Acordei e o Freddie já não estava ao meu lado, cocei meus olhos tentando clarear a minha visão e me sentei observando o quarto dele que é tão arrumado como o resto da casa, as coisas de nerd dele em cima de uma mesa encostada em uma parede azul, uma poltrona do outro lado e o seu guarda roupa, e em cima da cama onde estou sentada um pôster de Star Wars, sorri ao me lembrar de como ele sempre fica feliz assistindo esse filme. Pego o travesseiro na cama e afundo o meu rosto nele, sentindo o perfume contagiante do nerd, quem diria que Samantha Puckett iria estar sentada na cama de Freddie Benson sentindo o perfume dele, e pior, gostando? Ninguém provavelmente, mas as coisas tinham mudado e eu estava gostando dessa mudança.

Ouço barulho vindo pelo corredor e me ajeito na cama quando ele entra carregando uma bandeja com mil coisas em cima.

- Bom dia. – ele fala sorrindo e apoiando a bandeja na cama.

- Bom dia. – falo também sorrindo.

Vejo ele se aproximar de mim e em um impulso puxar o meu pescoço até ele, me fazendo levantar da cama, nossos corpos se chocam e um arrepio me toma logo que ele junta os nossos lábios, a língua dele pede passagem e eu logo a concedo me aproveitando do gosto dele, as nossas mãos se posicionam no nosso abraço típico, ele apertando a minha cintura e eu o ombro dele. As nossas respirações se misturam e o ritmo do beijo começa a mudar, para algo mais cheio de luxuria, porém o ar nos falta e somos obrigados a interromper o beijo.

- Bom dia. – ele repete com a voz entrecortada.

- Oi. – falo com dificuldade.

Ele da risada e me aperta em um abraço enquanto eu afundo a cabeça na curva do pescoço dele e sinto o seu perfume mais forte, sorrio como uma boba depositando um beijo nele que se arrepia, eu rio vendo a reação dele ao meu toque e começo uma pequena tortura. Beijo o seu pescoço várias vezes enquanto passo a minha unha pela sua nuca descendo pelos seus ombros, vário os beijos até os eu queixo e pelo canto da sua boca e volto para o pescoço dele, o ouço soltar um gemido baixo e se arrepiar mais quando o mordo de leve e dou uma leve chupada em seu lóbulo.

- Sam... – o ouço sussurrar.

- Que foi Freddie? – pergunto inocente enquanto lhe deixo uma marca no pescoço.

- Você está me deixando louco. – ele fala soltando mais um gemido baixo.

- Estou é... – falo perto de seu ouvido e vou lhe beijando até o canto da boca. – que bom.

- Malvada. – ele fala antes de forçar a minha boca até a dele, que começa um beijo arrebatador, sinto as mãos dele passeando pela minha cintura e descendo até a minha perna, nunca pensei que ele faria isso, mas o sinto apertar a minha coxa e um gemido de satisfação sai da minha boca se misturando com o beijo quente.

Quando o ar nos falta novamente Freddie desgruda nossas bocas atacando o meu pescoço e me tortura assim como fiz com ele a pouco, ele morde de leve do meu queixo ao meu pescoço e deixa uma marca lá, ele beija meu pescoço e o deixa quente só para assoprá-lo depois e me fazer arrepiar, ele morde o meu lóbulo e sussurra “Está gostando Sam?” me fazendo arrepiar mais ainda por causa da sua voz rouca.

As mãos dele puxam a minha cintura colando mais os nossos corpos, se é que isso é possível, e começa a acariciá-la por baixo da minha blusa, fazendo a temperatura do meu corpo subir mais do que já estava, uma das minhas mãos vai até o seu cabelo o puxando para grudarmos as nossas bocas novamente, e eu logo sou atendida, enquanto a minha outra mão passeia pelo peito dele, sentindo os seus músculos. 

As nossas línguas brigam pelo controle e as nossas mãos não conseguem parar em um só ponto, o meu corpo quente está a ponto de explodir, tamanho o desejo e os nossos pés parecem agir por vontade própria nos levando até a cama, Freddie se inclina me fazendo deitar e ele logo está em cima de mim, me acariciando e fazendo-me perder o controle da minha respiração já alterada. Eu o sinto por completo, o seu coração acelerado batendo em sincronia com o meu, o seu perfume que me enlouquece, as suas mãos ora suaves, ora ásperas em contado com a minha pele e o seu amor, eu sinto o seu amor vazando pelos seus poros e vindo de encontro ao meu, me deixando bêbada e inconsequente. 

Nossos beijos, porém são interrompidos pelo telefone que toca sem parar, nos fazendo soltar um suspiro de decepção, Freddie se levanta contraditório e vai até a mesa atender o aparelho que parece gostar da sua interrupção.

- Alo. – Freddie fala. – Sim..... Ok...... Sim, mãe..... Claro.... Até.

- Então? – pergunto sentada arrumando as minhas roupas amassadas, Freddie olha para mim e os seus olhos estão negros pelo desejo, os seus lábios vermelhos me chamam para perto dele e a blusa de botões aberta testa a minha sanidade.

- Minha mãe está voltando para casa. – ele fala se sentando e abotoando a blusa.

- COMO. – grito me levantando e procurando o meu tênis.

- Ela vai passar no mercado ainda, - ele fala me abraçando por trás e beijando de leve o meu pescoço. – calma.

- Ok, - falo me virando e enlaçando o pescoço dele. – mas é melhor eu ir embora logo, eu ainda tenho que ir na Carly.

- Para o seu interrogatório. – ele fala sorrindo.

- Sim, - suspiro. – e ele só vai estar pior, já que eu dormi aqui essa noite.

- Eu acredito. – ele fala e logo depois beija a minha bochecha. – Boa sorte.

- Obrigada. – falo me desvencilhando do abraço, pego um dos pães que estão na bandeja esquecida e saio porta a fora.