PDV Bella

Acordei me sentindo péssima, todos os músculos do meu corpo estavam doendo, com certeza por culpa daquele treino. Fui tomar um banho, bem quente pra ver se consegui relaxar um pouco, passei em frente ao espelho no guarda roupa e observando bem até que o Cullen não é tão feio, cabelo bonitinho, músculos na medida certa, sem exageros, e os olhos... verdes, tão lindos.

Que é isso Isabella Swan, esse cara é um troglodita sem cérebro, não é bonito. Acho que as quedas de ontem afetaram meu cérebro. Durante o banho ainda me sentia muito estranha no corpo do Edward, mas como eu já havia dito a mim mesma, não adianta chorar pelo leite derramado. Tenho que me acostumar com isso, enquanto não encontro um jeito de resolver esse problema.

Sai do banho, penteei aquele cabelo que parecia nunca ter visto um pente e fui à procura de uma roupa um pouco mais usável, que não me deixasse com cara de adolescente revoltado, como as roupas que o Edward usava. Ele tinha que ter alguma coisa melhor.

...

Encontrei uma roupa adequada: uma calça preta, uma camisa branca e um suéter cinza, simples, mas bem melhor que antes.  Como acordei bem cedo, Esme ainda não tinha feito o café, pra minha sorte. Preparei um lanche básico e nutritivo. Fui mais cedo pra escola e decidi ir a pé já que Jake não chegaria tão cedo.

Quando cheguei lá a escola estava praticamente vazia, sentei debaixo de uma árvore que ficava em um canto isolado do pátio. Fechei os olhos e comecei a pensar em várias coisas, essa semana minha mente ainda não havia descansado um segundo, e hoje já é quarta feira. Quando dei por mim já ouvia muito barulho, acredito que tenha cochilado um pouco, no momento que abro os olhos, vejo Edward se aproximando.

- O que foi que deu em você? – Perguntou em um tom sério.

- Como assim? – Não estava entendendo.

- Que roupa é essa? – Ele se manteve no mesmo tom.

-Ah, é isso. É uma das poucas roupas aceitáveis que você tem, encontrei jogada no fundo do guarda-roupa. – Respondi calmamente.

-Essa é a minha melhor roupa, estava guardando pra usar em alguma coisa importante como um casamento ou o funeral de alguém. – Ele disse estressado.

-Credo, não é possível que essa seja a sua única roupa descente.

- E o que foi que você fez com o meu cabelo? Eu tô parecendo um nerd.  – Ele disse vindo pra cima de mim para “ajeitar” o cabelo.

- Não. – Eu disse tentando sair de perto dele. – Demorei um tempão pra ajeitar esse ninho de pássaros que você chama de cabelo.

- Imagina se alguém me vir, o que é que vão pensar? – Ele perguntou, já quase tendo um ataque.

-Que você mudou radicalmente de estilo? – Respondi em um tom de brincadeira.

Ele ia me matar, eu tinha certeza, com a raiva que ele tava por eu estar destruindo a “imagem” dele quando eu contasse sobre o treino era capaz dele enfartar. Mas achei melhor contar tudo logo, e num lugar público, com testemunhas.

- Você não pode mais aparecer na escola desse jeito, entendeu? –A raiva dele ainda estava contida, mas eu acredito que isso não vá durar muito tempo.

 -Edward, tem uma coisinha que eu preciso te dizer. – Falei como quem não quer nada, era melhor começar devagar.

- Fala logo, o que foi?

-Ontem teve treino de futebol. – Falei devagar.

-Porra o treino, esqueci completamente. Espera. – Acho que ele começou a entender. – O que aconteceu? – Ele me olhou com uma cara maligna.

- Bom o treinador decidiu me deixar, quer dizer, deixar você no banco de reservas enquanto você não volta a jogar como antes. – Eu disse rápido, mas acho que ele entendeu tudo.

-PUTA QUE PARIU, VOCÊ QUER DESTRUIR A MINHA VIDA GAROTA? EU NÃO ACREDITO. –Ele começou a gritar, dessa vez eu estava realmente com medo.

-Ei calma aí, eu nunca fui boa com esportes, ainda mais um tão violento como o futebol*. – Eu disse tentando acalma-lo.

-O JOGO NA SEMANA QUE VEM É O JOGO MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA, VOCÊ NÃO PODE ACABAR COM TUDO. – Ele disse ainda aos gritos, parecia que ele ia explodir de tanta raiva.

-Para de gritar seu maluco, quer que junte a escola toda aqui? – Perguntei, mas tínhamos sorte, pois eu tinha escolhido o canto mais isolado do pátio, onde quase ninguém aparecia.

De repente a expressão facial dele mudou, se tornou séria e ele disse em um tom baixo mas ameaçador.

