Something About His Eyes - Fremione escrita por nanny


Capítulo 6
Ginger In Love


Notas iniciais do capítulo

Por mim, foi uma das partes mais esperadas - ok, eu não sou leitora e não conta - mas eu amei escrever isso.



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PV Fred Weasley

- Você está estranho. – George disse, com uma careta. – O que está acontecendo?

- Eu não sei. – Tombei a cabeça pra trás.

O nível de compreensão mútua entre eu e George era máximo, mas nessas férias, parece que perdemos a linha de raciocínio e estamos nos desentendendo.

- Está chateado com alguma coisa? – Perguntou se sentando ao meu lado. – Alguma garota te deu um fora?

- Ah, é claro! – Disse irônico. – Eu dou em cima de várias garotas pra sair levando foras.

- Foi só uma piada. – Ele disse ficando sério. – O que há com você, Frediota?

- Eu sinceramente não sei ainda. – Deitei-me na cama e fiquei pensando nos últimos acontecimentos.

Eu me conheço bem, e sei o que há comigo. E nesse momento, o que me incomoda e me tira o sono, é um par de olhos castanhos. Cabelos rebeldes e cacheados. Um sorriso que faz meu coração bater como se fosse saltar pela boca. Sua gargalhada que me dá vontade de rir, e por último – mas não menos importante – seu corpo que me causa arrepios. Hermione Jean Granger, a melhor amiga dos meus irmãos mais novos. Poderia dizer que Hermione já teve uma queda por Ronald, e que já está curada dessa doença – Ronald provavelmente me azararia, mas seria uma boa piada.

E agora ela é oficialmente a melhor amiga da minha única irmã – e ainda por cima, a caçula. Hermione e Ginnevra se metem no quarto praticamente o dia inteiro – saem quando eu e George as arrastamos pra fora, ou quando Ron e Harry fazem isso por nós – e de madrugada, dá pra ouvir as duas soluçando do meu quarto. Talvez isso também me impeça de dormir, por que... Merlin, como são escandalosas! Mas no fundo, eu sei que não é “” isso. Hermione, sem nenhum toque malicioso consegue me tirar do sério.

Aproximamos-nos bastante nessas férias, e foi exatamente nessas férias que eu notei que Hermione não é apenas “a amiga sem graça dos meus irmãos”. Tudo bem que, quando eu namorava Ange, achava-a sem graça – mas uma garota super legal. Mas não podia imaginar que ela fosse ficar tão bonita. Ela superou todas as expectativas e agora eu estou aqui, bobo de amores por ela.

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- Não é certo. – George disse balançando a cabeça. – Ela é anos mais nova do que você.

- Eu não tenho culpa. – Disse me sentando na minha cama. – Aconteceu.

- E o que você vai fazer agora?

- Depois da sua piada ridícula no quarto da Ginny, eu acho que só resta esperar. – Eu disse me lembrando do momento constrangedor.

Estávamos confortáveis e lindos na cama que Hermione está instalada nessas férias, quando George soltou uma piada infame. Ela ficou tão sem graça, que acabou se desligando da realidade e dormindo.

Tentei sair de lá e me desvencilhar, mas acabei caindo no sono e fomos acordados por Harry e Ron – que ficaram berrando e dizendo que eu estava me aproveitando dela. A mesma me defendeu e disse que estavam ficando loucos. Alívio total por ninguém da casa ser expert em legimens.

E agora, George descobriu. Não foi muito difícil, somando o fato de que eu fico estranho quando ela está por perto, falo dela o dia inteiro e só penso nela. George é que é burro de nascença mesmo.

- Esperar o que? – Ele perguntou erguendo as sobrancelhas. – Esperar ela te agarrar e se declarar? Ou esperar ela ir pra Hogwarts enquanto ficamos aqui?

- Eu não sei, George. – Disse sério. – Mas eu vou ter que deixar o tempo passar pra descobrir. Não vou forçar nada. E você nem pense em fazer alguma coisa.

Ele ficou em silêncio.

- George? – Perguntei. – Escutou?

- Hã? – Ele disse com um sorriso.

- Você escutou? – Cerrei os olhos e ele caiu na gargalhada.

