Dark Angel escrita por LTwi


Capítulo 3
Capítulo 3 - Faço tatuagens nos dedos




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3º capitulo: FAÇO TATUAGENS NOS DEDOS

PDV Stephanie

A silhueta foi até Dean e o jogou na cama, ela se quebrou em mil pedaços e Dean gemeu de dor. Sam puxou da mala uma espada angelical e saiu correndo em direção a aquela silhueta, ele levantou Sam pelo pescoço e eu tive o terrível dejavú do que aconteceu no meu quarto. A espada caiu no chão. Dean a pegou e antes dele conseguir cravar nas costas do anjo assim como eu fiz com a minha mãe, o anjo se virou deixando Sam cair no chão e empurrando novamente o Dean, dessa vez em cima da mesa onde estava a comida, só deu tempo de eu sair correndo até a porta antes que ele caísse em cima de mim.

- Droga! – Ele gemeu.

A luz se dissipou totalmente e apareceu um homem alto de cabelos claros e olhos azuis. Com a mão ele botou os dois na parede, estrangulando-os.

- Dá para fazer o favor de soltar eles? Não é eu que você quer? – Falei irritada com todo aquela situação, eu matei minha mãe por causa de quem eu sou, e mais ninguém vai morrer por causa disso. – Me mata logo, ou me tortura, seja lá o que for. Eu nem sei usar meus poderes de demônio! – Reclamei quase pra mim mesma do que para o anjo à minha frente. Botei minhas mãos na cintura. Minha aparência era confiante, mas por dentro eu estava tremendo mais que uma escova elétrica.

- Vocês não contaram para ela? – O anjo tinha uma voz dura, com certeza assustadora. Sam e Dean olharam para mim. O anjo riu e veio até mim, deixando Sam e Dean grudados na parede.

- Contaram o que? – Andei três passos para trás e ele três para frente.

- Você não é só metade demônio. – Pensei sem conseguir achar uma resposta adequada. – Você é metade... eu.

- Você?

- Anjo. – Ele riu. – Eu não vou te matar, seus poderes vão ser muito útil.

- EU NÃO SEI CONTROLAR MEUS PODERES! – Gritei irritada com Sam e Dean por não terem me contado a parte mais importante. – E EU NÃO VOU OBEDECER VOCÊ! – Gritei e joguei minhas mão para o ar.

A TV que havia em cima da cômoda caiu no chão, a porta ficou congelada a ponto de cair gelo dela e a cama pegou fogo. Arregalei os olhos e só vi uma espada angelical atravessar o anjo.

- Cass, bem na hora! – Sam agradeceu.

- Meu X-Bacon já era. – Dean reclamou.

- Temos problemas maiores aqui. – Cass apontou para mim.

- Fui eu que fiz isso tudo? – Perguntei confusa.

- Sim. - Cass respondeu com aquele ar sério tão bonitinho que eu via na TV. Ele ficou parado me olhando, me olhou dos pés à cabeça. – Tem certeza que é ela? – Ele perguntou para o Dean e o Sam. Qual é! Botei minhas mãos na cintura e acabei abrindo gavetas com meus superpoderes.

- Alguém me ensina a controlar essa coisa?! – Perguntei indignada.

- Não há tempo, nós precisamos sair daqui. – Cass falou e começou a andar pelo quarto.

- E ir para aonde? E quando é que vocês iam me dizer que eu sou metade anjo? E COMO ISSO ACONTECEU? EU SOU OQUE? UM ANTI-CRISTO-ANGELICAL? – Gritei perdendo o controle e o fogo da cama se apagou com um instantâneo gelo, a cama simplesmente se congelou, ou o que sobrou da cama.

- Eu não sei ao certo... – Cass ainda andava de um lado para o outro.

- Nós acreditamos que ele, seu pai, enfim, era um anjo caído. Todo anjo caído tem certos poderes, poucos, mas tem. – Sam explicou.

- E ele simplesmente se apaixonou por um demônio? – Sentei na cadeira que o Dean não tinha esmagado.

- Nós não pensamos nessa parte... – Cass e Sam falaram em coro.

- Talvez o demônio tenha entrado na hora do "vamo vê" então o sêmen angelical entrou na sua provável mãe demoniaca. – Dean falou procurando um lugar para sentar que não estivesse queimado ou congelado.

- Dean essa é a coisa mais idiota que eu já ouvi. – Sam o repreendeu.

