Nada Vai Nos Separar - Os Controladores. escrita por Moukiki


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Chegada.


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o primeiro. Espero que gostem, pois estou trabalhando duro nele. Se vocês insistirem, pode ser que eu considere mudar alguma coisa, então o que está aqui é mais uma idéia do que vai ser, pois provavelmente vou montar um livro com isso. E este é só o primeiro, as melhores partes estão mais para o meio, por enquanto não desistam de ler, vocês podem se surpreender. E não se esqueçam de comentar.



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Pov Kimmy:

Olhei para o Volvo C30 prata reluzente á minha frente.

_ Mãe, só porque o colégio é de graça, você vem comprar coisas caras? Que é isso! Não que eu ache ruim do Volvo, mas você poderia... - comecei e minha mãe me interrompeu:

_ Agora que não terei mais que me preocupar com você, eu posso fazer isso. Mas se eu realmente não precisasse, eu não iria por você naquela escola. Eu te amo, viu? Mas ter um Volvo é um sonho meu desde que ele foi lançado. E o C30 foi o mais legal que achei. Agora, vamos. - disse minha mãe, me dando um beijo e entrando no carro.

Fiz o mesmo, não poderia fazer mais nada. Enquanto minha mãe dirigia para lá, não trocamos mais nenhuma palavra. Chegamos nos portões de uma escola enorme. Sem exageros. Só de prédios, deveriam ter uns... Vinte. E a maior parte tinha umas torres macabras. Mais algumas... Digamos, casas e pátios enormes. O portão não era nada pequeno. A escola parecia com uma daquelas mansões de filmes de terror, mas eram umas dez ou mais daquelas.

Chegamos no portão, descemos do carro e minha mãe enfiou uma blusa da escola pela minha cabeça. O porteiro saiu pelo portão e nos observou por um instante. Ele era careca, usava um chapéu que ele logo retirou e vestia roupas pretas. Ele me dava mais medo que a escola. Ele tinha um bloco e me observava.

_ Diga o seu nome. - ordenou, com uma voz forte que fez com que eu me encolhesse.

_ Kimmy. - respondi.

Ele passou várias páginas e vi uma letra K enorme em uma delas.

_ Kátia, Kethelen, Keyla, Kittalia, Kimiko, Ki... Kimmy. É, só tem você de Kimmy na escola, não precisa dizer o sobrenome. Seja bem-vinda. - disse ele, abrindo o portão. - Tome o mapa da escola... - Ele me deu uma folha enorme que estava dobrada, a parte de cima mostrando o portão em que estávamos. - E só você pode entrar. Infelizmente, sua mãe não pode. - disse o porteiro, me empurrando para dentro e fechando o portão, olhando em volta. - Bom, aqui está também o roteiro de aulas. - disse o porteiro. - Cada prédio tem um número e aqui está o dormitório das meninas. Cada uma tem seu quarto. - ele apontou para uma das torres.

Por que será que os dormitórios sempre tinham que ficar em um lugar alto? Era a segunda torre mais alta do local! Suspirei e assenti.

_ Filha? - ouvi a voz de minha mãe e a olhei. - Então, só nos veremos nas férias...

Eu quase saí da escola naquela hora, só que tinha um porteiro na frente do portão me observando. Peguei as mãos da minha mãe pelo portão e dei um beijo na sua bochecha.

Minha mãe me abraçou, ignorando o portão que meio que me jogava para longe dela.

_ Pronto, pronto, e depois de conhecer a escola, você tem que ir direto para o seu quarto, que é o número 6660298, ok? Os quartos com os três primeiros números com o 6 são no corredor 6, anote aí... - o porteiro pegou o meu mapa e anotou.

Ele anotou o número do meu quarto e as horas das aulas com uma letra impecável, além de todas as regras, para você ter uma idéia de como o papel do mapa era grande, e que atrás do mapa era tudo em branco. Ele anotou até o nome das garotas do corredor 6 e o nome do diretor e das pessoas que ajudavam a manter a ordem na escola. Fitei, boquiaberta tudo o que ele anotou.

_ Realmente, vou ter que passar um bom tempo no meu quarto. - resmunguei. - AH! As malas! - soltei, e minha mãe passou todas as malas ao porteiro, que as abriu e começou a  verificar.

_ Puxa, você garante mesmo a segurança da escola. - soltei, vedo que ele dobrava de volta as roupas, para enfiar todas em ordem nas minhas mochilas. Logo pegou um canivete, me olhando. - Ah, fala sério, isso aí é para... - comecei, mas antes que eu terminasse ele devolveu o canivete para o lugar, pegando um secador e analisando. Fiquei boquiaberta. Ele logo pegou uma faca, observou por um instante e devolveu para o lugar. Depois, pegou algumas outras coisas, até que notou uma cruz e um pouco de água benta. - Ah, não acredito que o Padre Gil colocou isso aí. - soltei e o porteiro pegou as duas coisas, separando. 

