Dark Sky escrita por Nath Mascarenhas, prettysemileek


Capítulo 10
Capítulo 10 - Brian, poder, tatuagens, maluquice!


Notas iniciais do capítulo

Espero q gostem...



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-O achei caído no chão perto do meu rio. – Perséfone nos contou. – Ele não está morto, mas tá quase.

Ela trazia um corpo inerte em seus braços, como se ele pesasse nada mais que uma pena. Brian estava pálido e quieto de mais, me fazendo arrepiar. Andei até eles numa velocidade que até ontem eu acharia impossível e o observei não mover sequer um músculo.

-O será que aconteceu? –Perguntei preocupada com seu estado.

-Sei lá. Minha bola de cristal está quebrada – Ironizou ela.

-Você pelo menos, pode o levar pro quarto? Talvez deitado, ele fique melhor. –Pedi.

-Eu já o carreguei por quase um quilometro, um pouco a mais não fazer diferença. – Um vento passou por mim e ela tinha sumido.

-Eu não acho uma boa idéia ele ficar aqui... –Raoni falou no auge do seu egoísmo.

-O que devo fazer então? Ir lá à prefeitura e dizer “toma que o filho é teu”? – Revirei os olhos – Eu sei que você não gosta dele, mas não podemos nega-lhe ajuda, é desumano.

-Tá, tá. – Resmungou – Mas tinha que ser na minha cama? – Falou olhando pra cima, claramente falando com Perséfone.

-É a única que eu conheço. – Ela falou, dando um sorriso sexy pra ele.

-Quem brinca com fogo se queima... –Ameacei.

-Vai cuidar do nerd lá em cima, que eu cuido do gostoso aqui em baixo. –Piscou pra mim descendo as escadas.

-Nós iremos cuidar dele – Agarrei seu braço e a puxei até o quarto de Raoni.

Brian parecia que estava... Não, eu não consigo dizer estas palavras. Cheguei perto do seu rosto e toquei em seu rosto, estava gelado. Tive uma idéia!

Levei minha mão em sua testa e pensei num dia muito quente de verão. Senti minha mão emanar calor por todo seu frio corpo. Ele respirou fundo, sorri. Ele não estava morto.

Olhei para Raoni que estava na soleira da porta com os braços cruzados, claramente não gostando de me vê cuidar do seu “rival”.

-Por favor, me ajude – Sibilei.

-Como? – Ele pareceu surpreso.

-Sei lá, o que você me sugere?

-A união dos elementos. – Perséfone falou.

-Como assim? –Perguntei, que mania que todo mundo por aqui tem de não desenvolver a idéia depois de começada...

-É quando os quatro avatares juntam seus elementos para terem um poder só, extremamente forte.

-OK, nós podemos tentar! – Sorri esperançosa.

-Não sei se você reparou, mas somos somente três e a união dos elementos precisão de todos os avatares, os quatro avatares. –Raoni comentou.

-Nós somos três e podemos tentar. – Falei com autoridade que eu nem sabia que eu tinha.

-Tá.  – murmuraram, vindo até mim.

Eu fiquei a frente da cama, Raoni no lado direito e Perséfone do lado esquerdo.

-Vamos projetar nossos poderes para Brian. –Falei como se eu soubesse o que diabos estava fazendo... – Eu começo... Que o fogo que em mim emana, dê-lhe a vitalidade.

 Pensei em como o fogo poderia ajudá-lo nesse momento tão difícil e fiz de um tudo pra trazê-lo para aqui. Um lindo pássaro fantasmagórico com asas douradas e vermelhas brilhantes, saiu do meu peito e voou pelo nosso centro e como se acenasse pra mim e entrou no peito de Brian.

-Agora você, Perséfone.

- As águas que em mim descansam, curem seu corpo - E em instantes um lindo golfinho azul apareceu, acenando contente pra mim e depois nadou até Brian e mergulhou em seu peito.

-Agora você, Raoni.

- Que a terra que em mim abrigo, dê-lhe força para sobreviver - Em apenas um segundo, um lindo leão trotou até nós rugindo, parando ao meu lado antes, abaixou a cabeça esperando que eu o afagasse, sorri para Raoni, enquanto afagava, ele retribuiu alegre, o animal rugiu mais uma vez e pulou no corpo do enfermo.

Prossegui:

- E agora com a junção de tais elementos, ordeno. Brian abra seus olhos. – Minha voz ficou muito poderosa, como se eu fosse uma rainha ou algo do tipo.

Senti meu corpo todo vibrar, olhei para os outros e eles não pareciam sentir nada.

E como se acordasse de um terrível pesadelo, Brian se sentou na cama com os olhos arregalados e respirando pesadamente.    

-Conseguimos! – Bati palmas, alegre.

- O que aconteceu, onde estou? – Ele perguntou assustado.

-Calma, você está bem agora. – Falei tentando não o assustar ainda mais.

-Naara, é você? – Ele coçou os olhos limpando as vistas.

-Sim, sou eu. – Sorri.

