Universe escrita por Yumi Oni


Capítulo 1
The Story


Notas iniciais do capítulo

Ahn... estou nervosa rsrs
Espero que gostem ^.^



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“Essa é a história da minha vida

Essas são as mentiras que eu criei”

 Eu só queria ser normal ao menos uma vez na vida. Crescer numa família onde todos são dotados de algum dom não ajuda muito.

 Especialmente porque o meu “dom” não era lá dos mais comuns.

Mas não vou entrar em detalhes agora, ainda tenho que terminar de arrumar minhas coisas.

 Então vamos falar da minha família um tanto quanto peculiar... ok, eu admito, somos totalmente fora dos padrões e altamente tradicionais ao mesmo tempo. Tanto que é por isso que estou fazendo as malas indo em direção a Tóquio onde farei minha faculdade.

 Sei que vista de fora minha família parece ser absolutamente como todas as outras, mas duvido muito que sua avó tenha um bichinho de estimação tão assustador quanto um morcego, sua mãe provavelmente não recita cantos antigos enquanto cozinha, seu pai inegavelmente não é capaz de mudar o tempo sempre que fica de mau humor e sua irmã definitivamente não sabe ler sombras.

É.

 Até eu me chamaria de maluco se não convivesse com isso tudo desde que me entendo por gente.

-Kai-chan, já arrumou tudo?

-Hai Kaa-san.

-Então vá até o escritório, seu pai e sua avó estão te esperando lá.

-Hai. – não estranhei o fato de não ter nem sinal da minha mãe fosse no quarto ou no corredor mesmo eu tendo acabado de falar com ela.

 Pode-se dizer que ela “se faz ouvir” pela casa toda.

Desci as escadas encontrando minha irmã na sala tentando inutilmente assistir televisão.

Não que o aparelho estivesse com problema ou algo assim. O problema era conosco (eu e minha irmã), sempre que chegamos perto da tv ela desliga, as vezes até entra em curto e não há santo ou técnico que a fizesse ligar na nossa presença.

 E como era de se esperar a televisão desligou.

-Kai! Já está pronto pra partir? – assenti – Então me deixa ver sua sombra pra saber o que te espera na cidade. – essa é mais uma das coisas que só se acostuma com o tempo.

-OK. – fiquei na direção da janela.

-Nii-san, você tá amando alguém?

-Quê? De onde tirou isso?

-Você tem duas sombras, isso só acontece quando a pessoa está apaixonada ou tem uma ligação muito forte com outra pessoa.

-Certamente não é a primeira opção.

-Por acaso você conhece um homem alto, bonito e misterioso?

-Acha que me apaixonei por um homem? – perguntei em choque.

-Não sei, nunca te vi interessado numa garota. – ia protestar mas ela me impediu – Conhece ou não?

-Não. – respondi indignado. Só porque nenhuma garota me atraiu até agora não quer dizer que eu seja gay certo? Ou seria anormal demais um garoto de 17 anos nunca ter gostado de alguém?

-Então vão se conhecer num futuro muito próximo.

-Veja como meu menino cresceu, logo vai estar amando. – disse minha mãe assim que surgiu na sala.

-Não vou amar um homem não importa o que minha sombra diga. – ralhei antes de marchar até o escritório ouvindo risadas contidas das duas.

 Era só o que me faltava mesmo.

Bati na porta três vezes antes de entrar pedindo licença.

-Yutaka, precisamos conversar. – meu pai me intimou.

-Sobre?

-Você. Agora que vai se distanciar de casa precisa estar mais atento ao               que faz e ao que acontecer a sua volta. Especialmente agora que sua energia vai se tornar mais intensa e consequentemente sua saúde mais frágil. Pessoas cruzarão seu caminho para lhe fazer mal na mesma proporção em que surgirão pessoas dispostas a te ajudar. E tudo isso será por causa de seu dom.

-Não tem como me livrar disso tem? – minha avó sorriu.

-Não pequeno, mas você vai se sair bem. – ela me abraçou e meu pai me passou um cordão que está na família a gerações e ainda assim parece novo.

 Nele há uma pedra ametista que é como um amuleto de proteção pelo que disse minha avó.

