Escolhas - Fred e Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 13
Killer.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

Aqui vou dedicar a Dramioneira: Liza, e a uma leitora nova super fofa:Shaunne_Lerman


ps: Dramioneiros, não me matem... mas eu TINHA que fazer isso :x



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TREZE:

POV Hermione

Terminei devidamente meu banho e me dirigi ao salão comunal para guardar minhas roupas sujas.

Agradeci ao me dar em conta que todos já haviam saído, logo eu estava sozinha no dormitório, com a devida calma me troquei e desembaracei meu cabelo.

- Hermione! – ouvi Harry gritar do salão comunal.

- Estou aqui em cima! – respondi enrolando a toalha no cabelo.

- Eu sei, desce aqui.

Por um instante havia me esquecido que a escadaria do dormitório feminino não permitia os garotos passarem. Assim que o menino botava o pé no degrau, este se transformava em uma escorregadia rampa, impedindo assim, visitas masculinas no dormitório feminino.

Tenho que perguntar como Fred e Jorge conseguem entrar aqui.

Desci as escadas e vi Harry perto da janela.

- Mione eu tava te procurando e... – ele arregalou os olhos a me ver. – Meu deus o que aconteceu com seu rosto? Porque você está cortada?

Olhei-o confusa. Ele se aproximou de mim e tocou na lateral do meu rosto. Contrai-me de dor. Lembrei-me da briga – ou tentativa de homicídio talvez – que havia acontecido mais cedo.

- Ah, bem, eu caí. – que desculpa ridícula.

- Hermione, o que aconteceu? Parece que você foi atropelada. – ele com o olhar preocupado passaram a ponta dos dedos sobre meu rosto. Reprimi uma careta de dor. – Vamos, desembucha.

- Tudo bem, mas prometa que não vai tirar satisfações.

Ele me olhou desconfiado e murmurou a contra gosto “Certo”.

- Hagrid me pediu ajuda e eu fui ajudá-lo com os Explosivins. – inventei.

- Mas que absurdo! O Hagrid não tem senso de nada mesmo!– ele disse erguendo as mãos para esfregar o rosto. – Gina foi com você?

- Gina? – eu perguntei confusa.

- Ela também está com um roxo gigante perto do olho. Ela foi com você?

- Não, não... É que ela foi falar comigo enquanto eu estava lá, daí eu sem querer acertei uma cotovelada nela. É que os explosivins são muito fortes.

Merlin, eu sabia mentir. Ou então Harry que era muito ingênuo.

- Ah, certo. Você quer passar na Ala Hospitalar? – ele disse dando de ombros.

- Não, não quero por Hagrid em problemas.

- Certo, mas me deixe ajeitar esse roxo. – ele sacou a varinha e fez uma cara pensativa.

- Epskey. – soprei-lhe o feitiço.

- Certo. – ele riu. – Epskey!

Senti um rápido calor nas maças do rosto.

- Pronto, está melhor. – ele sorriu. – vamos?

Concordei.

Fomos para Hogsmade onde passamos a tarde relativamente bem. Não vi nem Luna nem Gina por lá. Ron ficou se agarrando com Lilá. Passei a tarde basicamente com Harry, os gêmeos, Simas e Dino. As vezes me irrito em só ter amigos homens.

Quando estava perto das 17:00 despistei meus amigos e me dirigi a dedos de mel. Eu havia marcado de me encontrar com Draco lá.

Assim que entrei pude ver o loiro que conversava com a vendedora discutindo alguma coisa sobre os doces.

A loja tinha um cheiro doce delicioso, era colorida, tudo girava formando uma verdadeira alegoria. O astral lá dentro era incrivelmente bom, e apenas melhor quando vi o loiro sorrir abertamente ao me ver.

- Hermione! – ele veio até mim e me deu um abraço, o qual eu retribuí. Ele então parou ligeiramente de sorrir e espremeu os olhos. – por que você está com a boca inchada e cortada?