- Talvez não! Faz sentido, você seria uma arma extremamente importante para eles libertarem mais uma vez Lúcifer da gaiola...

- Ainda bem que você voltou ao normal Cass, largou as almas no purgatório de novo e tudo mais, por que sem você, é só xingamento pro meu lado! – Dean reclamou sentando na cama congelada e levantando imediatamente. – Gelado. – Eu ri.

- Espera! – Cass avançou para mim.

- Devo me preocupar? – Perguntei assustada. Ele agarrou minha corrente fechou os olhos e a mão dele se iluminou. – Ok... Isso foi estranho...

- Quem te deu isso? – Ele perguntou e Sam e Dean vieram olhar.

- Minha vó. – Tive a impressão que Dean não estava olhando para corrente e sim para os meus peitos, pois Sam o bateu na cabeça. Eles sussurraram algo do tipo "Ela tem só 15 anos!" E o Dean respondeu algo do tipo "oque eu fiz?".

- Aonde ela esta agora? – Cass perguntou.

- Em casa, eu acho.

- Aonde?

- Kansas, Missouri. Porquê? – Perguntei.

- Esse colar tem um feitiço que te esconde de demônios, foi feito por uma bruxa.

- Você esta dizendo que a minha vó conhece bruxas?! – Fiquei louca da vida, e se ela estiver em perigo?

- Não. Eu estou dizendo que ela é uma. – Cass falou como se fosse obvio de mais.

- OQUÊ? – Me levantei e quando olhei em volta nós estávamos em frente à casa dela.

- Da próxima vez, avisa Cass! – Sam reclamou.

- Não fui eu. – Cass falou e todos olharam para mim.

- Culpa de vocês que não me ensinam a como usar meus superpoderes. – Andei em direção a porta da casa da minha vó e bati na porta. Sam e Cass me seguiram.

- EI, ESPERA, E MEU IMPALA? - Dean berrou quase com lágrimas nos olhos.

Minha vó abriu a porta e assim que me viu abriu um sorriso e me abraçou, de repente ela ficou séria olhando para Sam, Dean, e Cass.

- Ah, esses são Sam, Dean, e Cass. Eles estão... me ajudando. – Procurei as palavras certas.

- Entrem. – Minha vó não podia ser uma bruxa, ela era tão serena, tão meiga. Tão...humana.

Nos sentamos todos na pequenina e aconchegante sala de estar dela. Parecia o dito "céu" que apareceu certas vezes em Supernatural. Era praticamente tudo branco, com alguns detalhes bege. Havia um sofa branco de três lugares e duas poltronas. A frente uma estante marfin, e no meio um mesinha de centro toda trabalhada em vidro. Em todo lugar havia um enfeite ou um quadrinho de fotos, tudo bem delicado. Não tinha aparência da casa de uma bruxa. Não mesmo. Era uma coisa mais angelical. Pensei ter passado horas admirando a sala, mas não deve ter passado mais que poucos minutos.

- Pensei que nunca mais fosse vê-la novamente meu anjo - Minha vó dizia com um olhar humilde. Ela sempre havia me chamado de "meu anjo".

- Sabe, é possível anjos terem filhos na terra. - Dean atirou uma indireta pra minha avó, e se sentou na poltrona olhando para a mesinha de centro com certeza querendo botar o pé em cima.

- Demônios também. - Minha vó o encarou com um ar sério que me arrepiou, nunca vi minha vó daquele jeito.

- Se você acredita nisso... - Dean blefou.

- Eu sei. - Ela afirmou. Eu continuava atônita com aquela história. Eu fazia perguntas e não recebia respostas. Tinha até medo de quais seriam elas.

- Vó sabe aquele colar que você me deu? – Perguntei o tirando de dentro da blusa e mostrando para ela. Ela fez que sim com a cabeça. – Ótimo. Sabe, - Ri. – se por um acaso ele significasse algo, o que seria?

- Ele te esconde de demônios meu anjo. – Ela falou como se fosse óbvio.

- Ok, se eles existissem. – Ri esperando que ela risse junto, ela não riu me deixando totalmente no vácuo, Dean riu e eu continuei falando. – Aonde você comprou? – Perguntei.

- Eu fiz.

- Como? – Ela riu.

- Com magia é claro. – Ela falou novamente como se fosse óbvio.

Eu fiquei paralisada, minha vó era uma bruxa.

- Será que vocês podem começar a me explicar o que eu sou exatamente? - Perguntei quase gritando.