- É claro que escutei, Frediota apaixonado.

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No último dia de agosto, mamãe resolveu nos mandar pra Hogwarts. Hermione estava desolada, sem comer, triste e chorando por todos os cantos da casa. E mamãe achou que isso se devia ao fato de que nós três nos aproximamos muito nas férias e ela não queria se afastar – como a mamãe é idiota. Mas obrigada, mamãe. Eu não agüentaria ficar muito tempo longe dela.

- Você não devia estar culpando-a. – Gritei assim que me distanciei dela. – Ela não tem nada com isso, George. Você já sabia que mamãe não queria que ficássemos.

- Você não entende, não é? – George disse parecendo cinco vezes mais nervoso que eu. – Foi cena! Era tudo mentira.

Vi Hermione correndo e se trancando no banheiro. George segurou minha mão e aparatamos, estávamos no quarto. George caiu em crise de riso e eu fiquei parado, incrédulo assistindo-o.

- Eu sou o melhor ator do mundo! – Ele disse pulando feito criança. – Eu acho que os filmes trouxas me fizeram bem.

- Do que você está falando, Minhoca? – Perguntei irritado. – O que quer dizer com isso?

- Foi só um empurrãozinho pra vocês dois. – Ele piscou. – Sabia que ia defendê-la. E... Isso fica entre nós.

- Você não presta. – Disse dando um tapa no braço dele. – Ela te odeia agora.

- Eu peço desculpas depois, deixa isso pra lá.

- Te devo agradecimentos?

- Não, não. – Respondeu com um sorriso. – Se ficarem juntos no final, o primeiro filho homem terá meu nome.

Gargalhamos e fomos dormir.

x-x-x-x-x

Já no expresso, o clima estava ótimo – depois de George e Hermione se entenderem incrivelmente rápido. Até eu deixar escapar alguns elogios desnecessários. O silêncio reinou, Hermione e eu ficamos mais vermelhos que tomates, e ela dormiu novamente. “Sempre que acontece alguma coisa que a deixa envergonhada, ela dorme.” Pensei com um sorriso, olhando pra sua feição tranqüila enquanto dormia no meu colo.

- Ron, o que você acha de irmos atrás do Harry? – Ginny perguntou pela décima vez em cinco minutos.

Ron revirou os olhos e se levantou.

- Vamos? – Disse olhando pra mim e pra George com a sobrancelha em pé.

George se levantou.

- Eu não posso. – Eu disse, tentando me livrar de ter que deixá-la sozinha na cabine. – Se eu levantar, ela vai acordar.

Todos me olharam incrédulos, enquanto eu dava um sorriso cínico, que mostrava que a desculpa era apenas pra não ter que sair da cabine. Por um lado, só George sabia que a minha verdadeira vontade era não me separar dela tão cedo. Ginny, Ron e George saíram da cabine e fiquei ali, observando-a. Seu rosto perfeito, seus cílios, olhos, traços... Parecia até uma princesa. Aquela... Aquela adormecida. “Como é o nome mesmo?” Pensei comigo, sem sucesso.

- Aurora. – Sussurrei ao vento, baixinho. – Princesa Aurora.

Há uns dias atrás, encontrei um velho livrinho que Hermione tinha dado à Ginny há uns anos atrás. Eram contos trouxas. Lembrei-me desse, em especial só porque Hermione estava adormecida. “Bela adormecida”, suspirei olhando-a mais uma vez. A história de uma princesa chamada Aurora, que fora enfeitiçada por uma velha em busca de vingança por não ser convidada para seu batizado. No fim, ela acordava depois de cem anos com o beijo do amor verdadeiro. Dei um sorriso. “Essa história de beijo do amor verdadeiro me deu uma idéia não tão legal.” Pensei e amaldiçoei a “Bela Adormecida” por me dar essa idéia. Na hora o impulso foi mais forte que a razão, e aos poucos, fui diminuindo a distância entre nossos rostos. A cada segundo, me aproximava mais. Até que nossos lábios roçaram e uma sensação estranha percorreu todo meu corpo. Hermione se mexeu, dando sinais de que ia acordar, e voltei à minha postura normal. Acordou segundos depois – e graças à Merlin, não desconfiou de nada.

