Dark Sky escrita por Nath Mascarenhas, prettysemileek


Capítulo 24
Capítulo 24 - Casamento.


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse não ficou muito bom, mas juro que o próximo vai ser melhor...



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A macha nupcial começou.

 John segurou meu braço firmemente.

 Sentia meu estomâgo se embrulhar.

Quis fugir e sair correndo.

Desisti imediatamente.

 Andei lentamente.

Quase tropecei e caí de cara no chão.

Todos sorriam pra mim, espero que não seja por causa da minha quase queda.

Olhei para o altar decorado com flores silvestres.

Luka estava emocionado e bonitão de smoking.

Entreguei o buquê a Perséfone que chorava.

Fui entregue a Luka.  

O padre começou a cerimônia.

-Sejam todos bem-vindos a esta cerimônia matrimonial desses dois jovens, Naara Lee Cliff e Luka François Shuwartz, por favor, sentem-se.

Eu e Luka nos ajoelhamos, rezei para não cair ou me desequilibrar ou vomitar. Eu juro que estava prestes a fazer uma das três coisas ou as três de vez.

-Quem tiver qualquer coisa que impeça a união desses dois que fale agora ou se cale para sempre.  – Declarou ele.

Todos os olhos se voltaram para Raoni, inclusive os do padre. Raoni parecia estar completamente entediado e pouco se lixando para o casamento, não sei até hoje por que Luka o chamou para ser seu padrinho...

- Quer que eu espere mais meia hora? – Padre Emanoel perguntou ao noivo, arrancando risos dos convidados e Luka negou com a cabeça. –Bom, já que ninguém se declarou até agora, então, continuando...

Bom, eu e Luka nos casamos. Agora eu sou a nova Senhora Naara Lee Shuwartz....

Ele providenciou uma super festa com direito a DJ famoso e tudo na nossa casa. Nós dançamos a tradicional valsa, depois tiramos tantas fotos que eu acho que demorará uns três dias para desparafusar meu sorriso.

Confesso que eu estava meio aflita com a lua-de-mel que seria num Resort no México. Quis estender a festa o mais tempo possível. Fiz todos dançarem mambo, descerem na corda, e tudo que é tipo de dança pedindo bis umas quatro vezes.

Ficamos uns quarenta minutos apenas nos cumprimentos dos convidados, pois insisti em perguntar por todos parentes de cada um.

Perséfone pendurada que nem um papagaio de pirata no ombro de Brian me fez rir, ela realmente estava com ciúmes do garoto.

Se Luka não gostou, ele disfarçou imensamente bem.

 Izabel e Raoni haviam sumido, graças a Deus!

Não que não me incomodasse saber que eles dois estavam juntos e com certeza, meu sangue fervia só de pensar no que eles podiam estar fazendo naquele exato momento, mas eu ainda estava ferida por causa dele.

 Puxei Luka e o beijei, pela segunda vez. A primeira vez foi no “pode beijar a noiva”.

Ele deu passo para trás, surpreso com minha atitude já que eu sempre mantive uma certa distancia dele. Não por medo da tentação, mas por que eu simplesmente era indiferente a sua presença, incluindo sua beleza tão estonteante.  

-O que deu em você? – Ele perguntou sem fôlego.

-Aproveita. – Murmurei.

-Deixa comigo. –E deu um beijo na minha nuca.

Confesso, fiquei arrepiada.

-Agora podem cortar o bolo? –Vovó me perguntou, interrompendo sei lá o quê estava acontecendo entre nós dois.

Sério, eu não confiava em mim mesma quando o assunto em questão era Luka, não mesmo.

-O primeiro pedaço vai para... – Luka fez aquele suspense e... – Mim! Gente me desculpe, mas tô morto de fome.

Todos riram, claro...

   Ele começou a comer o pedaço de bolo e me puxou, nada autoritário para não falar ao contrário, para que eu me sentasse no seu colo.

Pude ouvir alguém cochichar:

-Olha como os dois estão apaixonados!

Eu praticamente gargalhei da triste ironia do destino...

Eu que sempre fui cheia de si, agora estou aqui cedendo a uma chantagem por causa de um cara que não vale o que o gato esconde...

Uma vozinha irritante na minha cabeça falava maldosa:

-Você poderia ter dito não, nem seu namorado Raoni era mais...

Será?

Será que eu realmente queria mesmo no fundo no fundo beem lá no fundo quase encostando na parede do meu coração me casar com Luka?

Eu já havia descoberto que ele não era o bicho-papão que Perséfone me contou, que Raoni era um traidor e tudo mais, mas isso seria o suficiente para querê-lo de verdade?

Já eram umas três da manhã e ninguém tinha ido embora. Muitas pessoas estavam dormindo em suas cadeiras, inclusive John babava na mesa dos parentes da noiva, neste caso, minha mesa.

-Por que ninguém foi embora? –Perguntei curiosa a Luka que tinha acabado de conversar com uns amigos alemães e veio me abraçar.

Uma coisa sobre europeus?

Eles são lindos de morrer!

Eu sei, agora eu sou uma mulher casada... Ah! Olhar não tira pedaço.  

-Eles só vão embora quando a gente for, antes disso, é falta de educação. – Explicou-me divertido.

-Ah, como se eu tivesse que saber cada protocolo de casamento, faça-me o favor! – Resmunguei baixinho.

Ele riu.

-Pois deveria. – E tiramos uma foto.

Ah... Que droga!

Era maldade deixar minha vó cochilando no ombro de John e Perséfone praticamente carregar Brian que estava morto de cansaço de tanto dançar, ela já estava se preparando para carregá-lo nos braços sem que ninguém notasse. Não, aliás, a última parte era bem feito.

   -Gente, estamos indo! – Gritei, chamando a atenção de todos.

John chega deu um pulo na cadeira fazendo vovó despertar.

Joguei o buquê, e sabe quem pegou?

Vovó!

Ela ficou toda corada com todos os aplausos e assobios que recebeu, achei graça. Luka sorriu e me deu um selinho para foto, claro.

-Ê, vovô! – Luka gritou – Agora vai ter que fazer a proposta, não tem jeito.

Foram jogando arroz na gente, ainda bem que boa parte errou, até entrarmos no helicóptero com “recém-casados” escritos no vidro das laterais.

É, naquela casa tinha heliporto com um helicóptero particular só nosso.  

É, agora eu era muuito milionária.

Estava casada com um cara super gato, rico que era o sonho de qualquer garota normal.

Por que não podia ser igual a elas, invés de uma anormal que gosta de um cara que a traí há cinco séculos?

Eu ainda estava viajando na maionese quando Luka me chamou a atenção para que eu pudesse ver as pessoas acenarem para nós animadamente.

Demos tchauzinhos para as pessoas que a cada momento ficavam menores até se transformarem apenas em pequenas formiguinhas.

Luka segurou minha mão com firmeza.

-Enfim casados. – Ele falou, beijando-me delicadamente.

-É. –Depois de quinhentos anos de espera, pensei.

  -Já  estamos chegando. – O piloto nos informou, depois de uma hora em silêncio.

É México, aqui vamos nós!

Deus seja bonzinho com essa filha aqui e me ajude com essa bendita lua de mel...


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, por favor. Façam uma caridade ao meu coraçãozinho e em troca eu escrevo o mais rápido possível.