POV Sam

Ele não falou mais nada.

- O que?- perguntei impaciente.

- Srta Puckett é melhor você se sentar. – disse o professor irritado.

Como não queria levar outra detenção resolvi sentar, mas antes disse pro Michael que eu iria saber o motivo de toda essa raiva dele pelo Fredduchini.

A aula passou chata como sempre.

Assim que terminou o garoto praticamente saiu correndo pra evitar que eu falasse com ele.

Queria saber de quem ele tinha mais medo de mim ou do Benson.

Mas é claro que eu não ia desistir tão facilmente.

Ate o final do dia eu teria minha resposta ou eu deixaria qualquer pessoa me chamar de Samantha.

Quando sai da sala vi que o Michael estava perto do seu armário.

- Agora podemos conversar. – falei perto dele.

- Não. Por que você não vai atrás do seu namorado?- ele perguntou nervoso.

- Eu já falei que ele não é meu namorado. Agora me responde.- falei irritada com o garoto.

- Não é nada de mais. – ele falou.

- E o por que de toda essa raiva? – perguntei.

- É serio Sam não foi nada de mais. – ele falou.

Eu agarrei o braço dele com força pronta para obrigá-lo a falar.

Mas como sempre algo tinha que dar errado.

- Eu já não falei pra você se afastar dela. – falou o nerd serio.

- Freddie? – perguntei meia surpreendida.

- E quem disse que fui eu? – Michael perguntou.

Ele olhou pra nós dois.

- Ela esta tentando te matar. – falou o Freddie como se fosse o obvio.

Eu rapidamente soltei o Michael.

- E se não foi eu e se foi ela? – perguntou o garoto entre nervoso e desafiante.

Freddie me mirou confundido.

Eu apenas abaixei minha cabeça.

- Tudo bem então eu não atrapalho mais. – ele falou e se foi.

- Freddie. – falei, mas ele já estava longe.

- Ele é muito ciumento. – falou o Michael do nada.- Acho melhor você ir resolver isso com ele.

- Você não manda em mim.-falei.

- Então o que você prefere: resolver logo isso com ele ou continuar me fazendo perguntas sem sentido? – ele perguntou.

- Eu.. tchau. – falei e me virei. Naquele momento aquele idiota era mais importante.

O encontrei perto das escadas.

- Nossa como você é ciumento. – falei meio sorrindo.

- Quem disse isso?- falou ele calmo.

Isso me surpreendeu. Se fosse eu já o tinha matado, mas ele age como se não se importasse.

- O Michael. – respondi.

- E agora você liga pra tudo que ele fala? – ele perguntou meio irritado.

- Não, mas parece verdade. – falei.

- Que seja vou pra minha aula. – ele falou e começou a subir as escadas.

- Espera. – falei rápido.

- Que foi? – ele perguntou.

- Você realmente estava com ciúmes? – não pude evitar perguntar.

- E o por que da pergunta? – ele me perguntou.

- Nada só que... espera não foge do assunto e responde minha pergunta.-falei irritada por ele esta tentando mudar de assunto.

- Sam.. – ele começou, mas o sinal tocou. – tenho que ir.

Ele se virou e foi pra sua aula me deixando parada nas escadas.

Não me encontrei mais com ele durante toda a manha.

Nem mesmo nas aulas que tínhamos juntos.

Mas estava feliz, pois pelo que parece ele também sentia ciúmes de mim.

Eu e minha melhor amiga pegamos uma carona com Spencer ate o Bushwell.

Ela vinha conversando com ele sobre como o Michael é legal.

Não prestava a mínima atenção na conversa só gostaria de saber onde ele estava.

O que fez me lembrar da minha promessa. Como eu não cumprir vou ter que deixar todo mundo me chamar de Samantha, argh.

Mas ninguém sabia dessa promessa então ela não vale.

Dei um sorriso involuntário.

- O que foi Sam? – perguntou minha amiga confusa.

- Nada. – falei e continuei olhando pela janela.

E ela continuou sua conversa com seu irmão mais velho.

Assim que entramos no apartamento o vizinho da Carly resolveu aparecer.

- Oi. – ele falou.

- Oi – respondemos.

- Onde você estava? Eu fiquei a manha todinha atrás de você. – falou Carly.

- Eu estava na aula, depois fui a biblioteca, fui em uma reunião do clube AV e depois vim Ra casa. – ele falou.

- Bem eu preciso conversar com você serio. – falou Carly.

- Que tal amanha. – ele falou.

- Mas amanha não dá. – ela praticamente gritou.

- Carly por favor fica cal.. – ele ia falando, mas Spencer colocou a mão sobre o ombro dele.

- Não termine isso a deixara mais nervosa. – sussurrou Spencer.

- Tudo bem. – ele sussurrou de volta.

- Nós podemos conversar a noite? – perguntou a Carly pro nerd.

