Hoje era o dia. Era o nosso aniversário de 7 anos de namoro e o dia do nosso casamento. Eu não podia estar mais feliz. Annabeth fez questão de organizar tudo, sem pedir ajuda de Atena, mas é claro que minha sogrinha ajudou: deu contatos, apresentou bufês e salões de festa. Minha mãe ficou muito feliz com a notícia, ela me ajudou a comprar um presente para Annabeth: um apartamento, com dois quartos, o difícil era saber com ela gostaria de arrumar; por isso um designe arrumou os móveis novos que, em sua maioria, foram presentes de Atena, Sally, Paul e Poseidon; antes da semana do casamento o apartamento já estava pronto para nos abrigar após o casamento. Nossa lua-de-mel seria uma surpresa até para mim, Atena e Sally fizeram questão de arrumar tudo e não nos contar nada.

Eu não via Annabeth desde o dia anterior, e uma saudade imensa preenchia meu coração nervoso. Minhas pulsações pareciam saber que da próxima vez que eu a veria ela estaria de branco, andando ao som da marcha nupcial em cima de um tapete de flores, pronta para se casar comigo. Faltava meia hora para a cerimônia começar e eu estava dando os últimos retoques no meu smoking, Atena e Sally haviam me dito que eu deveria estar no altar faltando 15 minutos para o inicio, mas eu estava nervoso demais para esperar por alguma coisa.

Fiquei olhando pela janela da “casa” dos Chase, onde seria a cerimônia; pela janela dava para ver um coreto de madeira, pintado de branco, com flores enroladas em seus pilares, lá seria a cerimônia. Atrás do coreto havia uma árvore bem grande, um ipê roxo que com a força do vento libera folhas e ramos roxos em cima da área do casamento. Na frente do coreto estavam dispostas cadeiras prateadas em fileiras, deixando um vão bem no meio onde se encontravam flores, elas estavam formando um tapete, na última fileira de cadeiras e na primeira estavam dois arcos, também com flores enroladas. Os convidados já estavam quase todos lá sentados, e eles haviam sido conduzidos de forma que não passassem pelo tapete de flores. De longe consegui notar Poseidon conversando com o padre juntamente com Paul; os padrinhos, Luke e Thalia estavam longe das cadeiras; Luke estava de smoking e Thalia com um vestido lilás na altura dos joelhos, os dois tinham saído em viagem durante 3 anos, por isso ficamos meio afastados, mas assim que Annabeth conheceu melhor Thalia foi amizade a primeira vista, porém até hoje Annie não se conforma em Luke a ter “escondido” de nós.

A cerimônia ficou exatamente com Annabeth quis. A festa seria em uma grande tenda branca que estava situada ao lado oposto da casa, dentro dela havia dezenas de mesas prateadas, com uma grande mesa no meio, onde um bolo de 5 andares com miniatura de eu e Annie esperava o fim da cerimônia para ser partido. A tenda era aberta de uma forma interessante, haviam os pilares e ao redor dos pilares o pano da tenda caia, como uma cortina. Ouço a porta abrir e me deparo com minha mãe vestida com um vestido bege na altura dos joelhos, seus cabelos pretos estavam mais ondulados que o normal, e ela sorria para mim.

- Como está se sentindo?

- Nervoso, ansioso, feliz.

- Está pronto?

- Sempre.

Ela chegou mais perto de mim arrumou minha gravata, e me deu um abraço apertado, se separando de mim e me puxando pela mão até a porta do quarto.

- Annabeth está pronta, por isso você já poderá esperar por ela no altar, escute a música e atravesse o tapete de flores.

- Sim senhora – ela já ia embora, mas eu a puxei pela mão – mãe, ela está bonita?

- Mas que o normal.

Soltei a mão dela e fiquei esperando no primeiro arco a música que vinha de uma banda que estava acomodada do lado direito do coreto. Thalia e Luke vieram falar comigo.

- Ansioso? – Thalia perguntou.

- Você nem imagina.

- Bem temos uma coisa para te contar – dessa vez foi Luke.

- O que? – noite na mãe de Thalia, um anel; e deduzi antes que me contassem.

- Vamos nos casar – Thalia disse, parecia está realmente entusiasmada.

- E queremos que você e a Annie sejam nossos padrinhos.

- Para mim seria uma honra ser padrinho dos meus padrinhos, parabéns.

Nesse momento Atena veio sorrindo, vestindo um vestido rosa também na altura dos joelhos, seus cabelos loiros estavam presos em uma trança única.

