atenção apenas na senhora.

_Eu entendo que o jovem mestre é um adolescente e tem esses quereres estranhos, mas - Olhou pra Kirino ameaçadora - não permitirei atos impróprios nesta casa, ainda mais na ausência dos patrões, fui clara?
_S-sim senhora!
_Troque-se, ditarei as regras enquanto isso.

Matsuda apontou um trocador (parecido com um provador de shopping só que maior). Kirino obedeceu.

_Você deverá estar atenta a todos os pedidos do jovem mestre, e servi-lo sempre que precisar, negando seus caprichos absurdos. Mesmo que sua função hoje seja apenas servi-lo, você ainda é uma funcionária desta casa. Esteja disposta para ajudar qualquer outra servente quando requisitada. Sua postura é essencial, então, dê-se o respeito. Não tolerarei qualquer tipo de intimidade com o jovem mestre, por mais próximos que sejam. Aqui você é apenas uma empregada.

Kirino abriu a cortina. Vestia agora uma roupa de maid bem diferente do uniforme da Maid Kissa.

_Parece mais uma garçonete no que uma "assistente pessoal".
_Sh-Shindou-kun tem gostos estranhos - Aquela roupa lhe dava frio
_Humpf - Ia em direção à porta - Vamos para a cozinha, o jovem mestre ainda não tomou o café. Você irá levá-lo ao salão do piano.

E assim foi feito. Empurrando um carrinho prateado com um bule, xícara e uma cesta de biscoitos de chocolate frescos, Kirino adentrou o salão onde Shindou ainda tocava.

_Até quando eu vou ter que passar por isso?
_Ooh... Essa roupa ficou ótima em você
_Poupe-me de seus comentários, jovem mestre.

Shindou deixou o banco do piano, indo se acomodar na poltrona que ficava ao lado de um sofá maior. Kirino empurrou o carrinho até lá. Com delicadeza, despejou chá na xícara sobre o pires. Tomou-a nas mãos e ofereceu a Shindou.

Kirino observava seu mestre deliciar o chá. Estava tão concentrado que não se dava conta disso.

_O que foi Kirino?
_Nada, só reparava como o vapor que sai do chá deixa seu cabelo mais volumoso...
_Mesmo? - sorriu, pondo a xícara de volta no pires sobre a mesa de centro.
_Sabe, esse não é um café da manhã muito convencional.
_Na verdade, não estou com fome. Só queria ver você me servindo.
_Seu grande-- - veia lhe saltava na testa
_Jovem mestre - Uma empregada qualquer chamou da porta.
_Sim?
_Preciso fazer a limpeza deste cômodo, ou prefere que a garota nova faça?
_Tudo bem, já irei sair. Dê-me 10 minutos
_Sim senhor.

Ouviram os passos dela se distanciando.

_Isso era pra eu não ter que pegar no pesado?
_Não. O som da limpeza me desconcentra. Vamos para a biblioteca.
_Preciso levar isso? - Referia-se ao carrinho.

Shindou não respondeu. Sorriu, levantando-se indo ao piano. Sentou no banco novamente e começou a tocar uma melodia suave. Kirino cansou de ficar de pé escutando. Foi até as costas dele e agarrou seu pescoço. Os dois apreciavam o som de olhos fechados, rostos colados. Pena que seu momento a sós foi rompido por outra batida na porta. A empregada de antes havia voltado. Kirino soltou Shindou no susto ao ouvir a batida, recuando meio metro pra trás. Logo a porta se abriu, e a empregada entrou em silêncio. Shindou fechou o piano antes de se retirar, sendo reverenciado ao passar pela empregada. Kirino o seguiu empurrando o carrinho.

A biblioteca da casa era imensa, como tudo lá. Centenas de livros de capa de couro, a maioria europeus, sobre estantes altas de madeira nobre que formavam diversos corredores e em cada um deles tapetes marcando as trilhas. Ao fundo da sala, uma grande escrivaninha também de madeira, atrás dela uma cadeira giratória de veludo castanha avermelhada que mais parecia um torno com seus braços vistosos, e mais atrás, uma janela de vidro ladeada por cortinas oliva. Além de diversos itens nobres sobre a mesa, os livros escolares e cadernos de Shindou.