-Se é assim que você quer, a guerra está declarada Isabella Swan. – E com essa frase ele saiu.

Fiquei parada mais alguns minutos, absorvendo o que tinha acabado de acontecer, quando me dei conta de que a aula já devia estar começando. Corri em direção a sala e quando entrei a professora já estava na sala.

-Que bom que decidiu se juntar a nós senhor Cullen. – Ela disse sem emoção.

-Desculpe pelo atraso, tive uns problemas. – Disse já indo em direção a minha cadeira.

As aulas se arrastaram, não consegui prestar muita atenção em nenhuma, ainda pensava na briga de hoje cedo. O que ele quis dizer com “a guerra está declarada”?

PDV Edward

Acordei meio desorientado, mas logo lembrei que tinha ido dormir na casa da Alice, olhei para o relógio e marcava 6:00 ainda era bem cedo, decidi voltar pra casa e me arrumar lá. Tomei banho, vesti uma roupa comum e fui procurar alguma COMIDA não a ração que eles insistiam em chamar de café da manhã. Comi e fui para a escola, nem esperei por Alice.

Chegando lá, percebi que não havia quase ninguém, fui para um local em que eu sempre me sentia bem, uma área isolada do pátio. Quando me aproximei me vi lá, a Swan estava com os olhos fechados, mas os abriu repentinamente quando cheguei mais perto.

O QUÊ ESSA LOUCA FEZ COMIGO? EU TAVA PARECIDO COM UM NERD ESQUISITO.

- O que foi que deu em você? – Perguntei em um tom sério.

- Como assim? – Ela perguntou meio confusa.

- Que roupa é essa? – Me mantive sério.

-Ah, é isso. É uma das poucas roupas aceitáveis que você tem, encontrei jogada no fundo do guarda-roupa. – Ela falou.

-Essa é a minha melhor roupa, estava guardando pra usar em alguma coisa importante como um casamento ou o funeral de alguém. – Eu já estava estressado.

-Credo, não é possível que essa seja a sua única roupa descente.

- E o que foi que você fez com o meu cabelo? Eu tô parecendo um nerd.  – Eu disse tentando melhorar um pouco aquela aparência estranha.

- Não. –Ela disse se afastando. – Demorei um tempão pra ajeitar esse ninho de pássaros que você chama de cabelo.

- Imagina se alguém me vir, o que é que vão pensar? – Eu estava prestes a ter um AVC, o que ela tava querendo? Me matar?

-Que você mudou radicalmente de estilo? – Ela disse em tom de brincadeira.

Eu estava furioso com ela, provavelmente minha expressão demonstrava isso já que ela parecia meio nervosa. Essa garota tava querendo arruinar tudo o que eu tinha conseguido nesses anos de escola.

- Você não pode mais aparecer na escola desse jeito, entendeu? – Falei tentando aparentar calma.

-Edward, tem uma coisinha que eu preciso te dizer. – Ela disse como quem não quer nada, mas ai tem coisa.

- Fala logo, o que foi?  

-Ontem teve treino de futebol. – Ela ia falando devagar.

-Porra o treino, esqueci completamente. – Com a loucura da Alice me esqueci de tudo, até do treino de futebol. - Espera. – Minha mente começou a trabalhar mais rapidamente, o que essa louca fez no treino? – O que aconteceu? – Olhei para ela com minha melhor expressão de você tá perdida.

- Bom o treinador decidiu me deixar, quer dizer, deixar você no banco de reservas enquanto você não volta a jogar como antes. – Ela disse rápido.

-PUTA QUE PARIU, VOCÊ QUER DESTRUIR A MINHA VIDA GAROTA? EU NÃO ACREDITO. –Eu me descontrolei, não esperava por isso, na verdade eu nem lembrava que ela teria que jogar.

-Ei calma aí, eu nunca fui boa com esportes, ainda mais um tão violento como o futebol*. – Ela disse provavelmente tentando me acalmar.

-O JOGO NA SEMANA QUE VEM É O JOGO MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA, VOCÊ NÃO PODE ACABAR COM TUDO. – Eu disse ainda gritando, parecia que eu ia explodir de tanta raiva. Essa é a minha única chance de entrar na faculdade e ter um futuro.

-Para de gritar seu maluco, quer que junte a escola toda aqui? – Apesar de estar gritando sabia que dificilmente alguém escutaria, pois estávamos no lugar mais afastado da escola.

De repente comecei a pensar que se ela queria destruir a minha vida, porque não fazer o mesmo com ela? Minha expressão se tornou séria e eu disse em um tom baixo.

-Se é assim que você quer, a guerra está declarada Isabella Swan. – Dizendo isso, me virei e sai, fui em direção à sala.