Depois de uma longa despedida onde até o morcego que minha avó chama de Bartolomeu apareceu (mesmo sendo dia) pra se despedir, segui com minha única mala até a estação (o que foi uma bela caminhada já que minha casa é a mais afastada de tudo), nem precisei esperar muito e logo estava num trem.

 Cheguei lá de noite e apesar de estar perdido em meio a tanta gente consegui encontrar a faculdade na qual vou viver e estudar pelos próximos quatro anos até me formar em música.

Quando estava finalmente instalado no quarto que dividiria com mais dois estudantes que eu conheceria amanhã, me rendi ao cansaço e depois de um merecido banho adormeci.

 Amanheceu e juntamente com o sol me levantei fazendo minha higiene matinal antes de perambular pelos corredores vazios até encontrar o refeitório, o que não foi muito difícil graças ao mapa que me deram na recepção e meu senso de direção que nunca me deixou na mão.

Como esperado não haviam mais do que dez ou quinze alunos, a maioria só viria semana que vem pelo que me disseram.

 Tomei meu café sem pressa observando as poucas pessoas que ali estavam, algumas conversando, outras como eu mais isoladas. Não que eu quisesse me isolar, mas eu nunca tive muitos amigos, talvez dois ou três na infância mas eles logo sumiram depois que começaram os “acidentes”. Enfim, quem sabe não seja por isso que não sei lidar muito bem com estranhos.

Aproveitei o tempo livre para conhecer a faculdade e ler um livro que resolvi guardar pouco antes do almoço.

 Quando entrei no quarto fiquei sem reação ao vê-lo ocupado.

Os outros dois me encaravam de volta enquanto eu sentia meu rosto esquentar.

-Hum... Anõ... Me chamo Uke Yutaka, hajimemashite. – disse sem conseguir parar de olhar pro chão, ótima primeira impressão Kai, continue assim (Sentiu a ironia?).

-Que fofo, parece um gatinho assustado. – disse o mais baixo – Me chamo Takashima Kouyou mas pode me chamar de Uruha.

-Sou Shrioyama Yuu, mas pode me chamar de Aoi se quiser.

 Eu juro que tentei pensar em alguma coisa decente pra responder mas diante do peso daqueles dois olhares curiosos voltados pra mim eu agi debilmente como sempre.

-Eu, s-só vim... guardar o livro. – minha voz foi sumindo ao mesmo tempo em que eu tentava refrear o impulso de fugir e me jogar no buraco mais próximo. O que é um sentimento idiota já que eles são meus colegas de quarto, não tem como fugir.

-Yutaka-chan, não precisa ficar nervoso, ninguém aqui vai te atacar na primeira oportunidade.

-Eu não confiaria no Uruha se fosse você. – comentou Yuu me fazendo rir ainda mais nervoso.

-Não diga essas coisas Aoi, o que o garoto vai pensar de mim?

-Só a verdade oras.

-Assim você magoa. – enquanto eles discutiam sobre algo como amor não correspondido eu me esgueirei pelo quarto guardando meu livro o mais rápido que consegui e já estava quase saindo quando eles voltaram a falar comigo.

-Nee Yutaka-kun, por que não almoça com a gente?

-Ha-Hai! – fomos juntos pro refeitório com os dois ainda discutindo por banalidades me fazendo rir o tempo todo.

 Acho que não tem nada mais divertido do que vê-los quase se matando para no segundo seguinte conversarem como se nada tivesse acontecido.

É, eu poderia até me acostumar com isso.

-Yutaka-chan, você é daqui de Tóquio mesmo?

-Iie, sou de Kanagawa.

-Nem tem sotaque. – Aoi comentou recebendo uma cotovelada de Kou.

-Seja discreto seu poste.

-Nasça de novo sua puta. – isso é o amor entre amigos? Err...

-Puta é você, só fala isso porque tem inveja das minhas coxas.

-Eu tenho algo muito melhor do que suas coxas. – Yuu respondeu com um sorriso malicioso.

-Provavelmente só tem isso de bom já que inteligência não está nas suas qualidades.

-Olha quem fala, você só pensa com a cabeça de baixo.

-Você também só pensa com ela.

