A manhã de sábado chegou mais devagar do que eu pretendia e devagar demais o sol nasceu; eu não havia dormido direito mais assim que o meu relógio apitou sete horas me levantei de um salto e me arrumei o mais rápido que podia, coloquei minha blusa azul favorita e meus jeans tradicionais; como em dia de sábado minha mãe se dava o luxo de acordar mais tarde; tomei uma decisão inesperada até para mim: fazer o café da manhã para ela, não ache estranho mais eu sei cozinhar um pouco, o suficiente para não incendiar nada; e modéstia parte eu faço uma ótima comida. Fiz café, na cafeteira é lógico; comprei pão, fiz torrada e sanduíche com muito presunto do jeito que ela gosta, comprei leite, e uma daquelas caixinhas de suco com polpa natural. Coloquei tudo em uma bandeja e levei até a cama de minha mãe, eu só a chamo de mãe (obvio) mais seu nome é Sally Jackson e ela me criou sozinha com pequenos trabalhos até que há um anos mais ou menos, ela conseguiu um emprego fixo de vendedora em uma grande loja de departamentos, a partir daí ela economizou tudo o que podia e comprou um apartamento maior para que a gente morasse; ela é melhor pessoa do mundo e como Annabeth agora é minha namorada minha querida mãezinha ocupa eternamente o posto de minha melhor eterna melhor amiga, não que ela não fosse antes, é claro; mais Annabeth é Annabeth.

Ela estava dormindo mais quando abri a porta do quarto ela acordou com um sobressalto, porta rangedora idiota! Assim que me viu os olhos dela se arregalaram e pousaram na bandeja que eu carregava e uma sobrancelha se ergueu.

- Bom dia Percy! Você está acordado uma hora dessas, teve um pesadelo ou caiu da cama?

Por que todos pensam que só acordo cedo porque cai da cama, eu não posso nem ficar ansioso por alguma coisa?

- Bom dia mãe, dormiu bem?

- Maravilhosamente bem querido, mais diga pra quê tudo isso?

Ela se sentou e eu apoiei a bandeja em seus joelhos, ela começou a comer e eu a explicar.

- É que eu tenho uma ótima notícia para a senhora, sabe a Annabeth...

- Aquela sua amiga, por quem você é apaixonado; sim o que tem ela,

Ela sorriu ainda mais e eu pensei, tava tão na cara assim; magoei, nem consigo esconder nada direito.

- Sim ela mesma – tomei folego – estamos namorando!

Ela se limitou a parar de mastigar e dar de ombros.

- Já não era sem tempo, não via a hora de ver vocês juntos, até porque nas poucas vezes que ela veio aqui dava para perceber que ela só não te agarrava por causa da minha presença ou por causa da timidez dela; bem até que enfim pra você também Percy; custa admitir para sua amiga que a ama, já que é claro estava estampado na sua cara em letras vermelhas.

- Todos dizem isso, mais estava tão obvio assim mãe?

- Percy, para você podia estar bem escondido, mais quando amamos alguém não importa sob quantas camadas de pele escondamos o segredo, quando mais se esconde mais fica visível para os outros.

Eu sorri e comi com ela; passamos alguns minutos em silencio até que eu lembrei de um pequeno grande fato.

- Mãe a Annabeth vem aqui hoje!

- Claro filho, vou já me arrumar para receber a minha futura nora.

Me senti derrepente pegando fogo e para aumentar ainda mais meu desconforto, senti me celular vibrar e no visor tinha uma foto de Annabeth, ela estava me ligando.

- Annie, bom dia!

- Bom dia Percy, queria saber que horas devo me apresentar a sua mãe – ela riu e não pude deixar de rir também.

- Dentro de uma hora pode ser?

- Claro, já estou me arrumando.

- Quer que eu vá te pegar?

- Não Percy, apenas me espere.

- Te amo

- Eu também te amo, até logo.

Ela desligou e minha mãe começou a rir.

- O que foi? – perguntei a ela

Ela apontou para o espelho e eu me vi totalmente vermelho com os olhos parecendo que minha mente não estava nessa dimensão, o que o amor não faz com as pessoas. Agora estou aqui olhando para o relógio contando os segundos até a chegada da minha amada.