Paper Lanterns escrita por Sparkles


Capítulo 43
The Kids From Yesterday


Notas iniciais do capítulo

Fofinho, tenso e LOL. Não vou explicar muito, apenas leia...



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– Jamia, eu tenho uma surpresa para você.

– Fala.

– Ela tá no meu bolso.

– Fala logo, caralho.

– Calma aí. Não é um anel e eu não vou te pedir em casamento, tá? Não agora. - ela riu

– Ok, vai, deixa eu ver.

Eu me levantei para puxar a surpresa do bolso da calça. Eu tirei os ingressos para o show do Evanescence, que eu secretamente tinha comprado para a gente, de lá e sem querer deixei uma camisinha que meu pai tinha me dado no dia da tal conversa tensa cair no banco.

– Essa era a surpresa, Frank? – Jamia disse rindo.

– Não, não! – eu falei meio sem graça – Aqui – eu entreguei os ingressos para ela – comprei esses ingressos pra gente. Eu sei que você é meio fanática pelo Evanescence e...

– CARA, EU TE AMO. SEU LINDO, EU TE AMO. TE AMO. TE AMO! – ela levantou e jogou os seus braços no meu pescoço – Mas eu tinha ficado bem feliz com a outra surpresa também... Cof cof...

–Bem, minha mãe vai sair com o Evan hoje e deve voltar só de madrugada...

– Ótimo, então a gente podia ir para sua casa fazer isso que eu estou pensando... Entendeu?

– Jogar poker?

– Exatamente, vamos!

– Calma aí, mas lembra que eu tinha te falado do jantar com o meu pai hoje?

– Ah, claro. Mas eu acho que a gente tem tempo pra uma partidinha.


Andamos, meio que correndo, na verdade, até a minha casa.Abri a porta apressado e esperei Jamia entrar. Nós nos beijávamos enquanto eu trancava a porta e ia nos guiando para o quarto.

Jamia começou a tirar a minha blusa e eu a ajudei. Enquanto sua mão direita estava em meus cabelos, me puxando pra mais perto e aprofundando o beijo, minha blusa estava enrolada em seu braço esquerdo que estava apoiado em meu pescoço.

A mão que antes estava em meus cabelos agora desciam por minha nuca, depois minha barriga, até chegar nas minhas calças. Sua mão inquieta tentava desabotoar minha calça desesperadamente, mas sem sucesso, ela desistiu e sem desabotoar foi abrindo espaço ente meu corpo e o pano da calça.

Ela foi acariciando o pequeno Frank e eu comecei a ter certeza de que hoje Jamia tinha acordado um pouco selvagem. Já que isso não acontecia sempre, eu precisava aproveitar para fazer as coisas que ela normalmente não deixava. Coloquei minhas mãos em sua cintura, e devagar, fui deslizando, por baixo da blusa, em direção aos seus seios. Ela parou o beijo e soltou o ar pela boca, como um suspiro de prazer. Ela acariciou o pequeno Frank mais rápido e eu soltei um gemido baixo. Tirei uma das mãos de baixo da camisa e peguei a camisinha no bolso.

Entrei no meu quarto e... vi minha mãe, dobrando as minhas roupas de costas para a porta. Com o susto a camisinha caiu da minha mão no chão com um estalo. Notei que minha mãe tinha escutado o barulho.

– Evan? – Ela falou ainda sem olhar para trás terminando de dobrar uma blusa.

Abaixei minha mão para pegar a camisinha que estava no chão. Tudo muito bem calculado, mas eu só esqueci de uma coisinha básica: Jamia estava com suas mãos presas em minha calça, já que ela não tinha conseguido abrir o botão.

Jamia se desequilibrou e caiu encima de mim, nos derrubando no chão do quarto. Eu imediatamente tirei minha mão de dentro da blusa de Jamia, e ela tirou a sua de dentro da minha calça e me entregou a minha camisa enquanto minha mãe virava o rosto assustada.