-Ok, chegamos num acordo. Mas e aí Yutaka, vai fazer faculdade de que? – eu estava tão perdido na discussão que levei uns cinco minutos até entender a pergunta.

-Ah, de música, e vocês?

-Que coincidência, nós também.

-O que você toca? – perguntou Uruha.

-Hum... Na verdade, eu nunca toquei nada, mas tenho afinidade pela bateria.

-Corajoso você, entrar na faculdade de música assim. – do nada senti um arrepio.

 Meu olhos procuraram algo por todo o refeitório até encontra-lo.

Alto, imponente, atraindo olhares de quem quer que fosse.

 Ele olhava pra mim, seus olhos negros e profundos me faziam querer mergulhar neles e descobrir até o mais ínfimo segredo daquele ser.

Lembrei das palavras de minha irmã: “-Por acaso você conhece um homem alto, bonito e misterioso?”

Não podia ser ele certo? Até porque alguém como ele nunca olharia pra mim e... QUE MERDA EU TO PENSANDO?

 Me endireitei na cadeira voltando a encarar Yuu e Kouyou que também olhavam pra ele como se pudessem despi-lo.

-Dá pra parar de olhar? – o tom raivoso que usei inconscientemente fez os dois me olhassem interrogativos.

-Nani Taka-chan? Ficou interessado? – perguntou Uruha sorrindo malicioso.

-Iie! Mas vocês não precisam ficar babando tão descaradamente.

-Ele parece bem interessado. – disse Yuu.

-O que quer dizer?

-Ele não para de olhar pra cá, mais especificamente, não para de olhar pra você desde que entrou.

Me desesperei, eu podia sentir seu olhar sobre mim. Senti meu rosto esquentar quando imaginei como seria toca-lo... levantei tão depressa que quase derrubei a cadeira e saí do refeitório.

 Eu estava fugindo. Dele e dessas sensações e pensamentos que eu não deveria ter nem sentir.

Só me dei conta de que estava correndo quando parei ofegante numa área aberta da faculdade rodeada de arvores das mais variadas espécies. Se não me falhava a memória tinha passado ali mais cedo.

 Sentei encostado numa cerejeira e fiquei olhando o céu enquanto tentava me acalmar. Iria ignora-lo, fingir que nada aconteceu, a faculdade é enorme provavelmente nem vamos nos ver. Agora é só evitar encontros desnecessários até o começo das aulas.

Mas eu devia imaginar que não seria tão fácil assim.

 Eu o encontrei em todos os lugares que fui desde a biblioteca até a quadra de esportes e ainda consegui a proeza de encontra-lo fora da faculdade no sábado quando resolvi sair um pouco já que Kouyou e Yuu tinham ido passar o final de semana com a família.

Ou é perseguição ou eu sou muito azarado.

 Pra completar Uruha fez questão de me contar que o apelido dele era Miyavi e que ele também faria faculdade de música, e que por obra do destino todos os nossos horários eram iguais.

Quando liguei pra minha irmã perguntando o que fazer pra me livrar dele (sim, eu fui pedir conselhos a minha irmã mais nova algum problema?) ela simplesmente riu e disse que eu não tinha como fugir porque estávamos ligados e mais um monte de baboseiras.

 No final além de não ajudar ela ainda colocou mais besteira na minha cabeça.

E agora aqui estou eu tentando prestar atenção na aula mas estava difícil de tirar meus olhos dele que por algum motivo desconhecido sentou bem na minha frente, o que além de tapar minha visão do quadro ainda me tentava a observar seus movimentos.

 Kou e Aoi notaram isso e passaram o tempo todo fazendo caras e bocas além de gestos obscenos como se eu fosse ataca-lo ali mesmo. O pior não foi ter sido chamado atenção três vezes pelo professor por culpa deles e sim Miyavi ter notado que aquilo de alguma forma tinha haver com ele já que Yuu fez o favor de jogar um bilhete que “acidentalmente” caiu na mesa dele.

Não quero nem imaginar o que estava escrito.

 Depois de sair da sala antes mesmo do sinal bater tive que aturar aqueles amigos da onça falando que eu devia tomar uma atitude.

Será que ninguém percebe que eu não quero me envolver com ele?