_ Essas coisas não são permitidas. - disse ele e eu fiquei realmente boquiaberta.

_ Como assim? - perguntei, boquiaberta. - Facas são permitidas e isso aí não?

_ Quer que eu tire a faca e o canivete? - perguntou o porteiro e eu fiz que não com a cabeça, enquanto ele pegava o meu rosário, separando junto com a cruz e depois pegando a Bíblia, separando também.

Devolveu as coisas para minha mãe e me deu as malas. Eu continuava boquiaberta.

_ É isso? - perguntei. - Não vai perguntar o porque das drogas que estão aí?

_ São remédios. - disse o porteiro rapidamente.

_ Eu sei, mas... - comecei e ele me interrompeu:

_ Se mais. Pode ir. Isso é para as duas. - disse o porteiro, olhando friamente para minha mãe, que se afastou, entrando no carro tão surpresa quanto eu.

Andei para o primeiro prédio á minha frente, seguindo o mapa. Estava com algumas letras estranhas o nomeando e parecia estar abandonado.

Segui por entre todos os lugares, parando para descansar um pouco na lanchonete. Descobri onde era a secretaria, descobri onde ficava minha sala de aula, o galpão, o pátio 1, o pátio 2, a enfermaria, a casa na árvore, a horta, o laboratório de biologia ou ciências ou qualquer matéria que precisasse usar o laboratório, o laboratório de informática, os telefones, o lugar que se chamava Xeróx que era onde se tiravam cópias das coisas, a biblioteca, as salas de aulas(que eram muitas), o pátio de futebol, o pátio de basquete, o pátio de queimada, o zoológico, os parquinhos... Acho que deu para entender.

Eu já estava voltando para o dormitório feminino, exausta. Que lugar enorme! Quando de repente, quase tropecei em alguém, de tão distraída que eu estava. O garoto se desviou, sentando em outro degrau e eu caí na frente dele.

_ Ai, me desculpe! - soltei, me sentando com o rosto ardendo.

_ Tudo bem, já estou acostumado. Ninguém me vê. - soltou ele, rindo.

Ela nem olhou o garoto, estava com o rosto em chamas e saiu de cabeça baixa, pedindo desculpas. Ela logo foi para o seu quarto, passando pelos corredores vazios, sem deixar de se perguntar o porque daquele silêncio todo, parecia que o lugar estava abandonado!

Entrou no quarto e ficou examinando os mapas e os horários, tentando decorar e compreender aquilo tudo. Tinha até televisão no quarto dela. Ela riu daquilo.

Quando escureceu, ela já tinha decorado algumas coisas e resolveu descansar. Ligou a televisão e ficou passando os canais, achando aquilo estranho. Tipo, a escola era grátis e tinham todos os canais na televisão? Ela achou pornografia! Não deviam proibir isso?

Ela ficou encucada com aquilo, tipo, como a escola tinha aquilo tudo?

Logo, ela desligou a televisão e resolveu procurar algo para beber na cantina. Abriu a porta do quarto e notou o corredor, que estava mais escuro que um breu. Um pavor a tomou de surpresa, quando ela notou como o lugar estava sombrio. Será que ela iria para a cantina mesmo?

Ela apenas observava o corredor, notando um interceptor de luz ali ao lado. Ela sorriu e tentou ligar as luzes do corredor, mas elas não ligavam. Estavam, obviamente, queimadas. Ela estremeceu e voltou para o quarto, voltando a observar o corredor.

_ Mas que droga! - resmungou ela baixinho, fechando a porta. 

Um frio tomou conta do local e ela viu que um vento gelado fazia as cortinas da janela voarem. Ela se aproximou da janela e um cheiro de queimado invadiu seu olfato. Ela foi até a janela e viu um garoto no jardim, tentando apagar uma fogueira.

_ MERDA! - berrou o garoto e a fogueira aumentou. 

Logo Kimmy notou um outro garoto ao lado do que tentava apagar.

_ EU ESTAVA INDO PEGAR ÁGUA, POR QUE É QUE VOCÊ FOI JOGAR ISSO AÍ? - berrava o outro. - VOCÊ NÃO SABIA QUE CERVEJA TINHA ÁLCOOL, IMBECIL?

Quase ri daqueles dois, quando notei um garoto de cabelos dourados se aproximando. Aqueles cabelos reluziam como ouro sob a luz da lua e seus olhos eram prateados.

