Servos de Deuses escrita por Lise Muniz


Capítulo 13
Capítulo 13 - Conheço uma garota incrível!


Notas iniciais do capítulo

Um novo personagem novinho para vocês. O Nyah tava em manutenção e não deu para eu postar. Desculpinha!:(



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                        Ryan
Johnson

Se
vocês acham que a vida de encanador é mole, estão muito enganados.
Primeiro, porque eu não sou um encanador comum. Eu combato pelo
menos uns dez alienígenas por semana. É isso o que nós encanadores
fazemos. Nós não consertamos canos e desentupimos pias. Nós
prendemos alienígenas criminosos que ameaçam a segurança do
universo. Segundo, porque eu moro em um lugar, que é pista de pouso
preferida de tudo quanto é tipo de alienígena. Terceiro e não
menos importante, eu só tenho 18 anos. Sou novo no trabalho.

Eu
estava tranqüilo, em casa, dormindo, quando o meu distintivo começou
a tocar. Pulei da cama e atendi o distintivo. O grão-mestre pedia
que eu investigasse uma nave que havia caído perto da minha casa. Eu
(é claro) não lhe disse não. Tomei um banho, troquei de roupa e
segui as coordenadas da localização da nave que o grão-mestre
havia enviado ao meu distintivo. Como sempre, a nave tinha caído no
meio da floresta. Que raiva! Isso sempre acontece! As naves sempre
têm que cair no meio da floresta! A nave que eu fui procurar era
muito pequena para ser uma nave. Parecia mais uma cápsula de fuga do
que uma nave. Eu estava procurando alguma pista de onde o alienígena
podia ter se escondido quando ouvi o som de alguém chorando vindo de
alguma parte da floresta.

Segui
o som com cuidado, não queria que o alienígena fugisse. Mas,
digamos que às vezes eu não sou tão cuidadoso. Quando tentei ser
cuidadoso, acabei tropeçando em um tronco de árvore que estava
caído no chão e fiz um barulho imenso. Quando tentei me levantar,
uma garota loira de olhos azuis (que estava com os olhos vermelhos e
inchados e parecia ter acabado de chorar) apontou um arco e flecha
para mim.

      -
POIOS EÍSSAI? TI THÉLETE? – ela perguntou

      -
O quê? – eu disse sem entender nada.

Ela
balançou a cabeça, fechou os olhos e baixou o arco.

      -
Levante-se! – ela ordenou.

É
claro que eu obedeci, não é? Mesmo sendo um encanador, eu estava
desarmado e não estava nem um pouco a fim de começar o dia sendo
espetado com uma flecha (mesmo sendo por uma garota super gata).

      -
Qual é o seu nome? O que você quer aqui? – ela perguntou

      -
Meu nome é Ryan Johnson. Eu não quero te machucar! Sou amigo! Não
inimigo! Eu moro em uma casa perto daqui. – eu respondi - E você?
Quem é? De onde vem? O que faz aqui?

      -
1º– desculpe por apontar o arco e flecha para você. É que eu
ainda estou um pouco assustada. 2º- Meu nome é Rosellie Shane. Eu
sou helena. Meu irmão mais velho me expulsou do meu planeta junto
com meu noivo por causa da herança dos meus pais. Ele queria só
para ele. – ela respondeu

      -
Espera! Seu nome é Rosellie ou Helena?

      -
Meu nome é Rosellie. Helena é quem vem de Hélade. Meu planeta
natal.

      -
Ah sim! E seu noivo? Onde está?

Rosellie
sentou-se no tronco no qual eu tinha tropeçado e começou a chorar.
Não sei por que, mas eu acabei sentando ao seu lado e abraçando-a.

      -
Snif! Ele se sacrificou para que eu chegasse bem aqui! E-eu não
queria que nada disso tivesse acontecido! Eu só queria estar em
Hélade com Noah! – ela disse entre soluços.

      -
Seja lá o que tenha acontecido, eu tenho certeza que não foi culpa
sua. Você ainda é jovem, vai acabar encontrado alguém por quem se
apaixone novamente. Quantos anos você tem?

      -
Depende. Não sei quanto tempo passei dentro daquela nave. Que dia é
hoje?

      -
28 de Junho. Por quê?

      -
Di immortales! Passei um mês inteiro naquela droga de nave! Agora eu
tenho 16 anos. Meu aniversário foi semana passada e eu nem sabia!

      -
Bom... Então... Parabéns atrasado!

      -
Valeu! Que barulho é esse?

Foi
aí que percebi que meu distintivo estava tocando.

      -
Me dá só um minutinho?

      -
Claro!

Atendi
ao distintivo e disse ao grão-mestre que estava tudo sobre controle.
Informei a ele que a nave que eu havia encontrado era uma cápsula de
fuga e que quem estava na nave era uma helena de 16 anos chamada
Rosellie Shane. Depois disso ele me deu o dia de folga.