x-x-x-x-x

Em Hogwarts, as coisas não poderiam ter sido melhores. Logo no começo do ano, eu, George e Hermione só andávamos juntos. Parecíamos até uma gangue. “Os destruidores de Hogwarts”. Foi como Harry nos apelidou. Hermione se juntava a nós nas detenções, nos castigos e em vários momentos sinistros que antes eram apropriados somente pra garotos. Coisas do tipo invadir o vestiário – masculino – de quadribol da sonserina e estourar uma bomba lá dentro. Pra isso, precisávamos de uma distração de alguém do time. E nada melhor do que a Doninha Albina. Ele sempre foi um tonto lerdo, e isso nunca foi novidade pra ninguém. Só tivemos que esperar o momento, e em um belo dia ensolarado, ele abriu o vestiário e logo depois a Parkinson chegou. Os dois resolveram dar um amasso e deixaram o vestiário aberto. Hermione foi a primeira a tomar iniciativa – e não é que foi surpreendentemente rápida? – e pra surpresa de todos, saímos todos ilesos. Nenhuma detenção, nem expulsão e muito menos cartas aos nossos pais. Hermione realmente saiu melhor que a encomenda.

E pra melhorar – ou piorar – a minha situação, Hermione agora estava se produzindo pra estudar. Praticamente todos os dias, chegava ao salão maquiada e com os cabelos em perfeito estado. No começo não entendi o porquê, mas notando que – mesmo maquiada – ela continuava agindo na gangue, tentei desencanar. Mas era impossível desencanar. Como parar de olhá-la por horas a fio? Como parar de babar por ela o tempo todo? Não tinha como diminuir o que eu sentia, e ao contrário disso, dia-pós-dia, via minha paixão por ela crescendo. Uma garota tão linda e delicada, que agia tão despreocupadamente. Tão feminina e tão rebelde. “Como ela consegue atingir toda essa perfeição?” Era o que eu pensava sempre que colocava meus olhos nela.

Não conseguia pensar em nenhuma outra garota. Angel sempre foi bonita e nunca mudei meu pensamento sobre isso, mas ela não me atraía mais. Seu corpo maravilhoso e habilidoso no quadribol, não me chamava atenção. Eu estava totalmente entregue, só ela ainda não sabia.

Um dia, tomando café com George, me preocupei com a demora das garotas. Todos – todos mesmo – já estavam tomando café, e só faltavam as duas. Estava quase indo ao salão comunal buscá-las, quando uma coisa sinistra aconteceu. Silêncio no café da manhã de Hogwarts.

Todos os pescoços – primeiramente os masculinos, e depois os femininos – se viraram pra entrada do salão. “Impossível”, foi o que pensei comigo, vendo a imagem de uma ruiva e de uma castanha surgindo e se aproximando cada vez mais.

O cabelo de Hermione estava preso em um coque rebelde, com vários fios soltos, e alguns caindo sobre seu rosto. Sua maquiagem era – como sempre – leve e delicada. Suas bochechas estavam mais rosadas que o normal – de vergonha –, seus olhos foram realçados por um lápis preto e seus lábios tinham um volume diferente com um gloss cor de rosa chamativo. Quando achei que bastava, notei o olhar da Doninha Oxigenada nas pernas da castanha. Foi o que eu precisava pra explodir. Um pedaço de sua saia havia sumido! Ela se sentou entre George e eu, e ficamos aéreos – eu na verdade, fiquei lutando contra mim mesmo pra não olhar pra suas coxas nuas.

Levei-a pro corredor do terceiro andar, e explodi de raiva – ou ciúmes, como queiram chamar. Parei quando notei que estava exagerando. O impulso de beijá-la foi enorme, mas consegui me segurar antes de fazer a burrada. A beijando naquele momento, corria o risco de perder sua amizade e desperdiçar tudo o que construí as férias inteiras.

Beijei sua testa e depois me desculpei. Senti-me aliviado depois de saber que era tudo um plano de Ginny. Era óbvio, Hermione nunca faria isso atoa.

