Morrer para Entender escrita por mell_amzalak
Notas iniciais do capítulo
É incrível, parec que cada vez que começo a escrever um novo capítulo ele fica maior que o anterior e por mais que eu tente, não consigo tremina-lo, fico com emdo de cortar cenas e perder o conexão da história.
Espero que gostem desse capítulo tanto quanto eu gostei de escreve-lo.
X.O
P.S: Aproposito, a flor citada no texto existe de verdade e é linda *-*
Enquanto lorena me dava as direções a que seguir, eu dirigia calmamente. Eu dirigia muito bem, sempre dentro dos limites de velocidade, não tinha nenhum ponto na carteira e fazia uma baliza como ninguém.
Depois de dirigir por aproximadamente quarenta minutos, nós chegamos ao nosso destino. O restaurante era exatamente como a Lô havia descrito, um luxo; a entrada do restaurante soava como um bom restaurante italiano. No topo havia uma placa iluminada com o nome “Lorenzo Spaghetti”.
Entreguei meu carro ao manobrista, e fui para a frente do restaurante, que era encantadora, havia ao redor do mesmo arranjos com flores de balzanos, com uma explosão de cores. A entrada foi pintada com um tom pastel, puxado para o nude o que realçou ainda mais aquelas belas flores. Eu e Lô entramos e nos dirigimos a uma área de espera, nos sentamos e esperamos.
Não demorou muito para que um jovem elegante cujo sorriso iluminava o ambiente, viesse até nos, e pergunto se tínhamos reserva, a Lô tomou a frente do assunto, enquanto eu continuava sentada ali apreciando a linda área de espera cor de abacate.
O Jovem nos conduziu até a mesa e nos deixou. A inauguração do Lorenzo Spaghetti estava sendo um sucesso, nunca havia visto um restaurante tão cheio quanto aquele no qual estava.
- Parabéns Lô, a sua idéia de vir para cá foi sensacional.
- Eu sei querida, você deveria me agradecer toda vez que te levo a um bom lugar. – Ela parou e pensou em tom de deboche – O que seria sempre – E riu e ela também.
Depois de termos feito o pedido recebi uma mensagem de minha mãe avisando que chegara em casa e que não iria me esperar.
- A sua mãe esta bem? – Em tom de preocupação.
- Sim está, ela só me informou que chegou bem.
Em meio a alguns drinks nossos pratos foram servidos, então suspendemos a bebida e passamos a tomar refrigerante, afinal eu iria voltar dirigindo e um acidente está fora de questão nessas circunstâncias. O meu prato estava deliciosos era uma legitima lasanha italiana.
- Isso está muito bom – tombei a cabeça para trás com a idéia de fazer aquele pedaço de massa, que sobrara, entrar em minha boca – faz muito tempo que não como algo tão bom. - Está divino mesmo, está cidade estava precisando de um, bom restaurante típico italiano, a “Cantina do Giggio” já não é mais a mesma.
- Sim – Concordei fazendo o mesmo com a cabeça.
Abruptamente o meu copo de refrigerante tombou sobre minha blusa e a marcou com uma grande mancha escura.
- O meu Deus! – No impulso eu me levantei para tentar tirar o excesso e ver quem era o cidadão que havia feito aquela atrocidade com minha roupa – O que você fez? – Não consegui olhar para o rapaz a minha frente, apenas peguei o guardanapo e passei em movimentos leves sobre minha blusa, enquanto o rapaz tentava se desculpar.
- Desculpa, olha foi sem querer... eu... Não tive a intenção... eu... Hã – e eu cortei o rapaz.
- Vai dizer que não viu? Como não viu? – Onde estava Lorena que não dizia uma palavra? E foi quando ergui a cabeça enfurecida, eu percebi porque ela não se manifestara – Eu não...
Eu não consegui mais falar, nem interrope-lo. O que aqueles olhos de carvão em brasa faziam ali a minha frente, congelados e derretendo todas as minhas forças? Ele veio em minha direção e arrancando o guardanapo de minhas mãos repetiu meus gestos anteriores na minha roupa. Eu fui aos poucos me acalmando e a medida que ele foi parando eu fui criando coragem para me desculpar por tamanho escanda-lo, de minha parte, mas ele foi mais rápido.
- Desculpa, eu não sei onde estava com a cabeça, não foi minha intenção, eu estava apenas passando. - Não tem problema - disse sorrindo, ele ergueu sua face e me encarou respondendo ao meu sorriso – Criei uma situação desagradável e nem era para tanto.
Ele se ergueu e esticou a mão para mim em sinal de comprimento.
- Eu sou Gabriel – ele esbanjou um sorriso desconcertante.
- Ada – disse quase sem voz, apertando sua mão.
Sua mão era quente e em contato com minha que era gélida fez com que meus pelos do braço se arrepiassem.
- Sente-se conosco Gabriel – agora Lorena estava no assunto, quem a chamou mesmo? Eterna mania de entrar em assuntos alheios, mas eu estava feliz por ela tê-lo feito.
- Não, ora veja, já criei confusões de mais por uma noite só esta vendo – apontou para minha blusa.
- Não, isso foi um acidente e eu exagerei, sente conosco – afinal ele estava desacompanhado.
- Já que insistem – Nós duas acenamos com a cabeça – Dessa forma prometo não quebrar mais nada – e todos nós rimos.
Ele também pediu uma lasanha, eu e a Lô continuamos sentadas esperando ele comer e enquanto ele o fazia nós conversávamos. Ele nos contou que seu pai e o tio moravam em Donamote, que era muito longe dali e que por aquelas regiões havia muitos terremotos, sua mãe havia falecido quando ele tinha cinco anos e aos dezessete veio para Margoua, morava sozinho desde então. Ele cursava engenharia e tinha mudado de turno, passou para manhã e começou a frenquentar o turno da manhã para ir se acostumando, como eu e Lô suspeitávamos, ele também não tinha namorada, e essa foi a parte pela qual mais me interessei.
Quando ele terminou continuamos a conversar, mas já estava muito tarde e por isso resolvemos ir embora. Nos levantamos e dividimos a conta mas ele insistia em pagar minha parte pois se sentia culpado em ter manchado minha blusa, e ele o fez, pagou minha parte, mesmo contra minha vontade.
A Lorena se despediu dele e foi pedir ao manobrista meu carro e a moto do Gabriel, eu e ele ficamos ali. Ele rompeu o silêncio.
- Te vejo amanhã? – ele me olhou de modo terno.
- Sim, nos veremos amanhã – eu sentia minha face ruborizar e ele percebeu.
Tocou minha face levemente com as pontas dos dedos deixando rastros de fogo morto.
- Você é um encanto, sabia? Mesmo eu tendo atrapalhado sua noite, você foi tão gentil comigo.
- Você não fez por mal, além do mais você é uma ótima companhia. – Eu ri compulsivamente ao me lembrar da cena – mesmo tendo feito o que fez.
O manobrista chegou e tivemos que nos despedir. Ele beijou sultimente minha face. Eu não queria tirar meus olhos daqueles carvões em brasa, mas tive que faze-lo e o fiz. Entrei no carro, dei a partida e acenei para ele, fazendo pneus cantarem me distanciando daquele restaurante.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu vou ficar um bom tempo sem postar nenhum capítulo, pois nesse feriado eu vou viajar. Já adiantei uma boa parte da história ushaushauhs
X.O