1997 escrita por N_blackie


Capítulo 77
Harry




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Harry encarou as cinzas que os cercavam, e só conseguia sentir culpa por estar aliviado com um cenário tão desolador. Romulus ajudava Regulus a levantar, mas Harry podia ver que o bruxo não estava nada bem. Seu estado regredira muito com o esforço de fazer a maldição, e mal conseguia respirar enquanto se apoiava na sobrinha e em Moony.

“Conseguimos?” perguntou, ofegante. Harry assentiu, sorrindo em agradecimento.

“Claro. Muito obrigado, Regulus. “

“Não foi nada,” brincou ele, recostando-se a uma árvore próxima, “temos mais lugares para ir agora, não?”

“Temos mesmo, Prongs, vamos logo.” Moony deu um tapinha no ombro de Regulus. “Desculpa termos que acelerar, de verdade.”

“Não se preocupe comigo, Lupin. Essa vai ser uma boa história para contar a Pollux quando voltarmos, não?”

Harry sorriu. Era difícil não sentir esperança, e muito mais difícil acreditar que haviam destruído uma horcrux, finalmente. Agora só faltaram quatro.

“Vamos aparatando mesmo?” Ron analisou os arredores, e Harry assentiu. Não havia tempo para armarem uma chave de portal, e precisariam correr o risco de aparatar de qualquer forma se quisessem alcançar os Lupin a tempo. Adhara e Jack ajudaram Regulus a se aproximar do grupo, e a garota segurou o tio e o irmão, pronta para leva-los com ela. Romulus segurou Jack.

“Eu levo ele. Já está difícil aparatar em dupla, que dirá com dois passageiros.”

Harry duvidava que fosse minimamente fácil aparatar por conta própria, a essa altura. Hermione e Adhara estavam exaustas, Jack e Romulus cobertos de fuligem, e Ron e Lewis pareciam ter feito um dia inteiro de caminhada. Ele mesmo, Harry, não estava muito disposto. Tinha sido uma jornada difícil, e controlar o incêndio, mais ainda.

Não que tivessem muita opção, claro.

Balançando os pensamentos negativos com a cabeça, Harry ajudou os amigos a se posicionar, e aparatou.

Sentiu os pés tocarem o chão de linóleo dos Lupin um minuto depois, e viu ao seu redor os amigos aterrissarem com o impacto, segurando firme uns nos outros. Regulus quase caiu com o esforço de reter a queda, mas quando ergueu o rosto, não parecia aliviado.

“Como? O que?” perguntou, e Harry não entendeu porque até Adhara apontar para trás deles.

“Mas que encontro maravilhoso!” Rabastan Lestrange sorria recostado ao batente da porta, comendo salsicha de dentro de uma lata que com certeza já vencera. “Estávamos esperando por vocês. Demoraram!”

“Chegaram?” Outra voz, mais rouca, perguntou de dentro da casa. Rabastan abriu passagem, e Rodolphus apareceu ao lado do irmão. “Passaram da hora combinada. Estavam escondidos em alguma lareira?”

“Vocês vão cair, Rodolphus,” Regulus mancou até a frente dos garotos, e ergueu o dedo trêmulo para o Lestrange mais próximo, “esses garotos vão acabar com vocês.”

“A sua sorte, Black, é que tive uma conversa com o Lord das Trevas hoje de manhã,” Lestrange mostrou os dentes, “não precisamos mais de você. Avada Kedavra!”

Harry sentiu o sangue congelar nas veias quando o corpo de Regulus recebeu o impacto da luz esverdeada, e sem mais um suspiro, despencou a seus pés. Adhara urrou, e quando avançou sobre Rodolphus com a varinha estendida, paralisou. Detrás dos irmãos, com um ar curioso, saiu Pollux.

Ao lado de Harry, Romulus suspendeu a respiração, e nem Hermione conseguiu impedir uma exclamação de surpresa. O rosto pálido do francês ficou verde quando viu o corpo do pai no chão, e suas narinas dilataram, os olhos ficando vermelhos no esforço de não piscar. Rodolphus sorriu, e apontou a varinha para Adhara. Jack puxou uma faca, e apontou a ponta afiada para o primo.

“Eu sempre soube que você iria nos trair, seu nojento! Sempre! Tá feliz agora?”

“Pollux?” Padfoot parecia incrédula, e olhava do primo para o tio com os olhos brilhantes de lágrimas. “Diz alguma coisa.”

Por um segundo, pareceu a Harry que o sonserino iria falar. Ele estava com a respiração descompassada, e os lábios arroxeados tremiam sob estresse. Encarava Adhara como se estivesse vendo um fantasma, e seus olhos voavam constantemente para o pai.

“Prima.”

“Que tal ajudar, Black, anda!” reclamou Rabastan, revirando os olhos e afastando o corpo de Regulus com os pés.

“SAI DE CIMA DELE, SEU MERDA!” Adhara rosnou e pulou em cima de Lestrange, agarrando seu pescoço com as mãos. Rodolphus puxou a varinha, e Harry aproveitou e puxou a dele.

“Expeliarmus!” gritou, mas o raio desviou do homem. Com um gesto rápido, Harry viu-se ser desamado por Rodolphus. Romulus e Lewis também avançaram, mas o bruxo estava preparado e estuporou os dois. Hermione gritou.

“Que inferno, Black, trouxemos você pra ajudar, seu lesado!” reclamou, e Pollux pareceu acordar de um transe. Se aproximou de Harry.

“Pollux não.” Disse, sem saber se podia mesmo confiar nele, “Pollux... Não...”

“Désolé, Potter.” Ele apontou a varinha para Harry, e tudo ficou escuro.


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