_ É O JYRAN! - berraram os dois juntos, se encolhendo e a fogueira se apagou do nada. 

Comecei a prestar mais atenção e pude ouvir a voz do garoto de cabelos prateados, denominado Jyran:

_ Vocês são burros? Por acaso não sabem que é proibido ascender fogueiras? Não decoraram as regras até hoje, idiotas? - perguntava Jyran friamente. Me encolhi com o tom daquele garoto. Eu não podia imaginar que ele seria tão frio!

_ Nós somos novatos! Não sabemos as regras direito, nos perdoe, Jyran! - disse um dos garotos, se curvando.

_ Idiota, você não tem que pedir desculpas para mim, e sim para o diretor! Vou notificar isso, Keiichi, amanhã os dois vão ter que ir direto para a diretoria, entendido? Podem ir para os seus quartos. - ordenou Jyran, sem deixar transparecer nenhuma emoção em sua voz. 

Vi que ninguém mais olhava, só eu. Logo Jyran fez uma coisa inesperada e olhou para cima, me fitando. Senti a cor do meu rosto sumir com olhar que recebi.

_ VOCÊ, TAMBÉM VÁ PARA A CAMA! - berrou ele e eu saí da janela rapidamente, respirando fundo. Quase me meti em uma enrascada!

Mas eu realmente estava com sede agora. Fazia quanto tempo que eu não comia e bebia nada? É, acho que esqueci de almoçar e tomar café da manhã, além da janta... 

Senti meu estômago roncar. Se eu não comesse nada, provavelmente iria desmaiar amanhã. Ou hoje. Engoli em seco e fui para a porta, notando que tremia? Devia ser o medo, o susto e a fraqueza que me fizeram ter essa reação.

Andei lentamente pelo corredor escuro, com o coração disparado. Logo saí do dormitório, encontrando a noite fria. Vi que alguns alunos andavam em direção á cantina e sorri, seguindo eles. Deviam ser do turno da noite. 

Andei, um pouco mais aliviada atrás deles, mas os dois entraram em uma prédio, me deixando com ainda mais medo. Andei lentamente até o refeitório, vendo que eu tremia cada vez mais. Por que o refeitório tinha que ficar tão longe? Logo notei que o refeitório estava trancado.

Desabei no chão ali mesmo, fitando a porta. Eu não iria conseguir ficar até amanhã sem comer nada! Bati insistentemente na porta e nada. Respirei fundo, tentando me acalmar. Ouvi passos se aproximando, mas não quis saber quem era, continuei batendo na porta feito uma idiota.

_ Não tem ninguém aí, pare com isso. - disse uma voz que me fez estremecer. Será que era...

Me virei lentamente, dando de cara com Jyran.

_ Ah, o-oi... - murmurei, sentindo minha cabeça rodar e me encostando na parede.

_ Não conheço você. - disse Jyran com aquele tom frio, olhando em uma prancheta bem parecida com a do porteiro. - Diga seu nome.

_ Kimmy. - falei, me sentindo cada vez mais fraca.

_ Você costuma a desmaiar? - perguntou Jyran, frio e impassível como sempre.

_ B-bem... - murmurei, tossindo para tentar não gaguejar. - Eu nunc-ca desmaiei na mi-minha vida. - murmurei, tossindo de novo.

_ Pois prepare-se pela primeira vez. - disse Jyran, olhando o relógio. - Você chegou ás sete horas da manhã, provavelmente sem ter comido café da manhã. Não comeu também o almoço ou o jantar, já que não vi você antes. Então, deve estar bem fraca, dá para notar pela sua aparência que não pode ficar muito tempo sem comer. - explicou ele, batendo os dedos no relógio.

_ O que vo-você quer dizer c-com isso? E-eu não... - comecei e vi várias manchas pretas aparecerem á minha frente.

Cocei os olhos, sentindo a tonteira piorar.

_ E em cinco, quatro... - Jyran começou a contagem e tudo o que eu vi foi tudo girar. Senti o baque em algum lugar e depois... Nada.


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Notas finais do capítulo

É só, espero que gostem. Estou muito animada com essa história, não me decepcionem, por favor.
Um abraço,
Mou.
(Palavrinha do Akira:
O próximo capítulo vai ser o meu, então, vai ter mais o meu jeitinho, espero que goste, hehe... E se quiserem saber, tem uma coisa que eu já montei aqui, mas aí vocês tem que perguntar nos reviews. Eu respondo todos que posso, outros a Mou que responde, então não esqueçam de comentar! Sem comentários eu não posto o próximo *dando uma de criança emburrada*. Brincadeirinha, talvez eu poste, mas preciso de reviews, ok? Não vou falar de novo, me falta paciência.
Inté mais pessoal!)



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