- Será que você poderia nos deixar um pouco a sós meu anjo? - Sai caminhando em direção á biblioteca, um lugar que eu pensei que poderia pensar um pouco. Estava enganada, mais uma vez. Quase saindo da sala eu gritei:

- Essa de me chamar de anjo é algum trocadilho? - Acho que ninguém escutou, pois não houve resposta.

Entrei na biblioteca. O unico lugar daquela casa que era mais escuro. Havia paredes vermelhas, e na que se encontrava a estante, que por sinal era gigantesca, era pintada de preto. Havia um tapete circular enorme no chão, e encima dele 3 poltronas que se encontravam viradas para uma lareira. Um pouco atras ficava a parede com a estante e na frente dela uma mesa de madeira clara. Fui em direção as poltronas e parei um pouco na frente da lareira. Aquela sala seria a peça mais gelada da casa se não tivesse a lareira. Fiquei parada alguns segundos na frente dela de braços cruzados. Resolvi olhar os livros e fui caminhando em direção a estante. Sem querer tropecei no lado de uma das poltronas, mas me equilibrei de novo. Parei na frente da estante e me agachei, com o pescoço inclinado li os titulos dos livros de baixo. Nunca tinha prestado atenção neles, eram em linguas diferentes como latim, grego e alemão. Encontrei um meio marrom-desbotado cujo nome era "Cirurgia ou um Grande Inventário". Fiquei observando-o, e depois de certo tempo notei que estava em latim, dizia "Inventarium Sive Chirurgia Magna" não sei exatamente como eu conseguir traduzir. Deviam ser os meus superpoderes. Enfim, o livro não devia ser nada de mais. Me peguei observando o nada e olhei para a parede completamente preta. Havia um circulo minino em prata na parede. Quase invisivel. Primeiro pensei que fosse um desenho depois coloquei a mão e vi que era um tipo de buraco. Coloquei meu indicador e puxei. Havia uma porta a qual eu abri. No primeiro momento pensei que não tinha nada, era escuridão total. Depois entrei, não sei por que fiz isso. A sala era parecida com aquelas que revelam fotos. Havia um luz vermelha e varias coisas penduradas nas paredes. As paredes eram descascadas, haviam pintado um branco por cima de um cinza claro. No canto direito havia uma mesa cheia de livros vermelhos e marrons, e um atirado no chão. Achei que fosse até uma enciclopédia pois era enorme, tentei pegar mas era muito pesado. A capa estava com pó, mas havia marca de mãos que haviam tentado abrir e marcaram. O livro era vermelho e cheio de simbolos que davam pra enchergar conforme a luz. Havia uma tira e encima dela, para abrir, tinha um encaixe. Ele lembrava o pingente do meu colar. Tirei meu colar de dentro da blusa e segurei-o na mão direita. Ele e o encaixe eram iguais, tirei o colar e coloquei na fechadura. Ouvi um plack, e a tira se abriu. Meus dedos começaram a doer, como se alguém estivesse o furando, olhei para os meus dedos e o sangue já brotava violentamente na ponta deles. Me desesperei e tentei correr, mas como se uma porta invisível de vidro me prendesse ali dentro. A dor ficou mais intensa e a sensação era que meus dedos iriam cair, fiz a melhor coisa que eu pude pensar:

- AAAAAAAAAAH! – Gritei e a porta que eu havia conseguido abrir com o polegar se fechou violentamente.

A sala ficou totalmente escura e a dor nos meus dedos não cessava, lágrimas transbordavam dos meus olhos sem parar. Minha vó abriu a porta e mesmo assim eu não conseguia sair, como se a porta invisível de vidro ainda estivesse ali, tive medo mas mesmo assim olhei para os meus dedos que estavam pingando sangue, minha vó tentou alcançar o teto mas não conseguia, ela disse alguma coisa para o Dean que puxou a sua faca do bolso, raspou o teto e me puxou para fora dali, o abracei procurando qualquer tipo de apoio.

Sam agarrou minha mão e tentou limpar o sangue com a sua camiseta, olhei para sua cara que estava séria e com um traço de "quem viu e não gostou". Afundei minha cara no peitoral do Dean e continuei chorando, acho que eu no fundo eu não estava chorando apenas pela dor dos meus dedos. Nem abraçada nele por causa de tal.

Minha vó me levou no banheiro, lavou minhas mãos e ficou paralisada. Olhei e quase tive a mesma reação.


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