Mas o que me irritou profundamente, foi vê-las recebendo pergaminhos de todos os garotos da escola. Nos corredores, nas aulas, e até no almoço. Era impossível. Eu dava as costas e tinha um garoto abordando Hermione e elogiando-a, ou entregando-a um pergaminho – isso quando o pergaminho não era enfeitiçado e vinha parar voando na cabeça dela. Um dos pergaminhos – que juro que vi a Doninha escrever – tomou a forma de um pássaro e veio parar nas coxas de Hermione. Ela pegou o pergaminho e leu com um sorriso que dizia “Merlin, estou derretendo por dentro.” Aquilo me encheu de ódio. Nunca fiquei com tanta raiva daquele loiro oxigenado. “Quem ele pensa que é?

Depois do fim das aulas, passei pela mulher gorda, e o que encontrei? Hermione e Ginny distribuindo beijinhos pros terceiranistas. Subi azul de raiva pro dormitório e me joguei na cama. “Porque eu tenho que ser tão ciumento se não temos nada?” Me perguntava o tempo todo, e me amaldiçoava internamente por não tê-la agarrado mais cedo. Talvez assim, teria garantido que ela ficaria comigo – pelo menos por vinte e quatro horas. “O que é que você está pensando sobre ela, idiota?” Minha consciência deu sinal de vida. Ela não é uma qualquer e não vai se jogar nos seus braços e se entregar por um dia.

Depois de tantos pensamentos confusos, acabei adormecendo. Acordei um tempo depois – totalmente sem noção de horário e encontrei o dormitório já cheio. Faltava só George. “Normal”, murmurei e me levantei, decidido a procurar meu irmão. Quando coloquei o pé pra fora do dormitório, notei George concentrado em um pergaminho, e Hermione sentada no sofá de frente pra lareira.

Caminhei até George e ele nem se mexeu.

Tentei ver o que ele escrevia, mas ele me impediu. O que me restou, foi ir falar com Hermione, já que a Minhoca estava ma ignorando. Mas quando me aproximei, notei que ela estava chorando. Pelos soluços, ou porque simplesmente a conheço.

Mas não importava na hora, só queria abraçá-la e fazê-la parar de chorar. E foi o que eu fiz. E como rotina, ela se aninhou em meus braços e adormeceu. Ela parecia tão serena, tão perfeita. Parecíamos tão feitos um pro outro enquanto ela dormia abraçada a mim. “Ela nunca vai ser sua, ruivo idiota.” Minha consciência deu sinal de vida e eu tive vontade de esfaqueá-la. [N/A: Homer: Cala a boca consciência, se não eu te enfio uma faca.]

- Eu vou dormir. – Disse George se recuperando da hipnose do pergaminho enfeitiçado. – E você?

- Eu vou ficar. – Disse decidido.

George deu uma olhada pra garota em meus braços e deu um sorriso.

- Ela precisa ir pro dormitório. – Ele disse, chato como sempre.

- Eu não vou acordá-la. – Sussurrei. – Faz o feitiço e eu vou levá-la no colo mesmo.

- Não. – Ela sussurrou, devia estar sonhando. – Eu quero...

Shhh...” Sussurrei, pra que ela voltasse a dormir.

- Eu quero ficar com você. – Sua voz saiu rouca e grogue, mas decidida.

Meu coração parecia querer saltar pela boca, e por alguns segundos, me esqueci de como era respirar. Meu corpo relaxou e eu suspirei.

- Mudança de planos, George. – Sussurrei. – Traga meu lençol. Nós vamos dormir aqui.

George me olhou incrédulo. Não acreditava que eu ia fazer isso. Dormir no salão comunal com Hermione Granger, parecia uma loucura descomunal, mas não é nada comparado às outras loucuras que já fizemos juntos.

- Accio lençol. – Ele disse simplesmente e um lençol veio às suas mãos.

Ele me entregou, sorrindo.

- Esse não é o meu lençol. – Eu disse reprimindo uma gargalhada.

- Tomara que seja do Seamus. Ou do Lino. – Ele disse rindo e me deu as costas, indo pro dormitório. Olhou pra trás e me encarou com um sorriso. – Tenha uma boa noite com a sua preciosa.

