Trust Me. escrita por PeterGeneHernandez
Pov. Marília.
Eu corria desesperada por um gramado, minha respiração começará a falhar. Avistei uma colina, no topo pude notar a silhueta de duas pessoas, pensei em gritar por socorro, mas meus pulmões gritavam por ar e minha garganta queimava como se estivesse sendo rasgada. Virei minha atenção para trás e pude ver a criatura me perseguir. Sua pela era branca como mármore, possuía a perna direita normal, mas de bronze, a esquerda era peluda e um casco de burro estava no lugar de seu pé, seus olhos eram vermelhos e de sua boca saiam presas.
– Não fuja de mim garotinha! – ela me disse com uma voz ‘angelical’. – Eu só quero conversar com você. – completou a besta fazendo com que suas unhas em forma de garras crescessem mais.
Respirei o mais fundo que conseguia e aumentei minha velocidade. Podia ouvir a batida de sua perna de bronze contra o chão acelerar. A esse ponto já estava na metade da colina, quando identifiquei as silhuetas como duas garotas, uma loira e a outra morena, que conversavam perto de uma colina.
A morena demonstrou uma feição de ódio quando me viu. Bateu em seu bracelete, que se transformou em um escudo e desembainhou uma espada e correu em minha direção. A loira se virou para minha direção com a reação da amiga e também correu até mim, desarmada.
A morena passou por mim e atacou o monstro que me perseguia. Sua amiga pegou em meu braço e me ajudou a chegar ao topo da colina, ela me ajudou a me sentar perto do pinheiro e voltou para ajudar sua companheira. Fechei meus olhos e encostei a cabeça na árvore em que me apoiava, enquanto respirava pesadamente.
Senti uma mão delicada acariciar meu braço. Abri os olhos num susto e me deparei com a loira de pele branca e olhos acinzentados.
– Você está bem? – ela falou preocupada.
Tentei falar, mas me faltou ar e só conseguia assentir. Olhei por cima do ombro da loira, que agora encarava a amiga, procurando pelo monstro, mas a única coisa que havia era um monte de areia dourada.
– Está tudo bem agora. – a loira me tranqüilizava – Venha conosco. – ela falou e as duas me ajudaram a levantar.
Fomos andando colina abaixo até uma grande casa, que mais se parecia com um templo. Lá dentro um homem com uma barba e os cabelos grisalhos, que se locomovia com a ajuda de uma cadeira de rodas, veio até nós.
– Olá criança! – ele disse se dirigindo a mim. – Onde a encontraram meninas? – completou olhando para as duas que me ajudaram.
– Ela estava correndo de uma empousa. – a loira respondeu.
– Nós só matamos o monstro e a trouxéssemos para cá. – a morena resumiu.
– Como você se sente? – ele disse pousando um olhar paternal em mim. – Ela te machucou?
– Não – respondi observando ele mexer na manta que cobria suas pernas. – Ela só destruiu minha bolsa. – eu disse despreocupada me lembrando de quando a tal empousa a destruiu com uma patada.
– Pelo jeito ela está bem mesmo. – ele disse sorrindo um pouco com a minha reação. – Levem-na para a enfermaria, deve estar cansada.
As meninas assentiram e foram me guiando ao segundo andar, por fim me ajudaram a me deitar na cama branca.
Pov. Annabeth.
Quando deixamos a nova meio-sangue na enfermaria, antes de nos retirarmos da sala, alguém bateu na porta e sem esperar resposta, foi entrando.
– Annabeth, eu fiquei sabendo do que aconteceu. Você está bem? - Percy falou me encarando preocupado. Eu só assenti para ele com a cabeça e o mesmo me abraçou depositando um beijo no canto de minha boca.
– Como você se chama? – falei me virando para a garota, parando para observá-la, ela me lembrava muito com alguém.
– Marília. – ela respondeu se aconchegando nos travesseiros.
– Prazer, meu nome é Annabeth e esses são Percy e Thalia. – falei apontando para eles e ela sorriu e os cumprimentou também.
Nesse momento Quíron entrou na enfermaria ainda em sua cadeira de rodas.
– Como chegou até aqui? – eu disse novamente.
– Eu estava voltando para casa da escola, quando um rapaz chegou até mim. – Marília começou a contar. – Ele pediu para que eu o seguisse, mais o ignorei e continuei meu caminho. Quando virei à primeira esquina dei de cara com aquela tal empousa. Ela veio correndo até mim. O mesmo rapaz apareceu ao meu lado e me puxou consigo, ele disse que eu não o seguisse o monstro me mataria.
– Você sabe onde esse cara está? – perguntei novamente, temendo que algo houvesse acontecido.
A morena só negou com a cabeça e acabou se calando.
– Marília você conhece sua mãe ou seu pai biológico? – Thalia falou se sentando em uma cama ao lado.
– Mãe. – ela respondeu somente.
– Quantos anos você tem? – Foi à vez de Percy perguntar. Não pode ser quem eu estou pensando.
– Fiz 16 anos mês passado. – ela respondeu franzindo o cenho para mim. – Por favor, alguém poderia me dar um copo de água?
– Ah, claro! – respondi depois de um tempo calada, saindo de meus pensamentos.
Sai da sala em que estávamos e fui até a cozinha para pegar água. Ela não poderia ser filha dele, isso é impossível. Sei que ele falou abertamente sobre seu filho a todos, mas por que escondeu-a por tanto tempo?
Estava tão concentrada no que pensava que me assustei ao sentir a mão de alguém em meu braço e algo gelado tocar minha mão. Me virei, quase em um salto para trás de me deparei com Rachel. A ruiva sorriu para mim e disse:
– Acho que é melhor você prestar atenção no que está fazendo. – ela apontava para o copo em minha mão, que estava transbordando e molhando o chão, e se segurava para não rir.
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