 À tarde ficamos conversando e depois da janta decidi dar uma volta. Já conhecia cada canto da faculdade por isso não foi difícil chegar no pequeno bosque que passei a visitar com frequência.

Aquele lugar me relaxava apesar de vez ou outra eu sentir que estava sendo observado. E dessa vez a sensação era tão forte que pensei em ir embora mas devia ser coisa da minha cabeça já que todos os alunos estavam no dormitório.

 Fiquei encostado na cerejeira vendo suas folhas balançarem com o vento até ouvir uma risada.

-Não te ensinaram que é perigoso sair sozinho à noite? – não sabia dizer de onde vinha aquela voz mas podia ouvir passos e mais risadas cada vez mais perto.

Isso já tinha acontecido antes. Em um dos “acidentes” de quando era mais novo. E o final não era nada bom.

 Eu queria correr dali mas meu corpo não se movia, então ele apareceu.

Era mais baixo do que eu, o cabelo vermelho estava arrepiado, seus olhos também vermelhos me encaravam e em seus lábios havia um sorriso sádico.

-Achei que tivesse aprendido a lição da primeira vez. – arregalei os olhos vendo-o se aproximar e todas aquelas imagens que tentei esquecer voltaram de uma vez.

Estava brincando no parque da cidade mesmo sabendo que já era tarde e que meus pais deviam estar preocupados. Eu simplesmente não conseguia parar de brincar, correndo atrás daquela borboleta com asas cor de fogo. Então ela voou pro alto, até sumir de vista e eu caí exausto no chão. Foi aí que eu ouvi aquela risada. Estava por toda parte, por todo o parque, eu queria levantar e correr mas não conseguia, era como se estivesse preso ao chão.

-Não te ensinaram que é perigoso sair sozinho à noite?

 Um garoto que deveria ter a minha idade apareceu na minha frente, seus olhos eram da mesma cor que as asas da borboleta de antes, ele sorria, mas não era um sorriso bom, ele me assustava.

-Sabia que existem pessoas malvadas? Elas podem te fazer mal quando estiver sozinho. Principalmente de noite. É o horário perfeito, e crianças como você deviam estar em casa se preparando pra dormir.

-V-Você também é criança e também não está em casa. – disse num momento de inocência por não entender o que ele queria dizer.

-Mas eu sou diferente, eu posso me defender. E você, pode se defender de mim?

Depois disso meu braço pegou fogo, por sabe-se lá quanto tempo enquanto eu chorava e gritava pra que ele parasse. E assim como começou o fogo sumiu juntamente com o garoto. Eu corri pra casa e assim que botei os pés pra dentro desmaiei.

 Inconscientemente apertei meu braço eternamente marcado pelo fogo. Ele riu se aproximando até sussurrar no meu ouvido.

-Está com medo?

-Não.

-Mesmo? – ele se afastou um pouco e pude ver uma pequena chama surgir em um de seus dedos como se fosse um isqueiro e ele passa-la abaixo da língua uma, duas, três vezes enquanto o cheiro de carne queimada vinha na minha direção.

 Ele continuou rindo, apontando aquela chama pra mim ameaçando queimar meu rosto.

-Para com isso. – sussurrei tentando pensar em como sair dali.

-Por quê? Te ver tremendo de medo é mais legal do que sentar e conversar.

-Para! Fica longe de mim! – gritei sentindo o vento ficar mais intenso ao ponto de apagar o fogo que ele criara.

-Interessante jovem Mectro, andou treinando alguns truques?

-Não sei do que você está falando.

-Claro que sabe Kai, quem mais você acha que é capaz de controlar o ambiente ao seu redor?

-Eu não controlo nada, são só malditas coincidências!

-Vai dizer que foi coincidência quando quase afogou sua irmã? Ou quando fez a escola pegar fogo? Ou quando prendeu seu colega no armário? Sabia que ele ficou claustrofóbico depois daquilo?

-Cala a boca! – gritei mais alto vendo-o bater fortemente contra uma arvore como se tivesse sido empurrado.

 Aproveitei a chance pra correr, eu não queria entender o que estava acontecendo, não queria saber quem era ele e como sabia daquilo tudo, muito menos queria saber o que ele queria de mim.