Droga Harry, se é para curar, cura direito!

- Ah, depois eu te conto.

- Certo, apenas me deixe acabar aqui.

Ele se virou novamente para o vendedor.

- Tudo bem então, pode me dar só essas três caixinhas de feijões. – ele disse em tom de rendição entregando alguns sicles para o vendedor.

- Tenha uma boa tare. – o vendedor finalizou a venda.

Draco e eu saímos da loja e fomos andando até a casa dos gritos. O ar gelado era diluído perante os raios poentes do sol.

- Então, novidades? – eu perguntei me sentando em uma rocha qualquer, antes que ele voltasse a me perguntar sobre minha boca inchada.

- Vejamos. – ele vasculhou a memória. – Blaise está doente. Eu briguei com a Pansy. Euvouaobailecomadilua, - ele falou apressadamente. – eu tirei um ótimo em Feitiços... – ele continuou falando em tom calma.

- Opa, Opa... – eu disse botando a mão na boca dele para que ele parasse de falar. – o que você disse?

- Um Ótimo em feitiços... Eu realmente...

- Não! Antes disso. – eu disse séria.

- Eu vou ao baile com a di-Lua. – ele desviou o olhar.

Eu ainda estava magoada com a Luna e ver aquele sorriso besta do Draco não foi legal.

- Desde quando você conversa com a Luna? – eu definitivamente não estava feliz.

Ele me olhou surpreso.

- Ela tem sido uma boa amiga desde a metade do ano passado. – ele disse meio confuso. – fazemos aula de Herbologia juntos.

- Certo. – eu disse fechando a cara.

- Você tem algum problema com isso? – ele tentou buscar meu olhar.

- Não. – menti.

Mas que droga. Draco era meu amigo. Por que ela tinha que se meter nisso também? Já não basta ela gostar de Rony? Não basta ela ficar do lado da Gina?

- Vocês brigaram?

Eu hesitei.

- Vamos, você pode me contar. – ele disse ao notar meu silêncio.

Comecei a contar o que havia acontecido. Contei tudo, inclusive o crucio em Fred.

- Nossa. – ele disse surpreso. – a Weasley é meio... Invocada né?

- Invocada? Ela arrancou um pedaço da minha cabeça! – eu disse.

Novamente nos encaramos. Ele estava sério e me analisava. Aos poucos ele se aproximou de mim. Eu fui para mais perto dele. Seus olhos azuis estavam curiosos. Aproximei minha boca da dele, até que, finalmente elas se encontraram.

Foi apenas um selinho. Não foi nada apaixonado, foi como a extensão de um abraço.

Logo em seguida nos separamos. Não senti culpa alguma, não fora nada pecaminoso.

Ele me encarava, e logo em seguida caímos na risada.

- Que coisa estranha. – ele disse rindo.

- Você beija mal Malfoy. – eu ironizei.

- Pelo menos eu não babo. – ele disse gesticulando como se ele estivesse limpando uma saliva imaginária.

- Hey! – protestei. –eu não babo!

Dei-lhe um empurrão, voltamos a rir.

- Pronto, já posso riscar uma coisa na minha lista do que fazer antes de morrer.

Eu o olhei.

- Sério que me beijar estava na lista? – ele concordou e eu ri. – sabia que a minha saliva vai levar dois meses para sair da sua boca?

- Como eu vou poder viver com babinha de Granger? Que nojo! – ele dramatizou.

- Pior eu que, que fiz zoofilia... Beijar uma doninha onde eu estava com a cabeça?

Ele riu.

- Pois é, e o próximo Weasel que se cuide. Já notei que você gosta de doninhas indefesas.  [N/A: Weasel é o apelido que Draco dá aos Weasley nos livros originais. Weasel é doninha em inglês] – e eu sei que não é o Weasel goleiro que tem que cuidar. – notei a malicia em sua voz.

