Acordei cedo. E Syn não estava mais na cama. Me levantei e sai para procurá-lo. Ouvi o barulho do chuveiro e supus que ele estava tomando banho. Vesti uma blusona e me sentei na cama. Peguei um dos cigarros de Syn e acendi, deixando a nicotina fazer seu trabalho.

Syn saiu do banheiro enrolado em uma toalha. Era como colírio para os olhos. Deu uma longa tragada e soltei a fumaça e continuei olhando Syn se trocar.

‘’Quem homem’’ pensei e dei um leve risinho.

Ele veio até mim e me deu um beijo na testa.

- Como você dormiu? – ele perguntou

- Melhor impossível – eu disse e sorri

Ele pegou um cigarro também.

- Syn eu preciso ir para casa – eu disse e me deitei na cama – meus pais devem estar preocupados – eu disse e o fitei

- Nós vamos embora hoje à tarde – ele disse e foi para a janela

Terminei meu cigarro e ascendi outro.

Ficamos na lá chácara até umas 3 horas da tarde. Depois fomos embora. Eu fui com Syn embora, no seu carro. Eu sentia que Syn estava distante. Não sabia o que tinha acontecido com ele. Ele tinha evitado ficar conversando sobre muitas coisas hoje.

Fui pegar a caixa de cigarros dele e ele tomou da minha mão.

- Você está acabando com os meus cigarros – ele disse sem desviar da estrada

- Enfia no seu cú essa porra também – eu disse estourando

Agora aquele viado mal comido, iria me negar cigarros? Que porra tinha acontecido com ele?.

Coloquei os pés pra cima e fiquei com os olhos entre abertos, odiando Brian eternamente. Estávamos chegando perto de um posto.

- Para no posto Brian – eu disse ríspida

Ele parou.

- Aonde você vai? – ele perguntou sem me olhar

Saí do carro sem responder e bati a porta. Fui até a loja de conveniência e dei umas voltas para disfarçar.

Fui até a parte dos cigarros e peguei um Marlboro. Escondi embaixo da blusa e fui até a atendente.

Inventei uma marca de shampoo e fui lá disfarçar.

- Olá – eu disse

- Oi, posso ajudar? – ela respondeu sorridente

- Moça, eu estava procurando um shampoo chamado Shander, Shader, uma coisa assim – eu disse – Sabe me informar se vocês vendem? – eu disse sorridente

- Não temos essa marca, desculpe – ela disse e voltou a atenção para as unhas

- Obrigada então – eu disse e saí da loja

Sorri e voltei para o carro. Brian esperava do lado de fora com duas garrafas de Heineken.

Estendeu uma para mim e sorriu torto.

Olhei para ele com desdém e disse:

- Enfia no seu cú – e entrei no carro sorrindo e batendo a porta mais uma vez.

Ele bufou e atirou a garrafa que ele já tinha secado longe. Fazendo um barulho irritante quando tocou o chão.

Esperei ele entrar no carro e peguei MINHA caixa de marlboro. Ênfase no minha, rs.

Ascendi e deu uma longa e demorada tragada e soltei a fumaça no seu rosto.

- Que porra – ele gritou comigo – eu disse para não pegar os meus cigarros – ele bateu as mãos no volante e fitou a estrada

- A PORRA DOS CIGARROS NÃO SÃO SEUS, SEU FUDIDO – eu gritei com ele e aumentei o som do rádio – EU PEGUEI ESSES CARALHOS NA LOJA

Ele bufou frustrado.

- Que porra tá acontecendo com você? – eu perguntei dando uma deixa

- Nada – ele disse fitando a estrada, furioso

- Foda-se então – eu disse e fiquei a viajem INTEIRA fumando meus cigarros

Chegando na minha casa, Brian me deixou na porta.

- Tchau – ele murmurou quase para ele mesmo – desculpa – ele sussurrou

Fingi que não ouvi e bati a porta mais uma vez, o mais forte que eu pude.

Chegando na porta da minha casa, ele me fitava pela janela aberta.

Seu olhar estava fundo como se estivesse arrependido ou precisando de algo rapidamente. Mostrei o dedo do meio para ele e bati a porta de casa.

Meus pais não estavam em casa...

Tomei um longo e demorado banho e fui dormir. MORRENDO DE RAIVA DE BRIAN, AQUELE VIADO MAL COMIDO.