Revirei os olhos e não disse nada. George entrou no dormitório e pude escutar sua risada daqui. Provavelmente o lençol era de um dos meninos, que agora deve estar descoberto.

x-x-x-x-x

A manhã seguinte não poderia ter sido mais agradável. Acordei com um “ennervate” de Ron e Hermione pulou assustada. Ainda era madrugada, ela se levantou correndo e foi pro banho. Minha vontade foi estapear Ronald até ele ficar inconsciente.

- O que você pensa que está fazendo dormindo com a minha melhor amiga? – Ele perguntou irritado. – Quer tornar isso um hábito?

- Deixe de ser idiota, Ronald. - Eu respondi nervoso. – Acha que a obriguei a dormir ali? Não foi planejado. Simplesmente caímos no sono.

- Claro... – Ele disse sarcástico. – E já tinham um lençol pra se “por acaso” precisassem.

- Eu os cobri. – Disse George. – Acordei de madrugada e não encontrei Fred no dormitório, então achei os dois no salão comunal. Não quis acordá-los e cobri os dois com o lençol do Finnigan.

Dei uma gargalhada ao saber que o lençol era do Seamus, e parece que Ron desencanou, porque acabou gargalhando junto. Minutos depois, Hermione se juntou a nós no café da manhã. Sua roupa ainda estava sem um pedaço, e estava maquiada. Sentou-se no seu lugar de sempre.

- Bom dia. – Eu e George dissemos em uníssono.

- Nem tão bom assim. – Ela disse com as pálpebras fechando de cansaço. – Dormi em um sofá, espremida com um cara enorme. Acordei às cinco. Ginny quase me estuporou pra que eu deixasse-a me arrumar, e pra melhorar, o primeiro horário é com o Seboso.

- Essa é a Granger que eu senti tanta saudade! – Disse George comemorando e ela deu um sorriso muxoxo.

- Não devíamos ter dormido no sofá. – Eu disse baixo. – Desculpe por não ter te levado-

- Eu pedi. – Ela me interrompeu. – Eu quis dormir no sofá. Não precisa se desculpar.

x-x-x-x-x

O dia passou tranqüilo, até que depois do treino de quadribol, Angel veio falar comigo.

- Eu preciso conversar com você, Fred. – Ela disse séria.

- Tudo bem, pode falar. – Respondi sorrindo.

Angelina é uma garota legal. Mesmo sendo minha ex-namorada, mantemos uma amizade saudável por jogarmos quadribol juntos.

- Eu preciso te contar uma coisa, e acho melhor conversarmos no castelo. – Ela disse apontando o grande castelo.

- Tudo bem. – Sorri.

Fomos caminhando pro castelo em silêncio, pouco depois que entramos, ela me puxou pra perto da sala do Snape. Não sabia o porquê, e confesso que tive medo do que Angelina ia dizer.

- Eu namorando irmão. – Ela disse embolando tudo.

- O que? – Eu disse erguendo as duas sobrancelhas.

- Eu sabia que isso ia acontecer e-

- Não... – Eu a interrompi. – Eu não entendi o que você falou.

Ela deu um sorriso e respirou fundo.

- Eu e George estamos saindo juntos. – Ela ficou sem expressão, esperando minha reação.

- Sério? – Perguntei com um sorriso. – Ange, eu fico muito feliz por vocês.

- Sério? – Ela perguntou, devolvendo-me o sorriso. – Sabia que poderia contar com você, Frediota.

- Sem me chamar de Frediota! – Eu disse me fingindo ofendido e ela me deu um abraço.

Não senti nada quando Angelina me abraçou – nada além da gratidão e alivio que ela sentiu por não ter me magoado saindo com o meu irmão gêmeo. Nosso abraço não durou nem segundos. Mas quando nos separamos, vi cabelos castanhos e um uniforme Grifinório assistindo a cena com lágrimas nos olhos. Assim que me soltei de Angelina, Hermione entrou novamente na sala de Snape. “Agora sim, eu estou acabado.” Pensei derrotado.


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Notas finais do capítulo

Finalmente, POV's Fred :) O capítulo ficou monstruosamente grande. Espero que tenham gostado. ♥