Asleep escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 11
Página 34


Notas iniciais do capítulo

Heeey *-* desculpa pela demora! E sabe aquela preview do outro capitulo? Entaum.... achei melhor coloka nesse akie! *O* espero q gostem e boa leitura
Bjoos ♥



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Já se tornara rotina acordar no meio da noite para ir beber água e encontrar cenas estranhas pelos corredores.

Dessa vez não era Tom Riddle e nem mesmo o zelador Apollyon Pringle. Era nada menos do que Abraxas Malfoy e o mais estranho... Estava bêbado.

- Malfoy... – sussurrei sacudindo-o, tentando despertá-lo sem sucesso. Em suas mãos havia uma garrafa com um líquido verde neon. Abysynto – Vamos... Acorde!

Ele se mexeu e voltou a deitar a cabeça na parede. Suspirei, me levantando e quando estava prestes a lhe dar um soco, ouviu-se um pigarro.

- Você é sonâmbula agora? – perguntou a voz fria detrás de mim. Novamente, senti como se cada fibra do meu corpo se congelasse – Não me surpreenderia se você tivesse matado o idiota do Malfoy.

Tom passou por mim espalhando seu cheiro inebriante pelo ar e se agachou ao lado de Abraxas. Ele o levantou, como se aquilo fosse normal.

- Isso... Acontece com freqüência? – perguntei seguindo-o pelo corredor.

- Malfoy tem muitos problemas na família – explicou Tom – Ele tenta afogar isso nas bebidas.

- Ele é um... Viciado em bebidas? – engoli a seco.

- Obviamente... – murmurou ele puxando-o com certo esforço em direção a Ala Hospitalar.

- Madame Bess não vai... Brigar?

- Ela já se acostumou – respondeu – Conversei com ela...

E depois daquela frase, uma coisa me veio à mente como um estalo. Tom Riddle tinha o poder da persuasão, Dumbledore do futuro havia me dito aquilo um pouco antes e me alertara para tomar cuidado. Eu só lembrara daquilo naquela hora.

- Isso acontece toda noite? – perguntei de repente.

- Não... – murmurou – Só quando algo acontece... No caso, foi bem ruim dessa vez.

Olhamos para Abraxas vendo-o ter delírios.

Depois de deixarmos ele na Ala Hospitalar e sermos praticamente expulsos por Madame Bess, voltamos para o Salão Comunal em silêncio.

Andava de cabeça baixa tentando me convencer de que era bobagem pensar que a qualquer minuto, Tom me lançaria uma Maldição da Morte.

Ele parou de andar abruptamente e se virou para mim. Parei de respirar esperando o feixe de luz verde, porém, ele não veio.

O que estava havendo comigo?

- Achei que quisesse isso de volta – murmurou ele tirando do bolso das vestes o caderno azul celeste decorado com delicadas flores, feitas por Sue.

Abri a boca, buscando ar e ao mesmo tempo tentando dizer algo. Estendi a mão e peguei o caderno.

- Não se preocupe – falou ele colocando as mãos para trás ficando em uma posição reta e formal – Eu não li.

- Não? – perguntei soltando uma risada nervosa – Qualquer um teria lido.

- Não gostaria que alguém lesse o meu – murmurou ele abrindo um pequeno e quase imperceptível sorriso.

- Você... – engoli a seco pensando na idéia de começar a rir, porém, desisti – Tem um diário?

Ele abriu um sorriso misterioso se virando para a direção do Salão Comunal dos monitores.

- Página 34 – murmurou antes de começar a andar.

Voltei para o Salão Comunal da Sonserina de forma mais lenta possível, enquanto em minha mente eu repassava todos os significados para “Página 34”.

Talvez fosse um feitiço das trevas, uma maldição... Ou apenas o número da página de algum livro e que minha mente a modificou por causa da minha insegurança e medo.

Entrei lentamente no quarto escuro tentando não despertar Amanda e Sue. Sentei-me na minha cama, me encolhendo nos cobertores.

- Lumus! – sussurrei e uma pequena luz se acendeu na varinha iluminando as flores estampadas na capa do meu diário.

Abri a primeira página, vendo minha caligrafia horrenda e constatando que tudo estava normal. Folheei a próxima vendo que também estava intacta, passei pelas outras e logo folheei até a página 34.

Entre as folhas brancas, havia um pequeno pedaço de pergaminho amarelado. Letras elegantes estavam estampadas nele.

Peguei delicadamente o papel com medo de que ele se rasgasse. Levei para perto do rosto e comecei a ler:

“Cara Srta. Legrand.

Por obséquio seja mais cuidadosa com suas coisas. E não. Eu não li seu diário, afinal, não perderia meu precioso tempo com isso.

Tom.”

Tom.

Outro arrepio estranho perpassou pelo meu corpo junto de choques elétricos. Abaixei o pergaminho e fitei o nada.

Por que eu era tão ingênua e boba a ponto de acreditar mesmo que ele não havia lido meu diário? Por que eu via tanta certeza naquelas palavras escritas? Por quê? Afinal... Eu não deveria confiar nele, o futuramente Lord Voldemort... Era óbvio que ele havia lido, porém, minha mente não se convencia daquilo.

Deite-me pesadamente na cama e fechei os olhos. O sono me pegou instantaneamente não me dando tempo de pensar em outra coisa.

 - Sabe por que não gosto de você? – perguntou ele sem que sua expressão mudasse. Continuou a mesma – Por que você é feliz demais.

Arqueei as sobrancelhas fitando-o incrédula. Onde diabos ele vira felicidade em mim?

- Certo... – murmurei lentamente para o chão. Não sabia se aquilo era um sonho... Talvez fosse, pois eu não me lembrava de como eu chegara a aquele lugar.

Era uma parte afastada da floresta, onde tínhamos uma vista do Lago Negro. Uma fina garoa caia pelo céu, estávamos sentados na relva úmida sob uma árvore alta que nos protegia da garoa.

- Eu... Queria entender – sussurrei alto o bastante para que ele ouvisse. Seus olhos verdes se focaram em mim e um choque elétrico perpassou pelo meu corpo, sem motivo nenhum.

- O quê? – perguntou.

- O motivo de você ser tão... Triste – sussurrei a última palavra deixando minha voz morrer. Ele soltou uma risada de deboche.

- Há coisas que não se precisa de um motivo... Apenas... Acontece – ele voltou seus olhos ao céu escuro – Eu, por exemplo, nasci assim. Triste, talvez...

O ar úmido se tornou seco e de repente tudo se escureceu, como um flash. Abri meus olhos pesadamente e soube que aquela conversa fora apenas um sonho, fora apenas um Tom Riddle da minha imaginação...

E depois daquele pensamento, outra dúvida pairou sobre a minha mente: Por que eu sonhava com Tom Riddle? Por que meus sonhos repetitivos não apareciam mais? Por quê?

As perguntas seriam em vão. Nunca conseguiria uma resposta para elas, afinal, estava disposta a esquecer os sonhos e mantê-los em segredo.


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Notas finais do capítulo

Oq acharam? G_G fikou pessimo! HAHA' mas okay u___u. Me digam oq acharam *-*
Bjoos ♥