Paper Lanterns escrita por Sparkles


Capítulo 33
No one needs to know (Jamia's POV 2)


Notas iniciais do capítulo

O segundo título para esse capítulo era "screwing in moderation" LOL Jamia ainda narrando...



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Voltamos pro apartamento do Frank. O clima estava muito tenso e confesso que eu estava meio nervosa ou ansiosa, não sei ao certo. Nem eu nem ele sabíamos ao certo o que poderia acontecer a partir daquela hora. Ou melhor, sabíamos sim. Enquanto ele trancava a porta, eu sentei no sofá e fiquei mexendo na franja de nervoso. Quando ele se virou, fiquei olhando fixamente em seus olhos. Frank foi ficando vermelho. Daí eu levantei e fui andando na direção dele. Frank passou a mão pela minha cintura e eu comecei a desabotoar sua camisa. Naquela hora, o interfone tocou.

- MAS SERÁ POSSÍVEL? O QUE FOI AGORA?

- Calma, Frank. Vai lá atender...

Ele foi na área atender e eu voltei pro sofá. O Frank fica tão fofo envergonhado e bravinho. Tava com aquela cara de quem ia matar um. Depois de uns minutos, ele voltou da área revoltado.

- Você não vai acreditar! Era o porteiro, mas ele interfonou pro apartamento errado. POR QUEEEEE?

- Que coisa...

- Pois é... Nem me fale.

- É...- ficamos em silêncio por uns segundos

- Jamia, eu vou lá dentro trocar de calça então. E guardar o remédio da minha mãe...

- Tá, eu espero aqui então... – Não tinha mais clima para nada, o jeito é guardar o tal remédio pra uma outra hora.

- Se quiser pode pegar uma latinha de coca na geladeira. Acho que vou tomar banho também. Olha, se você quiser pode ver TV ou usar meu iPod ai na mesa. Fica a vontade.

- Valeu.

Liguei a TV. Duzentos canais e nada que preste... A coisa mais interessante que estava passando naquela hora era o polishop. Resumindo, desliguei a televisão. Olhei pro relógio. Quase meio dia. Já que o Frank tava demorando, resolvi olhar o iPod. Coloquei no aleatório, para ver o que o iPod queria que eu ouvisse. Pois é, eu faço isso de vez em quando. Caiu em “Longview”. Música sobre o tédio. Era mais ou menos como eu me sentia naquela hora. A próxima foi uma música também do Green Day, o que já era de se esperar vindo do Frank. O nome era “Blood, Sex and Booze”. Nunca tinha ouvido. Fui ouvindo, prestando atenção na letra. Aquilo foi me dando ideias...

Passei na cozinha, tomei uma latinha de coca para me dar coragem e fui andando em direção ao quarto do Frank. A porta estava fechada, mas dava pra ouvir barulho de chuveiro. Coloquei a mão na maçaneta mas tirei logo. O que você tá fazendo, Jamia?

Eu costumava ser uma pessoa tão fofinha. Eu estava ficando assustada comigo. Eu estava agindo meio rápido demais. Era como se aquela não fosse eu.

Demorou um pouco pra eu perceber que eu estava parada na frente da porta e que o Frank podia sair de lá a qualquer momento, e se isso acontecesse ele ia saber que eu tentei invadir o banheiro. Por mais que a tentativa tenha sido um fracasso por causa da minha linda coragem, fez um pouco de barulho e eu estava com medo de que ele tivesse escutado.

Voltei pra sala, fiquei brincando com as flores que estavam em cima da mesa. Pois é, as coisas nem sempre são como a gente planeja...

A música seguinte era bem mais lenta. O nome era “When it’s time”. O Frank já a tocou pra mim uma vez. Awn, Frank...

Naquele momento, eu senti suas mãos na minha cintura e ele me abraçou pelas costas. Eu me virei, para ficar de frente com ele, eu olhei para seu rosto e, nossa, como eu amo aquele idiota! Corri em sua direção e o abracei bem forte.

- Que foi, Jamia?

- Nada, Frank, não fala nada.

Tirei os fones do aparelho e reiniciei a música. Ficamos lá parados por um tempo, até ele começar a me conduzir, como se fosse uma dança. E fomos dançando daquele jeito até onde o espaço permitia, ou seja, até a parede. Então, eu estava encostada nela e Frank me olhava nos olhos. Fomos nos aproximando, até nossos lábios se encostarem, como se fosse nosso primeiro beijo.

- Sabe, você poderia ter entrado no banheiro naquela hora.

- Eu...

- Você ficou com vergonha, né? Relaxa, eu vou entender se você achar que a gente está indo rápido demais.

- Ah Frank, cala a boca.

Ele deu de ombros e me beijou. Ficamos naquela parede por alguns minutos, até as coisas continuarem de onde pararam naquele dia do trabalho de física na minha casa. E dessa vez, nada conseguiu interromper. Nosso amor um pelo outro falava muito mais alto do que qualquer coisa naquele momento. E a partir daí, não é difícil adivinhar o que aconteceu...


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Notas finais do capítulo

Ok, tentamos deixar esse capítulo apesar de tudo, fofinho. :3