- Vamos genrinho e padrinhos, está na hora de começar o casamento.

Como o casamento seria no fim da tarde, o clima estava nublado, sem possibilidade de chuva, o vento estava um pouco forte, e a cada minuto que se passava minhas mãos suavam mais e meu coração disparava. Ouvi uma música calma: Poseidon e Atena foram primeiro em direção ao altar, seguidos de Sally e Paul, e Thalia e Luke. A música mudou e eu atravessei o tapete de flores me postando fora do coreto do lado esquerdo.

A marcha nupcial começou a tocar todos levantaram, as portas da casa se abriram e Tyson, nosso pajem, e Melody, nossa daminha, entraram carregando as alianças em almofadas, quando eles já estavam quase na metade do caminho, Annabeth apareceu e eu esqueci quem era por algum tempo.

Annie vestia um vestido branco, tomara-que-caia, com decote em forma de coração, o vestido era bem colado, evidenciando suas curvas, os cabelos loiros que eu tanto amo, estavam soltos com uma coroa em cima da cabeça prendendo o véu curto. Ela usava um colar prateado com o pingente em forma de uma estrela azul. Seu buquê era feito de lírios envoltos em uma fita lilás. Seu rosto estava levemente maquiado e seu sorriso era o mais lindo de todos que ela já deu até hoje. Ela estava realmente mais linda que o normal.

Eles chegaram, e eu estendi minha mão para que ela pegasse, não resisti e sussurrei para ela.

- Parece que a sabidinha vai casar quem é o noivo sortudo?

- Um certo cabeça de alga que eu conheço.

Subimos as escadas do coreto e nos viramos para encarar um ao outro. O padre começou a falar:

- Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada. Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda magoas. Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência. O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porem elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará. Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança. O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. Portanto, agora existem três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor (1 Cor, 13).

O padre se virou para mim e perguntou:

- Perseu Jackson você aceita Annabeth Chase como sua esposa para amar e respeitar até o último dia de sua vida?

- Sim – respondi bem rápido.

Depois ele se virou para Annabeth e perguntou:

- Annabeth Chase você aceita Perseu Jackson como seu esposo para amar e respeitar até o último dia de sua vida?

- Aceito.

Atena, Annabeth e minha mãe choravam. Tyson e Melody chegaram mais perto e o padre abençoou as alianças Melody se dirigiu a mim Tyson a Annabeth. O padre virou seu livro para mim e eu li em voz alta o que estava escrito.

- Annabeth Chase receba essa aliança em sinal do meu amor. Prometo-te ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe – coloquei a aliança em sua mão esquerda no dedo anelar, e depois beijei sua mão.

Annabeth pegou a aliança de Tyson e disse.

- Perseu Jackson receba essa aliança em sinal do meu amor. Prometo-te ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe – ela colocou a aliança no meu dedo com as mãos tremulas.

- Eu vos declaro marido e mulher – o padre disse – pode beijar a noiva.

Aproximei-me de Annabeth coloquei minhas mãos em sua cintura e a beijei com vontade, não me culpem mais eu havia passado quase dois dias sem vê-la, ela retribuiu e todos começaram a aplaudir. Separamos-nos e nos encaramos, apenas com o olhar podíamos nos entender e o olhar dela me dizia: “Eu te amo” aposto que o meu dizia a mesma coisa. Saímos de mãos dadas por cima do tapete de flores, nessa hora o vento soprou mais forte e as folhas do ipê começaram a voar ao nosso redor, varridas pelo vento. Fomos direto até a tenda da festa onde nos sentamos-nos à mesa ao lado da do bolo enquanto todos vinham nos cumprimentar e nos desejar parabéns. Primeiro foi os nossos pais, depois Luke e Thalia que contaram a novidade para Annabeth que aceitou prontamente em ser a madrinha do casamento deles. Após os parabéns, começou a tocar Love Story da Taylor Swift, à hora da dança havia chegado.

- Me concede essa dança Sra. Jackson?

- Com todo o prazer Sr. Jackson.

Todos se afastaram da pista de dança, enquanto eu e Annie dançávamos lentamente sem tirar os olhos um do outro, a música havia sido modificada para ficar mais lenta, por causa da cisma de Annabeth de não abrir mão nem da valsa tradicional e nem das duas músicas, e vocês sabem que eu faço tudo por ela. A música acabou e Just a Kiss começou a tocar nos alto falantes, nesse momento, Annie chegou mais perto de mim e acomodou sua cabeça no meu ombro, eu aproveitei o momento para puxá-la para mais perto de mim.