Rosellie
apareceu do nada atrás de mim.

      -
De onde você saiu? – eu perguntei surpreso

      -
Você é encanador? – ela perguntou ignorando a minha pergunta

      -
C-como você sabe? Tipo... Isso é secreto! E de onde você saiu?

      -
Eu estava te observando de cima da árvore, seu chato! E eu sei que
você é encanador por causa do distintivo. Havia um livro sobre
vocês lá na biblioteca. Acho vocês muito legais!

      -
Valeu! Mas não conta isso para ninguém, OK?

      -
OK! Eu sei guardar segredo! O que ouve com a sua perna? Está
sangrando!

      -
Acho que foi da queda que eu levei. Droga!

      -
Senta aí que eu cuido disso.

      -
Não precisa se preocupar. É só um machucadinho à toa.

      -
Senta logo! Eu sei o que eu estou fazendo!

Eu
sentei e ela pegou minha perna. Pôs a mão em cima do machucado e
fechou os olhos. Quando ela abriu os olhos, o machucado havia
desaparecido.

      -
Como você... – eu perguntei surpreso.

      -
São meus poderes. Posso curar as pessoas. E controlar o sol, mas
isso não vem ao caso. – ela respondeu antes que eu completasse a
pergunta

      -
E você poder ler mentes também?

      -
Não. Mas ia ser legal se eu pudesse.

Rose
(ela me deixou chamá-la assim) não tinha onde ficar. Vira para o
planeta apenas com suas coisas e algum dinheiro que infelizmente não
valia nada aqui. Ofereci a ela minha casa. Havia um quarto sobrando e
ela precisava de um lugar para ficar.

Ela
era muito quieta e não me atrapalhava em absolutamente nada. Todas
as vezes que chegava em casa e não a encontrava, sabia que ela
estava na floresta passeando. Era o passatempo preferido dela.

Com
o tempo, acabamos nos tornando mais do que amigos e começamos a nos
apaixonar um pelo outro. Sempre que eu podia a levava para passear na
cidade de São Francisco. Íamos a parques de diversão, cinemas,
monumentos históricos, praças e todo o tipo de lugar que geralmente
um casal vai. Ela experimentou todo o tipo de comida. Chinesa,
japonesa, francesa, mas a sua preferida era a italiana. Ela dizia que
fazia com que ela se lembrasse de seu planeta natal. Ela ainda tinha
saudades de lá. O lugar que ela mais gostava de visitar era o museu
de história Greco-latina.

Uma
vez, cheguei em casa e não a vi. Havia apenas um bilhete na porta
que dizia:

Querido
Ryan,

Não
se preocupe comigo. Eu fui fazer compras. Volto em uma hora. Juro
pelo Estige!

Beijinhos,

Rose.

Ela
era pontual. Em exatas uma hora depois ela estava em casa. Ela cheia
de sacolas de compra. Havia roupas, sapatos, perfumes, bolsas e mais
um monte de coisas.

      -
Onde arrumou dinheiro para tudo isso? – eu perguntei surpreso e ela
me mostrou uma caixinha dourada cheia de pedras preciosas.

      -
Preciso te contar uma coisa, Ryan. Eu percebi que está rolando um
certo romance entre nós e antes que fique mais sério, você tem que
saber algo sobre a minha origem.

      -
Diga. Eu estou escutando.

Ela
respirou fundo e disse:

      -
No dia em que nos conhecemos, eu não lhe contei toda a verdade. Eu
omiti uma parte. – ela fez uma pequena pausa e continuou – Antes
de eu vir para a Terra e de te conhecer, há quatro anos, eu iria
casar e me tornar rainha do meu planeta. Mas meu irmão não queria
isso. Ele queria o trono só para ele e para conseguir isso,
expulsou-me junto com meu noivo para fora do planeta. Como eu sabia
bastante sobre a Terra, sugeri que meu noivo nos trouxesse para cá.
Porém, meu irmão não estava satisfeito. Ele temia que eu voltasse
e por isso mandou seu exército nos destruir. Noah (meu noivo)
percebeu o que estava acontecendo e me colocou dentro de uma nave de
fuga para me salvar. Um dos soldados acidentalmente cortou um cano de
gás e Noah criou uma bola de fogo com a palma da mão. Resultado: a
nave explodiu. Cheguei a Terra assustada e prometi a mim mesma que
nunca mais botaria uma pessoa em risco desse jeito. Por isso não
contei isso a você antes.

      -
Você não precisava esconder isso de mim. Não ia me por em perigo.
Mas tudo bem. Você fez isso para me proteger.

      -
Ainda bem que você me entende. É por isso que eu gosto de você.

Depois
disso ela me pegou de surpresa com um beijo.


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Notas finais do capítulo

Vamos lá, quero reviews. Eles me ajudam a criar capítulos melhores.



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