Eles se viraram assustados, assim que ouviram a voz de Hermione.

– Como chegaram aqui? – Harry perguntou intrigado. – Não era pra ninguém nos seguir, e nós aparatamos, não tinha como...

– Longa história. Vamos pular para a parte que realmente interessa. Por que não nos chamaram para vir junto?

– Você quer dizer a parte que interessa para vocês. O mais importante é como chegaram aqui.

Elas contaram tudo a eles, que pareceram muito surpresos com o plano de Gina, que não estava interessada.

– Encontraram alguma coisa? – Ela perguntava.

– Não, ainda não entramos o suficiente na floresta, acho que devemos ir mais para o meio dela. Me oriente! – Harry fez o feitiço que fazia sua varinha funcionar como uma bússola e eles caminharam por alguns minutos, ia ficando cada vez mais difícil adentrar a floresta, até que ouviram um barulho enorme, algo parecido com um gemido muito alto e sentiram um tremor que vinha de baixo de seus pés e que fazia as árvores tremerem de um jeito perigoso, já que estavam cercados por elas. Eles pararam de andar para ouvir e quando tudo voltou ao normal, avançaram novamente. Até que se depararam com uma caverna e já iam passando reto por ela, se não fosse por um gemido muito baixo e Gina dizendo:

– Esperem, aquele ali não é o Draco? – Ela apontava para dentro da caverna enquanto apertava os olhos, tentando ver melhor. – Ali, esparramado no chão.

Harry e Rony foram até o local que Gina tinha apontado e fizeram sinal para as meninas irem até eles, enquanto se abaixavam.

– É o Draco, não sei o que aconteceu, será que foi aquele tremor que fez ele ficar assim? – Rony falava com Harry, enquanto Gina e Hermione se aproximavam.

– Ele está morto? – Hermione perguntou.

– Não morreu. Ainda. Está muito fraco. Hermione, o seu feitiço para animar é melhor, faz isso rápido. – Hermione arregaçou as mangas e fez o feitiço. Quase no instante em que acabou de pronunciar as palavras, Draco já estava abrindo os olhos.

– Belo feitiço. – Rony elogiou, depois olhou para Harry e acrescentou: - Mas você fala com o Draco, eu ainda não confio nele, vou fazer os feitiços de proteção nessa caverna.

– Deu certo? – Foi a primeira coisa que Draco disse, depois de abrir os olhos e se sentar, olhou em volta pensativo.

– O que? Conte o que aconteceu. – Harry incentivava.

– Encontrei o Voldemort, e bom, eu precisava matá-lo. E acabei lançando o feitiço, mas me deixou muito fraco, eu não agüentei e desmaiei. – Ele olhava para Harry que agora estava boquiaberto, assim como todos os outros. Rony estava de volta ao lado de Hermione.

– Está dizendo que você matou o Voldemort? Tipo, matou?! Assim, simplesmente? – Ele repetia.

– Acho que sim, pelo menos se o feitiço tiver dado certo. – Draco respondeu, apertando a testa como se estivesse sentindo dor.

– Tá, você lançou um Avada Kedavra e... pronto? Ele morreu assim? – Rony insistia.

– Quase isso. – Depois vendo a cara de espanto de todos, disse: - Se lembram que meu pai era Comensal da Morte? Aprendi alguns truques, mas tenho que dizer que Voldemort já estava muito fraco, passei semanas o observando e ele não saia de dentro dessa caverna, nunca. Ficava sentado, parecia que estava meditando. Nunca pensei que fosse vê-lo daquele jeito.

– Provavelmente estava fazendo alguma preparação para a divisão da alma. – Eles continuaram a conversar sobre isso, até que decidiram voltar para a Toca e contar a todos que, muito provavelmente, Voldemort estava morto. Aparataram, e não pense que só porque eles já tinham mais de 20 anos de idade não levaram broncas, estavam prestes a ficar de castigo (CASTIGO!) quando contaram o que haviam feito e chamaram Draco.

Demorou um pouco para os Weasley aceitarem que um Malfoy entrasse na casa deles, mas quando finalmente se acertaram e Draco disse que estava do lado deles, a Sra. Weasley já estava convidando-o para morar com eles, como Harry.

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– Arrumei uma casa. – Anunciou Harry, para Rony, Hermione, Gina e Draco, que havia aceitado o convite de morar na Toca temporariamente.

– Quê?! Mas como assim, você não vai mais morar aqui?

– Quase. Tem uma casa bem perto daqui, e eu acho que agora que está tudo resolvido, tenho que deixar vocês em paz.

– Em paz? Fala sério, Potter. – Disse Rony.

– Desde quando você me chama de Potter? – Ele retrucou, rindo. – De qualquer jeito vou ficar enfiado aqui boa parte do tempo. Quer dizer, se você deixar, Weasley.

– Eu também. Não me sinto a vontade aqui, sabendo que falei mal de sua família muitas vezes, e de vocês. – Draco corou.

– Isso já foi. Mas se vocês têm certeza, pelo menos a Hermione vai ficar aqui... – Ele olhou para Hermione, pedindo para ela confirmar, mas ela balançou a cabeça e disse:

– Tenho que achar meus pais e desfazer o feitiço de esquecimento que fiz neles, tinha que esperar até o Voldemort ser morto e agora não dá para esperar mais. Já fazem uns 4 anos que fiz o feitiço e não sei nem por onde começar a procurar, não sei onde eles se meteram. Depois ainda vou voltar para Hogwarts para prestar os N.I.E.Ms

– Ok, vão me deixar aqui sozinho! No verão. – Rony fingia estar profundamente magoado, sem sucesso.

– Para de drama Rony. E o Harry vai ficar por perto. Não vai Harry? – Gina olhou para Harry, quase como se o mandasse ficar, ou a coisa ia ficar feia.

– É, vou. Mas e você Draco? Vai pra onde?

– Hum, eu tenho que encontrar Astoria.

– Quem é?

– Eu a conheci enquanto estava procurando pelo Voldemort, fazem 3 anos. Astoria Greengrass. Estamos juntos.

– E Pansy Parkinson? – Perguntou Hermione segurando a risada. Draco só olhou para ela e balançou a cabeça negativamente, enquanto sorria.

Então Hermione arrumou suas coisas e aparatou para começar a procurar por seus pais, Draco também aparatou, ia encontrar Astoria e Harry ouvia Fred e Jorge, que tinham vindo se despedir, apostar quanto tempo Rony conseguiria ficar sem falar em Hermione.