_Wooh - Impressionado - É maior que a da escola.
_Qualquer livraria é maior que a biblioteca da escola - Esnobou
_Tá bem, jovem mestre - irônico - Da próxima vez, vamos montar um grupo de estudos aqui.
_Eu mal tenho permissão para usar este lugar, quem dirá vocês da plebe – brincou.
_Essa doeu.
_Não leve tão à sério. - Acomodou-se no ''trono'' - Mas meus pais não me deixam usar muito esse lugar. Só venho aqui mesmo quando não estão.
_Eeh... E o que eu faço aqui? Tiro o pó?
_Duvido que tenha qualquer sujeira aqui, mas - apoiou os cotovelos na mesa; o queixo nas mãos - eu só quero olhar pra você.
_Pervertido.

Kirino pegou um espanador de penas em algum lugar e fingia limpar os estantes de livros à vista de Shindou. Enquanto este se concentra em seus livros escolares, vezes desviando seus olhos para um lado óbvio. Kirino "limpava" livros que na maioria das vezes sequer conseguia ler o nome "malditos ricaços" pensava.

Passaram-se cerca de dez minutos, ficou entediado.

_Que saco...
_Não acho - Fitava Kirino de cima a baixo.
_Engraçado, você não olha desse jeito pras minhas pernas quando tô com o uniforme do time. E olha que são do mesmo comprimento.
_O short não te deixa tão sexy.
_Falando nisso - Andou até a mesa e apoiou uma das mãos nela, logo se inclinando pra frente - Até quando vamos ficar nessa?
_"Nessa" o quê?
_Fala sério - sorriu malicioso - duvido que tenha me chamado pra ser sua Maid só pra limpar e te servir.

Shindou piscou confuso. Kirino soltou um "ingênuo" inaudível antes de retomar a postura. Deu a volta na mesa, girando a cadeira de Shindou para que ficassem de frente um pro outro. Depois, apoiou um dos joelhos entre as pernas abertas de Shindou e se segurou em seus ombros.

_Kirino?
_Nee Takuto-sama - Aproximou o rosto, até os narizes se tocarem - permita-me servir-te de um jeito "especial".

Kirino deslizou as mãos para cima, envolvendo o pescoço de Shindou. Ainda de olhos abertos, beijou-o, esperando ele fechar os olhos primeiro. Queria ver seu rosto vermelho antes de cerrar os próprios olhos. Era um beijo bem controlado, diferente do normal, que costumava ser beeeem urgente. Não durou muito, enquanto Shindou mantinha seus olhos fechados, Kirino cortou o beijo mordendo o lábio inferior de Shindou. Em seguida, deslizou os lábios úmidos pescoço a baixo.

_Ranma...ru?
_Você - Sussurrava, fazendo com que seu hálito provocasse arrepios no parceiro - sabe o que farei agora, né? - Mexeu o joelho, pressionando Shindou

Shindou gemeu e engoliu seco, isso foi como um sinal verde para Kirino. Ficou de pé, indo até as cortinas e as fechando por fim. Shindou observava nervoso seus movimentos. Mesmo de costas, Kirino notou isso. Achava uma graça como Shindou ficava tímido toda vez que "avançavam". Pôs-se de frente a frente outra vez, mas sem encará-lo diretamente. Tratou logo de se ajoelhar diante dele, ajeitando o vestido em seguida. Deu uma ligeira olhada pra cima, podia ver Shindou completamente ruborizado, lábios apertados como se se forçasse a calar; apertava as mãos em punhos sobre as coxas. Kirino parou.

_O-o que foi?
_Nada - Brincou malicioso - só quero olhar pra você.
_Mentiroso.

Riu um pouco, tratando logo de abrir os dois botões de baixo da camisa de Shindou. Enquanto as mãos estavam ocupadas desafivelando o cinto e abrindo a calça, Kirino beijava-lhe a barriga, vezes dando lambidas concentradas no umbigo. A pele de Shindou tinha gosto de sabonete infantil. Claro, o jovem mestre só se banhava com os mais finos produtos. Shindou apertou os olhos, tentando não fazer barulho .

Finalmente, Kirino abaixou as roupas do outro o suficiente para ter o que queria exposto. Sorriu ao ver que Shindou estava bastante excitado, embora não totalmente ereto. Foi deslizando os lábios do ponto que estava até a ponta do membro de Shindou. Ergueu-o com uma das mãos, mantendo a outra apoiada em um dos joelhos dele e começou a chupar. Shindou já não conseguia se manter quieto, tapava a boca com as duas mãos, não queria que os outros o ouvissem. Kirino não resistia as contenções de Shindou, isso sempre o seduzia a provocar ainda mais. Parou de chupar, e agora só lambia de cima a baixo, indo até os testículos e voltando pra ponta. A esta altura, Shindou estava completamente ereto e soltava gemidos altos as vezes.

