Servos de Deuses escrita por Lise Muniz


Capítulo 1
Capítulo 1 - Hélade




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Há meia galáxia de distância da Terra, existe um planeta chamado Hélade. Neste planeta sua cultura é baseada na era Greco-romana, por isso, todos os seus habitantes, eram servos de algum deus (a), dependendo de suas habilidades ou da escolha do (a) deus (a). Este planeta vivia em guerra, pois o povo era uma mistura de gregos e latinos. Por isso, sua rainha (que era grega), Sophia Shane, serva de Atena, dividiu o planeta em gregos e romanos.

Sophia era a mais sábia das rainhas e escolheu o melhor guerreiro romano para ser rei do lado latino do planeta.

Sophia era jovem e muito bonita quando subiu ao trono. Ela se casou com Pedro, o guerreiro que ela havia escolhido para ser rei do lado latino do planeta. Ele era um servo de Netuno (um dos únicos) podia controlar a água, gerar terremotos caso estivesse muito nervoso e principalmente podia domar qualquer cavalo. A união dos dois trouxe paz aos dois lados do planeta, mas é claro que de vez em quando havia alguma rixa. Ela era encantadora. Seus cabelos eram castanhos e encaracolados, tinha olhos acinzentados que transbordavam sabedoria, e era uma exímia guerreira quando estava em campo de batalha. Ela como boa guerreira e serva de Atena possuía uma coruja branca que a seguia para onde quer que ela fosse e um bracelete dourado (que ela tinha ganhado de seu marido como presente de casamento) que se transformava em uma adaga de bronze celestial (o único metal que era capaz de desintegrar monstros ou seres mitológicos) apenas com o simples movimento de jogá-la para cima. Ele tinha cabelos negros e olhos esverdeados como as árvores na primavera, era forte e decidido e nunca voltava atrás quando tomava uma decisão. Assim como sua esposa, ele também possuía uma arma mágica. Seu cajado feito de prata e enfeitado com uma cabeça de cavalo (seu animal preferido) em uma das pontas se transformava em uma espada, também de bronze celestial.

Pedro de manhã cedo, adorava passear a beira da praia observando o oceano e ás vezes até testava seus poderes nele. Enquanto isso, Sophia costumava rever e criar novos projetos de arquitetura que no futuro sonhava colocar em prática. Pedro gostava muito de viajar, principalmente se a viagem fosse sobre via aquática.

Em uma das viagens de Pedro, Sophia teve um sonho onde algo estranho acontecia.

Ela viu um rapaz que aparentava ter idade próxima há 20 anos. O rapaz era muito bonito, mas uma coisa a assustava, o ódio que transparecia seu olhar. Esse rapaz gritava a seus soldados que escoltassem um casal de jovens até a nave deles, garantindo que eles abandonassem imediatamente o planeta. A garota era muito bonita. Tinha cabelos loiros e encaracolados, seus olhos eram azuis como o céu e usava um lindo vestido em estilo grego com detalhes que geralmente identificava a qual deus (a) a pessoa era serva, mas Sophia nunca havia visto um vestido daquele antes. Ela aparentava ter mais ou menos 15 anos. Seus olhos avermelhados diziam que ela havia acabado de chorar. O garoto parecia ser um pouco mais velho que a menina, aparentava ter 16 anos. Era alto, forte, moreno, tinha olhos castanhos claros e era muito bonito. Se não fosse sua túnica suja de graxa e a habilidade com a qual ele ligou o motor da nave, Sophia nunca iria descobrir que ele era servo de Hefesto. Antes de partirem os dois jovens deram sua última olhada para a terra natal tão adorada, com a certeza de que talvez nunca mais pudessem voltar para aquele maravilhoso planeta que era Hélade.

Sophia acordou assustada e pensativa, tentando descobrir o que aquele sonho significava. Depois de um tempo, acabou adormecendo novamente e só acordou com as batidas que sua ama dava na porta.

    - Vossa Majestade!Estás acordada?Está tudo bem?Posso entrar?Trouxe seu café-da-manhã – dizia a ama entre as batidas.

     - Pode entrar! – respondeu Sophia

     - Estás bem, Vossa Majestade?Parece um pouco pálida.

De fato, Sophia não estava se sentindo bem, estava um pouco enjoada e tonta, e estava sem nem um pouco de fome.

     - Estou bem! – mentiu – Obrigada por perguntar. Pode deixar que eu me sirvo, já pode retirar-se.

     - Está bem. Quer que eu prepare seu banho, Majestade?

     - Sim, por favor.

     - Aroma de lírios, novamente?

     - Não, dessa vez quero rosas brancas, por favor.

     - Tudo bem – disse a ama fazendo uma reverência e saindo dos aposentos reais.

Quando Sophia abriu a tampa da bandeja, viu posto ali seu café-da-manhã preferido: Omeletes, torradas quentes com manteiga e um copo de café com leite meio amargo. Porém, ao sentir o cheiro e olhar para a comida, seu estômago se embrulhou. Rapidamente recolocou a tampa na bandeja, colocou-a sobre o criado mudo e correu para o vaso sanitário. Ela então botou tudo o que havia comido na noite anterior para fora. Ao sair do banheiro, abriu seu armário e pegou de lá de dentro, um vestido grego com detalhes de coruja, que a caracterizava como serva de Atena. Abriu as portas dos seus aposentos e foi caminhando tranquilamente até o banheiro, para tomar banho.

Após o banho, voltou ao quarto e se sentou em frente a sua penteadeira, para pentear seus belos cabelos. Antes de sair do quarto, porém, abriu uma das gavetas de seu criado mudo e tirou de lá, seu bracelete preferido e uma safira.

                                ...

Sophia se sentia fraca, mas nada jamais a empedia de ir ao templo de sua deusa para fazer suas orações. Fez o caminho que fazia todo dia. Atravessou parte da cidade, até o morro onde se encontrava um belo templo de ouro e mármore, onde se podia ler: Παλλάς Αθηνά (Pallas Atena), logo embaixo de uma enorme coruja também feita de ouro e mármore. Como de costume, sua coruja veio voando e pousou em seu ombro, logo que ela entrou no templo.

Após fazer suas orações, Sophia resolveu passear pelos bosques e jardins do castelo. Parou diante de uma árvore e disse:

     - Saldações, ó jovem Mia.

A árvore que outrora era um belo carvalho, se transformou em uma bela ninfa, que fez uma reverência a rainha e disse:

     - Saudações, majestade. Estás se sentindo bem?

     - Sim, minha jovem – mentiu a rainha – Porque pergunta isso?

     - Vossa Majestade está um pouco pálida, e sua mãos parecem tremer um pouco. Tem certeza de que está tudo bem?

     - Está tudo bem comigo. Gostarias de acompanhar-me em um passeio?

     - Claro!Seria uma honra e um prazer acompanha-la!

As duas, então, começaram um passeio, passando pelos campos floridos e conversando com algumas dríades e sátiros que por ali passavam. De repente, Sophia se sente muito mal. Sua tontura e fraqueza aumentam subitamente e e ela começa a ver tudo embaçado. Ela não se aguenta mais em pé e desmaia. Mia e alguns sátiros a seguram antes que caia no chão, e pedindo ajuda, a levam de volta para o palácio.


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