Depois daquele homem que me agarrou eu não me lembro de mais nada. A única coisa que eu sei é que eu acordei em um quarto escuro com apenas uma janela e um colchão. Eu estava muito assustada e além do mais estava passando mal. Já tinha vomitado umas três vezes e mal conseguia fica de pé. Uma das coisas que mais passavam pela minha cabeça era se Edward estaria bem... Se esses caras me pegaram provavelmente também o pegaram.

POV ALICE

 Já estava de noite quando nós chegamos à casa dos Cullen. Eu e Jasper convencemos o Carlisle e a Esme á irem a uma balada pequena que tinha em Forks. Então provavelmente Bella e Edward já estariam dormindo. Carlisle e eu fomos os únicos a voltarem sóbrios. Carlisle abriu a porta e quando nós entramos vimos a casa toda revirada. Alguns móveis estavam derrubados e a janela da cozinha estava quebrada.

- Meu Deus o que aconteceu aqui? – Esme perguntou assustada.

- Ow parece que o Edward e a Bella fizeram uma festa de arromba aqui hein?! – Disse o Emmett rindo.

- Eu acho que isso não foi uma ‘festa’ Emmett. – Carlisle disse sério e então ele subiu em direção aos quartos. – Edward?! Isabella?! – Depois de um tempo ele voltou passando a mão na cabeça. – Eles não estão aqui.

POV BELLA

                         * Dois dias depois *

 Eu estava sentada no colchão quando ouvi barulho de pessoas conversando, tremi de medo, afinal não sabia o que eles podiam fazer comigo. Assim que eu me levantei a porta se abriu e eu me dei de cara com o mesmo homem que me raptou da casa.

- Olá mocinha! Nós nos encontramos de novo... – Ele disse e puxou com brutalidade o meu braço, me fazendo sair do quarto e parar num corredor todo branco com luzes fortes. Ele foi me puxando e me fazendo andar ao longo do corredor. Pude perceber que haviam outros quartos como o que estava.

- Onde está o Edward?! – Eu perguntei enquanto nós entravamos numa espécie de laboratório, ele me jogou em uma cadeira e prendeu meus braços. Ele não me respondeu e eu insisti. – Onde está o Edward?! – Dessa vez um falei entre dentes e mais alto.

- Calma mocinha. Seu amigo está logo ali! – Ele apontou e riu irônico. Me virei para trás e pode ver que o laboratório era maior do que eu havia percebido. Passei os olhos pelo o laboratório e vi muitas outras pessoas sentando em cadeiras como eu estava e entre elas estava Edward. Sua aparência estava acabada, seus olhos estavam com enormes olheiras, estava pálido, sonolento e provavelmente eu não estava diferente.

 O que eles estavam fazendo conosco? Todos estavam iguais de aparência, totalmente acabados. Será que eles estavam nos drogando?

No momento em que fiz a pergunta senti uma agulha perfurando o meu braço. Nem tinha visto a enfermeira se aproximando. Ela recolheu o meu sangue e quando ela ia sair eu segurei a sua mão e ela me olhou assustada.

- Por favor, me deixe falar com aquele homem! – Eu pedi apontando para o Edward. Ela não disse nada apenas negou com a cabeça e se retirou.

Um tempo depois outro homem veio e me levou de volta para o quarto. Eu já estava mais consciente, não vomitava mais e conseguia me mover normalmente.

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      Dias se passaram e eu conseguia pensar e refletir direito. Eu estava inquieta, inquieta até demais! Meus movimentos eram mais rápidos e até os meus pensamentos eram agilizados. Sentia-me muito bem, apesar de estar presa em um lugar onde eu ao menos sabia onde era, e podia ficar horas sem alimento.

 Todo dia e duas vezes por dia eu ia para aquele laboratório. Sempre injetavam a mesma coisa. Além dessa rotina, nós tínhamos que fazer testes físicos, como por exemplo, correr em uma esteira enquanto mediam nossa pressão e batimento cardíaco e também faziam com que lutássemos com outras pessoas que estavam presas aqui. Pelo clima notei que estávamos perto de Forks. O clima era praticamente o mesmo, chuvoso e úmido.

 Eles não me deixavam ter contato com Edward,eu nem tinha certeza se ele estava vivo, mas em um dia enquanto um homem me levava para a sala de testes físicos, eu o vi saindo de onde parecia ser o seu quarto. Pela primeira vez em dias eu sorri sabendo que ele estava bem, mas ele não pode me ver pois estava de costas.

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POV ALICE

Alguns dias se passaram e nem sinal de vida de Edward e Bella, só tínhamos esperança que eles não estavam mortos. Calisle avisou a policia e fez tudo o que podia, ele sempre saia dizendo que ia a delegacia. Esme estava muito abalada por que seu filho havia sumido e eu imagino a dor que ela devia estar sentindo, afinal a minha melhor amiga também estava desaparecida.

 O clima na casa era sempre o mesmo, uma mistura de angustia, medo e desespero. Emmett sempre tentava dar uma animada no ambiente, mas pouco funcionava. Ele era mais forte emocionalmente do que pensávamos, apesar de tudo ele sempre conseguia tirar um sorriso do rosto de alguém, até mesmo de Esme.

 Coitada da Esme, a dor de ter um filho desaparecido e a probabilidade do mesmo estar morto não era merecida nem ao menos para aqueles que os seqüestraram.

 Imaginávamos que Bella e Edward foram seqüestrados, pois já estava acontecendo uma serie de seqüestros desde Seattle.

 Para nos distrairmos íamos ao cinema ou algo do tipo. Funcionava apesar de um tempo depois sentirmos falta do humor sarcástico de Bella e o jeito carinhoso de Edward.

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POV BELLA

                                          * Cinco dias desde o seqüestro*

 A falta que eu sentia de Alice e até de Rose era enorme. Pela primeira vez realmente senti falta o jeito bobo do Emmett e do jeito estranho de Jasper, e até mesmo do ‘idiota’ do Cullen ou melhor Edward. Não sei se isso era efeito da ‘droga’ que eles estavam nós injetando ou se era coisa realmente minha. Mas acredito que eu esteja sentindo falta deles mesmo.

 Afinal ficar presa em uma cela, tratada igual à um animal não é lá uma das melhores experiências que alguém pode passar. E o estranho é que ao invés de eu pensar em outras coisas importantes como, por exemplo ‘como sair desse lugar’, eu ficava pensando no Culen. Droga! Eu repetia para mim mesma. Tem que haver um jeito de sair desse lugar! Não era um lugar com alta segurança, mas sim um lugar medíocre! Sem ao menos preparativos se aluem pensasse em fugir. Com certeza a pessoa que pensou nisso tudo, não é lá uma das mais inteligentes.

 Eu já havia pensado em tentar escapar das mãos de uns dos homens enquanto me levam para as salas de testes, mas não tinha certeza se eu tinha força o suficiente para isso. Sabia que essa tal ‘droga’ havia me capacitado em algumas áreas, mas não sabia se havia alterado a minha força. Pensei em tentar quebrar a porta, mas assim faria muito barulho e não iria dar muito certo. E então de raiva enquanto pensava nisso tudo dei um soco na parede e quando olhei para a parede onde eu havia socado, tinha um leve buraco. É eu acho que tenho força o suficiente. Murmurei para mim mesma e ri sozinha feito uma louca, e eu realmente acho que estou virando uma.

 Enfim, acho que posso tentar fugir desse inferno, mas não vou sozinha. Claro que no caminho da minha ‘fuga’ eu irei até o ‘quarto’ de Edward. Sem ele eu não saio daqui.