– Droga, tropecei na Jamia – eu disse inventando uma desculpa.

– Porque você está sem blusa, Frank? – minha mãe perguntou.

– Eu... eu vim trocar, eu manchei essa blusa com suco de uva.

– Onde filho? Deixa que eu ver, pode deixar que eu limpo.

Jamia começou a sair de cima de mim e eu comecei a me levantar também, fui outra blusa e guardei a camisinha no bolso.

– Mãe deixa que eu faço isso. É só colocar no Vanish, né?

– É, mais ou menos isso, mas deixa eu ver como ficou.

– Não, não. É que eu quero que você avalie se eu limpei direitinho... Quando eu terminar de limpar você vê se tem muita diferença.

– Tá bom – ela falou se levantando da cama – Meus modos! – se dirigiu a Jamia, que estavamuito vermelha – Oi qual é o seu nome mesmo?

– Jamia – Ela respondeu sorrindo.

– Oi, Jamia – acenou para ela – Frank, vem ajudar a mamãe a tirar a roupa da corda? Deixa a Jamia mexendo no computador aí no seu quarto.

– Ok, já vou - eu disse pra minha mãe, esperando que ela saísse do quarto.

Assim que ela saiu, eu olhei para Jamia. Ficamos nos encarando por alguns minutos.

– Confie no rosa, esqueça as manchas – Jamia falou rindo. E nós caímos na gargalhada. Afinal, eu ia estar fodido de qualquer forma, literalmente ou não.


Fui ajudar a minha mãe a colocar as roupas para secar e deixei minha blusa no quarto. Quando cheguei na área de serviço minha mãe me encarou.

– Frank, você estava transando com a Jamia? – ela disse e eu congelei.

– Não ainda – não sei porque eu falei esse “ainda”.

Minha mãe me olhou com uma cara estranha.

– Bom seu pai me disse que ele conversou com você sobre isso – ela disse

– Ah, não, você vai começar com aquele papo todo de novo, né? Mãe, eu já sei me cuidar, pode deixar que eu estou sendo responsável.

Nós ficamos alguns minutos calados colocando roupa na corda, até que eu ouvi minha mãe fungando. Olhei para seu rosto e vi uma lágrima escorrendo de seus olhos.

– Mãe, você tá chorando? – ela começou a soluçar

– Frank, um dia quando você tiver um filho ou uma filha, você vai saber como é difícil. Ontem você era um bebê, tão pequeno e inocente! Hoje você já é um adolescente grandinho e, por mais que doa muito, eu não posso impedir que você faça coisas como essa... Como... – ela demorou um pouco para pronunciar a próxima palavra – Como sexo. Eu estava sendo hipócrita. – Ela pendurou a última peça e subiu o varal, ainda com uma lágrima caindo pelo seu olho.

– Ah, mãe, não fica assim...

– Deixa, filho, deixa pra lá. Vou lavar o rosto e pegar minha bolsa. O Evan já deve estar lá embaixo. A gente deve voltar bem tarde. Volta lá e namora sua garota. Só espera eu sair antes, ok? – Ela disse, tentando sorrir. Eu a abracei muito forte.

– Eu te amo, mãe.

– Eu também te amo, Frank.


Minha mãe passou pela porta do meu quarto, deu tchau pra Jamia e saiu. Esperei um tempo, queria dar um susto na Jamia. Tirei o sapato, abri a porta devagar e fui andando sem fazer barulho. Ela estava sentada de costas para a porta, ainda mexendo no computador. Eu a abracei por trás e distribuí beijos por seu pescoço, ela pulou. Eu desliguei o computador ainda com o meu rosto próximo ao dela. Ela segurou o meu rosto e me beijou. A puxei para a cama.



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Notas finais do capítulo

"São tantas emoções" - Roberto Carlos sobre o capítulo
Ok, parei, tenho que parar com tanto narcisismo.
Mas e então, o que acharam? :)