Morrer para Entender escrita por mell_amzalak


Capítulo 4
Cap. 3 - Olhos incendiantes


Notas iniciais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo, eu gostei tanto que nem consegui para de escrever enquanto não terminei.
Epero que gostem tanto quanto eu.
X.O



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Eu e ele ficamos ali a tarde inteira conversando, discutindo e rindo juntos. Quando deu meio-dia e alguma coisa, eu me levantei e o deixe, fui encontrar a Lorena para ir para casa e não fazer nada, afinal de contas faltavam apenas quatro dias para as férias.
- Até mais chatinho – eu me virei e acenei para ele.
- Até amanhã você quis dizer, não? – Ele retribui o aceno rindo e me mandando beijos – sonhe comigo está noite.
        Eu não pude deixar de rir, ele era tão convencido mas também era uma ótima companhia. Eu segui adiante para os portões principais, indo em direção de Lorena que já devia estar furiosa comigo por causa de meu atraso. Enquanto eu caminho eu podia sentir a brisa balançando meu cabelo e o sol, que estava em seu auge, bronzeando minha face, eu me sentia leve e enquanto meus pés se cruzavam um com o outro eu cantava sussurrado Open your eyes – Snow Patrol.
-... I want so much to open your eyes cause I need you to look into mine tell me that you'll open your eyes ...

E foi nesse instante, que eu não pode explicar o porquê e nem de onde, uma força estranha e forte fez com que eu virasse meu rosto para a direita, na direção da lanchonete do Will. Foi quase em câmera lenta, e foi ali naquele preciso minuto que o vento jogou meus cabelos para trás e fez eu com que eu encontrasse grandes olhos pretos, sedutores e indecifráveis que me fitavam e incendiavam, tão importunos que me roubavam a liberdade, parecia que aqueles olhos de carvão em brasa me colocavam no vácuo me deixando sem raciocínio. Eu não consegui desviar, por mais que eu tentasse, eu deseja continuar olhando e tentando descobrir, sem ao menos dizer uma única palavra, todos os seus segredos e porque aquele garoto estranho tinha tanto domínio sobre mim.

Meu braço começo a doer e a redoma de cristal na qual fui colocada se quebrou, Lorena irrompeu com o silêncio que abatia sobre e apertava meu braço com força para que eu olhasse para ela.
- Ei! Qual é o seu problema? Eu estou te esperando aqui faz um bom tempo – eu desviei meu olhar daqueles carvões em brasa e fitei-a por um instante.
- Desculpa – eu ri sem graça – eu acho que fui dar uma voltinha no mundo da lua.
A lorena arfou e soltou meu braço.
- Vamos embora, anda.
         Ela saiu andando na minha frente e eu a segui em direção ao portão, mas não pude deixar de olhar novamente para aquele garoto, e por mais estranho que pareça ele continuava a me incendiar. Eu pensei que a Lorena não havia notado nada, mas me enganei, mal saímos da universidade e já começou a disparar as perguntas.
- Quem era aquele gatinho que você encarava? – Ela virou o rosto na minha direção e ficou esperando por uma resposta.
- Eu... hã... Eu não sei – e por mais que eu tenha gaguejado eu dizia verdade, eu não sabia.
- Sei sei, você não sabe e ficou encarando? Ah Ada nós já nos conhecemos a tanto tempo, não venha com essa mentira inocente para cima de mim.
- Lô, eu realmente não sei. Eu não o conheço, eu nunca o vi antes, sei lá ele parece ter me obrigado a olhar para ele, eu não sei como aconteceu.
- Sério? Então tipo sobrenatural? – Eu pude perceber uma certa insinuação presa entre aquelas palavras.                                             - Não Lô, não tem nada de sobrenatural, ele era bonito e me cantou, por isso retribui a cantada. Não tente insinuar nada, ouviu mocinha? Mas é realmente estranha a parte na qual eu nunca o vi pelo campus e olha que eu conheço bastante gente.
- É verdade, você tem razão eu também nunca o vi pelo campus, ele deve ser do turno da tarde e se transferiu para manhã.
- Mas agora no fim do período?
- Ora Ada, às vezes ele ficou curiosos para saber como era o turno da manhã e tente ir se adaptando
- É, pode ser isso. – Aproveito que assunto estava acabando para realmente esquecer essa história - E como foi sua aula hoje?                - Diferente de certas pessoas que estudo sabia?! Foi tudo de bom, já definimos o trabalho do período que vem. – Ela abriu um largo sorriso para fim, era incrível com ela gostava de moda.
Ela parou em frente à minha casa e se virou praz mim.
- Prontinho querida, entregue.
- Obrigada minha flor – dei-lhe um beijo no rosto e pulei para fora do carro junto com m minhas coisas.
- Escuta, o que você vai fazer essa noite?
- Ah o de sempre... Dormir – eu gargalhei e pela sua expressão ela não gostou de minha brincadeirinha – Nada, por que? Você tem algo em mente?
- Tenho sim, fique pronta as sete que eu venho para cá, nós vamos no seu carro, abriu um restaurante que é tipo assim... Um luxo, perto da shopping Goua.
- Esta bem, eu te espero as sete. – Eu mandei beijinhos com a mão - beijinhos querida.

 Lorena fez os pneus do carro cantarem e desapareceu no fim da esquina. Eu entrei em casa e joguei todo o meu material em cima da mesa da cozinha. Fui para o fogão e cozinhei macarrão, era prático e eu adorava comer. Depois de almoçar eu fui tomar um banho, era tudo o que precisava nesse momento, ainda mais que terminando de almoçar e indo para o chuveiro eu podia ter uma indigestão, eu ri da lembrança de minha avó Glória me dizendo em um tom de reprovação quando eu, ainda criança, fazia isso.
         Sai do bem deliciosos banho e me joguei na cama de cabelo e corpo molhados, liguei a TV e sequei meu corpo enquanto assistia “ The Big Bang Theory”; eu amava esse seriado. Coloquei um conjunto de lingerie muito charmoso e deitei novamente na cama esperando as horas passarem.
         Mais tarde eu me troquei e fiquei esperando a Lô na sala, eu usava calça jeans, botas preta, uma regata branca bem básica e um lenço amarrado no pescoço verde. A Lorena chegou e entrou direto na minha casa, ela tinha a chave da minha casa e eu a da casa dela, ela apareceu vestindo um vestido colado turquesa, com botas marrom de cano altíssimo e uma bolsa da mesma cor do sapato.
- Vamos gatinha?
- Uau, como você está sexy, nós vamos a um restaurante ou a uma boate? – Ela riu, pegou minha mão e me puxou para o carro.
Eu havia deixado um bilhete para minha mãe avisando onde eu estaria, eu sabia que ela logo chegaria, de segunda ela tinha reunião e ficava até as sete no escritório, ou seja, só chegaria depois das sete e meia.


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