Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 9
Desafiando um Carrow


Notas iniciais do capítulo

Hello people! Eu ia postar ontem mas eu desloquei meu pulso direito e ficou difícil conseguir terminar o capítulo.
Espero que gostem. E ignorem o título, estava sem ideias.



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Chegamos na Ala Hospitalar e Madame Pomfrey passou uma pasta em minha mão aliviando aquela queimação em minha mão direita. 

- Pronto querida - ela murmurou carinhosamente - Tome um pouco para passar quando não puder vir aqui - falou me entregando um pote com uma pequena porção daquele estranho remédio. 

- Obrigada Madame Pomfrey - falei agradecida. Aquela pasta havia realmente me ajudado bastante. Minha mão já não incomodava como antes. 

Ela me deu um sorriso e murmurou para si mesma: 

- Tão parecida com o avô... 

Sorri para ela e me virei em direção a porta sendo acompanhada por Gina. 

- Temos poucos minutos para tomar o café - ela falou quando chegou perto. 

- Estou sem fome - murmurei tentando convencê-la. 

- Mas tem que comer, você perdeu muito sangue ontem e suponho que perderá hoje de novo. Tem que se alimentar para se fortalecer novamente - me repreendeu a Sr. Weasley mirim. 

Suspirei pesadamente. 

- Tudo bem mamãe - falei de modo sarcástico. 

Gina me deu a língua de modo infantil e me puxou em direção ao Salão Principal. A maioria dos alunos já haviam acabado de comer e poucos estavam nas mesas de suas casas. Caminhamos apressadamente em direção a mesa da Grifinória, sentamos em um canto um pouco afastado e comemos rapidamente. Assim que terminamos fomos para sala de Transfiguração com a Cornival. 

- Bom dia turma - Prof. McGonagall disse para os alunos. 

- Bom dia - respondemos em uníssono. 

- Hoje vamos... - começou, porém minha atenção se voltou para a garota de cabelos ruivos sentada ao meu lado que me cutucava com a pena. 

- Que foi? - sussurrei fingindo olhar para professora. 

- Quero saber tudo sobre o Malfoy e você - sussurrou de volta. 

- Estamos em aula - falei como desculpa. 

- Não importa, você ta me enrolando desde ontem - fez pouco caso da minha desculpa. 

- O que você quer saber? - perguntei tentando adiar o máximo daquela conversa. 

- O que aconteceu ontem depois do castigo, por que vocês entraram juntos no salão principal, que sonho foi aquele que você parecia está gostando tanto... - terminou com um sorriso maroto nos lábios me fazendo corar. 

- Ontem ele me encontrou e depois a gente foi para o salão principal - falei meia verdade torcendo para ela aceitar. 

Ela arqueou as sobrancelhas com um olhar do tipo: "Eu tenho cara de idiota por acaso?". 

Bufei. Claro que ela não se daria por satisfeita, afinal, era de Gina Weasley que estávamos falando. 

- O que foi? - indaguei cinicamente. 

- Você acha mesmo que eu vou engolir essa? - sussurrou me fitando pelo canto do olho. 

Bufei novamente. Não custava ter tentado, não é? 

- Ok, eu vou contar - me rendi. 

Gina apenas me olhou incentivando-me a começar. 

- Depois do castigo eu não queria ir para o salão principal, então eu fui para a biblioteca... - comecei a contar porém fui interrompida por um pigarro. 

- Srta. Weasley... Srta. Dumbledore... - chamou nossa atenção a Prof. McGonagall - Gostariam de dividir o assunto com o resto da classe?

- Desculpe professora - murmuramos em uníssono. 

O restante da aula se passou sem conseguirmos nos falar novamente, pois toda vez que tentávamos Prof. McGonagall nos lançava um olhar severo. 


Às 20:00: 

Entrei na sala do diretor temerosa. Encontrei apenas Aleto sentada na poltrona onde antes ficava meu avô. Sentei na cadeira de frente para a mesa do diretor em silêncio e esperei. 

- Já sabe o que fazer, está esperando o que? — disse Aleto, com um sorriso sínico. 

Ainda sem falar nada peguei a pena e comecei a escrever. 

"Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele". O corte nas costas da minha mão direita abriu e recomeçou a sangrar. 

"Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele" . O corte ficou mais fundo, aferroando, ardendo. 

"Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele". O sangue escorreu pelo meu pulso. 

"Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele". 

"Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele". O pergaminho agora brilhava com as gotas de sangue de minha mão, que queimava de dor. 

"Não devo lançar Crucciatus no professor nem sumir com a varinha dele". Continuei a escrever por algum tempo.

- Vamos ver se você já absorveu a mensagem? - disse Aleto, algum tempo depois. 

Encaminhou-se para mim, esticando os dedos e passando eles pela minha mão. Reprimi um tremor que me percorreu quando as unhas de Aleto passaram pela minha nova cicatriz em carne viva. 

- É, dói, não é? - Aleto perguntou sínica. 

- Sim - respondi - mas valeu a pena - completei sem conseguir se controlar. 

Meu coração batia muito forte e acelerado. A adrenalina pulsava em minhas veias por aquela simples resposta.

- Como? - Aleto perguntou com um brilho perverso no olhar. 

- Valeu a pena. Afinal, não é todo dia que se lança uma Maldição Imperdoável em um professor e comensal da morte - provoquei com um sorriso sarcástico nos lábios. 

- Garota Insolente! - urrou Aleto - Crucio

Foi como se um jato de lava pura corresse pelas minhas veias e mesmo assim, tentei reprimir meu grito de agonia e dor. No entanto, quando meus ossos se contorceram, não pude mais reprimi-lo Gritei com todas as minhas forças deixando que as lágrimas rolassem dos meus olhos, deixei vir a tona as lembranças de meu avô e a nostalgia de perdê-lo. Sentia como se meu mundo houvesse acabado. 

- E AGORA? Ainda acha que valeu a pena? - gritou Aleto me olhando com ódio. 

- Sim - murmurei ofegante entre as lágrimas - valeu a pena. 

- Urgh! - urrou novamente - Atrevida, irá pagar por essas palavras. Crucio

Foi ainda pior que da primeira vez. E eu gritava ainda mais alto. A Carrow ria tão alto que chegava a ser assustador. 

- AINDA VALE A PENA? - gritou com ódio. 

- Sim - sussurrei com o resto de minhas forças - A cara que seu irmão fez - ofeguei - foi a melhor - ofeguei de novo - Morrendo de medo. De mim - terminei rindo entre minhas respirações entrecortadas. 

PAFT! Ela meteu a mão na minha cara, sem nenhuma piedade. 

- CALA A BOCA! - gritou e me deu outro tapa - Sectumsempra

Se antes senti dor, não fora nada. Gritei como nunca havia feito antes. E foi aí que tudo ficou escuro. 


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