– A poção já está quase pronta, cuidem pra ninguém mexer nela. Só tem que deixar cozinhando por mais uns 10 minutos. – A lufa disse se afastando.

– Aonde você vai? – Alice perguntou.

– Vou ali falar com o Tiago, talvez meu namorado veja e se toque que ele está sendo muito chato.

– Não é legal você usar um menino para fazer ciúme em outro. Ainda mais o Tiago. – Alice tinha combinado com Rebecca que antes de colocarem o plano em prática, iriam tentar convence-la a não fazer nada com poções de amor.

– Relaxem vocês duas, é só por uns dias, até o idiota se dar conta. – Ela foi em direção a mesa de Jason e Tiago.

– Vai lá – Disse Alice apontando para o professor Slughorn. – Fala pra ele aquilo que combinamos. – Rebecca foi até a mesa do professor, que estava avaliando as poções de outros alunos.

– Professor? Será que eu posso... – Ela apontou para ela e depois para o professor, como quem diz que quer ter uma conversa. O professor mandou que os outros alunos esperassem até ele acabar a conversa.

– Eu queria saber se você libera todas as poções, não tem nenhuma chance de mesmo que a poção esteja correta, seja confiscada?

– Claro que tem, tudo vai depender da poção, e de quem a preparou. Se a pessoa for responsável, não vejo nenhum problema.

Rebecca voltou para a sua mesa pensando se o professor consideraria a aluna responsável ou não.

– Como foi? – Alice perguntou curiosa. – Ele vai confiscar?

– Depende da poção e da pessoa que preparou, se for responsável ele não vai confiscar. Você acha que ele a considera responsável?

– Não sei, mas até hoje ela nunca explodiu nada.

– Mas temos que ter certeza, não dá pra ela sair daqui com essa poção, e acho que ela preparou direito, nem vou dizer do que estou sentindo cheiro, você já deve imaginar.

– Sim, vamos fazer o que?

– Eu vou modificar a poção – Disse Rebecca com um sorrisinho maldoso, ela foi até o armário de ingredientes, pegou vários que não podiam ser adicionados na poção do amor, jogou tudo dentro do caldeirão e puxou Alice para longe.

A poção borbulhou e começou a sair uma fumaça verde do caldeirão, o cheiro era horrível. Alice e Rebecca estavam fingindo pegar mais ingredientes para suas poções, quando a garota gritou e o professor perguntou bem alto, para todos ouvirem:

– De quem era aquela poção?

– Dela!! – Alice e Rebecca apontaram antes que ela pudesse dar uma justificativa.

– Não, mas a minha poção estava certa, só estava cozinhando.

– Bom, alguma coisa deu errado. A aula já vai acabar, quem veio me mostrar a poção e eu permiti, podem levá-las, os outros não se preocupem, vão ter outras oportunidades.

Todos saíram da sala, alguns mostrando a poção que estavam levando, outros dizendo que tinham feito errado, a lufa saia furiosa e ao mesmo tempo confusa, mas sem desconfiar de nada, e Alice e Rebecca se cumprimentavam pelo plano.

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O primeiro jogo de quadribol seria no dia seguinte, Corvinal e Lufa-Lufa. O time da Corvinal era liderado por Roger Miller. Lufa-Lufa era o único time comandado por uma mulher, Megan Travis. Estavam todos nos gramados de Hogwarts, era um sábado ensolarado e eles estavam conversando sobre o quadribol.

– Não sei como o Alvo não está no time, ele daria um ótimo apanhador. – Ashley disse.

– Você nunca me viu jogando, e eu prefiro não estar no time se for ruim. E me acho ruim. – Alvo respondia.

Eles estavam nessa conversa, quando chegaram Coralina, Anísia e  Isabelle, todas da Sonserina.

– O que aconteceu com a traidora do sangue? – Disse Anísia se referindo a Helen.

– Ainda está na enfermaria.

– Ai, que pena!! – Coralina respondeu irônica. – Bem que ela podia ficar lá pro resto da vida.

– Cala a boca, que não entra mosca. 

- Você não é muito metida pra quem está no primeiro ano? - Isabelle se voltou contra Lily.

– Não sei. Você ainda é metida no 3º. – Lilian respondeu, fazendo os outros segurarem a risada.

– E aí Isabelle? Como se sente sendo pisada por uma menina dois anos mais nova? Nunca tinha acontecido antes, não é? – Rebecca disse.

– Cala a boca, sangue-ruim.

– Eu falo o quanto eu quiser e me calo quando eu quiser, agora que não vai ser.

– Pode deixar que eu mesma vou aí calar então, gostaria de ter essa honra? – A sonserina disse e Rebecca ficou alerta.

– Se você tiver coragem. – Alice se levantou pronta para a interferir na briga, mas Isabelle se virou e saiu com Anísia e Coralina.

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Roger Miller vinha correndo em direção a Alvo, seguido de perto pelos outros jogadores do time da Corvinal:

– Alvo, temos que arranjar mais um artilheiro. – Roger disse, preocupado.

– Tudo bem, depois do jogo vocês fazem um teste. – Alvo respondeu, sem entender o motivo da preocupação.

– Não, você não entendeu. Temos que arranjar um para amanhã. – Roger explicou que Leo, um dos artilheiros do time, havia se machucado, ele tinha esquecido de pular o degrau que afundava na escada, e sua perna tinha ficado presa, agora ele estava na enfermaria com a perna quebrada e não poderia jogar no dia seguinte.

– Mas madame Pomfrey conserta ossos em um segundo, aconteceu comigo quando eu quebrei o braço no ano passado. – Rebecca disse.

– Sim, mas ela disse que ele não pode jogar quadribol no dia seguinte que quebrou a perna, mesmo que a perna esteja boa. Vamos, ajudem a encontrar um artilheiro. – Roger disse.

– Já estou indo, encontro vocês depois. – Alvo disse a todos, que ainda estavam sentados.

– Nós também vamos ajudar. – Tiago disse. – É a sua casa de Ashley,  quero que Corvinal ganhe de Lufa-Lufa.

Depois que ele disse isso, todas as meninas se olharam. Rebecca, Ashley, Alice e Lilian. Todas pensando a mesma coisa depois do que Tiago tinha dito.

– Acho que já temos um artilheiro bem aqui. – Ashley disse sorrindo.

– QUÊ? – Alvo arregalou os olhos.

– Isso mesmo, você pode substituir o Leo, é só nesse jogo, faz uma força. – Alice disse

– Acabamos de discutir isso, eu sou ruim. Não vou prejudicar o time. – Alvo disse decidido.

– O time vai ser prejudicado se faltar um jogador!! Você é filho de Harry Potter e neto de Tiago Potter, ruim é que não deve ser. – Roger falou desesperado.