Capitulo 6 – Eu vejo meu pai.

PDV Stephanie

Senti o carro ligar e de duas, uma: ou eu estava tão inerte naquele beijo entre eu e o sam que não ouvi o Dean entrar, ou o Dean tem super-poderes e se teletransportou para dentro do carro.

- Vão para um quarto da próxima. - Ele falou rindo.

Eu provavelmente estava uma pimenta de tão envergonhada.

E então aconteceu a coisa mais inesperada de todas, Sam colocou o braço nos meus ombros me acolhendo. Estava tão bom ali, segura, quente, e eu com sono, acabei cochilando.

Eu estava na casa da minha vó e eu me via sentada no balanço vermelho que havia lá, eu estava vestindo um vestido rosa de bolinhas pretas que minha mãe humana guarda até hoje, eu devia ter aproximadamente 3 anos, no maximo. Um homem todo de preto se aproximou de mim, sussurrou algo nos meus ouvidos que me fez desmaiar, me pegou no colo, e assim que fez isso ele piscou e eu vi as órbitas completamente negras dele.

- Não! Solta ela! Quer dizer, me solta! - Gritei confusa.

Ele parecia não me ouvir, nem me ver, tentei andar até ele, mas não conseguia. Chegou em um piscar de olhos um homem todo de branco, bonito, alto, cabelos da mesma cor que o meu e ondulados igual ao meu, olhos castanhos, definitivamente um anjo, o poder dele emanava de cada parte do corpo dele. Ele colocou as mãos na testa do demonio e saiu luz branca por cada buraco na face do demonio e ele se foi. O anjo me pegou antes de eu cair no chão, me acordou, beijou minha testa e sussurrou alguma coisa no meu ouvido. Eu sorri, ele me deu uma flor laranja, que eu identifiquei como uma gerbera, dei um tchausinho com as mãos e ele foi embora.

- STEPHANIE! - Sam me sacudia.

- ESPERA! - Gritei para o anjo, mas eu ja havia acordado.

- Você não acordava! - Eu provavelmente estava com a expressão confusa e chocada. - O que aconteceu?

- Eu acho que meu pai me salvou quando eu tinha 3 anos. Meu pai é um anjo. - Olhei para Dean que agora compartilhava da mesma expressão que a minha.

- Você viu ele? - Sam pareceu confuso.

- Eu acho que tive uma visão. Eu me sinto exausta, confusa, e tonta.

- Mas se seu pai te salvou, ele tem A graça dele. - Sam falou.

- Hora de ligar para o Bobby. - Dean falou puxando o celular do bolso.

(...)

- Bobby esta pesquisando alguns anjos com as descrições que você disse. – Dean avisou.

- Ok. – Respondi. – Vamos investigar. – Falei e andei em direção à casa da vítima, mas meu braço foi puxado.

- Você fica no carro. – Sam avisou.

- Por quê?

- Você é... frágil. – Sam falou.

- Eu provavelmente consigo matar vocês dois com um estalar de dedos! – Bati o pé.

- Ele tem razão. Na proxima vez você vai. – Dean falou e eu entrei de novo no carro.

Ouvi Sam falar algo do tipo “Por que ela obedece você e não a mim?” Eu ri e peguei o jornal para ler de novo o caso. Sam e Dean estavam vestidos de terno preto com as identidades do FBI. No jornal havia um título gigante escrito “Morte misteriosa”, O artigo dizia:

“Jovem de 23 anos, Ian Machado, é encontrado morto em sua casa, forte pancada na cabeça, e marcas roxas por todo o corpo, porém a morte foi causado por um sufocamento. Mãe, Irene Machado, e pai, Alex Machado, não viram ou ouviram algo acontecer. Irene e Alex Machado estão presos preventivamente e são os principais suspeitos.”

Folhei algumas páginas, li algumas noticías, e na ultima página havia um pequeno texto que me chamou a atenção, dizia:

“Linda Simon é esfaqueada na coluna por filha de 15 anos, Stephanie Simon. Na noite de sexta, o pai, Pedro Simon, estava viajando, chegou em casa logo em seguida, encontrou ambulâncias em frente de casa e a esposa quase morta, Linda passa bem com pequenas sequelas, ela afirma que não se lembra de nada. Testemunhas afirmam que Stephanie Simon saiu em um Impala preto com dois homens mais velhos, as hipóteses apontam que tudo isso foi causado pelo vício de Stephanie por drogas.”

Meu queixo caiu e a minha boca abriu. Em baixo disso tudo havia uma antiga foto minha, do meu pai humano, e da minha mãe humana em um fundo que se parecia com um céu.

Olhei para a casa e alguém no segundo andar da casa estava me olhando, loiro e bonitinho, até me lembrava meu namorado. Saí do carro, ele fechou a cortina e desapareceu dali. Entrei no carro novamente e Sam e Dean ja estavam vindo em minha direção.

- E então? – Perguntei e joguei o jornal em baixo do banco, eu não queria falar sobre aquele artigo, ou sobre minha mãe.

- Eu não sei, o EMF ficou louco, talvez seja um fanstama. Nada muito grande. – Sam falou.

- Ok, você fica aqui e cuida disso, e eu vou para algum campo ou algo vazio treinar com a Stephanie. – Dean avisou.

- Treinar o que? – A voz de Sam subiu um pouco.

- Os poderes dela. – Dean falou.

Entrei no carro e deitei no banco de traz. Sam e Dean discutiam alguns conceitos como o Sam dizendo: “E eu vou ficar sem carro aqui?” E o dean respondendo: “Eu te busco, é só me ligar.”

- Eu ainda to aqui! – Gritei de dentro do carro.

Sam falou algo do tipo “Eu treino ela!” E Dean dizia “Você não sabe treinar ninguém!” Sentei para ouvir melhor a conversa deles.

- Eu já estive dentro do corpo de Lúcifer e você diz que eu não sei treinar? Eu quase destrui você! – Sam rebateu.

- Não, Lúcifer quase me destruiu. – Dean já estava ficando vermelho de raiva assim como Sam.

- Ta bom, chega! – Falei e os dois me ignoraram. Botei a cabeça para fora da janela. – CALEM A BOCA! – Gritei e os dois me olharam assustados. – Sam, você cuida disso porque eu sei que você consegue. E Dean vem me treinar. - Me deitei de novo.

PARA TUDO! Sam e Dean Winchester estavam quase brigando por mim? Eu morri e to no céu.

Dean entrou no carro e deu partida, deixando Sam falar sozinho.

- E aquele garoto no segundo andar? Vocês falaram com ele? – Perguntei.

- Garoto? – Dean perguntou.

- Sim.

- Não tinha ninguém na casa além da empregada, do Sam, e de mim. – Dean respondeu e um arrepio correu pela minha espinha.