Eu só queria fingir que era normal ao menos uma vez. Queria andar pelas ruas sem ver aqueles olhares de medo e repulsa quando eu passava, queria viver sem ter medo de sair e ser atacado, queria poder fazer amigos de novo.

 Eu nunca quis machucar ninguém.

Quando parei de correr mal conseguia saber onde estava devido às grossas lágrimas que começaram a cair sem que eu me desse conta.

 Me encostei na parede, amedrontado e sem forças pra continuar com aquilo, escorreguei até o chão abraçando os joelhos e escondendo meu rosto. Eu não queria esse dom.

Ouvi passos pelo corredor mas diferente de antes não senti medo ou vontade de fugir, era como se eu já esperasse que aquela pessoa viesse até mim.

-Você está bem? – ele perguntou depois de se abaixar ao meu lado. Não consegui responder, o abracei e continuei chorando.

 Miyavi não perguntou mais nada, só me ajeitou em seu colo e ficou me fazendo carinho.

Não sei quanto tempo passei ali abraçado a ele, sua presença me acalmava, todas as minhas dúvidas e medos pareceram suportáveis só porque ele estava ali comigo, aquele cafuné facilmente me faria dormir em seus braços tamanha a confiança que ele me passava.

 Quando voltei a pensar claramente me desfiz de seu abraço e voltei a sentar no chão sem conseguir encara-lo depois de uma cena que nunca deveria ter acontecido. Não tinha cabimento eu me sentir bem ao lado de um estranho, muito menos me portar como se o conhecesse ou pior, como se estivéssemos... juntos.

Afinal não é normal chorar no colo de outro homem certo? Argh não sei se aguento mais dúvidas.

 Me assustei quando senti sua mão voltar a fazer-me um cafuné.

-Você se preocupa demais com coisas que só se descobre sentindo. Algumas coisas passam a ser certas quando você se sente bem com elas.

Sim eu estava surpreso. Ou era óbvio demais ou ele lia mentes.

Perdi qualquer linha de raciocínio ao notar como ele ficava belo distraído, banhado pela luz da lua. Seu cabelo geralmente preso num rabo de cavalo alto estava solto emoldurando seu rosto, suas tatuagens apareciam mais já que ele só vestia uma camiseta sem manga e uma calça comprida de moletom, provavelmente estava indo dormir.

-Desculpa por fazê-lo vir até aqui. – não sabia explicar como ou porque mas podia sentir que ele estava ali por minha causa, pra me acalmar como estava fazendo agora.

-Não precisa se desculpar, se eu vim é porque escolhi vir certo?

-Por quê?

-A história é longa e você já teve surpresas demais por hoje, talvez eu conte na próxima oportunidade. Até lá por que não para de fugir de mim? – ele pediu com um belo sorriso nos lábios, senti meu rosto esquentar e concordei sem olhar pra ele. – Ótimo, agora vem, vou te levar até seu quarto.

 Foi nessa hora que descobri o quanto estava longe dos dormitórios e do próprio bosque. Caminhamos lado a lado sem dizer uma palavra o caminho todo. Eu tinha perguntas, muitas delas, mas não me pareceu a hora certa pra nenhuma.

Quando paramos na porta do meu quarto eu não sabia o que fazer, Miyavi facilmente notou meu desconforto e sorriu mais uma vez me acalmando instantaneamente. Ele depositou um beijo em minha testa e foi embora.

 Eu ainda fiquei ali um tempo até que decidi entrar e me entregar aos braços de Morfeu torcendo pra que nada daquilo fosse um sonho na manhã seguinte.

“Estive pensando sobre tudo

Que eu costumava querer ser

Estive pensando sobre tudo

Sobre mim, sobre você e eu”


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Notas finais do capítulo

Bem, para todos que leram espero que deixem um review por mais curto que seja vai deixar meu dia mais feliz. XD
E quanto a postagem o plano inicial é de um post por mês mas dependendo da minha inspiração e do incentivo #levechantagem eu posso repensar no assunto.
Pra quem quiser tem o site que eu fiz pra colocar fotos relacionadas à fic, o link é esse aqui ->http://www.wix.com/yumioni/yumioni
Anyway, acho que é só isso, kissus e obrigada por lerem.