- Eu não posso. – ele respondeu.

- Por que? – foi minha vez de perguntar.

- Tenho uma reunião com o clube AV a noite. – ele respondeu.

Não sei por que, mas não consegui acreditar nele.

- Mas nunca teve uma reunião a noite.- falou Carly.

- É verdade seu clube de nerds tem hora pra dormir. – falei sarcasticamente e ele apenas revirou os olhos.

- Sim, mas temos um grande projeto- ele falou. – vou no estúdio resolver uns problemas no meu notebook.

Ele falou e subiu as escada correndo.

Eu precisava tirar essa historia a limpo, bem pra fazer isso eu preciso ir falar com ele.

- Bom eu vou subir pra ver se ele precisa de ajuda.- falei inventando uma desculpa qualquer.

- Não se preocupe que eu não vou atrapalhar nada hoje. – ela falou rindo.

Isso me fez lembrar de algo.

- Me de um bom motivo pra eu não te matar. – falei seria.

- Por que? – ela perguntou assustada.

- Porque você disse pro Michael que eu e o manezão estamos namorando.- respondi.

- Só falei a verdade.  –ela falou.

- Mas eu e ele não estamos namorando. – falei meio alterada.

- Tudo bem, agora você não ia “ajudar” ele? – ela perguntou desviando do assunto, mas dessa vez tudo bem.

- Claro. – falei e subi as escadas correndo.

Cheguei no estúdio e encontrei o Benson muito concentrado em seu notebook.

- Era verdade sobre a reunião? – perguntei.

- Sim. –ele respondeu ainda muito concentrado.

- Eu acho que é mentira. – falei sem pensar.

- Por que? – ele perguntou agora prestando atenção em mim.

- Porque sim e eu acho que você vai se encontrar com aquela aprendiz de roqueira. – falei nervosa andando de um lado pro outro. Serio ficar muito tempo com a Carly esta me deixando tão temperamental quanto ela.

- Quem é aprendiz de roqueira? – ele perguntou confuso.

- A Barbara.- respondi.

- E por que aprendiz de roqueira?- ele perguntou ainda mais confuso.

Tinha me esquecido que ele não sabe que eu “conhecia” ela.

- Isso não vem ao caso. Então você vai ou não vai se encontrar com ela? – perguntei.

- Não.- ele falou calmo.

- Eu não acredito em você. – falei alterada.

-Sam eu realmente tenho uma reunião com meu clube. – ele falou calmo.

Realmente não sei de onde ele tira tanta calma. Se fosse antes essa briga já teria feito um dos dois sair daqui furioso, mas agora ele parece aprendiz de Buda.

- Serio? – perguntei um pouco mais calma.

- Sim e se você quiser pode vim comigo. – ele falou dando um sorriso.

- Não isso vai ser chato. – falei também rindo.

- Tudo bem então. – ele falou e voltou sua atenção para o computador.

Resolvi descer e deixar ele trabalhando sozinho.

Encontrei uma Carly muito nervosa no andar de baixo.

- Calma Carly. O que você tem?- perguntei preocupada com minha amiga.

- Nada. E eu só vou ficar calma depois que eu falar com o Freddie. – ela falou.

- E o que você vai falar com ele? – perguntei curiosa.

- Isso não interessa a você agora. – ela respondeu.

Com certeza era algo haver com o mais novo namorado dela.

Deixei ela em paz e fui comer algo, pois estava morrendo de fome.

Depois de algumas horas o Freddo resolveu descer.

- Meninas eu já vou. – ele falou.

- Tudo bem, amanha nos falamos. – falou Carly.

- Já vai tarde. – falei sem olhar pra ele.

- Também gosto de você Puckett. – ele falou e saiu.

- Bem eu vou pra minha casa.- eu falei me levantando do sofá.

- Você vai atrás dele, não é Sam? – minha amiga perguntou.

- É exatamente isso.- falei.

- Sam se eu fosse você não fazia isso. – ela falou.

- E por que não? – perguntei.

- Porque sei lá, só não faça. – ela falou.

Mas é claro que eu não liguei e fui atrás dele mesmo assim.

Parei um taxi e pedi pra ele esperar alguns minutos.

Logo o Freddie desceu e foi em direção ao seu carro.

Assim que ele ia saindo do estacionamento eu pedi pro taxi seguir o carro dele.

Depois de alguns minutos ele finalmente parou em um restaurante.

Paguei e sai do taxi.

Me escondi pra que ele não pudesse me ver.

Ele falou com um cara que apontou para uma mesa e ele se dirigiu ate lá.

Não havia ninguém na mesa, então ele ficou mexendo em seu telefone.

Depois de alguns minutos alguém apareceu e aquilo me surpreendeu.

Naquela hora eu fiquei muito irritada.

Como ele pode me enganar?

Fui andando direto pro restaurante já pesando em como matar ele.