Olhei-o confusa. Se não era o Rony quem era?

- Ora Hermione, quem é a doninha que até já tomou um banho com você?

- O Fred? Não! – eu ri. Aquilo era ridículo. – Draco, ele tem namorada.

- Namoradas morrem todos os dias. – Ele gargalhou.

Dei outro empurrão nele. E continuamos rindo.

- Hermione eu estava pensando... – Draco disse quando nossa crise de risos acabou.

- E você lá pensa? –eu disse.

- Vai pro inferno. – ele disse sorrindo. – mas sério. Eu queria que você fosse minha amiga oficial.

- Draco, isso é um passo muito sério, eu vou precisar de um tempo para pensar. – ironizei.

Foi a vez dele de me dar um empurrão.

- Desculpa, desculpa. – eu disse levantando as mãos em rendição. – claro que eu aceito.

- Ótimo. Quer começar esse relacionamento voltando comigo para a escola? – ele fez uma exagerada reverencia. Isso me lembrou Dobby.

- Certamente que sim. – eu disse fazendo uma reverencia com um longo vestido imaginário.

Ele se botou ao meu lado e começamos a andar. Para mim Draco era exatamente como Harry. Sinto que eu seria capaz de morrer para não vê-lo infeliz. Eu sentia como se ele fosse meu irmão mais irritante. Até mesmo um filho pirralho, ele parecia ser. [N/A: Aos dramioneiros de plantão, não me matem ok? Prometo fazer uma Fic Dramione bem caprichada.]

Estávamos na estrada de pedras voltando para Hogwarts, já começava a cair a noite e outros alunos que também voltavam quase desmaiavam ao me ver com Draco. Isso era realmente engraçado.

Chegamos ao castelo rindo, comentando de como Pansy ficou com a cara no chão ao me ver com ele.

Vi a professora Minerva vir em nossa direção, assim que notou que não trocávamos insultos, mas sim risadas ela nos olhou muito confusa.

- Senhor Malfoy, quero que faça par com a senhorita Granger para a organização do Baile de Máscaras do próximo mês. – ela disse se recuperando do choque. – Senhorita Granger, achei prudente lhe informar que o senhor Weasley está fora de perigo. – ela disse juntando suas mãos em tom de nervosismo.

- Como assim? O que houve com o Fred? – meu peito se contorceu amargamente. Imediatamente senti como se agulhas fossem cravadas em meus olhos que se encheram de água.

- Com o Senhor Fred nada, mas Ronald Weasley está na enfermaria.

[N/A: Notaram que o primeiro Weasley que veio na cabeça dela foi o Fred? :3]

- Merlin! – eu disse preocupa. – O que houve? Quem fez isso?

- Parece que o hidromel que ele tomou estava envenenado. Não sabemos quem foi o responsável, mas o diretor já está ciente da situação e as devidas providencias estão sendo tomadas.

Eu senti minha barriga revirar. Tinha sido uma tentativa de assassinato. Contra Rony. O garoto ruivo que eu conheço desde a infância. O meu amigo Rony. Era como se um pedaço de mim estivesse sob ataque.

- Senhor Malfoy, acompanhe a senhorita Granger até a enfermaria. – Minerva disse dando as costas e saindo dali.

- Hermione, precisamos conversar.

Malfoy me tirou de meus pensamentos confusos. Havia urgência em sua voz e ele estava mais pálido que o comum. Sua pele translúcida gotejava e ele praticamente roia os lábios de nervosismo.

Ele sem esperar minha resposta me puxou para a área mais a leste do terceiro andar em uma sala vazia, onde haviam sido as aulas sobre bichos papões no terceiro ano. Mal entramos na sala e ele me abraçou forte e desesperado.

- Hermione, me perdoe. Por favor. Não era para ele tomar aquilo, por favor. Por favor. – ele praticamente chorava com o rosto em meus cabelos.

- Calma Draco. – eu me assustei. – Do que você está...