_Ranma-aah.. ru..
_Takuto-sama - parou um pouco, só usava a mão para masturbá-lo - será que agora eu posso--
_Jovem mestre.

A voz de Matsuda ecoava pelos corredores da biblioteca. Em pânico, Kirino se escondeu debaixo da escrivaninha; Shindou girou de volta a cadeira e a empurrou um pouco pra frente, deixado o outro quase sem espaço. Respirou fundo, tentando volta ao normal antes de ser encontrado.

_Jovem mestre Takuto!
_S-s-sim?! - Estava super nervoso, e não conseguia esconder isso.
_Não deveria estar aqui, sabe que os patrões não gostam.
_M-me desculpe. Eu só queria estudar um pouco.
_Com as cortinas fechadas? - Andava pra frente - Vai prejudicar sua visão.
_Não! - Ela parou, desconfiada - E-eu estava para ligar a luminária de mesa quando a senhora me chamou - Ligou a luminária - Vê?
_Vejo... - Estava na cara que o jovem mestre escondia algo, mas não o questionaria - A propósito, onde está a senhorita Ran?
_Ela...

Kirino estava ficando irritado. Aquela situação era desconfortável e ser tratado como garota não ajudava em nada. Pensou em punir Shindou de alguma forma e assim, voltou a chupá-lo.

_Aah! - Gemeu sem querer
_*Bem feito* - Pensava
_Jovem Mestre? O que houve!?
_Não é (haa) nada...
_Está vermelho! Tem certeza de que está bem?

Estava prestes a se aproximar.

_Matsuda-san, traga-me (aah) água, por favor.
_Oh, sim jovem mestre.
_Ráahpido... - Começava a suar
_Onde está sua assistente pessoal num momento como esses? - Dizia ao se retirar levando o carrinho consigo.

Shindou continuou a se conter até ouvir o barulho da porta fechando. Ao ouvi-lo, deu um ofego profundo e tomou um impulso pra trás, arrastando a cadeira consigo e derrubando Kirino pra frente.

_Ei! Eu não terminei!
_Você - Ofegava - é louco!?
_Estava apenas servindo meu mestre - Convicto, apoiando as mãos na cintura.
_Já pensou se ela pega a gente?! Mandam-me para algum internato na Europa na hora!
_Ah é? - Desdém - Mas e aí, posso terminar antes que a velha chata volte?

Não esperou resposta e já tinha o abocanhado de novo. Desta vez, fazia tudo mais rápido e Shindou mal conseguia respirar. Tapava a boca com uma das mãos e mantinha a outra no topo da cabeça de Kirino. Kirino odiava se sentir inferior (vulgo, o uke), mas não podia fazer nada, não agora, então deixou como estava, pois Shindou não resistiria muito tempo. Não se passou meio minuto e o moreno já estava gozando. Kirino engolia sem problema, mas isso não evitava deixar um pouco vazar pelos cantos da boca.

_Ran...maru... - Ainda ofegava, e lacrimejava um pouco.
_Francamente - Limpava a boca - Você tem que chorar toda vez?
_Eu não--
_Jovem mestre.

Matsuda estava voltando, então por impulso, voltaram para aquela posição de antes. A velha senhora chegou empurrando aquele carrinho, e sobre ele e uma jarra de cristal com água e um copo.

_D-deixe aí mesmo, já estou bem.
_Jovem mestre, o que foi aquilo?
_Apenas uma dor de estômago, deve ter sido o chá, não estava bem diluído.
_Oh, entendo - Ainda desconfiava - Em todo caso, quando encontrar a senhorita Ran, diga-lhe para ir à cozinha, precisamos dela.
_Tudo bem.
_Com sua licença.

Novamente, esperaram o barulho da porta para se moverem. Shindou respirou fundo como sinal, e novamente tomou um impulso pra trás. Ajeitava as roupas enquanto Kirino se levantava.

_Matsuda-san sabe ser realmente inconveniente.
_Só está fazendo o trabalho dela.
_E atrapalhando o meu. - parecia insatisfeito.

Shindou não respondeu, Kirino bufou, deu as costas e saiu andando.

_A-aonde você vai?
_Se não me engano, a velha chata me disse pra ir pra cozinha.

Kirino saiu andando, e antes de sair do campo de visão de Shindou, virou-se para ele mais uma vez.

_Vai ter troco, pode esperar por isso.

Saiu, deixando Shindou confuso.


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Notas finais do capítulo

Uniforme novo do Kirino -~> http://i226.photobucket.com/albums/dd204/any_butterfree/21392833_m.jpg
Não esperem por mais tão cedo



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