E Se Eu Fosse Você? escrita por Ruuh


Capítulo 27
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, surpreeeesa o/
Aqui tô eu com outro capítulo, vou ter duas semanas de prova e não vou ter tempo de escrever, então tô colocando outro capítulo logo pra vocês
*E eu tbm tava louca pra postar esse e saber o que vocês acham xD



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PDV Edward

Depois que Bella veio aqui, voltei ao quarto para dormir um pouco, acordei com um barulho na minha janela, e quando levantei a cabeça vi Bella de pé me encarando.

–Que foi? – Perguntei.

–Você passou a tarde dormindo enquanto eu me matava naquele treino? – Ela me lançou um olhar mortal, e na hora percebi que não podia dizer a verdade.

–Claro que não. – Respondi como se fosse óbvio. – Eu só dei um rápido cochilo.

–Sei. – Pela expressão, era fácil saber que ela não tinha acreditado, mas dessa vez ela resolveu não brigar.

–Então, vamos começar logo. – Saltei da cama em direção aos livros. – Sentei no tapete, em cima de algumas almofadas, e espalhei os livros no chão.

Ela me imitou e se sentou já pegando um livro de poemas para começarmos. Ainda não conseguia ver muita graça naquilo, mas alguns chamavam minha atenção.

Bella estava extremamente concentrada em um poema, e eu apenas a observava vendo, obviamente a minha imagem ali, mas não se parecia comigo, acho que as expressões me lembravam mas ela, do que a mim mesmo.

Ela recitou um poema e dessa vez eu prestei atenção. Não podia ficar viajando nas aulas enquanto ela dava o máximo de si nos treinos.

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;

É solitário andar por entre a gente;

É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;

É servir a quem vence, o vencedor;

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

Nos corações humanos amizade,

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões


Quando ela terminou, me encarou, provavelmente buscando alguma reação, mas eu realmente não sabia o que dizer.

–E então? O que achou? – Perguntou ela.

–Não entendi bem, mas gostei desse. Melhor que vários outros que você leu. – Respondi sorrindo.

–Ah, que bom. – Disse ela sarcástica. – Você não entendeu, mas gostou? – Ela me encarou como se o que eu havia dito tivesse sido a coisa mais horrível que ela já ouvira na vida.

–Por que esses poetas não escreviam de um jeito mais fácil? Para que qualquer pessoa pudesse entender? – Perguntei.

–Simples, porque se eles escrevessem de qualquer jeito, não seria poesia. – Ela olhou para o relógio e já passava das dez. – Acho que é melhor pararmos por aqui. – Ela continuava com a mesma expressão seria de antes.

Não sei o que deu em mim, mas não queria que ela ficasse com raiva.

–Tudo bem então, amanhã nós continuamos... – Antes de deixa-la ir embora, resolvi puxar um assunto que me atormentava sempre. – Bella, você já pensou no que vai acontecer se ficarmos assim?

–Penso nisso quase todos os dias. – Respondeu ela sinceramente. - Não consigo até hoje entender como aconteceu isso. Mas acredito que um dia isso vai acabar, e voltaremos a nossa vida normal de antes.

Pensar em voltarmos ao que erámos antes, as brigas e as confusões, fez com que alguma coisa dentro de mim se entristecesse.

Me aproximei dela.

–Ed...Edward? – Ela me olhou com uma expressão confusa, e antes de qualquer reação dela, comecei a lhe fazer cócegas.

Ela começou a rir instantaneamente.

–Me...me larga... você enlouqueceu? – Ela disse entre as risadas, tentando me empurrar para longe. Mas eu precisava quebrar aquele clima tenso, preferia vê-la sorrindo.

Finalmente ela conseguiu me imobilizar e aí foi a hora da revanche.

–Agora você vai ver. – Ela disse ainda sorrindo. Ela começou a me fazer cócegas e ficamos brincando por algum tempo, não sei quanto, até que um barulho na porta fez com que parássemos imediatamente o que fazíamos.

–Bella? O que está acontecendo querida? – Era a voz de Renée. E agora? Bella mexia os braços fazendo sinal para que eu falasse algo.

–Está tudo bem sim, mãe. – Respondi olhando em direção à porta.

–Ouvi vozes, tem alguém aí?

–Não, era só a televisão. – Fiz um sinal para que a Bella ligasse a TV.

–Então abra a porta, querida. – Pronto, agora ferrou com tudo.

Me virei para Bella e mantivemos uma conversa silenciosa. Ela apontou para si mesma e depois para a cama, e logo entendi o que pretendia.

Ela se escondeu e eu fui abrir a porta. Renée entrou e olhou ao redor, realmente procurando sinal de que houvesse outra pessoa no quarto. Quando não encontrou ninguém, finalmente falou.

–Você assiste à televisão em um volume muito alto, eu e seu pai ficamos preocupados, achamos que houvesse alguém aqui. – Ela sorriu. – Ainda bem que está tudo bem.

–Está sim. – Sorri de volta e ela voltou para a sala.

Tranquei a porta assim que ela saiu e Bella saiu de seu esconderijo.

–Quase fomos pegos dessa vez. – Comentei sorrindo.

–E a culpa é toda sua seu doente. – Ela falou, dando um tapa de leve no meu braço.

Mesmo ela tentando demonstrar, percebi que não estava com raiva.

–Perdemos tanto tempo estudando, que você nem me disse como foi o treino. –Falei.

–Estudar não é perda de tempo. Mas realmente, nem conversamos sobre isso.

Ela começou a contar que esse treino havia sido melhor que os outros, e também que por conta do que aconteceu hoje, todo os outros jogadores achavam que eu estava “pegando” a nerdzinha.

Não sei o que ela preferia isso ou sair na rua só de toalha. Mas era melhor não começar outra briga.

PDV Bella

Já era mais de meia noite quando finalmente me despedi de Edward.

–Já está muito tarde, é melhor eu ir. – Falei.

–Tudo bem então, até amanhã. – Ele acenou e sorriu.

Voltei a subir na árvore, e cheguei ao meu quarto em segurança. Ainda não acreditava em tudo o que havia acontecido. Como Edward e eu chegamos a esse ponto? Não éramos amigos, não até onde eu sabia, e mesmo assim, eu estava começando a gostar de passar algum tempo com ele.

Repassei toda a noite, o estudo, o momento em que minha mãe quase nos descobriu, e a pergunta que não saia da minha cabeça “e se continuarmos assim?” tinha que achar uma resposta pra isso ou iria enlouquecer.

Mas onde procurar?

Logo me veio a resposta mais óbvia de todas, internet. Liguei o computador e digitei: Troca de corpos. Cliquei na primeira página que apareceu. O resultado não me agradou muito, continuei procurando até que algo chamou minha atenção.

Pior do que está não dá pra ficar, com esse pensamento anotei o endereço e o telefone do lugar. Amanhã contaria meu plano a Edward. Fui dormir tentando não criar muitas esperanças. Mas acreditando que talvez, só talvez, existisse a chance de funcionar.



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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem, please *--*
Não sei que dia eu volto, então... até outro dia lindas
Bjooos e quem quiser RECOMENDA ok?