- Esse é o dia mais feliz da minha vida!

- O da minha também, perde até para o dia em que você me pediu em namoro e em casamento.

- Esses dois dias que você falou foram os mais nervosos da minha vida, eu quase não consigo, mas puxei a coragem de dentro de mim e consegui.

Sorri orgulhoso, e ela beijou meu pescoço.

- Devo agradecer a sua coragem então.

Estávamos conversando aos sussurros, que nem reparamos que a música já ia acabar e no último acorde demos um beijo apaixonado. Todos aplaudiram em pé. A música parou e uma mais agitada começou.

A noite se passou devagar de propósito, como se o tempo permitisse que curtíssemos bem. Não pudemos curtir toda a festa, quando deram 10 horas Atena e Sally nos chamaram para trocar de roupa para viajar para um lugar que ainda não conheço. Minha mãe me deu uma blusa de manga comprida branca limpa para vestir ela havia feito nossas malas e as havia colocado no carro dos Chase onde o motorista nos esperava. Parei na porta e esperei Annabeth.

Ela chegou minutos depois vestindo um vestido branco, curto, e também bem colado. Se eu não tivesse rodeado de gente a teria agarrado ali mesmo. Se controle Percy, ela já é sua esposa. Mas antes de sairmos em lua-de-mel, ainda teríamos que cumprir a tradição de jogar o buque. Annie ficou em cima das escadas, enquanto as mulheres correram para baixo, a fim de pegar o buque.

- Lá vai, é 1, 2, 3 e já – nessa hora Annie jogou e as mulheres quase se mataram para pegar; quando a confusão passou vi quem o havia pegado: Thalia. Bem pelo menos para o casamento dela já tinha o buque.

Atena e Sally se aproximaram.

- Não vamos dizer para onde vão, isso vocês saberão assim que entrarem no jato dos Chase – minha mãe começou.

- Só o que podemos dizer agora é que estamos muito felizes por vocês, que a estadia de um mês faça muito bem a todos – Atena continuou.

- Obrigado por tudo – Annie já estava chorando de novo, abraçando Atena.

- Cuide bem dela Percy – minha mãe me recomendou.

- Como se eu conseguisse magoá-la sem passar por uma boa dose de dor e sofrimento.

Terminamos de nos despedir e entramos na limusine. Sentamos-nos abraçados e ficamos olhando pela janela, tudo o que passava. Estávamos felizes, e não precisávamos de nenhum gesto para que o outro soubesse, apenas sentíamos o que o outro não queria nos dizer.

Annie já tinha dormido em cima de mim quando chegamos ao aeroporto, fiquei com pena de acordá-la, mas foi preciso.

- Sra. Jackson, já chegamos ao aeroporto.

Ela sorriu abertamente ao ouvir seu novo sobrenome.

- Aonde será que vão nos mandar?

- Não faço idéia, e olha é que eu sou bom em surpresas.

- Do jeito que minha mãe é provavelmente vamos sair do país.

- Só queria saber para onde.

Demos um selinho, e saímos da limusine em direção ao jato, assim que entramos, uma comissária morena veio nos cumprimentar com muitos papéis nas mãos.

- Parabéns pelo casamento, me chamo Samantha e a Sra. Chase me contratou para que eu fizesse o possível para que seu vôo fosse agradável. Aqui estão seus passaportes devidamente legalizados, aqui está à reserva do hotel, um visto especial, e o currículo do seu tradutor – a cada palavra ela colava mais papéis na minha mão, ela nos indicou as poltronas, nos sentamos, colocamos o cinto e ela continuou – qualquer coisa, estarei no compartimento das comissárias perto da cozinha. Daqui a 8 horas chegaremos a Paris. Boa Viajem!

- Paris – Annabeth disse com os olhos arregalados de surpresa.

- Bem, digamos que dessa vez elas se superaram – analisei a reserva do hotel e dei para Annie dar uma olhada – Hotel cinco estrelas Seven de Paris, suíte Eiffel.

As 8 horas de vôos se passaram voando, e a primeira coisa que lembro ter visto da janela foi a Torre Eiffel. Havíamos chegado a Paris, a cidade do amor. Vocês sabem o que vai acontecer assim que chegarmos nesse hotel, então não direi a vocês, até porque eu não vou contar esse meu primeiro momento intimo com Annabeth. Só o que posso dizer é que meu casamento começou maravilhosamente bem.