Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez


Capítulo 15
Capítulo 15. Filho de Hades.




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Capítulo 15. Filho de Hades.

Pov. Jacob.

A noite já estava caindo e Marília permanecerá quieta. Percebi que ela se sentia assim devido o que Circe mencionara. Resolvi não tocar mais no assunto e me sentei na cadeira que ficava de frente para o painel.

Não via a hora de que tudo aquilo acabasse. Queria voltar para o acampamento. Precisava de uma noite de sono tranqüilo, principalmente, sem pesadelos.

Eu olhava para o horizonte a procura de uma ilha. Milhas a nossa frente não havia qualquer sinal de vida. Somente água. O silencio ainda reinava na cabine quando ouço uma batida vinda do fundo do barco.

- O que foi isso? – Marília falou se preparando para levantar.

- Só mais um monstro. – respondi dando de ombros. – Olhe só. – apontei para a água e um tentáculo viscoso passar pela superfície.

- Ah. – foi tudo que Marília disse e voltou a encostar-se à parede.

Pouco depois as batidas no fundo do barco. Percebi que a parte da frente do iate se inclinará um pouco para cima. Me levantei e tentei enxergar algum sinal do que causara a inclinação, mas não vi nada.

- É impressão minha ou esse barco está levantando? – Marília disse e colou as mãos no chão, como se tentasse se segurar.

- Não é impressão sua não. – falei saindo da cabine e indo para fora para poder olhar melhor.

Um tentáculo viscoso subia pela lateral da embarcação. Tinha a mesma forma do que passará a nossa frente pouco antes. Os braços viscosos pareciam estar por toda parte. Dei a volta no iate e me certifiquei que estávamos cercados dos mesmos.

- Marília pegue sua espada. – avisei.

- O que está acontecendo? – ela disse se levantando desesperada.

- Um monstro esta se segurando na lateral do barco. Na certa perderemos mais uma embarcação. – disse tirando meu canivete do bolso de trás da calça e fazendo com que ele se transformasse em minha espada.

Quando voltamos para o convés o monstro estava adentrando o barco. Seus tentáculos quase tocavam o chão.

- Não estamos mais na água. – Marília falou me olhando.

No instante em que ela me avisou os tentáculos começaram a apertar o iate e uma rachadura se formou na lateral do barco. Enquanto esmagava a embarcação o monstro nos erguia mais ainda do nível do mar.

- Uma lula gigante. – Marília falou apontando para frente.

            Ela dizia a verdade, a cabeça do molusco gigante aparecia por cima da cabine de comando. Era mais viscosa que os tentáculos e sua cor era verde musgo. O monstro nos encarava com seus olhos gigantes e tentou nos acertar com um de seus braços.

Marília percebeu sua intenção antes que eu e pulou em cima de mim. Nós dois saímos rolando abraçados até encostarmos na parede da cabine. Ela parou em cima de mim e nossos olhos não se desviaram.

- Cuidado! – gritei quando vi que um dos tentáculos acertaria suas costas e troquei nossas posições.

O braço gigante acertou o pequeno espaço entre nós e destruiu o chão do iate, fazendo com que a água começasse a invadir o barco.

- Nós vamos ter que pular na água. – falei olhando a água entrar.

Puxei Marília e me levantei. Nós corremos até a beirada e mãos das onde os tentáculos não nos atrapalhavam. Os braços viscosos já ocupavam quase todo o chão do convés.

- Você consegue controlar as correntes? – perguntei para Marília quando nos preparávamos para pular.

- Não sei nunca tentei. – ela me respondeu olhando para a água. Sem dizer nada nós dois fizemos com que as espadas voltassem a ser o pircing e o canivete e os guardamos junto na bolsa que Marília pegara pouco antes junto com a espada.

- Se concentra. – Apertei mais sua mão e não esperei resposta. Nos levei para água.

Os tentáculos eram mais do que imaginava. Eles estavam nos cercando por todos os lados. Eram poucos os lugares em que podíamos passar.  Quando dei por mim estava respirando de baixo d’água.

Olhei para Marília, ela olhava os tentáculos e nós mãos ainda estavam juntas e resolvi não separá-las.  Apontei para um espaço que dava para um lugar afastado dos tentáculos.

Ela assentiu para mim e nós fomos nadando com cuidado. Vez ou outra um braço viscoso passava violentamente por nós e tínhamos que parar, Marília se encolhia para mais perto de mim e não os observava atentamente. Quando estávamos a uma distancia segura, Marília apontou uma caverna que eu não notara antes. Me virei e vi os iates destruído afundar em meio os tentáculos.

Resolvi ignorar aquilo e a puxei até onde era seguro. Passamos por um pequeno túnel até chegarmos à pequena gruta. A água ficava rasa quando chegávamos à superfície.

- Que porra era aquela? – Marília falou soltando minha mão  e andando até onde as pedras se separavam da água.

- Deve ser o Kraken. – respondi sentindo falta de sua mão na minha. Deixa de ser idiota Jacob. – pensei.

- Era só o que me faltava. Ele é filho de quem? Ai... – ela se interrompeu quando tentou sair da água.

- O que aconteceu? – Perguntei me aproximando.

- O meu braço. – ela disse levantando e me mostrando um corte enorme.

- Onde você fez isso? – falei me aproximando com longas passadas e segurei em seu braço.

- Eu não sei, deve ter sido quando estávamos na água, não senti nada.

- Você deve ter tocado em um dos tentáculos e nem perceberá. – opinei pegando na bolsa, nas costas de Marília, e desejando o Néctar.

Peguei o frasco, que aparecerá na maior repartição, e despejei um pouco da bebida em seu ferimento.

- Pensei que isso fosse para beber. – Marília falou olhando atentamente o que eu fazia.

- Talvez assim funcione mais rápido. – tentei explicar. – Está doendo? – quis saber e Marília negou com a cabeça.

O corte começara a se fechar e o liquido se acumulara sobre a ferida.  

- Como vamos sair daqui? – Marília falou olhando para cima.

Segui seu olhar e percebi um buraco no topo. Se parecia muito com a ‘boca’ de um vulcão. A saída mostrava as cores diversas em que o céu estava quando um pássaro passou.

- Será que é seguro sair daqui? – Marília disse.

- Não faço idéia. – respondi me virando para observar a gruta e reparei que havia uma fresta na lateral.

Peguei na cintura de Marília, antes que ela notasse e protestasse – o que foi fácil, devido ao modo como ela era pequena, minhas mãos quase davam a volta em sua cintura, e ela, praticamente, era um peso pena - e a levantei, a colocando para fora da água. Sai da água e caminhei até a fresta que era iluminada por um raio de sol.

- Acho que isso nos leva para fora.

- Você consegue ver algo?

- Não, só um raio de sol.

- Então vamos arriscar. – Marília falou e andou até minha.

O->

Desculpem a demora, esse capítulo já estava metade pronto, mas como os reviews continuam na mesma mesmice, a inspiração foi se embora. Não sei mais se essa fic vai para frente.

Bjs. Vejo vocês no próximo capítulo, talvez. Bêaah.  


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