"Prússia, volte aqui com esses bombons!"

"Kesesesese!"

Assim começava mais um dia na casa de Ludwig. Como sempre, seu irmão mais velho resolveu perturbar o pobre vizinho e dessa vez resolveu fazer isso roubando os bombons que o austríaco tinha acabado de fazer.

Só que como até mesmo os incríveis erram, Gilbert esqueceu de olhar por onde anda e acabou tropeçando e caindo de cara no chão, dando um triste fim aos doces. Roderich ficou uma fera:

"Kono obakasan ga! Estragou todos eles!"

"Ei, eu estou ferido, não viu?" apontava para o sangue escorrendo no próprio nariz.

Começou outra briga e com desvantagem para Roderich que tinha o ahoge puxado pelo prussiano ao zombar do moreno. Essa confusão ia durar a tarde toda se não fosse Alemanha aparecer com uma cara que assustaria Feliciano se ele estivesse ali.

"West?"

"Será que dá para os dois pararem? Estão dando mais trabalho que Itália!"

Gilbert deu mais um puxão no ahoge de Roderich (Que acabou reclamando) e depois soltou o rapaz. Austríaco e prussiano viraram a cara para que um não tivesse que ver o outro.

"Espero que esteja feliz, obakasan" Roderich alfinetou.

"Feliz? O incrível eu ficou sem doces!"

"Se você não tivesse corrido com eles, todos teriam doces. Eu não faço essas coisas só pra mim."

O moreno foi embora sem olhar pra trás e sem ver a cara emburrada e vermelha do albino.

Horas depois...

Roderich estava no sofá estudando umas partituras quando Gilbert abriu a porta e entrou na sala. Claro, ele tentou ignorar a presença do albino, mas Prússia se sentou ao seu lado e entregou um pacote bem embrulhado de uma doceria.

Áustria ficou surpreso.

"O que é isso?"

"Incríveis bombons dado pelo incrível eu para alguém nem um pouco incrível como você. Agora coma até explodir."

Gilbert só não esperava que alguém com o ouvido tão apurado feito Roderich fosse captar a ideia principal da frase: Prússia-comprou-chocolates-pra-Áustria.

Ta, isso não fazia nenhum sentido. Gilbert só podia estar pregando alguma peça.

"Tome logo, kizoku-sama! E não adianta dizer que são ruins porque o incrível eu não compra nada ruim! Pode perguntar pro West! Ele vai dizer que..."

O local ficou em silêncio. Do lado de fora, Ludwig passeava com seu cachorro sem ter idéia do que acontecia bem na sua sala de estar.

Prússia havia se calado com um bombom que Áustria colocou em sua boca. O albino estava com o rosto vermelho e uma careta na face já que o dedo indicador do vizinho estava bem no meio dos seus lábios depois de ter empurrado o bombom pra dentro.

"O que achou?" Perguntou Roderich.

O albino mastigou e engoliu o doce. "Incrível como eu! Por que fez isso?"

"..."

"Que foi? O gato comeu sua língua?"

Roderich não queria confessar que fez aquilo para ter certeza que não havia laxante nos bombons de chocolates, então simplesmente moveu a cabeça e comeu um doce.

"Estou dividindo. Assim você não reclama que não comeu nenhum."

"Chama isso de dividir? Você é muito pão duro! Tem sete bombons ai e você só me deu um!"

"Pare de choramingar, idiota" Pegou mais um bombom e colocou na boca dele.

Enquanto Gilbert mastigava seu segundo doce, Roderich colocou outro na boca, mas fez isso um pouso sem jeito. Ele queria agradecer pelo presente, mas como as palavras não saiam era melhor dividí-lo até o fim.

Ao acabar de comer, o prussiano sorriu e ficou olhando para o austríaco.

"Ei, ainda não chegamos na metade"

"Hnf. Então pegue"

"Eu até pegaria, mas você sempre reclama quando eu coloco minhas incríveis mão nos seus doces"

"..."

Roderich pegou mais um doce e olhou para o outro. Estavam bem próximos, mas fingiram não perceber isso.

"Abra a boca"

Prussia abriu e ganhou seu prêmio.

Quando cada um acabou de comer três, os dois olharam para a embalagem e viram o chocolate solitário restante.

"Parece que sobrou um" O austríaco falou e deu o pacote para ele "Pode comer se quiser"

"Não. Eu tenho uma idéia melhor"

De repente Gilbert pegou o bombom e colocou metade do doce na boca de Roderich, segurou a cabeça dele e mordeu a outra metade. Dessa vez foi o moreno que ficou vermelho. A coloração espalhou pelo seu rosto.

"Vai dizer que esse não é um jeito mais divertido de dividir, aristocrata?"

Quando o moreno finalmente colocou sua metade para dentro da boca só faltou gritar.

"Você não tem um pingo de escrúpulos!"

"Nem vem com essa conversa, kizoku-sama. Aposto que você queria que eu te beijasse"

"Não queria não!" Falou o outro cada vez mais vermelho.

Gilbert foi embora rindo. Agora ele já sabia: Era bem melhor dividir os bombons com Roderich ao invés de roubá-los.