-Você tá linda – Sorriu afetadamente.

Perséfone riu.

-Deve ter batido a cabeça com força em alguma pedra. – Provocou-me, típico. – Garanhão é melhor deitar antes que comece a alucinar.

- Ele não está brincando, Naara veja isto. – Raoni me jogou um espelho.

Deus! Eu quase joguei o espelho no chão. Meu cabelo estava no meu joelho, e parecia lava caindo de um vulcão, eles se movimentavam igualzinho. Mas o que mais me chocou foi uma bela tatuagem no meu ombro, que subia até o meu pescoço e descia até quase ao meu seio esquerdo.

-A fênix! – Perséfone exclamou. –Ela é o seu ancestral animal! É um dos mais fortes animais místicos!   Nossa que perfeição! Parece que a costuram em você.

 Ela parecia hipnotizada a tatuagem.  Ficou a encarando, até tocá-la, porém queimou o dedo.

-Ai! –Reclamou, pondo o indicador entre os lábios.

Ri.

-Peraí, saca só! –  Raoni abriu o zíper da minha blusa, pegou outro espelho pra minhas costas ,  fazendo reflexo ao que eu segurava me possibilitando ver o que estava em minhas costas.

Um majestoso leão também estava desenhado tomando praticamente minhas costas inteira, e para completar, um lindo golfinho azulzinho circulava pela minha cintura.

-Deus! Por que eu tenho isso? –Perguntei maravilhada.

-Quieta. – Raoni sussurrou. – Pense no vento, aliás, em um pássaro que não seja sua fênix.

Pensei e uma linda pomba, e se materializou bem a nossa frente. Circulou pela minha cabeça e repousou junto a fênix, entrando em minha pele.

-O que diabos você é?! – Brian me perguntou gritando. – Você é uma bruxa! –Acusou-me cheio de medo.

-Tá vendo o que dá querer ajudar? – Raoni me perguntou.

-Cala a boca, Raoni. – Já estava impaciente com ele.

-Que ingrato! – Perséfone comentou – Ela salvou sua vida garoto!

-Bruxa! – Gritou mais uma vez e levantou-se correndo.

Raoni foi rápido e o impediu de sair pela porta.

-Não tão rápido. – Falou, pondo a mão na soleira.

-Você também é um bruxo! – Acusou Raoni que revirou os olhos.

E tentou dar um murro nele. Má idéia, péssima idéia de verdade. Começou a pular feito canguru segurando a mão.

-Você é feito de pedra, por um acaso?! – Gritou com os olhos cheios de lágrimas.

-Quase. – Sorriu para o coitado que quase se borrava nas calças de medo.

 -Brian, escute. Não grite. – Falei simpática.

-Bruxa! – Gritou, parecia que estava pedindo socorro.

-Sério, isso está ficando um tédio. – Perséfone falou lixando as unhas sentada a cama.

-Por favor, Brian lembre-se, eu sou sua amiga, continuo sendo a mesma Naara de sempre.

-Não tenho amiga bruxa.  –Falou, ríspido como se cuspisse as palavras.

-Epa! Não fale assim com ela. Peça desculpas... –Raoni falou sério.

-Não, ela tem que morrer! - Gritou com um ódio que me fez derramar uma lágrima.

-Peça. Desculpas. – Raoni agarrou seu braço, aliás, parecia que ele segurava um osso de galinha e não um braço de um cara. - Agora!

-Nunca! –Falou.

-Fale! – E apertou mais, fazendo o gritar de dor e agonia.

-Raoni pare! – Gritei, ele me olhou confuso – Mesmo que ele me queira morta, eu ainda o quero ver bem.

-Mas Naara... –Ele apontou para Brian.

-Se ele quiser falar, que fale! A porta estará aberta. – Garanti, Brian me olhava surpreso – Mas só peço que se lembre de uma coisa antes de abrir a boca: Eu te dei a vida, eu posso muito bem tirar.

Eu não estava certa e sabia que estava sendo má e perversa, mas ele disse que queria me ver morta! E também eu nunca iria machucá-lo, eu não tinha nem coragem de matar uma mosca quanto mais uma pessoa, só queria que ele calasse a boca.

Raoni sorria satisfeito e Perséfone me olhava com interesse.

-Não é que a boazinha está mostrando as garras? –murmurou.

-Você não faria isso! –Ele me acusou,

-Eu se fosse você não pagaria pra ver. – Falei seca e fria.

-O que você quer?

-Que se acalme! – Falei – Eu vou lhe contar tudo, quero que ouça, calado.

-OK. – Falou vencido – Mas manda seu namorado brutamonte me largar.

-Raoni o largue. – Ordenei e ele obedeceu.

Ele caiu no chão e ficou me encarando, esperando eu começar.

-O que está acontecendo? – Ele me perguntou quando eu não falava nada.

O que estava acontecendo? Como eu podia explicar uma coisa que eu não tinha a mínima noção do que era? 


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Notas finais do capítulo

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