Radiance escrita por Mih Ward, Hoppe


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Banner e parte do capítulo feito pela minha beta e anja Hoppee.



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Prólogo

O trem começara a se locomover lentamente. As pessoas felizes acenavam pela janela do Expresso de Hogwarts.

Não, mentira... Elas não estavam felizes e muito menos acenavam.
Estavam tristes e suas expressões eram de pêsames, como se estivessem em um velório. De fato, era dilacerante ver seu filho partir para o inferno, literalmente. Saber que diariamente, seu filho seria torturado pelo simples fato de ter lançado um olhar para algum dos professores-Comensais, e ao mesmo tempo não poder fazer nada. Esse era o destino de alguns dos alunos puro-sangue.

Meus pais, Louis Dumbledore e Eleonora Harris não tiveram escolha. Eu ia civilizadamente, entrando no trem, ou ia a força, sendo puxada por Comensais até os portões de Hogwarts.

Meu nome é Madeleine Kendra Dumbledore, neta única e legitima do falecido Alvo Dumbledore. Ele sempre me dissera que Kendra, fora em homenagem a minha bisavó, sua mãe.

Suspirei, e mal sentira quando uma pequena lágrima já escorrera lentamente pela minha bochecha. Pensar nele ainda me trazia certa tristeza.

A porta da cabine se abriu e eu olhei em direção a ela, pronta para expulsar o maldito da cabine, porém, minha voz se foi quando vi as 3 figuras paradas.

- Olá, Dumbledore – a voz era venenosa e vinha acompanhada de um sorriso de escárnio. Pansy Parkinson adentrou na cabine e se sentou a minha frente – Como esta o seu avô?

Abaixei a cabeça, tentando controlar a súbita vontade de lhe jogar um Crucio seguido de um Avada.

- O que? – ela se debruçou – Vamos... Quero saber como ele esta.

- Ele morreu... – sussurrei como uma idiota que eu era.

- O que? – repetiu – Eu não ouvi...

- Pansy... – Blaise a repreendeu cabisbaixo também.

- Não, Blás... – ela voltou a me fitar – Eu quero saber o que aconteceu com ele.

- Vamos embora, Pansy! – falou o assassino de meu avô, em um tom autoritário. Draco Malfoy.

- Ah! Nem pensar – sorriso venenoso brincava nos lábios de Pansy – Vamos... Quero ouvir da neta “poderosíssima” e “grandiosa” de Alvo Dumbledore, sobre o que houve com ele.

- Ela morreu... – murmurei entre dentes e levantei o rosto – sua vadia...

- O que disse? – ela se levantou, prestes a sacar sua varinha.

- Eu espero que o seu amigo, Crabble, esteja queimando no quinto dos infernos, sua vaca! – exclamei sentindo um vento descomunal passar pela cabine fechada. A única luz que havia lá, piscava freneticamente.

Quando se era neta de um dos bruxos mais poderosos do mundo bruxo, você herdava algum poder distinto. Eu era temperamental, e por isso meus pais tiveram muita dificuldade em minha infância onde eu por vezes quebrava vidros e provocava rajadas de vento, além de poder sentir as emoções de pessoas ao meu redor ao meu redor. Por exemplo, naquele momento os três estavam espantados, surpresos... Com medo.

- Pansy... Vamos – Blaise tentou puxá-la para fora.

Ela se desvencilhou do seu aperto e me fitou com desdém.

- Isso não vai ficar assim... – murmurou – Piranha...

E dizendo isso, ela passou por Blaise de uma forma violenta. Ele, por sua vez, me fitou com um olhar de desculpas antes de segui-la para fora.

A viajem inteira passou sem mais interrupções. Peguei-me pensando em todos os momentos que passei com meu avô, suas sábias palavras, seus olhos claros que pareciam ver através de você, como se pudesse enxergar sua alma e, sua paciência... Tudo que me fazia amá-lo.

Lembrei do dia em que ele morreu, quando ele me chamou em sua sala.

- Tome cuidado pois em pouco tempo Hogwarts não será a mesma... E sinto que talvez não esteja mais aqui – falou me fitando de uma forma doce com seus olhos genuínos.

Meus olhos lacrimejaram e perguntei, segurando o choro: 

- Porque vovô?

Ele apenas olhou pra mim, deu um sorriso calmo e disse: 

- Te amo minha pequena, quero que saiba que sempre estarei do seu lado, não se esqueça.

Então, eu corri e o abracei fortemente, sentia, mesmo não querendo admitir, que essa seria a última vez que poderia fazer isso. 

- Também te amo – sussurrei.

Lembro que depois disso ele pediu para que eu chamasse Harry, pois eles precisavam conversar. 

Enxuguei as lágrimas que haviam caído de meus olhos sem eu perceber novamente. Não iria chorar mais, vovô me ensinara a ser forte e nunca temer nada e eu, por mais que fosse difícil, colocaria aquilo em prática.

Quando vi que estávamos chegando, troquei de roupa e suspirei, aquele ano iria ser muito diferente e isso era assustador. Fazia-me pensar coisas horríveis, fazia-me ter pesadelos onde apenas as risadas maléficas dos Comensais soavam... Eu não queria ir... Não queria. Mas eu terei de ser forte.

Por ele...

Por Alvo Dumbledore. Meu avô.


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Notas finais do capítulo

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