Então a verdade me atingiu. Ele havia envenenado o Hidromel. Ele quase matara Ron.

Eu me afastei. A missão de Draco era matar alguém. Por isso o colar enfeitiçado, por isso o hidromel. Em breve Draco Malfoy, seria um assassino.

- Por favor, não me olhe assim. – ele disse também se afastando.

Ele andou para trás até bater em uma parede. E assim que o fez desabou no chão com o rosto entre as mãos.

- Eu não queria. Eu não quero. Me perdoa. – ele dizia entre soluços.

Meu primeiro impulso foi bater nele. Foi sair daquela sala sem nunca mais olhá-lo.

Mas então eu vi que ele já se odiava o suficiente, não precisava de mais um julgando-o. Então uma compaixão me preencheu e eu olhei a pulseira verde em meu pulso.

Eu finalmente havia entendido que ele havia se tornado um comensal. Ele estava do lado das trevas. Ou eu fico do seu lado, ou ele se corrompe de vez. Eu prometi que não ia julgá-lo.

Com firmes passos atravessei o salão até ele e o abracei.

- Por favor, não chore. – eu disse acolhendo-o em meus braços.

Eu me sentia impotente. Por que diabos eu não podia salvá-lo?

Ele levantou a cabeça e me olhou com seus olhos tempestuosos.

- Esqueça isso. Eu estou aqui. Sempre, lembra?

Ele não conseguiu dizer nada apenas ficou ali, aninhado em meus braços.

- Eu realmente sinto muito. – ele disse infeliz. – Ainda vai ser minha amiga oficial?

- Só se você parar de dizer que eu babo. – eu sorri tranquilizadoramente.

- Só se você parar de babar. – ele respondeu abrindo a sombra de um sorriso.

Eu dei um beijo em seu rosto, sentindo o gosto sal, onde há pouco escorriam lágrimas.

- Você me leva na enfermaria? Ou prefere não ir? – eu disse.

Ele se desvencilhou dos meus braços e se levantou. Me estendeu a mão, que eu aceitei de bom grado. Ele me levantou e passou a mão sobre meus ombros.

- Levo sim. – ele sorriu

Saímos dali e fomos ver Rony que estava realmente mal na enfermaria.

Harry o havia salvado com bezoar.

Assim que entrei praticamente pulei sobre a cama em que Ron estava. Seus cabelos ruivos estavam melados de suor e sua pele pálida realçava as olheiras. Eu estava tão preocupada que nem me dei em conta quando Harry e Draco começaram a se matar com o olhar;

- O que ele está fazendo aqui? – Harry disse com a voz gélida.

- Não é da sua conta Potter. – ele disse cuspindo o nome de Harry.

- Vocês dois, parem! – eu disse irritada.

Eles me olharam.

- Harry, eu e Draco... Bem... – comecei meio sem jeito.

- Somos amigos. – Draco disse sem hesitar.

Harry engasgou com a saliva. Desse jeito até parecia que eu ia fazer uma orgia satânica com Malfoy.

O moreno ficou meio ofegante até que finalmente voltou a falar.

- Vocês estão brincando certo? Hermione, ele é o Malfoy! – ele disse exasperado. – ele sempre te humilhou e sempre tentava acabar com a nossa vida.

- Eu já sei disso Potter! Eu já sei que eu fui horrível com ela, e eu acho que isso é um problema meu e dela.

- Ora vá pro inferno! – Harry avançou até Malfoy.

Eu pulei da cama e me interpus.

- Chega os dois. – eu disse espalmando minhas mãos no peito de ambos.  – Harry, eu sei que você se preocupa comigo, e tem todos os motivos para duvidar do Malfoy, mas eu sei o que eu faço. Ele é meu amigo. – eu dirigi o olhar para o Draco. – e você Draco, pára de ser atentado.

Ele sorriu provocando Harry.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é tudo pessoal ^^

*Malfeitofeito*